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Renato Lage

Predefinição:Info/Carnaval2 Renato Rui de Souza Lage, mais conhecido como Renato Lage (Rio de Janeiro, 21 de maio de 1949), é um carnavalesco brasileiro. Trabalha atualmente para a escola de samba Portela.

Fez história no Carnaval do Rio de Janeiro imprimindo um estilo high-tech, principalmente nos anos 90 em parceria com Lilian Rabello. Atua no carnaval desde 1979.

Biografia

Renato Lage começou a fazer carnaval em 78 como auxiliar de barracão e chefe de alegorias no Salgueiro, do então carnavalesco Fernando Pamplona. A partir de 1979, iniciou trajetória solo na Unidos da Tijuca, conquistando o título no mesmo ano no grupo 1-B (hoje grupo de acesso A), com o enredo sobre Delmiro Gouveia, em homenagem ao visionário industrial nordestino. Renato conheceu Lilian Rabello saindo da Escola de Artes do Parque Lage e a chamou para trabalhar com ele e permaneceram na Tijuca até 1982. Em 1983, Renato foi com Lilian Rabello para o Império Serrano, tradicional escola carioca do bairro de Madureira.

Em seu primeiro ano como carnavalesco do Império Serrano, desenvolveu figurinos e alegorias para o enredo de Fernando Pamplona "Mãe,Baiana Mãe", desenvolvido e pesquisado por Lilian, sobre os hábitos das tradicionais baianas. Já naquele ano chamou a atenção da mídia e do público em geral pelo extremo bom gosto com que o cotidiano das senhoras do samba fora retratado. A partir de 1985, começou a desenvolver os enredos criados e desenvolvidos por Lilian Rabello que fazia dupla de criação com Renato Lage, tendo permanecido na escola até 1986. Em 1987, retornou ao Salgueiro, escola onde desenvolveu o desfile do enredo "E por quê não?" de autoria de Lilian Rabello, sendo precursores do estilo estético arrojado que os consagrariam anos depois na Mocidade Independente de Padre Miguel. No ano seguinte, Renato e Lilian tranferiram-se para a Caprichosos fazendo mais dois enredos de autoria de Lilian.

Em 1990, o banqueiro Castor de Andrade volta à Mocidade depois de 2 anos afastado e dá início a um plano de reformulação da escola de Padre Miguel, que amargara resultados ruins durante sua ausência, além de ter perdido em um acidente automobilístico um dos seus maiores nomes, o carnavalesco Fernando Pinto. Castor convidou o casal Renato Lage e Lilían Rabelo, além do cenógrafo e diretor televisivo Maurício Sherman para desenvolver um enredo sobre a virada da década. O desenrolar dos acontecimentos, além do forte expectativa com que a escola lidava devido a volta de Castor de Andrade, fez com que o enredo sobre a virada da década se tornasse o enredo sobre a virada da própria Mocidade, que pretendia entrar nos anos 90 renovada. Por fim, Sherman foi dispensado e Renato e Lílian deram início a concepção do vitorioso "Vira-Virou, a Mocidade Chegou" O enredo era uma profunda viagem ao passado da escola, resgatando momentos desde a sua fundação por membros de um clube de futebol, o Independente Futebol Clube, a conquista do primeiro título, a sua lendária bateria, desfiles memoráveis e grandes nomes, como os carnavalescos Arlindo Rodrigues e Fernando Pinto, além do inesquecível Mestre André. Destaque também para os carnavais na verde e branco de 1991, 1992, 1996, 1997, 1999 e 2002.

Em 2003 Renato Lage retorna ao Acadêmicos do Salgueiro, na comemoração dos 50 anos da escola. Em 2007, o carnavalesco trabalhou paralelamente em duas escolas de samba, no Salgueiro e na comissão de carnaval da Império de Casa Verde, em São Paulo, junto com sua esposa Márcia Lage e outros membros.[1]

Em 2008 repetiu a dose, mas desta vez trabalhando no Império Serrano, atingindo o campeonato do Grupo de acesso A, além do vice-campeonato no Grupo Especial com o Salgueiro. Em 2009 consagrou-se campeão no Salgueiro com o enredo "Tambor" que arrebatou a Sapucaí e a escola foi sucesso de crítica e público numa vitória incontestável. no ano de 2011, com um desfile digno de título, fez um enredo sobre o cinema na cidade do Rio de Janeiro, tendo feito alegorias gigantes, como a do King Kong na Central.[2] o que dificultou o trabalho da harmonia e atrasando o desfile da escola.[3] Em 2012 teve outra atuação dupla pois além do Salgueiro (onde sagrou-se vice-campeão), Renato foi também carnavalesco da Império da Zona Norte conquistando o 3º lugar para a escola de Porto Alegre. Em 2013 fez para o Salgueiro o enredo "Fama", Obtendo a quinta colocação e para 2014 consegue o vice-campeonato, em parceria com a esposa Márcia Lage, com o enredo "Gaia, a vida em nossas mãos".

Em 2016 repetiria a parceria, desenvolvendo junto com a sua mulher Márcia o carnaval da Vai-Vai, além de permanecer no Salgueiro.[4] Seguiu atuando com sua esposa nos dois anos subsequentes pela Grande Rio. Em 2019, Renato e Márcia foram contratados pela escola de samba Portela visando ao carnaval de 2020. No ano seguinte, desenvolveram o enredo "Guajupiá, Terra Sem Males" para a histórica agremiação. O desfile foi correto e sem percalços, mas a escola acabou ficando num amargo sétimo lugar, frustrando todos aqueles que esperavam uma colocação melhor. Mesmo assim, Renato e sua esposa renovaram com a Portela para 2021 e anunciaram o tema: Igi Osé Baobá, que vai contar a história e retratar a simbologia dos baobás, árvores gigantescas e milenares originárias da África.[5]

Desfiles assinados por Renato Lage

Ano Escola Colocação Divisão Enredo
1980 Unidos da Tijuca Campeã 1-B Delmiro Gouveia
1981 Unidos da Tijuca 8º lugar 1-A O que dá para rir dá para chorar - A peleja do caboclo Mitavaí contra o monstro Macobeba
1982 Unidos da Tijuca 9º lugar 1-A Lima Barreto - Mulato pobre, mas livre
1983 Império Serrano 3º lugar 1-A Mãe, baiana mãe
1984 Império Serrano Vice-Campeã 1-A Foi Malandro é
1985 Império Serrano 7º lugar 1-A Samba, Suor e Cerveja, o combustível da ilusão
1986 Império Serrano 3º lugar 1-A Eu Quero
1987 Salgueiro 5º lugar 1-A E por que não?
1988 Caprichosos 8º lugar 1-A Luz, Câmera e Ação
1989 Caprichosos 12º lugar 1-A O que é bom todo mundo gosta
1990 Mocidade Campeã Especial Vira virou, a Mocidade chegou
1991 Mocidade Campeã Especial Chuê, Chuá, as águas vão rolar
1992 Mocidade Vice-Campeã Especial Sonhar não custa nada ou quase nada
1993 Mocidade 4º lugar Especial Marraio, feridô sou rei
1994 Mocidade 8º lugar Especial Avenida Brasil, tudo passa, quem não viu?
1995 Mocidade 4º lugar Especial Padre Miguel: olhai por nós!
1996 Mocidade Campeã Especial Criador e Criatura
1997 Mocidade Vice-Campeã Especial De Corpo e Alma na avenida
1998 Mocidade 6º lugar Especial Brilha no céu a estrela que me faz sonhar
1999 Mocidade 4º lugar Especial Villa-Lobos e a apoteose brasileira
2000 Mocidade 4º lugar Especial Verde, Amarelo, Azul-Anil colorem o Brasil no ano 2000
2001 Mocidade 7º lugar Especial Paz e Harmonia, Mocidade é alegria
2002 Mocidade 4º lugar Especial O Grande Circo Místico
2003 Salgueiro 7º lugar Especial Salgueiro, minha paixão, minha raiz - 50 anos de glórias
2004 Salgueiro 6º lugar Especial A cana que aqui se planta, tudo dá, até energia… Álcool, o combustível do futuro
2005 Salgueiro 5º lugar Especial Do fogo que ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga
2006 Salgueiro 11º lugar Especial Microcosmos: o que os olhos não veem, o coração sente
2007 Salgueiro 7º lugar Especial Candaces
Império de Casa Verde 5º lugar Especial Glórias e Conquistas - A Força do Império está no salto do Tigre
2008 Salgueiro Vice-Campeã Especial O Rio de Janeiro continua sendo…
Império Serrano Campeã A Taí, eu fiz tudo para você gostar de mim
2009 Salgueiro Campeã Especial Tambor!
2010 Salgueiro 5º lugar Especial Histórias sem fim
2011 Salgueiro 5º lugar Especial Salgueiro Apresenta: o Rio no Cinema
2012 Salgueiro Vice-Campeã Especial Cordel branco e encarnado
Império da Zona Norte 3º lugar Especial O Império contra-ataca
2013 Salgueiro 5º lugar Especial Fama
2014 Salgueiro Vice-Campeã Especial Gaia - A vida em nossas mãos
2015 Salgueiro Vice-Campeã Especial Do Fundo do Quintal, Saberes e Sabores na Sapucaí
2016 Salgueiro 4º lugar Especial A Ópera dos Malandros
Vai-Vai 4º lugar Especial Je Suis Vai-Vai - Bem-vindos à França
2017 Salgueiro 3º lugar Especial A Divina Comédia Do Carnaval
2018 Grande Rio 12° lugar Especial Vai para o trono ou não vai?
2019 Grande Rio 9º lugar Especial Quem nunca...? Que atire a primeira pedra
2020 Portela 7º lugar Especial Guajupiá Terra sem Males
2022 Portela 5º lugar Especial Igi Osé Baobá
2023 Portela Especial

Premiações

Predefinição:VertambémEstandarte de Ouro

  1. 2002 - Personalidade [6]
  2. 2006 - Melhor Enredo (Salgueiro - "Microcosmos: o que os olhos não veem, o coração sente") [7]
  3. 2009 - Melhor Enredo (Salgueiro - "Tambor") [8]
  4. 2013 - Melhor Enredo (Salgueiro - "Fama") [9]

Estrela do Carnaval

  1. 2009 - Melhor Carnavalesco (Salgueiro) [10]
  2. 2011 - Melhor Conjunto de Alegorias (Salgueiro) [11]

Tamborim de Ouro

  1. 2000 - Beleza de Mensagem (Enredo da Mocidade - "Verde, Amarelo, Azul-Anil Colorem o Brasil no Ano 2000") [12]
  2. 2001 - Beleza de Mensagem (Enredo da Mocidade - "Paz e Harmonia, Mocidade É Alegria") [13]

    Referências

  1. UOL Carnaval 2007. «Império de Casa Verde». Consultado em 27 de janeiro de 2012 
  2. Isaac Ismar, para o SRZD-Carnaval (9 de março de 2011). «Salgueiro: Renato Lage lamenta pelo desastre». 4:31. Consultado em 27 de janeiro de 2012 
  3. G1 (8 de março de 2011). «Salgueiro exalta o Rio no cinema e termina desfile com atraso e correria». Consultado em 27 de janeiro de 2012 
  4. Carnavalesco. «Acertados com o Vai-Vai, Renato e Márcia Lage devem divulgar o enredo nos próximos dias». Consultado em 28 de abril de 2015 
  5. Resultados, AM4-A. Internet de. «Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela». www.gresportela.org.br. Consultado em 15 de janeiro de 2021 
  6. «Estandarte de Ouro: Mangueira é escolhida pelo júri a melhor de 2002». O Globo. 13 de fevereiro de 2002. p. 15. Consultado em 23 de setembro de 2019. Arquivado do original em 23 de setembro de 2019 
  7. «Estandarte vai para a Unidos da Tijuca: Originalidade, criatividade e alegria, os detalhes decisivos». O Globo. 1 de março de 2006. p. 21. Consultado em 14 de outubro de 2019. Arquivado do original em 14 de outubro de 2019 
  8. «Estandarte de Ouro 2009: Salgueiro leva título de melhor escola; Vila Isabel e Império Serrano conquistam três outros prêmios cada». O Globo. 25 de fevereiro de 2009. p. 18. Consultado em 30 de outubro de 2019. Arquivado do original em 30 de outubro de 2019 
  9. «O título é da verde e rosa: Com desfile que empolgou o público e fidelidade às suas cores, a Mangueira leva o prêmio de melhor escola». O Globo. 13 de fevereiro de 2013. p. 14. Consultado em 15 de novembro de 2019. Arquivado do original em 15 de novembro de 2019 
  10. «Estrela do Carnaval 2009». Site Academia do Samba. Consultado em 11 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 8 de março de 2016 
  11. «Estrela do Carnaval 2011». Site Carnavalesco. Consultado em 11 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 11 de setembro de 2017 
  12. «Tamborim de Ouro 2000». Site Academia do Samba. Consultado em 22 de abril de 2017. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013 
  13. «Tamborim de Ouro 2001». Site Academia do Samba. Consultado em 22 de abril de 2017. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013 

Predefinição:Personalidades do carnaval do Rio de Janeiro

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