Ranking da CBF é um sistema de classificação dos clubes brasileiros de futebol, instituído pela Confederação Brasileira de Futebol, composto por dois rankings, atualizados anualmente pela CBF: o Ranking Nacional dos Clubes (RNC) e o Ranking Nacional das Federações (RNF). Seu objetivo é servir como critério para o preenchimento de vagas na Copa do Brasil[1] e na última divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, que desde 2009 é a Série D.[2] O ranking define também o preenchimento de vagas na Copa do Nordeste e na Copa Verde, para as federações que participam destas competições. A partir de 2022, define também os dez clubes da Série C que terão direito a 10 jogos com mando de campo (os 10 melhores ranqueados) e, consequentemente, os outros dez clubes que terão 9 jogos com mando de campo.
Antecedentes
Ranking de Pontos
Até 2002, a CBF utilizava como ranking histórico para os clubes de futebol brasileiros o chamado Ranking de Pontos, que simplesmente somava os pontos ganhos pelos clubes em todas as edições do Campeonato Brasileiro de Futebol.[3]
Apesar da vantagem da simplicidade, este ranking tinha um problema grave: em 36 anos de história, o Campeonato Brasileiro de Futebol variou imensamente de tamanho e, portanto, de número de jogos. Por exemplo, em 1979, alguns times disputaram menos de dez jogos e chegaram às semifinais, ao passo que outros jogaram 19 jogos (conquistando muito mais pontos) e não atingiram a mesma fase.
Além disso, a própria contagem de pontos variou ao longo do tempo: cada vitória valia dois pontos até 1994 e, por determinação da FIFA, passou a valer três pontos a partir de 1995. Nos campeonatos de 1975 a 1978, vitórias por dois ou mais gols de diferença davam pontos extras ao vencedor. Assim como nestes, outras edições tiveram outras características. (Para mais detalhes, veja o artigo Campeonato Brasileiro de Futebol.)
Ranking de colocações da Placar
Para contornar estes problemas, a revista Placar instituiu no final dos anos 1980 o Ranking de Colocações, que consiste em dar sempre dez pontos para o campeão, nove pontos para o vice e assim sucessivamente até o décimo colocado em cada campeonato, que recebe um ponto.[4]
Este critério resolvia o problema das disparidades históricas entre os campeonatos, mas desconsiderava outras competições, como a Copa do Brasil, que existe desde 1989, além da Taça Brasil, disputada de 1959 a 1968 e do Robertão (1967–1970). Estes dois últimos passaram a ser considerado pela CBF como parte do Campeonato Brasileiro em 2010.
Outras classificações não oficiais
Mais recentemente, outros órgãos de imprensa criaram outros rankings, em geral considerando não apenas as competições nacionais mas também as internacionais e, num movimento contrário, igualmente as competições estaduais e regionais. É o caso do Ranking Placar,[5] do Ranking Folha,[6] etc.
Estes rankings são sem dúvida mais abrangentes, mas geram o problema da crescente subjetividade: como criar pontuações comparativamente justas entre diferentes competições, de âmbitos diferentes, em épocas diferentes?
Ranking da CBF (2003-2012)
Em 2003, a CBF criou um novo ranking histórico do futebol brasileiro, considerando apenas as competições nacionais organizadas pela própria CBF.[7] Com um critério de pontuação muito criticado desde o seu lançamento,[8] e após as mudanças na contagem decorrentes da unificação do Campeonato Brasileiro de Futebol em dezembro de 2010, aquele Ranking terminou sendo substituído em novembro de 2012.
Sistema atual
A partir de 2013, a CBF resolveu mudar totalmente os critérios de elaboração do seu ranking nacional. O Ranking Nacional dos Clubes deixou de ser um ranking histórico, passando a levar em conta o desempenho dos clubes apenas nos últimos cinco anos, e foi dado maior peso para os anos mais recentes.[9] Diretamente derivado do RNC, a mudança foi refletida no Ranking Nacional das Federações (RNF). Para classificar as federações, a cada ano, feitas as contas para atualização do número de pontos de cada clube do RNC, somam-se os pontos dos clubes filiados a cada federação estadual, obtendo-se a pontuação de cada estado no RNF. As federações com mais pontos têm direito a mais vagas na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro.[10]
Critério de pontuação
Os campeões das Série A, B, C e D recebem 800, 400, 200 e 100 pontos respectivamente.
O vice-campeão de cada divisão receberá sempre 80% dos pontos do campeão, o terceiro recebe 75%, o quarto 70%. Do quinto colocado em diante cada posição perde 1 ponto percentual em relação ao colocado imediatamente anterior. A pontuação máxima de cada série representa o dobro da pontuação máxima da série inferior. Deste modo o quinto colocado recebe 69% dos pontos do campeão reduzindo até 51% para o 23º colocado (quando houver mais participantes o percentual se mantém), seguido pelo campeão da divisão inferior com 50%.
Os clubes que participam da Copa do Brasil serão pontuados de acordo com a fase alcançada: título (600), vice-campeão (480), semifinais (450), quartas-de-final (400) e oitavas-de-final (200). Clubes que alcançam a 4ª fase a partir de 2017 (3ª fase até 2016) recebem 100 pontos. Participantes eliminados na 3ª fase a partir de 2017 (2ª fase até 2016) recebem 50 pontos. Eliminados da 2ª fase a partir de 2017 (1ª fase até 2016) recebem 25 pontos. Eliminados na 1ª fase a partir de 2017 recebem 15 pontos.
Pontuações conquistadas no ano vigente tem peso igual a 5, no ano anterior peso 4 e assim sucessivamente, considerando apenas participações nos últimos 5 anos.
Classificações atuais
Ranking Nacional de Clubes
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
Abaixo se encontram os 50 primeiros clubes classificados no ranking da CBF, divulgado em 16 de dezembro de 2021.[11]
Ranking Nacional de Federações
Abaixo estão classificadas as federações estaduais no ranking da CBF, divulgado em 16 de dezembro de 2021.[11]
Melhores por região
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Ver também
- Confederação Brasileira de Futebol
- Ranking da CBF de Futebol Feminino
- Ranking Feminino Mundial da FIFA
- Ranking Mundial da FIFA
- Classificação dos maiores clubes de futebol
Referências
- ↑ «Regulamento oficial da Copa do Brasil, artigo 2º» (PDF). Consultado em 13 de maio de 2012. Arquivado do original (PDF) em 23 de maio de 2012
- ↑ «Regulamento da Série D, artigos 2º e 3º» (PDF). Consultado em 13 de maio de 2012. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2014
- ↑ No "Anuário Placar 2003", editora Abril, pp. 76-77, o "Ranking de pontos" ainda é chamado de "Ranking CBF"
- ↑ Revista Placar especial "Guia do Brasileirão", julho de 2001, Editora Abril, pp. 124-125
- ↑ «Atualização do Ranking Placar em 02/02/2011». Consultado em 13 de maio de 2012. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2011
- ↑ «Notícia sobre atualização do Ranking Folha em 25/12/2011». Consultado em 13 de maio de 2012
- ↑ «Notícia no UOL Esporte sobre o Ranking da CBF, fevereiro de 2004». Consultado em 29 de novembro de 2012
- ↑ «Clic RBS, 11/12/2008: "Ranking da CBF, critérios equivocados"». Consultado em 13 de maio de 2012
- ↑ «Convenção de pontos do Ranking Nacional de Clubes» (PDF). Consultado em 7 de novembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 5 de abril de 2013
- ↑ «Trivela, 18/04/2012: "Quem irá disputar a série D dop Brasileirão?"». Consultado em 13 de maio de 2012
- ↑ 11,0 11,1 «Flamengo é o líder do Ranking Nacional de Clubes 2022 da CBF». CBF. 16 de dezembro de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ «Regulamento Específico da Copa Verde 2018» (PDF). Regulamento Específico da Copa Verde 2018. CBF. 8 de dezembro de 2017. Consultado em 17 de março de 2019