Paulo César Pereio | |
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Nome completo | Paulo César de Campos Velho |
Nascimento | 19 de outubro de 1940 (84 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Alegrete, Rio Grande do Sul, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Ator |
Cônjuge | Cissa Guimarães (c. 1975–90) |
Paulo César de Campos Velho, mais conhecido como Paulo César Pereio (Alegrete, 19 de outubro de 1940), é um ator brasileiro. Seu primeiro trabalho no cinema foi em 1964 no filme Os Fuzis, dirigido por Ruy Guerra. No entanto, seu primeiro reconhecimento nas telonas veio em 1975 em As Aventuras Amorosas de um Padeiro, no qual recebeu o Kikito de 'Melhor Ator Coadjuvante' pelo Festival de Gramado. Três mais anos tarde, conseguiu destaque em triplo, após ser eleito 'Melhor Ator' pelo Festival de Brasília nas obras Chuvas de Verão, Tudo Bem e A Lira do Delírio.
Biografia
Nascido em Alegrete, Peréio veio para Porto Alegre aos 12 anos. Seu pai era militar e a mãe trabalhava na Assembleia Legislativa. Ao lado de nomes como Paulo José e Lilian Lemmertz, o ator fez parte do Teatro de Equipe, um grupo de atores que marcou o teatro gaúcho nos anos 1950.
O nome "Pereio" vem de um apelido de infância. "Desde que comecei a dar os primeiros passos, e até hoje, tenho esse andar um pouco jogado pra frente, parecia um preto velho e me apelidaram de "Nego Véio" por causa disso, e aí minha irmã Rosa, que não falava direito, me chamava de Vevéio e meu pai brincava comigo, Vevéio, Pereio, Peio, acabou virando Pereio".[1]
Pereio foi casado três vezes. Primeiro com a atriz Neila Tavares, mãe de Lara; depois, com Cissa Guimarães, com quem teve dois filhos - Tomás e João, que também é ator. Finalmente, de seu casamento com Suzana César de Andrade, que não é do meio artístico, nasceu Gabriel.
Já atuou em mais de 60 filmes e inúmeras peças teatrais. No cinema, foi dirigido por Glauber Rocha, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana, Ruy Guerra e Hector Babenco, e enlouquecia os diretores, graças aos seus sumiços e atrasos. Irônico e irreverente, ficou conhecido por marcar o final de cada frase sua com a expressão "porra".[2]
É considerado um dos melhores narradores do país, e uma das vozes preferidas dos publicitários brasileiros. Ironicamente, em seu filme de estreia, o diretor Ruy Guerra chamou Cecil Thiré para dublá-lo. Pode-se também dizer que Paulo Cesar Pereio foi figura importante na Campanha da Legalidade comandada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, pois juntamente com Lara de Lemos compôs o Hino da Legalidade, além de ter sido um dos locutores da Rádio da Legalidade, cadeia de rádios liderada pela Rádio Guaíba e que garantiu a posse de João Goulart em 1961. Além disso, Pereio também participou da campanha presidencial de Brizola em 1989, como um dos locutores do horário eleitoral do então candidato.
Desde 2004 apresenta o programa de entrevistas Sem Frescura, no Canal Brasil, dirigido por sua filha, Lara Velho.[3]
Em 2011, anunciou que concorria como vereador pelo PSB,[4] no entanto, com 1483 votos não conseguiu chegar a Câmara de Vereadores de São Paulo.[5] Está fazendo um general na série da HBO Magnífica 70.
Carreira no cinema
Estreou nas telonas em 1964 no filme Os Fuzis como Pedro, obra dirigida por Ruy Guerra.[6] Três anos depois, foi um estudante em Terra em Transe.[7] Em 1968, esteve nos longas Os Marginais, O Homem Que Comprou o Mundo e atuou como Paulo César A Vida Provisória.[8][9][10] No ano seguinte, foi protagonista do filme Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite, além de viver Miguel Horta em O Bravo Guerreiro.[11][12] Iniciou a década de 1970 na pele de Zambio em Sagrada Família e Jorge em Gamal, o Delírio do Sexo.[13][14] Em 1971, viveu um homem em Bang Bang e um amigo em O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil.[15][16]
Em 1972, interpretou Alvarenga Peixoto em Os Inconfidentes.[17] No ano seguinte, participou dos longas Toda Nudez Será Castigada, viveu um ex-malandro em Vai Trabalhar, Vagabundo!, narrou Paraty: Impressões e foi um estradeiro em Sagarana, o Duelo.[18][19][20][21] Em 1974, viveu o doutor João Oliveira em A Estrela Sobe, cabeleireiro em As Mulheres que Fazem Diferente, um médico em Relatório de um Homem Casado e Pereio em A Cartomante.[22][23][24][25]
Em 1975, após inúmeros trabalhos no cinema, veio seu primeiro destaque: o padeiro Marques em As Aventuras Amorosas de um Padeiro rendeu o Kikito de 'Melhor Ator Coadjuvante' pelo Festival de Gramado.[26] Três anos mais tarde, voltaria a conquistar três novos prêmios, todos pela categoria de 'Melhor Ator Coadjuvante' pelo Festival de Brasília: Juraci em Chuvas de Verão, com direção de Cacá Diegues; fez participação especial como Bill Thompson em Tudo Bem, dirigido por Arnaldo Jabor; e Paulo César em A Lira do Delírio.[27][28][29]
Na década de 1980, iniciou como Waldo em Fruto do Amor e Paulo em Eu Te Amo, este último, foi o terceiro trabalho de Pereiro no cinema com direção de Arnaldo Jabor – o mesmo já havia atuado em obras dele em Toda Nudez Será Castigada e Tudo Bem.[30][31] Em 1982, foi o período em que participou de mais longas, sendo cinco: Rio Babilônia, Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor como Abdelaziz Kamel, Ao Sul do Meu Corpo, participação especial em Tensão no Rio como oficial do coronel de vendas; além de uma vítima do professor em O Segredo da Múmia.[32][33][34][35][36] Seu próximo trabalho em destaque, no entanto, só veio em 1985, na pele de Corcunda no cartaz Noite, ganhando o Kikito na categoria de 'Melhor Ator' pelo Festival de Gramado.[37] Posteriormente, ainda participaria de filmes nesta década como Um Filme 100% Brasileiro e Dias Melhores Virão, este último na pele de Pereira.[38][39]
A década de 1990 para o ator ficou marcado por trabalhos como narrador em Batalha Naval, no curta-metragem Amor!, além de papéis com astronauta em Vagas para Moças de Fino Trato e Chico Herrera em O Viajante.[40][41][42][43] Na década de 2000, teve destaque em 2003 pela sua atuação em Harmada lhe premiou com 'Melhor Ator' no Festival de Brasília.[44] Além disso, também fez algumas aparições no cinema em Onde Anda Você, do cineasta Sérgio Rezende; e em Árido Movie, pai do protagonista na trama.[45][46] Concluiu o decênio atuando como Afonso em Gatão de Meia Idade; o médico em Noel - Poeta da Vila e Oswaldão em Nossa Vida não Cabe num Opala.[47][48][49] No início da década de 2010, viveu doutor Honório no filme Boca e foi um radialista em A Coleção Invisível.[50][51] Em 2013, esteve na pele do cineasta Jairo Mendes no Jogo das Decapitações.[52]
Polêmica
Paulo César Pereio criou uma inusitada campanha para a implosão do Cristo Redentor.[4][53] Em entrevista a revista Veja, disse que "aquela estátua é uma interferência indevida na paisagem. O morro onde ela está é lindo. O Cristo só atrapalha o visual do lugar". Ele ainda argumentou que melhor seria se tivesse sido escolhida a estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, classificando como um "absurdo" a eleição do Cristo como uma das sete maravilhas do mundo. Classificando-se como ateu e ex-comunista, Paulo afirmou que contratou uma agência de publicidade e está recolhendo assinaturas para a campanha de demolição.[54]
Carreira
Cinema
Televisão
Ano | Título | Papel |
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1970 | Simplesmente Maria | Participação Especial |
A Gordinha | Tomás | |
1971 | A Fábrica | Fernando |
1972 | Tempo de Viver | Mágico |
1975 | Gabriela | Príncipe |
1984 | Partido Alto | Da Mata |
1985 | Roque Santeiro | Benevides |
1986 | Anos Dourados | Narrador |
1987 | Mandala | Capitão |
1989 | O Salvador da Pátria | Sebastião Machado |
1994 | A Viagem | companheiro de cela de Alexandre |
2001 | Presença de Anita | Armando |
2005 | A Lua Me Disse | Carga Pesada |
2006 | Um Menino Muito Maluquinho | Vô Mika |
2007 | Duas Caras | Lobato |
Carga Pesada | Coronel Severino | |
Amazônia, de Galvez a Chico Mendes | Poeta | |
2011 | Amor em Quatro Atos | Narrador (1 episódio) |
2015 | Magnífica 70 | General Souto [58] |
2017 | A História Bêbada | |
2018 | Jesus | Simeão |
2021 | 5x Comédia | Cliente (Episódio: "Sexo Online") |
Prêmios
- Recebeu o troféu Candango de melhor ator e Prêmio Saruê pela sua atuação em Harmada, em 2003.
- Ganhou na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, por sua atuação em Chuvas de verão, em 1978.
- Ganhou o troféu Kikito na categoria de Melhor Ator, por sua atuação no filme Noite, em 1985.
- Ganhou o troféu Kikito na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, por sua atuação em As aventuras amorosas de um padeiro, em 1975.
Referências
- ↑ Adoro Cinema Brasileiro
- ↑ Peréio. Trip, 11 de dezembro de 2006.
- ↑ Canal Brasil. Sem frescura.
- ↑ 4,0 4,1 «Pereio quer ser um vereador 'sem frescura'». Estadão.com. 11 de agosto de 2011. Consultado em 11 de março de 2013. Arquivado do original em 25 de agosto de 2011
- ↑ «Veja o desempenho dos famosos nas urnas». O Globo. 9 de março de 2013. Consultado em 11 de março de 2013
- ↑ «Filmografia - Os Fuzis». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Terra em Transe». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Os Marginais». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - O Homem que Comprou o Mundo». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - A Vida Provisória». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - O Bravo Guerreiro». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Sagrada Família». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Gamal: O Delírio do Sexo». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Bang Bang». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - O Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Os Inconfidentes». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Toda Nudez Será Castigada». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Vai Trabalhar Vagabundo». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Paraty: Impressões». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Saragana, o Duelo». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - A Estrela Sobe». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - As Mulheres que Fazem Diferente». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
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- ↑ «Filmografia - A Cartomante». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - As Aventuras Amorosas de um Padeiro». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Chuvas de Verão». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Tudo Bem». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - A Lira do Delírio». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Fruto do Amor». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Eu Te Amo». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Rio Babilônia». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Retrato Falado de uma Mulher Sem Pudor». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmograia - Ao Sul do Meu Corpo». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Tensão no Rio». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
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- ↑ «O Viajante: Elenco, atores, equipe técnica, produção». AdoroCinema. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Harmada». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ Hessel, Marcelo (8 de abril de 2004). «Onde Anda Você - Crítica». Omelete. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Premiado drama Árido Movie é o filme em cartaz na sessão Cine Nacional». Cine Nacional Institucional - EBC. 21 de novembro de 2016. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Filmografia - Gatão da Meia Idade». Cinemateca brasileira. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Bate-papo com Ricardo van Steen fala sobre o filme Noel». Bate papo UOL. 16 de novembro de 2006. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ Couto, José Geraldo (15 de agosto de 2008). «Com traços cartunescos, longa é um pacote indigesto». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «Estreia: 'Boca' traça biografia do bandido paulista Hiroito Joanides». G1. 27 de setembro de 2012. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ «ESTREIA-Premiado em Gramado, "A Coleção Invisível" marca despedida de Walmor Chagas». G1. 5 de setembro de 2013. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ Guerra, Flávia (20 de junho de 2014). «'Jogo das Decapitações' é o novo longa de Sérgio Bianchi». A Tarde. Consultado em 2 de setembro de 2020
- ↑ Souza, Leonardo de (28 de abril de 2008). «Ator propõe campanha para implodir estátua do Cristo Redentor». Internet Group. Consultado em 11 de março de 2013. Arquivado do original em 5 de julho de 2008
- ↑ «Cópia arquivada». Veja (2058): 48. 30 de abril de 2008. Consultado em 12 de março de 2013. Arquivado do original em 26 de dezembro de 2012
- ↑ Cinemateca Brasileira Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite [em linha]
- ↑ «Chuvas de Verão». Cinemateca Brasileira. Consultado em 4 de março de 2018
- ↑ Jogo das Decapitações no IMDb
- ↑ Priscila de Martini (22 de maio de 2015). «HBO estreia domingo "Magnífica 70", sua nova série brasileira». Zero Hora. Consultado em 23 de maio de 2015
Ligações externas
- Predefinição:Twitter
- Entrevista à revista Trip, 2 de fevereiro de 2009.
- Entrevista[ligação inativa], por Kelly de Souza. Updaters, 5 de setembro de 2009.
- RedirecionamentoPredefinição:fim
Predefinição:Melhor ator Festival de Gramado Predefinição:Melhor ator coadjuvante Festival de Gramado Predefinição:Troféu Oscarito Festival de Gramado
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Troféu Candango de Melhor Ator por Harmada 2003 |
Sucedido por Leonardo Medeiros por Cabra-Cega |
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Troféu Candango de Melhor Ator Coadjuvante por Chuvas de Verão, Tudo Bem e A Lira do Delírio 1978 |
Sucedido por Roberto Bonfim por O Caso Cláudia |