Predefinição:Info/Partido político O Partido Democrático Liberal (em alemão: Freie Demokratische Partei, FDP) é um partido liberal[1][2] e liberal clássico[3] na Alemanha. O FDP é liderado por Christian Lindner.
O Partido Democrático Liberal foi fundado em 11-12 de dezembro de 1948 em Heppenheim, em Hesse, como uma unificação de todas as 13 organizações de partidos liberais regionais nas três zonas ocidentais de ocupação.[4] O nome proposto, Partido Liberal Democrata (LDP), foi rejeitado pelos delegados, que votaram 64 a 25 em favor do nome Partido Democrático Livre (FDP). Os liberais são considerados os herdeiros históricos do Partido Democrático Alemão e do Partido Popular Alemão, os partidos liberais na Alemanha antes da ascensão do Nazismo na Alemanha.
Após a fundação da República Federal, o FDP tem sido, normalmente, o partido que determina o partido que governa o país, fazendo coligações com os dois maiores partidos: a União Democrata-Cristã (1949-1956, 1961-1966, 1982-1998 e 2009-2013) e o Partido Social-Democrata (1969-1982).[5]
No entanto, nas eleições federais de 2013, os liberais perderam todos os deputados que tinham no Bundestag, ficando abaixo dos 5% e, assim, pela primeira vez o partido ficou sem representação parlamentar. Actualmente, o FDP está representado em nove parlamentos estaduais e no Parlamento Europeu.[6]
Após um período de maus resultados, o FDP voltou, recentemente, aos bons resultados, conquistando resultados importantes, como, por exemplo, os 13% dos votos conquistados nas eleições regionais de Renânia do Norte-Vestfália[5] de 2017. Segundo as últimas sondagens, os liberais irão voltar a ter representação parlamentar, e, como no passado, irão ter um papel importante na formação de um novo governo na Alemanha.[5]
Ideologia política
O FDP é descrito como sendo um partido liberal clássico de centro-direita.[7] Nos anos 1940 e 1950, o FDP estava posicionado à direita da CDU/CSU. Na época, o FDP queria que os ex-nazistas fossem reintegrados à sociedade e exigia a libertação dos criminosos de guerra nazistas.[8]
O FDP é agora um partido predominantemente liberal clássico, tanto no sentido de apoiar o laissez-faire e as políticas econômicas de livre mercado quanto no sentido de políticas que enfatizam a minimização da interferência do governo nos assuntos individuais.[9] Os estudiosos da ciência política têm, via de regra, identificado o FDP como mais próximo do bloco CDU/CSU em questões econômicas, mas mais próximo do SPD em questões como liberdades civis e política externa.
Durante as eleições federais de 2017, o partido pediu que a Alemanha adotasse uma restrita política de imigração usando um sistema de imigração baseado em pontos ao estilo do Canadá. Um gasto de até 3% do PIB em defesa e segurança internacional; a eliminação progressiva dos chamados impostos de solidariedade; cortar impostos em 30 bilhões de euros (duas vezes o valor do corte de impostos proposto pela CDU); e melhorar a infraestrutura rodoviária gastando 2 bilhões de euros anualmente para cada uma das rodovias pelas próximas duas décadas.[10]
O FDP apóia a legalização da cannabis na Alemanha[11] e se opõe ferrenhamente as propostas para aumentar a vigilância da internet.
O FDP apóia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já em 1980, o FDP era favorável à revogação do parágrafo 175 , que criminalizava a homossexualidade masculina na Alemanha.[12]
O FDP tem opiniões mistas sobre a União Europeia e sobre a integração europeia, sendo descrito como sendo o partido mais eurocético entre os partidos tradicionais alemães. Em seu manifesto de 2009, o FDP prometeu ratificar o Tratado de Lisboa e defendeu reformas na UE destinadas a aumentar a transparência e a capacidade de resposta democrática, fez críticas a burocracia no bloco e defendeu restrições rigorosas no orçamento da UE. Em seu congresso de janeiro de 2019, antes das eleições para o Parlamento Europeu de 2019, o manifesto do FDP apelou para ainda mais reformas da UE, incluindo a redução do número de comissários europeus dos atuais 28 para 18, a abolição do Comitê Econômico e Social Europeu e a defesa do Livre Mercado.[13]
Resultados Eleitorais
Eleições legislativas
Eleições europeias
Eleições regionais
Baden-Württemberg
Baixa Saxónia
Baviera
Berlim
Brandemburgo
Bremen
Hamburgo
Hesse
Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental
Renânia do Norte-Vestfália
Renânia-Palatinado
Sarre
Saxónia
Saxónia-Anhalt
Schleswig-Holstein
Turíngia
Ligações externas
Referências
- ↑ Banchoff, Thomas F.; Smith, Mitchell P. (1999). Legitimacy and the European Union: The Contested Polity (em English). [S.l.]: Psychology Press. ISBN 9780415181884
- ↑ Breukers, Sylvia (2006). Changing Institutional Landscapes for Implementing Wind Power (em English). [S.l.]: Amsterdam University Press. ISBN 9789056294540
- ↑ Merry, E. Wayne. «German Liberalism: an Endangered Species?». The National Interest (em English)
- ↑ Mohr, Alexander (2010). The German Political Foundations As Actors in Democracy Assistance (em English). [S.l.]: Universal-Publishers. ISBN 9781599423319
- ↑ 5,0 5,1 5,2 (www.dw.com), Deutsche Welle. «What you need to know about Germany's liberals, the Free Democratic Party | German election 2017 - All the news, data and facts you need | DW | 15.05.2017». DW.COM (em English). Consultado em 8 de setembro de 2017
- ↑ «Ergebnisse der FDP bei den jeweils letzten Landtagswahlen in den Bundesländern bis 2017 | Statistik». Statista (em Deutsch). Consultado em 8 de setembro de 2017
- ↑ Banchoff, Thomas F.; Smith, Mitchell P. (1999). Legitimacy and the European Union: The Contested Polity (em English). [S.l.]: Psychology Press
- ↑ «Schwarz-weiß-rot mit braunen Flecken - Die FDP muß erkennen, daß es rechts von der CDU/CSU nicht viel zu holen gibt». www.udo-leuschner.de. Consultado em 28 de setembro de 2021
- ↑ Welle (www.dw.com), Deutsche. «What you need to know about Germany's liberals, the Free Democratic Party | DW | 14.03.2021». DW.COM (em English). Consultado em 28 de setembro de 2021
- ↑ Lewin, Joel (28 de agosto de 2017). «How the policies of Germany's political parties match up». Financial Times. Consultado em 28 de setembro de 2021
- ↑ Welle (www.dw.com), Deutsche. «Germany delays roll-out of medical marijuana | DW | 27.12.2018». DW.COM (em English). Consultado em 28 de setembro de 2021
- ↑ Davidson-Schmich, Louise K. (2 de outubro de 2017). «LGBT Politics in Germany: Unification as a Catalyst for Change». German Politics (4): 534–555. ISSN 0964-4008. doi:10.1080/09644008.2017.1370705. Consultado em 28 de setembro de 2021
- ↑ Stierle, Steffen (29 de janeiro de 2019). «Germany's liberals sign off on European election programme». www.euractiv.com (em English). Consultado em 28 de setembro de 2021