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Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos

Predefinição:Info/Unidade Militar

O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (em inglês: United States Marine Corps; abreviação oficial: USMC) é o braço da força marítima terrestre das Forças Armadas dos Estados Unidos responsável pela condução de operações expedicionárias e anfíbias. O Corpo de Fuzileiros Navais, com aproximadamente 202 000 fuzileiros navais na ativa e mais 40 000 na reserva, é o maior Corpo de Fuzileiros Navais do mundo. Em termos absolutos, porém, o Corpo de Fuzileiros Navais é maior do que as forças armadas de muitos países; é maior, por exemplo, do que o Exército Britânico.

Embora o Corpo de Fuzileiros Navais inicialmente servisse somente na segurança de navios da Marinha americana e em táticas anfíbias de guerra, o Corpo de Fuzileiros Navais evoluiu gradualmente até se tornar numa força militar individualizada, com múltiplos objetivos nas forças armadas americanas.

Tanto o Corpo de Fuzileiros Navais quanto a Marinha americana são administrados e controlados pelo Departamento da Marinha dos Estados Unidos. Apesar de serem dois órgãos militares distintos, o Corpo de Fuzileiros Navais e a Marinha trabalham em estreita colaboração.

Missão

O Corpo de Fuzileiros Navais atua como um elemento versátil de combate, e está adaptado para servir em uma grande variedade de operações de combate. O Corpo de Fuzileiros Navais era inicialmente composto por forças de infantaria de combate servindo em navios da Marinha, e eram responsáveis pela segurança dos navios, dos capitães destes navios e outros oficiais. Atuavam também em operações ofensivas e defensivas durante desembarques militares e em ataques anfíbios. O Corpo de Fuzileiros Navais foi o responsável pelo grande desenvolvimento das táticas de assalto anfíbios americanas durante a Segunda Guerra Mundial, com maior destaque no Oceano Pacífico.

Desde sua criação em 1775, os objetivos do Corpo de Fuzileiros Navais foram consideravelmente alargados. Os fuzileiros navais americanos possuem uma única missão dentro das forças armadas americanas. "O Corpo de Fuzileiros Navais deverá, em qualquer momento, ser capaz de desempenhar as suas tarefas em fortes e instalações militares americanas, no litoral ou em qualquer outra missão em terra, onde o Presidente, em sua discrição, ordenar". Por isto, o Corpo de Fuzileiros Navais possui uma capacidade especial, o de realizar tarefas dadas diretamente pelo Presidente dos Estados Unidos, atuando assim como um órgão militar com múltiplas finalidades, uma força de resposta rápida, capaz de realizar ações rapidamente em áreas que requerem intervenção de emergência.

Fuzileiros com seu veículo de combate do navio USS Bonhomme Richard.

O Corpo de Fuzileiros Navais (os Marines) possui elementos militares terrestres e aéreos, e depende da Marinha americana para o fornecimento de elementos de combate naval para realizar sua missão como a "Força 9-1-1 dos Estados Unidos da América". Os elementos terrestres e aéreos do Corpo de Fuzileiros Navais estão em sua maioria organizados em três Forças Expedicionárias do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Force, em inglês, sua abreviação oficial é MEF). A primeira MEF está sediada em Camp Pendlenton, Califórnia, a segunda MEF está sediada em Camp LeJeune, Carolina do Norte, e a terceira está baseada em Okinawa, Japão. As MEFs, por sua vez, estão divididas em Divisões do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Divisions, abreviação oficial é MARDIVS), e em Forças e Grupos de Serviço e Apoio (Force Service Support Groups, abreviação oficial é FSSG). O Corpo de Fuzileiros Navais americano também possui uma força tática especial, a Força de Reconhecimento do Corpo de Fuzileiros Navais. Esta força tática especial consiste em grupos de fuzileiros navais especialmente treinados em táticas de reconhecimento e cobertura, e seu objetivo é o de patrulhar o inimigo e reportar o que acharem. Já elementos aéreos são agrupados em três Alas, Marine Aircraft Wings (MAWs).

As táticas e as doutrinas do Corpo de Fuzileiros Navais tentem a dar ênfase na agressividade e no ataque, comparado à táticas empregadas pelo exército americano para unidades similares. O Corpo de Fuzileiros Navais é creditado com o desenvolvimento de diversas manobras de guerra, como a utilização de helicópteros no campo de batalha e em operações anfíbias modernas.

O Corpo de Fuzileiros Navais também mantém uma cultura de operação e treinamento onde ênfase é dado para as habilidades de combate de cada fuzileiro naval. Todos os fuzileiros navais recebem primeiramente treinamento básico de infantaria, e por isto, a função básica do Corpo de Fuzileiros Navais é o de um corpo de infantaria.

Apesar disto, o Corpo de Fuzileiros Navais não cobre necessariamente objetivos únicos de combate. Isto acontece, porém, somente quando o exército, a marinha e a força aérea americana estão a cobrir juntas uma dada área onde o Corpo de Fuzileiros Navais está também a cobrir. Como uma força de combate, os fuzileiros navais usam constantemente todos os elementos essenciais de combate - ar, terra e mar - juntos. Enquanto que a criação de comandos conjuntos, no Ato de Goldwater-Nichols, têm melhorado serviço de coordenação entre as três maiores divisões da força armada americana - Exército, Marinha e Força Aérea - a habilidade do Corpo de Fuzileiros Navais em manter forças multielementos integradas sob a tutela de um único comando dá ao Corpo de Fuzileiros Navais uma habilidade especial, o de flexibilidade e a responder requerimentos de urgência.

O Corpo de Fuzileiros Navais diz que eles não tomam o lugar de outros órgãos militares americanos, e também diz que isto não deve ocorrer - tal como, por exemplo, uma ambulância que tomasse o lugar de um hospital. Mesmo assim, quando uma emergência desenvolve-se, o Corpo de Fuzileiros Navais essencialmente atua como um primeiro recurso, indo e segurando uma dada área problemática até que outros ramos das forças armadas americanas possam ser mobilizadas. A opinião de militares americanos não pertencentes ao Corpo de Fuzileiros Navais e de políticos em relação ao Corpo de Fuzileiros Navais tem variado com o tempo. Por exemplo, o Presidente americano Harry S. Truman considerou abolir o Corpo de Fuzileiros Navais como parte da reorganização das forças armadas americanas em 1948. Ele afirmou que "a única máquina de propaganda que faz frente ao de Stalin é o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. Truman, que fora um capitão do exército americano, acreditava que o Corpo de Fuzileiros Navais era inútil, apesar do várias operações bem-sucedidas na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia.

Um exemplo desta capacidade pôde ser visto em 1990, quando a vigésima segunda Unidade Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais conduziu a Operação Navalha Afiada, uma operação de evacuação na cidade de Monróvia, Libéria. A Libéria então passava por um período de guerra civil, e cidadãos americanos e de outros países na Libéria não podiam deixar o país através de métodos convencionais. A Operação Navalha Afiada terminou em sucesso, e apenas uma única equipe de reconhecimento sofreu fogo. Nenhum lado sofreu baixas, e os fuzileiros navais recuperaram centenas de civis em algumas horas para navios da marinha americana esperando próximos à costa.

História

Fuzileiros americanos em Inchon, 1950.

O Corpo de Fuzileiros Navais foi originalmente criado pelo capitão Samuel Nicholas, em 10 de novembro de 1775, na Filadélfia, na forma de dois batalhões de infantaria naval,[1] sendo anterior mesmo à fundação dos Estados Unidos, como "Continental Marines", durante a Revolução Americana de 1776, e criada como força militar nacional oficial por uma resolução do Congresso Continental em 10 de novembro de 1776. A primeira cidade a recrutar homens para os Fuzileiros Navais Continentais foi Filadélfia, Pensilvânia, em Tun Tavern. Estes homens serviram como tropas de desembarque para a recém-formada Marinha Continental. O grupo de fuzileiros navais continental foi desativado ao final da guerra em abril de 1783, mas foi recriado em 11 de julho de 1798. Apesar do interregno, os fuzileiros navais celebram o aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais em 10 de novembro.

Historicamente, os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos alcançaram fama em diversas campanhas, como referenciado na primeira linha do Hino do Corpo de Fuzileiros Navais: "Das salas de Montezuma até os litorais de Tripoli". No início do século XIX, o Primeiro-Tenente Presley O'Bannon liderou um grupo de oito fuzileiros navais e 300 mercenários árabes e europeus na captura de Tripoli. Separadamente, os fuzileiros navais também tomaram parte na Guerra Mexicano-Americana (1846-1848), onde assaltaram militarmente o Castelo de Chapultepec, na Cidade do México. Os fuzileiros navais então foram colocados em guarda no palácio presidencial mexicano, popularmente chamado "as salas de Montezuma".

Fuzileiros americanos em ação no Afeganistão.

Na Primeira Guerra Mundial, fuzileiros navais veteranos tiveram um papel importante na entrada dos Estados Unidos na guerra, e na Batalha de Belleau Wood, onde os fuzileiros navais lutaram à frente, o Corpo de Fuzileiros Navais ganhou a reputação de "ser o primeiro a lutar". Esta batalha marca o início da criação da reputação do Corpo de Fuzileiros Navais na história moderna. Sob os gritos de batalha "Recuar nada! Nós acabamos de chegar!" (Retreat hell! We just come here!), dito pelo Capitão Lloyd Williams, e "Vamos lá, seus filhos da p***, vocês querem viver para sempre?" (Come on, you son of bitches, do you want to live forever?), dito por Dan Daly, então um sargento de armas, os fuzileiros navais forçaram forças alemãs a recuarem. Segundo dizem, os alemães referiram-se aos fuzileiros navais em batalha como Teufelhunden, literalmente, "Cachorros do Diabo", cognome que é até os dias atuais usado com orgulho pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Porém, não há documento que sugira que um termo deste tipo tenha sido utilizado pelas forças armadas alemãs.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Corpo de Fuzileiros Navais teve um papel central e importante na Guerra do Pacífico após a entrada dos Estados Unidos no conflito mundial em dezembro de 1941, onde este ramo das forças armadas americanas foi expandido de duas brigadas para dois corpos, com seis divisões e cinco alas aéreas com 132 esquadrões. O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos foi o principal braço armado dos Aliados em sua luta contra as forças do Império do Japão durante a sua expansão militar no Oceano Pacífico. Divisões de fuzileiros lutaram em várias batalhas no Pacífico, como Guadalcanal, Tarawa, Saipan, Peleliu, Iwo Jima e Okinawa. Um sistema de comunicações eficiente e secreto, graças ao programa de código de fala Navajo, foi uma das principais causas do sucesso do Corpo de Fuzileiros Navais na Segunda Guerra Mundial.

Durante a Batalha de Iwo Jima, a fotografia Raising the Flag on Iwo Jima tornou-se famosa mundialmente. Esta fotografia mostra cinco fuzileiros navais e um marinheiro das forças armadas americanas içando a bandeira americana no Monte Suribachi. Os atos dos fuzileiros navais foram adicionados ao já significativo número dos seus membros, e o Memorial de Guerra do Corpo de Fuzileiros Navais foi criado em 1954, no Condado de Arlington, Virgínia.

Durante a Guerra da Coreia, o Corpo de Fuzileiros Navais atuou no desembarque e da invasão de Incheon, e, juntamente com o exército americano, fuzileiros navais avançaram em direção ao norte. À medida que as forças americanas se aproximaram do rio Yalu, a República Popular da China, temendo uma invasão do país por parte das forças americanas, enviou forças contra as forças americanas dentro da Coreia.

Durante a Batalha do Reservatório de Chosin, a Primeira Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais, em grande desvantagem numérica, mas muito mais bem equipada e treinada, lutou contra forças chinesas. Recuperando equipamentos deixados pelas forças do exército americano, que desbandaram em uma retirada não organizada, os fuzileiros navais reagruparam, e assaltaram os chineses, causando pesadas baixas entre as forças chinesas durante a luta da retirada americana em direção ao litoral.

O Corpo de Fuzileiros Navais também teve um importante papel durante a Guerra do Vietnã, em batalhas como Da Nang, Hué e Khe Sahn. Fuzileiros navais estiveram entre as primeiras tropas a serem enviadas ao Vietnã, bem como foram os últimos a deixarem o país durante a evacuação da embaixada americana em Saigão.

Depois do Vietnã, o Corpo de Fuzileiros Navais serviu em um número de importantes eventos e lugares. Em 1983, instalações militares do Corpo de Fuzileiros Navais no Líbano sofreram um atentado terrorista, causando um total de 240 baixas americanas, entre elas, 220 fuzileiros navais, a maior baixa sofrida pelo Corpo de Fuzileiros Navais em tempos de paz, e levando à retirada dos americanos do Líbano. O Corpo de Fuzileiros Navais também foi responsável pela liberação do Kuwait durante a Guerra do Golfo, enquanto o exército americano invadiu diretamente o Iraque. Em 1995, fuzileiros navais efetuaram uma missão bem sucedida na Bósnia e Herzegovina, resgatando o Capitão Scott O'Grady, um piloto da Força Aérea americana, em uma missão chamada de TRAP (Tactical Recovery of Aircraft and Personnel, Recuperação Tática de Aeronaves e Pessoal).

Mais recentemente, o Corpo de Fuzileiros Navais atuaram na Invasão do Iraque de 2003, e na ocupação subsequente, quando uma força ligeira e móvel era especialmente necessária. Mais notavelmente, o Corpo de Fuzileiros Navais foi o responsável por ambos os assaltos americanos contra Fallujah, em abril e novembro de 2004.

Reputação

Fuzileiros americanos em ação no Iraque.

O Corpo de Fuzileiros Navais possui uma reputação de ser uma força eficiente e agressiva de combate, e os fuzileiros navais orgulham-se de sua atitude entusiasta, e possuem uma forte confiança em sua cadeia de comando e na importância de "espírito de corpo", um espírito de entusiasmo e orgulho em si próprio e nos demais companheiros. O corpo de fuzileiros navais ganhou notoriedade pelas operações de que participou, e é uma da forças mais temidas pelos inimigos. Durante a Guerra do Golfo, após as forças iraquianas terem sofrido pesadas baixas durante a primeira batalha da guerra, o General do Exército americano Norman Schwarzkopf usou uma demonstração pública de um fuzileiro naval desembarcando em Kuwait e o porto de Umm Qasr para forçar a retirada das forças iraquianas do Kuwait, enquanto o Exército americano executava uma invasão do Oeste.

Também acredita-se que iraquianos, durante a Guerra do Golfo e da Invasão do Iraque, em 2003, tomaram nota especial dos helicópteros Cobra do Corpo de Fuzileiros Navais, bem como do uniforme distintivo de combate dos fuzileiros navais. O Corpo de Fuzileiros Navais passou a aproveitar-se desta vantagem psicológica, através da criação de um novo uniforme militar que torna mais fácil a diferenciação dos fuzileiros navais de outros soldados atuando em outros ramos das forças armadas americanas.

O Corpo de Fuzileiros Navais também recentemente iniciou o "programa de artes marciais do Corpo de Fuzileiros Navais", uma ideia baseada dos fuzileiros navais sediados na Coreia do Sul, que treinam em artes marciais. Ao longo da Guerra do Vietnã, rumores existiam que todos os fuzileiros navais da Coreia do Sul eram faixa pretas. Espera-se que ao longo do século XXI missões de paz em áreas urbanas tornar-se-ão cada vez mais comuns, o que fará com que fuzileiros navais aproximem-se cada vez mais de civis não armados. Acredita-se que os fuzileiros navais irão beneficiar-se de opções não letais para o controle de indivíduos hostis não armados.

Memorial dos Fuzileiros 'erguendo a bandeira americana' em Iwo Jima.

A reputação do Corpo de Fuzileiros Navais tem permanecido em sua maioria positivo em anos recentes, ao menos dentro dos Estados Unidos, mesmo assim, o Corpo de Fuzileiros Navais tem sofrido com ocasionais comentários negativos da imprensa, bem como perceções negativas. Em vários conflitos, membros de outros órgãos das forças armadas do Estados Unidos tem feito reclamações contra o Corpo de Fuzileiros Navais, de que este muitas vezes dá ênfase à própria organização à custa da reputação de unidades do Exército ou da Marinha próximas. Um exemplo ocorreu durante a Batalha do Reservatório de Chosin, durante a Guerra da Coreia, quando um fuzileiro naval, o General Chesty Puller desdenhou do regimento do Exército americano que havia inicialmente tomado o ataque chinês. Além disso, a tradição de agressividade do Corpo de Fuzileiros Navais e a perceção pública deste órgão militar como uma organização agressiva e de elite dentro das forças armadas dos Estados Unidos levou por vezes à tona acusações de bullying, assédio e humilhação desde a Segunda Guerra Mundial.

Desde a Segunda Guerra Mundial, a reputação do Corpo de Fuzileiros Navais foi abalada por diversas vezes. O primeiro evento foi o Incidente de Ribbon Creek, em 8 de abril de 1956, quando o Sargento de Armas Mathew Mckeon liderou seu pelotão em um riacho pantanoso na Ilha Parris, com o propósito de disciplinar seu pelotão. McKeon violou diversas regras básicas e regulamentos do Corpo de Fuzileiros Navais. No final, seis recrutas morreram, tendo-se afogado nas águas pantanosas por causa de exaustão e de hipotermia. McKeon foi processado, o caso recebeu intensa cobertura da imprensa, e o Congresso abriu um inquérito para investigar o caso. Apesar disto, McKeon foi condenado no final a três meses de prisão, a sua patente foi diminuída para recruta, e após ter servido os três meses de punição, voltou a trabalhar no Corpo de Fuzileiros Navais, tendo sido elevado à categoria de Sargento novamente em um ano.

Este incidente foi revivido em um filme criado no final da década de 1980, Full Metal Jacket. Este filme, embora relativamente baseado no Incidente de Ribbon Creek, estava completamente localizado durante a era do Vietnã. Mesmo assim, o filme projetou alguma atenção nacional ao treinamento básico do Corpo de Fuzileiros Navais.

Outro problema enfrentado pelo Corpo de Fuzileiros Navais são suas tropas estacionadas em Okinawa, Japão. Nas últimas décadas, a população de Okinawa e do Japão tem pedido e pressionado pela remoção dos cerca de 35 mil fuzileiros navais estacionados na ilha, especialmente após divulgações de abusos cometidos por tais fuzileiros navais. Em 1995, por exemplo, três fuzileiros navais sequestraram e estupraram uma menina de 12 anos, levando à grandes protestos e ao grande crescimento do sentimento antiamericano em Okinawa.

Organização

Unidades típicas de aviação são Esquadrão, Grupo e Ala. O Corpo de Fuzileiros Navais possui quatro alas:

  • A 1a Ala Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada na Base Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais Cherry Point, Haverlock, Carolina do Norte.
  • A 2a Ala Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada na Base Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais Miramar, em San Diego, Califórnia.
  • A 3a Ala Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Smedley Butler, Okinawa, Japão.
  • A 4a Ala Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais, é um grupo de reserva.

Existem também 4 Forças de Suporte e Serviço:

  • A 1a Força de Serviço e Suporte do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Pendlenton, Oceanside, Califórnia.
  • A 2a Força de Serviço e Suporte do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Lejeune, Jacksonville, Carolina do Norte.
  • A 3a Força de Serviço e Suporte do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Smedley Butler, Okinawa, Japão.
  • A 4a Força de Serviço e Suporte do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Nova Orleães, Louisiana.

Infantaria

M1030M1, motocicleta a diesel do USMC.[2][3]
Um tanque M1A1 Abrams do Batalhão de Tanques dos fuzileiros navais americanos.
  • Equipe de ataque: Quatro fuzileiros
  • Esquadrão: Três Equipes de ataque e um sargento ou um cabo como um líder de esquadrão.
  • Pelotão
    • Pelotão de armas.
    • Pelotão de espingardas.
  • Companhia
    • Companhia de Armas
    • Companhia quartel-general e suporte
  • Batalhão: Três ou quatro companhias, liderado por um Tenente-Coronel.
  • Regimento: Três ou quatro batalhões, liderado por um Coronel.
  • Brigada: Pouco comum no Corpo de Fuzileiros Navais, tipicamente composta por um ou mais regimentos e comandado por um Brigadeiro General.
  • Divisão: Três ou quatro regimentos, liderados por um Major-General.

Batalhões e unidades maiores possuem um Sargento-Major e um oficial executivo como segundo em comando, mais oficiais e outros para: Administração (S-1), Inteligência (S-2), Operações (S-3), Logística (S-4), Relações civis [apenas em tempos de guerra] (S-5) e Comunicações (S-6).

Atualmente, o Corpo de Fuzileiros Navais possui quatro divisões:

  • A 1a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Pendlenton, Oceanside, Califórnia.
  • A 2a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Lejeune, Jacksonville, Carolina do Norte.
  • A 3a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Smedley Butler, Okinawa, Japão.
  • A 4a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais, uma divisão de reserva, está localizada em New Orleans, Louisiana, cujas unidades estão dispersas por todo país.

Durante a Segunda Guerra Mundial, mais duas Divisões foram criadas: a 5a Divisão e a 6a Divisão, que lutaram no Guerra do Pacífico. Estas divisões foram desmanteladas após o fim da guerra.

Forças de tarefa ar-terra

A organização do Corpo de Fuzileiros Navais é flexível, e forças de tarefa podem ser formadas a qualquer momento, e podem possuir qualquer tamanho. Atualmente, divisões modernas do Corpo de Fuzileiros Navais são baseados primariamente na doutrina da força de tarefa ar-terra (Marine air-ground task force, ou MAGTF). Uma força de tarefa ar-terra pode possuir qualquer tamanho, tamanho que é baseada na quantidade de força necessária em uma dada situação. Porém, todas as forças de tarefa ar-terra são organizadas similarmente entre si.

Uma força de tarefa ar-terra possui quatro elementos: o Elemento de Comando (Command Element, CE), o Elemento de Combate Terrestre (Ground Combat Element, CGE), o Elemento de Combate Aéreo (air combat element, ACE) e o Elemento de Serviço e Suporte de Combate (Combat Service Support Element, CSSE).

  • Elemento de Comando - uma unidade quartel-general que comanda os outros elementos.
  • Elemento de Combate Terrestre - geralmente, infantaria suportado por tanques, artilharia, escoteiros (???), forças de reconhecimento, atiradores e controladores aéreos.
  • Elemento de combate aéreo - inclui qualquer tipo de aeronaves, seus pilotos e o pessoal de manutenção, bem como as unidades necessárias para o comando e o controle da aviação.
  • Elemento de Serviço e Suporte de Combate - inclui todas as unidades de suporte de uma dada força de tarefa ar-terra: comunicações, engenheiros, médicos e enfermeiros, e unidades de logística, excepto certos grupos especializados como equipes de entrega aérea e de suporte de desembarque.

O menor tipo de força de tarefa ar-terra é a Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Unit, ou MEU). A Unidade Expedicionária está treinada para operar como uma força independente ou como parte de uma força de tarefa conjunta. Os quatro elementos que compõem uma Unidade Expedicionária estão organizados da seguinte forma: O Elemento de Comando é o quartel-general para uma dada Unidade Expedicionária, e é geralmente liderada por um Coronel (O-6). O Elemento de Combate Terrestre é a Equipe-Batalhão de Desembarque, e é um batalhão de infantaria reforçado com tanques, artilharia, veículos anfíbios, engenheiros, e outros veículos de combate. O Elemento de Combate Aéreo é composto por um esquadrão de aviões e helicópteros. O Elemento de Serviço e Suporte de Combate é o Grupo de Serviço e Suporte da Unidade Expedicionária, que está encarregado da logística da Força Expedicionária. A composição de uma Unidade Expedicionária depende da tarefa a ser realizada, dependendo desta tarefa, unidades adicionais de artilharia, tanques e aviões podem ser adicionados, incluindo esquadrões de F/A-18 Hornets e Harriers.

Existem geralmente três Unidades Expedicionárias, duas assinaladas a cada uma das Esquadras da Marinha Americana do Pacífico e do Atlântico, respectivamente, e outra Unidade Expedicionária estacionada em Okinawa. Enquanto uma Unidade Expedicionária está em missão, outra Unidade está em treinamento, pronto para realizar esta dada missão, e uma terceira está em descanso e remanejamento. Cada Unidade Expedicionária é avaliada pelo Corpo de Fuzileiros Navais, em relação à capacidade de realizar operações especiais.

Uma Brigada Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Brigade, ou MEB) é maior do que uma Unidade Expedicionária, e possui contingentes aéreos e de suporte maiores.

Uma Força Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Force, ou MEF) é composta por uma divisão de fuzileiros navais juntamente com um regimento de artilharia, diversos batalhões de tanques e uma ala. A 1a Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, criada em 8 de novembro de 1969, que foi enviada ao Iraque em 1991, durante a Guerra do Golfo, e também ao Iraque mais recentemente, em 2003, consiste em duas divisões de fuzileiros navais mais uma força considerável de unidades aéreas e de unidades de suporte.

Postos

Estrutura de postos de oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos
General Tenente-General Major-General Brigadeiro-
General
Coronel Tenente-
Coronel
Major Capitão Primeiro-
Tenente
Segundo-
Tenente
O-10 O-9 O-8 O-7 O-6 O-5 O-4 O-3 O-2 O-1
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US-O9 insignia.svg
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US-O2 insignia.svg
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Estrutura de postos de oficiais não comissionados do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos
Sargento-Major do Corpo de Fuzileiros Navais Sargento-Major Mestre Sargento de Armas Primeiro Sargento Mestre Sargento Sargento de Armas Sargento de serviço
E-9 E-9 E-9 E-8 E-8 E-7 E-6
USMC-E9-SGMMC.svg
USMC-E9-SGM.svg
USMC-E9-MGyS.svg
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USMC-E6.svg
Estrutura de postos de oficiais não comissionados do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos
Sargento Cabo
E-5 E-4
USMC-E5.svg
USMC-E4.svg
Estrutura de postoes dos alistados do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos
Anspeçada Soldado Primeira Classe Soldado
E-3 E-2 E-1
USMC-E3.svg
USMC-E2.svg
sem insígnia

Esta lista está organizada em ordem ascendente. Entre parênteses, a abreviação oficial.

  • Alistados:
    • E-1, Soldado, (Pvt)
    • E-2, Soldado de Primeira Classe (PFC)
    • E-3, Segundo-Cabo (LCpl)
  • Oficiais não comissionados (NCOs):
    • E-4, Cabo (Cpl)
    • E-5, Sargento (Sgt)
  • Oficiais não comissionados (SNCOs):
    • E-6, Sargento de Serviço (SSgt)
    • E-7, Sargento de Armas (GySgt)
    • E-8
      • Mestre Sargento (MSgt)
      • Primeiro-Sargento (1stSgt)
    • E-9
      • Mestre Sargento de Armas (MGySgt)
      • Sargento-Mor (SgtMaj)
      • Sargento-Mor do Corpo de Fuzileiros Navais (SgtMajMarCor)

NOTA 1: Os níveis E-8 e E-9 possuem cada um duas posições, cada uma com diferentes salários e responsabilidades. Sargentos de Armas indicam em seus estudos anuais, chamados de "estudos de aptidão", seu caminho preferido a ser traçado: Sargento-Mor ou Primeiro-Sargento. As posições de Primeiro-Sargento e de Sargento-Mor são voltadas para comando, com fuzileiros navais destas posições atuando como fuzileiros navais veteranos, encarregados de ajudar o oficial em comando com a disciplina, administração e moral da unidade militar. O Sargento-Mor e o Mestre Sargento de Armas providenciam liderança técnica como especialistas ocupacionais em sua especialidade ocupacional militar (MOS). Primeiros-Sargentos tipicamente atuam como os fuzileiros navais de maior experiência em uma companhia ou outra unidade militar de tamanho similar, enquanto que Sargentos-Mores possuem o mesmo papel, só que em unidades militares maiores, tais como batalhões ou esquadrões.

NOTA 2: O Sargento-Mor do Corpo de Fuzileiros Navais é o fuzileiro naval de maior experiência em todo o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, e é pessoalmente escolhido pelo Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais.

Algumas das posições possuem cognomes muito usados, embora eles não sejam oficiais, e sejam tecnicamente impróprios. Por exemplo, um Sargento-Mor é comumente chamado de "Top". Um Sargento-de-Armas é comumente chamado de "Master Guns". Da mesma maneira, aspirantes a cabo são comumente chamados de "Lance Coolies", "Lances" ou "Lance Criminals" - aspirantes a cabo e soldados raramente são chamados pela sua posição, devido a seu estatuto como "não graduados".

Ao contrário do exército, nenhuma pessoa é comumente chamado de "Sarge", e a maior parte dos oficiais não comissionados se sentirão ofendidos ao serem assim chamados. Da mesma maneira, posições tais como Sargento-de-Armas ou Sargento-Mor são nunca abreviados simplesmente para Sargento.

Warrant Officers

  • W-1, Warrant Officer 1, WO1, este posto, porém, está sendo removido do serviço.
  • W-2, Chief Warrant Officer 2, CWO2
  • W-3, Chief Warrant Officer 3, CWO3
  • W-4, Chief Warrant Officer 4, CWO4
  • W-5, Chief Warrant Officer 5, CWO5

NOTA 3: Os Chief Warrant Officer, CWO2-CWO5, que atuam no MOS 0306 "Infantry Weapons Officer", são designados a uma posição especial: Fuzileiro Naval de Armas ("Marine Gunner"). Uma insígnia de Fuzileiro Naval de Armas substitui a insignia do Chief Warrant Officer no colarinho direito, com uma insígnia de uma bomba em explosão. Outros Chief Warrant Officer também são por vezes chamados de "Gunner", mas este uso não é correto.

Oficiais comissionados:

NOTA 4: Nunca existiu uma posição O-11 de General de cinco estrelas até os dias atuais no Corpo de Fuzileiros Navais americano, embora esta dada posição poderia ser criada em qualquer tempo por um Ato do Congresso dos Estados Unidos - se isto acontecesse, seria a primeira vez que o Congresso elevaria um oficial do Corpo de Fuzileiros Navais a esta posição. Historicamente, posições O-11, tais como General do Exército, General da Força Aérea ou Almirante de Frota - todos posições de cinco estrelas - foram estabelecidas durante a Segunda Guerra Mundial para permitir que Generais americanos pudessem comandar oficiais estrangeiros durante a estrutura de comando aliada. Caso isto não fosse feito, generais de outros países aliados estariam teoricamente em uma posição de comando mais alta - um exemplo disto seria um "Field Marshal" das forças armadas britânicas, uma posição que não existe nas forças armadas americanas, mas que seria equivalente a um General de cinco estrelas. Atualmente, nenhum oficial americano, em qualquer ramo das forças armadas americanas, está elevado à categoria O-11.

Comandantes

O Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais é a maior posição do Corpo de Fuzileiros Navais americano. Mesmo que por vezes oficiais mais antigos e experientes existam, o Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais permanece na presidência e administração do Corpo de Fuzileiros Navais. O Comandante é um membro do Joint Chiefs of Staff, e reporta para o Secretário da Marinha, mas não para o Chefe de Operações Navais.

O Comandante é responsável por deixar o Corpo de Fuzileiros Navais em condição de combate, e não atua diretamente como um Comandante de batalha. Porém, ele é o presidente simbólico e funcional do Corpo de Fuzileiros Navais, e é uma posição que gera muita alta estima entre fuzileiros navais.

Aparência

Uniforme azul dos alistados do Corpo de Fuzileiros Navais.

Fuzileiros navais são frequentemente confundidos com soldados do Exército dos Estados Unidos. Algumas diferenças em aparência são:

  • Fuzileiros navais não vestem boinas.
  • Fuzileiros navais calçam botas apenas com o uniforme de campanha, não com outros uniformes.
  • Devido à seu legado naval, os fuzileiros navais não prestam continência, a não ser que estejam usando um chapéu naval, conhecido como 'cover'.
  • O uniforme de serviço dos fuzileiros navais, aproximadamente equivalente a um traje de passeio ou negócios, possui uma camisa cáqui. O uniforme equivalente do Exército americano é verde-claro. Fuzileiros navais alistados colocam sua insígnia na manga da camisa de serviço, mas recrutas e especialistas do Exército colocam sua insígnia nos seus colarinhos, enquanto que oficiais não comissionados os colocam sobre seus ombros. Oficiais comissionados colocam suas insígnias no colarinho, enquanto que oficiais do Exército americano os colocam sobre os ombros.
  • O casaco de serviço dos fuzileiros navais, classe "A", é verde-oliva - enquanto o do Exército é verde escuro.
  • Fuzileiros navais são menos generosos com recompensas e identificações de unidade; a razão disto é que, como um membro de uma força de elite, apenas ser identificado como um fuzileiro naval é suficiente. Por exemplo, com exceção da insígnia colocada no peito, que denotam algumas poucas qualificações especializadas, tais como a posição de pára-quedista ou de mergulhador, e pequenas listras vermelhas colocadas nas calças de alguns fuzileiros navais trabalhando com logísticas, fuzileiros navais normalmente não usam nenhuma insígnia em seus uniformes de campanha, denotando sua unidade, especialidade ocupacional militar, ou treinamento. Além disso, muitos fuzileiros navais veteranos envolvidos em operações de combate em terra não usam suas insígnias, acreditando que isto os tornaria um alvo primário de inimigos - como ocorreu no Vietnã. Espera-se dos fuzileiros navais que conheçam quem são seus líderes independente se eles estão usando suas insígnias ou não.

Uniformes

Diferenças no uniforme de campanha incluem:

Marines vestindo ambas as versões do MARPAT
  • O chapéu (cover) do uniforme de campanha possui oito lados e cantos, e por isto, é cognomeada de eight-point cover (chapéu de oito pontas).
  • Fuzileiros navais vestem camisas de baixo, de cor verde claro, com seu uniforme de campanha, até mesmo no deserto. Soldados do exército americano vestem camisas marrons.
  • Soldados do Exército, ao arregaçarem suas mangas de seu uniforme de campanha, colocam suas mangas de forma que a parte camuflada de cima esteja para cima. Já os fuzileiros navais arregaçam suas mangas de forma que a parte de baixo do uniforme esteja para cima.
  • Os fuzileiros navais amarram os extremos de suas calças com seus calçados de batalha. Estes extremos permanecem do lado de fora do calçado. Já soldados colocam os extremos de suas calças diretamente dentro do calçado.
  • Fuzileiros navais não vestem nenhuma insígnia de posto em seus chapéus de campanha. A parte de frente do chapéu possui ao invés disto a águia do Corpo de Fuzileiros Navais, o Globo e a Âncora - o emblema do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. O chapéu já vem com a insígnia, e não mais costurada no chapéu, como assim era feito anteriormente.
  • Em seus uniformes de campanha, oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais tipicamente usam suas insígnias de posto em ambos os colarinhos, enquanto que oficiais do exército, desde a introdução do novo Uniforme de Combate, vestem suas insígnias em uma dobra localizada na parte de frente da camisa. As insígnias dos oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais tipicamente são feitas de metal brilhante, ao contrário das insígnias opacas dos oficiais do Exército.
  • Fuzileiros navais vestem um cinturão colorido, cuja cor representa uma qualificação específica, segundo o "Programa de Artes Marciais do Corpo de Fuzileiros Navais".
  • Fuzileiros navais calçavam botas pretas de combate com seus uniformes de campanha, assim como membros do Exército e da Força Aérea. Mas em 2002, botas de cor bege foram introduzidas juntamente com um novo tipo de camuflagem, o uniforme MARPAT. Em 1 de outubro de 2004, as botas negras foram declaradas obsoletas, e não são mais autorizadas para uso geral por parte dos fuzileiros navais. Uma exceção é dada para as botas pretas, calçadas para certas tarefas, tais como pára-quedismo.
  • Em 1 de outubro de 2006, o velho estilo de camuflagem do uniforme de campanha, também usado pelo Exército e pela Força Aérea, será declarada obsoleta. Então, o único uniforme de campanha autorizado para os fuzileiros navais será o uniforme MARPAT.
  • Em 2004, tanto o Exército quanto a Força Aérea anunciaram planos para substituírem seus velhos uniformes.

Cultura

O lema do Corpo de Fuzileiros Navais, "Semper Fidelis", significa "Sempre Fiel" em latim. Este lema muitas vezes é abreviado para "Semper Fi!". Semper Fidelis é também o nome da marcha oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, composto por John Philip Souza. Outro lema é "Marines - The Few. The Proud", que significa "Fuzileiros navais - Os Poucos. Os Orgulhosos", em inglês.

Marines americanos combatendo insurgentes iraquianos em Falluja, abril de 2004.

As cores do Corpo de Fuzileiros Navais são vermelho e amarelo. Eles aparecem na bandeira do Corpo de Fuzileiros Navais, juntamente com o emblema do Corpo de Fuzileiros Navais: a águia, o globo e a âncora, com a águia representando serviço para o país, o globo representando serviço em escala mundial, e a âncora representando tradições navais. O emblema, adotado em sua forma atual em 1868, deriva parcialmente de ornamentos vestidos por fuzileiros navais continentais e por fuzileiros navais do Reino Unido, e é geralmente colocado sob um laço onde está escrito o lema do Corpo de Fuzileiros Navais.

Duas classes de espadas são usadas pelos fuzileiros navais. A espada dos oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais é uma espada mameluca, similar à espada presenteada para o Tenente Presley O'Bannon após a Batalha de Derna, durante a Primeira Guerra Barbária. Oficiais não comissionados carregam uma espada em estilo sabre, similar às espadas utilizadas pela cavalaria americana à época da Guerra Civil, fazendo deles o único pessoal não comissionado autorizados a carregarem uma espada.

Fuzileiros navais possuem diferentes cognomes, consideradas levemente derrogatórios quando utilizados por não fuzileiros, mas aceitáveis quando utilizadas pelos próprios fuzileiros navais. Estes cognomes incluem "jarhead", "gyrene", "leatherneck" (referindo-se ao colarinho de couro parte do uniforme dos fuzileiros navais no período da Revolução Americana de 1776) e "Devil Dog".

Estes cognomes estendem-se ao próprio Corpo de Fuzileiros Navais. Por exemplo, o nome completo do acrônimo "USMC" é dito como "Uncle Sam's Misguided Children" (Crianças Mal-guiadas do Tio Sam) ou mesmo "Upper Sandusky Motorcycle Club" (Clube de Motocicletas de Sandusky Superior). Diz-se por vezes da palavra "Marine" (fuzileiro naval em inglês) que esta é uma abreviação de "My Ass Rides In Navy Equipment" ou "My Ass Really Is Navy Equipment". Por vezes, os fuzileiros navais fazem piada de sua própria instituição, dando cognomes derogatórios, como "The Crotch", durante a Guerra do Vietnã, ou "The Suck", durante a Guerra Fria em geral.

Durante a Guerra do Golfo, em 1991, os iraquianos cognomearam os fuzileiros navais de "Anjos da Morte". Outro cognome dado pelos iraquianos foi "Botas negras". Na Somália, os fuzileiros navais foram cognomeados como "Os demônios em botas negras". Haitianos cognomearam os fuzileiros navais de "mangas brancas", por causa da maneira utilizada para arregaçarem as mangas por parte dos fuzileiros navais (com a parte inferior de suas mangas de utilidade voltadas para cima).

Treinamento inicial

Fuzileiros em um exercício de treinamento.

O treinamento para oficiais comissionados é realizado através do "Navy Reserve Officers Training Corps", (Corpo de Treinamento de Oficiais de Reserva da Marinha, abreviação oficial é NROTC), do "Officer Candidate School" (Escola para Candidatos a Oficial", abreviação oficial é OCS) ou a Academia Naval dos Estados Unidos. Após isto, todos os oficiais gastam cerca de seis meses - independente da organização escolhida para o recebimento do treinamento básico, ou da presença de maior experiência e treinamento - na "Escola Básica" da Base Quantico, em Virgínia. A Escola Básica serve para o treinamento de novos Segundos-Tenentes aprendendo a arte da infantaria e de táticas de guerra, e é um exemplo do ditado do Corpo de Fuzileiros, de que "Todo fuzileiro naval é um soldado primeiramente."

Recrutas realizam treinamento militar ou na Base de Recrutas San Diego, em San Diego, Califórnia, ou na Base de Recrutas Parris Island, nas imediações de Beaufort, Carolina do Sul. Fuzileiras precisam treinar em Parris Island, mas fuzileiros podem treinar em qualquer uma das bases. O Rio Mississippi serve como uma linha divisória que delimita o local onde um dado recruta do sexo masculino será treinado (a leste, em Parris Island, e a oeste, em San Diego), com certas exceções existentes.

Os recrutas então atendem a Escola de Infantaria do Corpo de Fuzileiros Navais, em Camp Lejeune ou Camp Pendleton, geralmente dependendo de onde o fuzileiro havia feito seu treinamento militar inicial. Fuzileiros navais de infantaria iniciam seu treinamento de especialidade ocupacional militar imediatamente com o Batalhão de Treinamento de Infantaria, enquanto que todos os outros fuzileiros navais treinam com o Batalhão de Treinamento em Combate, antes de procederem, para suas escolas de treinamento de especialidade ocupacional militar.

Em 1977, a escola em Camp Lejeune expandiu seu programa Batalhão de Treinamento em Combate, para integrar os fuzileiros navais. O Batalhão de Treinamento em Combate é um programa de treinamento básico para todos os fuzileiros navais, e é um elemento da filosofia de que "Todo fuzileiro naval é um soldado".

Principais bases do Corpo de Fuzileiros Navais

  • Quartéis-Generais 8th & I, Washington, DC
  • Base Aérea de Combate Aéreo Twentynine Palms, Califórnia
  • Estação Aérea Beaufort, Carolina do Sul
  • Estação Aérea Cherry Point, Carolina do Norte
  • Estação Aérea Futenma, Japão
  • Estação Aérea Iwakuni, Japão
  • Estação Aérea Miramar, Califórnia
  • Estação Aérea New Rive Carolina do Norte
  • Estação Aérea Yuma, Arizona
  • Base Terrestre Camp Butler, Japão
  • Base Terrestre Camp Lejeune, Carolina do Norte
  • Base Terrestre Camp Pendleton, Carolina do Sul
  • Base Terrestre Hawaii, Havaí
  • Base Terrestre Quantico, Virgínia
  • Base de Logística Albany, Geórgia
  • Base de Logística Barstow, Califórnia
  • Base de Recrutas Parris Island, Carolina do Sul
  • Base de Recrutas San Diego, Califórnia
  • Base Le Monier, Djibouti

Destacamento de Apoio Naval em São Paulo

Após a reativação da Quarta Esquadra dos Estados Unidos em 01 de julho de 2008, a qual possui jurisdição sobre a região do Atlântico Sul e do Caribe, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos criou um Destacamento de Apoio Naval (Naval Support Detachment, no original em inglês) baseado em São Paulo.[4] Em 04 de julho de 2011, em evento organizado pelo Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, o Destacamento apresentou as bandeiras aos convidados, que incluíram diversas autoridades, entre elas o Prefeito Gilberto Kassab e o Senador Eduardo Suplicy.[5][6]

Ver também

Referências

  1. «Naval Orientation». Chapter 14: United States Marine Corps. Integrated Publishing. pp. 14–1 to 14–11. Consultado em 2 de maio de 2009 
  2. Cernicky, Mark (5 de março de 2008). «XtraPix: Government Issue - First Look. HDT M1: A Diesel for dirt-riding Devil Dogs.». Cycle World (em inglês). Consultado em 4 de setembro de 2018 
  3. Ford, Dexter (24 de fevereiro de 2008). «Diesel-Sipping Motorcycle for the Marines». The New York Times (em inglês). Consultado em 4 de setembro de 2018 
  4. (em francês) Aéronavale & Porte-avions – Les Bases Aéronavales de l’US Navy Publicado em 10 jan 2011 – Fonte: GlobalSecurity.org
  5. Consulado Geral dos EUA em São Paulo – Comemorando independência e liberdade Arquivado em 15 de outubro de 2011, no Wayback Machine. (Julho 2011)
  6. Consulado Geral dos EUA em São Paulo – Aviso de Pauta (28 Junho 2011)

Ligações externas

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Predefinição:Guerra Civil Americana

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