𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Exército dos Estados Unidos

Predefinição:Info/Unidade Militar

O Exército dos Estados Unidos é o principal ramo das Forças Armadas dos Estados Unidos responsável pelas operações militares terrestres. É o maior e mais antigo ramo estabelecido nas Forças Armadas, e é um dos oito serviços uniformizados dos EUA. O exército moderno tem suas raízes no Exército Continental, que foi formado em 14 de junho de 1775,[1] antes do estabelecimento dos Estados Unidos, para atender às demandas da Guerra Revolucionária Americana. O Congresso da Confederação criou oficialmente o Exército dos Estados Unidos em 3 de junho de 1784,[2][3] após o fim da guerra, para substituir o Exército Continental dissolvido. O Exército se considera descendente do Exército Continental e, assim, a sua criação data das origens desta força.[1]

A principal missão do Exército dos Estados Unidos é "proporcionar forças e capacidades necessárias […] em apoio à Segurança Nacional e Estratégias de Defesa".[4] O Departamento do Exército é um dos três departamentos militares do Departamento de Defesa. O exército é chefiado pelo Secretário do Exército, e o mais alto posto militar no departamento é o Chefe do Estado Maior do Exército. No ano fiscal de 2011, o Exército Regular relatou uma força de 546 057 soldados, a Guarda Nacional do Exército (ARNG) relatou 358 078 e o Exército Reserva (USAR) relatou 201 166, colocando o total de componentes de forças combinadas em 1 105 301 soldados.[5]

Missão

O Exército dos Estados Unidos serve como o ramo terrestre das Forças Armadas dos Estados Unidos. O Código §3062 define o objetivo do Exército como:[6]

  • Preservar a paz e a segurança, e prover a defesa dos Estados Unidos, das Commonwealths e posses, e qualquer área ocupada pelos Estados Unidos.
  • Apoiar as políticas nacionais.
  • Execução dos objetivos nacionais.
  • Superar qualquer nação responsável ​​por atos agressivos, que coloquem em perigo a paz e a segurança dos Estados Unidos.
Da Pam 10-1 - Figure 1-2 Small.svg

História

Origens

Pintura mostrando soldados do exército continental durante a guerra de independência dos Estados Unidos.

O Exército Continental foi criado formalmente em 14 de junho de 1775 por decreto do Congresso Continental como uma iniciativa de unificar as forças das Treze Colônias para lutarem juntas contra o Reino da Grã-Bretanha. O comando geral foi dado a George Washington. A maioria dos oficiais foram treinados pelo exército britânico ou carregavam experiência lutando com as milícias coloniais. A guerra por independência contou com ajuda preciosa vinda da França, na forma de recursos, tropas, treino e táticas. Vários imigrantes da Europa vieram para lutar ao lado dos rebeldes americanos, como Friedrich Wilhelm von Steuben, que ensinou ao exército da nova nação algumas táticas de guerra prussianas.[1]

No começo do conflito (entre 1776 e 1779) o exército continental tentou travar combates tradicionais contra os ingleses e sofreram pesadas baixas (como a humilhante derrota na Batalha de Camden). Contudo, em algumas lutas decisivas, como em Saratoga, os americanos foram bem sucedidos. A guerra no sul, entre 1780 e 1781, desenrolou-se em uma luta irregular e táticas de guerrilha, atacando uma força inimiga mais bem preparada de forma rápida, pequena e eficiente, para desgastar as tropas britânicas. Washington conduziu seus soldados a várias vitórias nas batalhas de Trenton e Princeton, mas foi forçado a recuar frente a retrocessos que levaram os britânicos a ocupar as cidades de Nova Iorque e Filadélfia (em 1776 e 1777, respectivamente). Com essas novas táticas e melhor preparo (contando com ajuda providencial da França), os americanos conseguiram derrotar os ingleses no decisivo cerco de Yorktown. Em 1781 o conflito começou a pender para o lado americano e, finalmente, dois anos mais tarde, os ingleses aceitaram a derrota e reconheceram a independência dos Estados Unidos.[1]

Depois da guerra, os veteranos do exército continental foram dispensados e muitos receberam terras. Essa política é vista como parte da desconfiança dos republicanos americanos com exércitos regulares. As milícias estaduais, sob comando dos conselhos de governo de cada estado, passaram a ser o exército oficial do país, com a exceção do 1º Regimento de infantaria e uma bateria de artilharia protegendo o arsenal de West Point. Contudo, tensões e conflitos contínuos com os nativos americanos, tornaram necessário a criação de um Exército Regular permanente. Eles receberam o nome oficial de "United States Army" ("Exército dos Estados Unidos") em 1796.[1]

Em 1798, durante a Quase-guerra contra a França, o Congresso estabeleceu o "Exército Provisório" de 10 000 homens, que consistia em doze regimentos de infantaria e seis tropas de dragões. Em março de 1799, o Congresso criou o "Exército Eventual" de 30 000 homens, que incluía três regimentos de cavalaria. Ambos estes "exércitos" existiam majoritariamente no papel, mas equipamentos para 3 000 homens e cavalos foram adquiridos e armazenados.[7]

Século XIX

Soldados americanos durante a Guerra de 1812.

A guerra anglo-americana de 1812, a segunda e última guerra americana contra a Inglaterra, não foi tão bem sucedida quanto a Guerra Revolucionária ou a guerra Indígena do Noroeste, embora o resultado também tenha sido favorável. Após a conquista do lago Erie em 1813, os americanos foram capazes de controlar todos os portos da parte oeste do Canadá. Logo depois veio outras vitórias em York e contra Tecumseh, que causou o colapso da Confederação Indígena. Após mais algumas campanhas bem sucedidas no norte da fronteira canadense, os britânicos capturaram e queimaram Washington, a capital do país. O exército regular, contudo, mostrou-se profissional e capaz o suficiente para derrotar as forças inglesas em Plattsburgh e Baltimore, o que acabaria por forçar os ingleses a aceitar o status quo ante bellum. Duas semanas após a assinatura de um tratado (que não fora ratificado), Andrew Jackson derrotou os britânicos na batalha de Nova Orleães e se tornou um herói nacional. O tratado firmado entre os países, encerrando as hostilidades, firmou o status quo e não deixou um vencedor claro.

O exército lutou suas principais campanhas contra os índios neste período na Flórida. Esta guerra foi longa (1818–1858) e terminou com a derrota dos Seminoles e sua realocação para o estado de Oklahoma. As guerras contra os povos indígenas duraram mais de um século e foram marcadas por sucessos e alguns fracassos. No final os índios foram confinados a assentamentos e reservas.[8]

O próximo grande conflito travado pelo exército dos Estados Unidos foi a Guerra Mexicano-Americana (1846–1848). A vitória estadunidense trouxe consequências marcantes para ambas as nações. Um dos principais resultados foi a anexação dos estados da Califórnia, Nevada, Utah, Colorado, Arizona, Wyoming e Novo México para a União.[9]

Tropas da União e da Confederação se combatendo na batalha de Franklin, em 1864, em meio a guerra civil que assolava a nação na metade do Século XIX.

Entre 1861 e 1865, a nação se dividiu. O Norte e o Sul se digladiaram em um dos mais sangrentos conflitos do século XIX. A Guerra Civil Americana ceifou a vida de mais de 600 mil cidadãos, a maioria civis. Os Confederados reuniram seu exército, formado por ex militares da União, e os nortenhos recrutaram um novo exército. Ambos os lados contaram inicialmente com forças voluntárias mas, devido a falta de pessoal, tiveram de iniciar conscrições. Deserções e motins eram comuns em ambos os exércitos.

A guerra civil se dividiu em um período em que os confederados se deram bem em batalha (os primeiros dois anos) e então sucumbiram diante do poder do governo federal, que tinha uma população maior e mais recursos disponíveis.[10] Más condições de alojamentos e higiene fizeram com que doenças causassem mais baixas que as armas comuns. A União adotou uma estratégia de tomar a linha costeira, bloquear os portos e assumir o controle dos sistemas de rios. Ambos os exércitos travaram sangrentas batalhas, mas em 1865 a Confederação entraria em colapso. O general Ulysses Grant liderou as tropas do norte nas conquistas do rio Mississippi durante a bem sucedida Campanha de Vicksburg. Grant assumiu o controle de todo o exército da União em 1864 e após uma série de grandes batalhas, o comandante sulista Robert E. Lee se rendeu em Appomattox, enquanto William T. Sherman conquistava Atlanta e marchou para a Geórgia e as Carolinas. A guerra oficialmente terminou em maio de 1865 com a rendição do Sul.[11]

A morte de 600 000 pessoas no conflito acabou fazendo deste a guerra mais sangrenta travada pelos Estados Unidos. Um censo feito na época mostrou que 8% da população branca do país entre 13 e 43 anos morreu, incluindo 6% no norte e 18% no sul.[12]

O exército dos Estados Unidos se reinventou durante a guerra. Novas tecnologias e o fortalecimento da indústria (especialmente a armamentista) americana ajudou a impulsionar o país como uma potência econômica e militar. As tropas federais assumiram então a tarefa de manter a ordem no sul (durante o período conhecido como Reconstrução) e de conter os nativos americanos em suas reservas. Apesar das campanhas e do estado de alerta, a maioria dos combatentes da guerra civil foi rapidamente dispensados e retornaram a vida civil.

Em 1898 foi travada a Guerra Hispano-Americana. Apesar de ter sido travada principalmente pela marinha, o exército lançou bem sucedidas campanhas. A infantaria, agora uma força formada em maioria por voluntários, conseguiu assumir o controle de Cuba. Eles tiveram uma função mais proeminente durante a supressão da Rebelião Filipina (1899–1902).

Século XX

Tropas americanas atacando posições alemães na França, em 1918.

Em 1910, o exército começou a adquirir suas primeiras aeronaves.[13] Naquele período, o vizinho México vivia uma guerra civil, com rebeldes lutando contra as forças do governo. Os Estados Unidos enviou tropas para a fronteira para proteger sua população na região. Em 1916, Pancho Villa, um dos líderes rebeldes, atacou Columbus, no estado do Novo México, forçando os americanos a intervir na guerra mexicana (a expedição terminou em fevereiro de 1917). Combates esporádicos contra os rebeldes e contra o governo mexicano prosseguiram até 1918.

Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial. As forças americanas lutaram ao lado das tropas britânicas, francesas, russas, italianas e de vários outros países pelo mundo. O grosso das forças americanas lutaram na Europa e forneceram crucial ajuda para quebrar as linhas alemães e encerrar a guerra. A rendição da Alemanha veio em novembro de 1918 e o armistício no ano seguinte. Novas armas e táticas foram empregadas no conflito. Cerca de 120 000 soldados americanos morreram (a maioria devido a doenças). Após a guerra, milhões foram desmobilizados. Durante o período entreguerras, crises econômicas e uma visão cada vez mais isolacionista por parte da sociedade reduziu o efetivo e a quantidade de equipamento nas forças armadas dos Estados Unidos.

Dois soldados americanos lutando na batalha de Aachen, durante a Segunda Guerra Mundial.
Soldados dos Estados Unidos após a conquista da praia de Omaha, em julho de 1944, durante os desembarques da Normandia.

Em 1941, após o ataque japonês a Pearl Harbor, os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial contra as forças do Eixo. Na frente ocidental, os militares assumiram uma postura de liderança nas invasões do Norte da África e da Sicília em 1943. O início da libertação da Europa do jugo Nazista começou após invasão da Normandia, no norte da França, em meados de 1944. Meses de luta contínua empurrou a Alemanha de volta a suas fronteiras até que suas linhas cederam no começo de 1945. Milhões de soldados americanos foram mobilizados e as perdas foram altas mas em maio de 1945 os alemães se renderam. Enquanto isso, no Pacífico, o exército americano e o Corpo de Fuzileiros Navais lutaram por quatro anos em diversas batalhas contra o expansionismo belicoso do Império do Japão e também se saíram vitoriosos. Após a derrota do Eixo em 1945 (formalmente encerrada com a rendição japonesa em setembro), os Estados Unidos enviaram tropas para ocupar o Japão e a Alemanha. Dois anos após a segunda grande guerra, o Corpo aéreo do Exército se separou e se tornou um braço independente, a Força aérea dos Estados Unidos. No ano seguinte, as forças armadas foram oficialmente dessegregadas racialmente por ordens do presidente Harry S. Truman.

A segunda guerra mundial levou as forças armadas dos Estados Unidos a um novo nível. O país era agora a principal potência militar e econômica no mundo. Contudo, o conflito também viu a ascensão de uma segunda superpotência, a União Soviética. Ambas as nações eram potências nucleares e se iniciou a Guerra Fria. Em 1950 veio a Guerra da Coreia, que reascendeu a tensão no mundo. Enquanto tropas americanas lutavam na Ásia novamente, a presença de tropas estadunidenses na Europa saltou de uma para quatro divisões. A Alemanha Ocidental era o país com mais soldados americanos, formando um escudo contra a Rússia na Europa. Para facilitar a defesa contra um possível ataque soviético, foi fundada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tendo os Estados Unidos como sua espinha dorsal.

Militares americanos observando uma explosão nuclear na área de testes de Nevada na década de 1950.

Durante a guerra fria, os Estados Unidos e seus aliados se comprometeram a conter e derrotar o comunismo no mundo. O primeiro desafio veio em 1950 quando a Coreia do Norte, apoiada pela Rússia, invadiu seu vizinho do sul. Os soviéticos deixaram a reunião do Conselho de Segurança da ONU, abrindo mão assim do seu direito a veto. Assim, com a bênção das Nações Unidas, milhares de soldados americanos foram lutar na Coreia. Em 1953, o impasse estava firme em todas as linhas de frente. Um armistício foi então assinado, encerrando a guerra. Os americanos deixaram centenas de soldados para trás, com o propósito de defender a Coreia do Sul de futuros ataques.

Na década de 1960, os Estados Unidos se mergulharam na sangrenta e complicada Guerra do Vietnã. Muitos analistas afirmam que este conflito foi o ponto baixo do prestígio das forças armadas americanas. Conscrições em massa, deserções, a impopularidade da guerra aos olhos do público e frustrações devido as limitações impostas aos militares pelos líderes políticos (havia o risco de uma guerra com a China e a União Soviética, aliadas dos vietnamitas comunistas) se tornaram notórias no conflito. Tropas estadunidenses estavam no Vietnã do Sul desde 1959 na função de apoio e treinamento, mas o deslocamento em massa de tropas de combate só começou em 1965, após o incidente do golfo de Tonkin. As forças americanas mantinham território e controlavam o campo de batalha "tradicional", contudo eles sofreram para lutar contra os guerrilheiros vietnamitas Viet Congs e o exército norte-vietnamita. Taticamente, os Estados Unidos não perderam praticamente nenhuma grande batalha. Mesmo assim, apesar de sua superioridade tecnológica, os americanos não conseguiam sobrepujar seus adversários.[14]

Militares americanos durante a Guerra do Vietnã. Nota-se na imagem um soldado armado com uma metralhadora M-60.

Durante os anos 60, o Departamento de Defesa continuou a escrutinar as forças da reserva e questionar o número de divisões e brigadas, além da redundância de se manter dois componentes de reserva, a Guarda Nacional e os reservistas do exército.[15] Em 1967 o secretário de defesa Robert McNamara decidiu que 15 divisões de combate da Guarda Nacional do Exército eram desnecessárias e cortou este número para apenas 8 divisões (1 de infantaria mecanizada, 2 blindadas e 5 de infantaria), mas aumentou o número de brigadas de 7 para 18 (1 de paraquedistas, 1 blindada, 2 de infantaria mecanizada e 14 de infantaria). Estas mudanças não foram bem recebidas nos estados. Houve confusão a respeito da rotatividade dos comandantes das unidades. Apesar das mudanças, não houve redução nos contingentes, o que convenceu os governadores estaduais a aceitarem os planos.

O blindado M1 Abrams, o principal tanque de combate do exército americano.

A Força Policial Militar foi adotada pelo Chefe de Estado-Maior do exército, general Creighton Abrams, após a guerra do Vietnã e envolvia tratar os três ramos da infantaria – os regulares, a guarda nacional e a reserva — como uma única força.[16] Acreditando que nenhum presidente seria capaz de levar o exército dos Estados Unidos a guerra sem o apoio do povo, o general Abrams entrelaçou a estrutura dos três componentes do exército de uma forma que seria impossível fazer guerra sem o envolvimento de todos os elementos, a guarda e a reserva.[17]

A década de 1980 foi um período de reorganização das forças armadas. A guerra do Vietnã foi o último conflito onde a conscrição foi adotada nos Estados Unidos. O exército passou a ser uma força completamente voluntária, dando mais ênfase no treinamento e desenvolvimento tecnológico. A chamada "Lei Goldwater-Nichols" de 1986 criou o Comando Unificado de Combate (Unified Combatant Command) modificando a estrutura organizacional e unificando o comando dos ramos das forças armadas. Em 1983, os Estados Unidos invadiram a ilha de Granada ("Operação Fúria Urgente") e em 1989 invadiram o Panamá ("Operação Justa Causa"). Estas foram as primeiras ações militares do país desde o fiasco do Vietnã.

Soldados dos Estados Unidos servindo no Iraque.

Em 1989 a Alemanha se reunificou e a Guerra Fria chegou ao fim dois anos depois com o colapso da União Soviética. O exército planejou então uma redução gradual de seus números. Em novembro de 1989 o Pentágono apresentou seus planos de reduzir em 23% o efetivo de combate, de 750 000 soldados para 580 000.[18] Aposentadorias antecipadas foram oferecidas aos veteranos. Em 1990 o Iraque invadiu o seu vizinho Kuwait. Os Estados Unidos, junto com seus aliados ocidentais, mobilizaram uma grande força terrestre, para garantir a segurança da Arábia Saudita. Em janeiro de 1991 foi lançada oficialmente a Operação Tempestade no Deserto, em que a Coalizão liderada pelos americanos contou com 500 000 soldados. Com os estadunidenses na vanguarda, os aliados expulsaram os iraquianos do Kuwait. A campanha terminou com as tropas aliadas massacrando o exército do Iraque em apenas 100 horas. Sofrendo pouquíssimas baixas, o exército dos Estados Unidos mostrou que havia conseguido se reinventar de forma muito bem sucedida. Novos armamentos, tecnologia avançada e melhor treinamento aos soldados se mostrou muito eficiente.

Após a Guerra do Golfo, o exército americano não participou de grandes operações de combate na década de 1990. Missões de paz pelo mundo e treinamento conjunto com aliados foram algumas das atividades da infantaria. Em 1993 o país interveio rapidamente na guerra civil da Somália. Os Rangers (a força especial do exército) participaram de uma operação em Mogadíscio, que terminou com 18 soldados mortos e 73 feridos (mais de mil rebeldes somalis morreram nas mãos dos americanos). Anos depois, o Departamento de Defesa iniciou novamente um programa para reestruturar as forças armadas.[19]

Século XXI

Militares de infantaria americanos em patrulha no Afeganistão, em 2010.

Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, o governo americano lançou a chamada Guerra ao Terror. Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN invadiram o Afeganistão e derrubaram o regime Taliban que governava aquela nação e dava apoio aos perpetradores dos atentados. Outra resposta ao 11 de setembro foi a invasão do Iraque em 2003. Ambos os conflitos foram marcados como uma longa guerra assimétrica que deixou milhares de mortos. Em solo iraquiano as forças americanas registraram 4 000 soldados mortos em combate (entre 2003 e 2008) e no Afeganistão foram mais de 2 250 mortes contabilizadas.[20] Mais de 26 400 insurgentes foram mortos no Iraque (entre 2003 e 2011)[21] e outros 25 500 morreram no Afeganistão.

Para adaptar-se aos novos cenários da guerra moderna, o Pentágono lançou o chamado Programa FCS. Novas armas, táticas e melhor formação para os soldados, principalmente na luta antiguerrilha, fizeram parte destas melhorias. Devido a desavenças entre o Congresso e a Casa Branca a respeito do orçamento para o ano de 2013, as forças armadas planejaram sua maior redução de efetivo e gastos desde a Segunda Grande Guerra.[22] Os gastos no ano fiscal de 2015 para pesquisas e desenvolvimento pelo exército foram dos US$ 32 bilhões de dólares projetados em 2012 para apenas US$ 21 bilhões.[23]

Organização

Estrutura

Soldados dos Estados Unidos atuando na província de Kunar, no Afeganistão, em 2009.

O exército dos Estados Unidos é divido em três componentes: os regulares, a Guarda Nacional e a Reserva. Estes dois últimos são formados por militares de meio período, que se apresentam para treinamento uma vez por mês, totalizando pelo menos três semanas de treino por ano. Tanto os regulares quanto a reserva se organizam pelo Título 10 do Código dos Estados Unidos, enquanto a Guarda Nacional esta sob o Título 32. A Guarda Nacional do Exército é organizada, treinada e equipada como um componente do Exército Regular, quando não está sob serviço dos comandos estaduais e governadores. A Guarda Nacional do Distrito de Colúmbia, contudo, reporta diretamente ao Presidente. Quando necessário, o Presidente tem a autoridade para federalizar a Guarda Nacional em todo o território, mesmo com a objeção dos governadores.[24]

Militares da infantaria marchando com seu uniforme padrão.

O exército possui um líder geral civil, o Secretário do Exército, que tem a autoridade estatutária de conduzir os negócios relacionados ao exército sob o comando, direção e controle do Secretário de Defesa.[25] O Chefe de Estado-Maior do Exército, que é o militar de mais alta patente no ramo, serve como o principal conselheiro e agente executivo do Secretário. Estes por sua vez respondem ao comando do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, um corpo com representantes dos cinco braços das forças armadas que compõem o Departamento de Defesa que aconselham o Presidente (o comandante em chefe). Eles se reúnem como o Conselho de Segurança Nacional para conduzir os assuntos militares.[26][27]

Em 1986, a Lei Goldwater-Nichols firmou que o controle dos ramos das forças armadas seguem a cadeia de comando do Presidente ao Secretário de defesa diretamente para o Comando de Combate Unificado, que tem o comando de todas as unidades militares. Assim, os Secretários dos departamentos militares (e seus respectivos chefes) só tem a responsabilidade de organizar, treinar e equipar seus comandados.[28]

Soldados americanos lutando em Falluja, em 12 de novembro de 2004, durante a Guerra do Iraque.
Militares dos Estados Unidos combatendo no Iraque, em 20 de agosto de 2006.

Até 2013, o exército possuía seis comando geográficos que possuem seis comandos unificados (COCOM):

  • O Comando Central, com o seu QG na Carolina do Sul;
  • O Exército do Norte, com o seu QG no Texas;
  • O Exército do Sul, com o seu QG no Texas;
  • O Exército da Europa, com seu QG em Wiesbaden, Alemanha;
  • O Exército do Pacífico, com seu QG no Havaí;
  • O Exército da África, com seu QG em Vicenza, Itália.

O exército também está mudando sua estrutura de divisões para brigadas. O comando das divisões seria mantido para comandar tais brigadas com a mesma estrutura de comando. O objetivo é unificar as brigadas em sua função. Os três tipos de brigadas de combate são:

  • Brigadas blindadas, com força de 4 743 tropas e o equivalente a infantaria mecanizada ou brigada de tanques;
  • Brigadas Stryker, com a força de 4 500 soldados e baseadas com veículos de combate Stryker;
  • Brigadas de Infantaria, com força de 4 413 soldados e o equivalente a uma brigada de infantaria leve ou de paraquedistas.

Em adição, há brigadas de combate de apoio e serviço. As brigadas de apoio incluem uma de aviação militar (Combat Aviation Brigade), que possui unidades leves e pesadas, brigadas de artilharia (transformadas em divisões) e batalhões de vigilância. As Brigadas de Serviço e Apoio vem em várias formas e tamanhos para apoiar as unidades de combate do exército.

Organizações de manobras de combate regular

O exército regular hoje compreende 10 divisões ativas, além de várias unidades independentes. Após anos de aumento do efetivo, no começo do século XXI, um programa para reduzir o tamanho da tropa entrou em vigor. Em junho de 2013, o exército anunciou a redução de 32 brigadas de combate ativa em 2015 para trazer o número de militares no serviço ativo para 490 000. O então chefe do Estado-maior do exército, o general Raymond Odierno, projetou que em 2018 o exército teria apenas "450 000 soldados ativos, 335 000 na Guarda Nacional e 195 000 na reserva".[29]

Dentro da Guarda Nacional e da reserva do exército há oito divisões ativas, mais quinze brigadas de manobra, além de forças de apoio e combate, unidades de cavalaria, infantaria, artilharia, aviação militar, engenheiros e batalhões de suporte.

Pessoal

Soldados da 10ª Divisão de Montanha marchando com equipamento completo.

A lista a seguir mostra as patentes e insígnias do exército dos Estados Unidos e sua equivalente designação da OTAN. Não há nenhum oficial vivo com a patente de "General de Exército" (cinco estrelas), sendo que esta patente só é outorgada pelo Congresso em tempos de guerra.

Atualmente o exército conta com 546 047 militares no serviço ativo, mais 557 246 na reserva ou guarda nacional, totalizando assim 1 105 301 combatentes.[5]

Oficiais comissionados

Ver artigo principal: Oficial (militar)

Existem vários meios de se tornar um oficial comissionado no exército[30] incluindo a Academia Militar dos Estados Unidos, Corpo de Treinamento de Oficiais da Reserva e a Escola de Candidatos a Oficial. Independente da formação, a insígnia é a mesma. Algumas posições, como médico, farmacêutico, enfermeira, advogado e capelão são comissionados diretamente no exército e são designados por insígnias próprias do seu pessoal.

A maioria dos oficiais sobem de patente num sistema de "promovido ou fora". Segundo a Lei de Pessoal de Oficiais de Defesa de 1980, foram estabelecidas regras do tempo para as promoções e o limite de oficiais que podem servir num dado tempo.

A regulamentação do exército diz que todo o pessoal com a patente de general seja chamado como 'General (sobrenome)' independente do número de estrelas no uniforme. Igualmente, tanto coronéis como tenentes-coronéis também são referidos pelo sobrenome, assim como os primeiros e segundos tenentes.[31]

US DoD Pay Grade
Código de pagamento
O-1 O-2 O-3 O-4 O-5 O-6 O-7 O-8 O-9 O-10 Especial Especial
Insígnia US-O1 insignia.svg US-O2 insignia.svg US-O3 insignia.svg US-O4 insignia.svg US-O5 insignia.svg US-O6 insignia.svg US-O7 insignia.svg US-O8 insignia.svg US-O9 insignia.svg US-O10 insignia.svg US-O11 insignia.svg 6 Star.svg
Título Segundo
Tenente
Primeiro
Tenente
Capitão Major Tenente-
Coronel
Coronel General
de
brigada
Major-
General
Tenente-
general
General General
de
Exército
General dos Exércitos dos Estados Unidos
Abreviação 2LT 1LT CPT MAJ LTC COL BG MG LTG GEN GA -
Código de patentes
da OTAN
OF-1 OF-2 OF-3 OF-4 OF-5 OF-6 OF-7 OF-8 OF-9 OF-10 -
Nota: "General de Exército" é reservado para tempos de guerra.[32]

Warrant officers

Um warrant officer[30] é uma patente linear dada a um oficial especialista em uma área em particular. Eles são apontados como warrant officers (no ranking WO1) pelo Secretário do Exército, mas recebem sua comissão como oficial após chegar no ranking CW2.

Por regulamentação, warrant officers são chamados de 'Sr. (sobrenome)' ou 'Sra. (sobrenome)'.[31] Contudo, eles são comumente chamados de 'Chefe (sobrenome)'. Praças precisam se referir a eles como "senhor" ou "senhora".

US DoD pay grade
Código de pagamento
W-1 W-2 W-3 W-4 W-5
Insígnia US-Army-WO1.svg US-Army-CW2.svg US-Army-CW3.svg US-Army-CW4.svg US-Army-CW5.svg
Título Warrant Officer 1 Chief Warrant Officer 2 Chief Warrant Officer 3 Chief Warrant Officer 4 Chief Warrant Officer 5
Abreviação WO1 CW2 CW3 CW4 CW5
Ranking da OTAN WO-1 WO-2 WO-3 WO-4 WO-5

Alistados

Ver artigos principais: Recrutas e Suboficial

Sargentos e cabos são referidos como NCOs, abreviatura de non-commissioned officers ("oficial não comissionado").[30][33] Isto distingue a patente de cabo de outras posições de especialistas, que possui o mesmo pagamento mas não exerce responsabilidades de liderança.

Praça (E1 e E2) e soldado de primeira classe (E3) são referidos como 'Soldado (sobrenome)', os especialistas como 'Especialista (sobrenome)', cabos como 'Cabo (sobrenome)', sargento de primeira classe e sargento-mestre como 'Sargento (sobrenome)'. Primeiro sargentos são referidos como 'Primeiro Sargento (sobrenome)', sargento-major como 'Sargento-Major (sobrenome)' e sargentos-major de comando como 'Sargento-major de Comando (sobrenome)'.[31]

US DoD Pay grade
Código de pagamento
E-1 E-2 E-3 E-4 E-5 E-6 E-7 E-8 E-9
Insignia Sem Insígnia Army-USA-OR-02.svg Army-USA-OR-03.svg Army-USA-OR-04b.svg Army-USA-OR-04a.svg Army-USA-OR-05.svg Army-USA-OR-06.svg Army-USA-OR-07.svg Army-USA-OR-08b.svg Army-USA-OR-08a.svg Army-USA-OR-09c.svg Army-USA-OR-09b.svg Army-USA-OR-09a.svg
Título Soldado Soldado Soldado de
Primeira-classe
Especialista Cabo Sargento Sargento de
Staff
Sargento de
Primeira-classe
Sargento
Mestre
Primeiro
Sargento
Sargento
Major
Sargento
Major de Comando
Sargento-major
do Exército
Abreviação PV1 ¹ PV2 ¹ PFC SPC ² CPL SGT SSG SFC MSG 1SG SGM CSM SMA
Código da OTAN OR-1 OR-2 OR-3 OR-4 OR-4 OR-5 OR-6 OR-7 OR-8 OR-8 OR-9 OR-9 OR-9
¹ PVT também é uma abreviatura para 'Praça'.
² SP4 também é uma forma válida de abreviar 'especialista'.
Militares treinando descida de um helicóptero MH-47 durante um exercício de treinamento no Forte Bragg.

Treinamento

O treinamento do exército é dividido em duas fases – individual e coletivo. O treinamento básico consiste de 10 semanas para a maioria dos recrutas seguidos pelo Advanced Individualized Training (AIT, ou "Treinamento Avançado Individualizado") quando eles recebem treinamento para se tornar especialistas (MOS). O treinamento destes dura de 14 a 20 semanas, combinando o treinamento básico e o específico. A duração do curso do AIT varia por cada cargo de especialista. Algumas posições requerem meses de treino (como tradutores de línguas estrangeiras). Dependendo da necessidade do exército, o treinamento básico de combate para soldados é conduzido em vários locais pelo país, mas os treinamentos mais longos, como a Escola de Blindados e a Escola de Infantaria acontecem no Forte Benning, Geórgia.

Militares dos Estados Unidos durante um exercício de treinamento.

Após o treinamento básico e/ou avançado a nível individual, os soldados podem optar por mais treinamento e se candidatar no "additional skill identifier" (ASI, ou "identificador de habilidades adicionais"). O ASI permite ao exército aumentar a dinâmica dos especialistas e melhorar a qualificação destes. Por exemplo, o médico de combate, cujo dever é oferecer cuidados e tratamentos pré-hospital, pode receber um treinamento ASI para se tornar um especialistas cardiovascular, um especialista diálise, ou ainda um enfermeiro licenciado. Para os oficiais comissionados, o treinamento ASI inclui treinamento pré-comissionamento em West Point, ou na Escola de Treinamento de Oficias da Reserva ou na fase de encerramento da Escola de Candidatos a Oficial. Após receberem a sua patente como oficial, estes receberam treinamentos especializados para suas áreas no Basic Officer Leaders Course ("Curso Básico de Oficiais Líderes), que varia de tempo de duração e local dependendo para onde o oficial será mandado. Aperfeiçoamentos futuros na carreira são disponíveis no Curso de Programa de Correspondência do exército, uma espécie de ensino a distância.

O treinamento coletivo é oferecido para as unidades em suas determinadas estações, mas o treinamento mais rígido oferecido é conduzido nos três centros de treinamento de combate: o National Training Center (NTC, ou "Centro de Treinamento Nacional") no Forte Irwin, na Califórnia; o Joint Readiness Training Center (JRTC, ou "Centro de Treinamento Preparatório Conjunto") no Forte Polk, na Luisiana; e o Joint Multinational Training Center (JMRC ou "Centro de Treinamento Multinacional Conjunto") sediado na cidade de Hohenfels, na Alemanha. O novo programa de treinamento (o ARFORGEN, que foca principalmente no contra-terrorismo) é um projeto lançado em 2006 para melhor qualificar as forças americanas, em qualquer nível para unidades, para se adaptar a novas missões. Aperfeiçoamento a nível individual ainda requer o treinamento para unidades, que é feito no Forte Bliss, no Novo México, e Texas.

Equipamentos

Armamentos

Um soldado americano armado com seu fuzil M4, padrão das forças armadas.
De uso individual

O exército possui diversas armas pequenas e leves para os seus soldados. O armamento mais comum são os fuzis de assalto M16, o M4,[34] e o FN SCAR. A arma secundária padrão é a pistola M9 (alguns também contam com a M11).[35]

Vários soldados também recebem diversas variedades de armas diferentes, como a metralhadora M249 SAW (Squad Automatic Weapon), para oferecer maior poder de fogo.[36] Alguns também possuem o lança-granadas M203 de 40 mm. A shotgun padrão é a M1014 ou a Mossberg 590 que são usadas para combate de curta distância ou para derrubar portas. O M14EBR é utilizada por atiradores de apoio, junto com os snipers que usam os rifles M107 e M82, o M2010 e o rifle semiautomático M110. As granadas de mão utilizadas são a M67 de fragmentação e a M18 de fumaça.

Armas de apoio
Um militar estadunidense praticando com sua metralhadora M2.

Várias armas pesadas de apoio são usadas pela infantaria para dar poder de fogo superior, além das armas individuais.

A metralhadora M240 é a metralhadora padrão das forças armadas.[37] A Browning M2 é normalmente a metralhadora padrão montada em veículos. Na mesma forma, o lança granadas Mk 19 também é muito utilizado em unidades mecanizadas.[38]

O exército usa primordialmente três tipos de morteiro para dar apoio e complementar a artilharia. O menor é o morteiro de 60 mm M224, padrão para as unidades de infantaria.[39] Para maior poder de fogo há o M252 de 81 mm[40] e o M120/M121 de 120 mm, usados por forças mecanizadas.[41]

Poder de fogo para apoiar as unidades de infantaria é dado por meio de diversos canhões howitzers, incluindo o M119A1 de 105 mm[42] e o M777 de 155 mm (que está substituindo o M198).[43]

O exército também usa lançadores de foguetes e mísseis para dar um poder de fogo ainda maior para os seus militares, especialmente para combater blindados inimigos. O AT-4 é a principal arma antiveículo e antibunker da infantaria, com alcance de até 500 metros. O FIM-92 Stinger é a arma antiaérea padrão do exército. Os lança foguetes FGM-148 Javelin e BGM-71 TOW são as principais armas antitanque.

Veículos

Uma formação de três helicópteros de ataque AH-64 Apache e um UH-60 Black Hawk do exército dos Estados Unidos.

O principal veículo utilitário da infantaria é o High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle (HMMWV), conhecido como Humvee. Ele é capaz de transportar soldados, carga, plataforma de armas e também serve como ambulância, além de alguns outros papéis.[44] Entre as diversas variantes usadas, os veículos e caminhões multifunção mais comum são os da família HEMTT. Já o tanque de guerra M1A2 Abrams é o blindado padrão de combate do exército,[45] enquanto o M2A3 Bradley é o principal veículo de combate de infantaria.[46] Outro blindado de transporte de tropas muito usado é o Stryker[47] e o M-113.[48]

Soldados americanos em patrulha no Iraque, em março de 2008, apoiados por um veículo Humvee.

Há também diversas variedades de veículos resistentes a minas e explosivos (ou MRAP). O Pentágono planejou comprar mais de 25 000 blindados tipo MRAP desde 2007 em 25 diferentes variantes. O exército planeja despojar de 7 456 veículos e manter 8 585 outros. Dos que as forças armadas planejam manter, 5 036 serão estocados na reserva, 1 073 serão uados para treinamento e o restante será distribuído entre as tropas ativas. Cerca de 5 681 veículos Oshkosh M-ATV serão mantidos. Outros que também deverão ficar na ativa, mas em volume menor é o Navistar MaxxPro Dash (2 633 unidades padrão, mais 301 Maxxpro versão ambulância). Outras vários tipos de blindados, como o Cougar e o BAE Caiman também terão várias unidades despojadas.[49]

O exército americano conta com o obuseiro auto-propulsado M109A6 Paladin para dar mais poder de fogo de artilharia.[50] O lançador de foguetes M270 MLRS também fornece apoio pesado.[51]

O exército opera várias aeronaves, entre aviões e helicópteros. O AH-64 Apache é o principal helicóptero de ataque,[52] o OH-58D Kiowa Warrior é o principal helicóptero de reconhecimento e ataque leve,[53] o UH-60 Black Hawk é o principal helicóptero utilitário multi-função[54] e o CH-47 Chinook é o transportador pesado padrão.[55] Os planos de reestruturação do exército prevê uma redução do atual número de aeronaves no serviço ativo (atualmente são mais de 750 no inventário).[56] A infantaria também dispõe de vários navios para apoio e transporte.

Aeronaves também são usadas pelo exército para situações que não envolvem combate, como transporte de materiais. Mesmo assim, o exército ainda depende da força aérea para carregar grandes quantidades de material.

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 «14 June: The Birthday of the U.S. Army». United States Army Center of Military History. Consultado em 1 de julho de 2011  an excerpt from Robert Wright, The Continental Army
  2. Library of Congress, Journals of the Continental Congress, Volume 27
  3. Army Birthdays. history.army.mil
  4. 2005 Posture Statement Arquivado em 9 de julho de 2008, no Wayback Machine.. U.S. Army, 6 February 2005
  5. 5,0 5,1 Department of the Army, Deputy Chief of Staff (Human Resources/G-1), "Army Demographics – FY12 Army Profile" Arquivado em 27 de março de 2014, no Wayback Machine.. Página acessada em 21 de fevereiro de 2015.
  6. DA Pamphlet 10-1 Organization of the United States Army; Figure 1.2 Military Operations.
  7. Gregory J.W.Urwin, The United States Cavalry: An Illustrated History, 1776-1944, University of Oklahoma Press 2003 (1983), pp. 36—39
  8. Ron Field & Richard Hook, The Seminole Wars 1818–58 (2009)
  9. «Retired Site | PBS». Retired Site (em English). Consultado em 14 de agosto de 2021 
  10. McPherson, James M., ed. "The Atlas of the Civil War", (Philadelphia, PA, 2010)
  11. Shannon, Fred A. The Organization and Administration of the Union Army 1861–1865. 2 vols. Gloucester, MA: P. Smith, 1965..
  12. Maris Vinovskis (1990). "Toward a social history of the American Civil War: exploratory essays". Cambridge University Press. p. 7. ISBN 0-521-39559-3
  13. Cragg, Dan, ed., The Guide to Military Installations, Stackpole Books, Harrisburg, 1983, p. 272.
  14. Woodruff, Mark. Unheralded Victory: The Defeat of the Viet Cong and the North Vietnamese Army 1961–1973 (Arlington, VA: Vandamere Press, 1999).
  15. Wilson, John B. (1997). Maneuver and Firepower: The Evolution of Divisions and Separate Brigades. Washington, DC: Center of Military History, capítulo XII.
  16. «Army National Guard Constitution». Consultado em 17 de maio de 2013. Arquivado do original em 21 de maio de 2013 
  17. Carafano, James, Total Force Policy and the Abrams Doctrine: Unfulfilled Promise, Uncertain Future Arquivado em 10 de abril de 2010, no Wayback Machine., Foreign Policy Research Institute, 3 de fevereiro de 2005.
  18. An Army at War: Change in the Midst of Conflict, p. 515, via Google Books
  19. Section 1101, National Defense Authorization Act for Fiscal Years 1990 and 1991 Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine., Department of Defense Interim Report to Congress, setembro de 1990.
  20. Burnham, Gilbert; Lafta, Riyadh; Doocy, Shannon; Roberts, Les (2006). John Pike, ed. «U.S. Casualties in Iraq» (web page). GlobalSecurity.org (publicado em 4 de setembro de 2007). The Lancet. 368 (9545): 1421–1428. PMID 17055943. doi:10.1016/S0140-6736(06)69491-9. Consultado em 16 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 5 de setembro de 2007 
  21. 597 mortos em 2003,[1], 23 984 mortos entre 2004 e 2009, [2] 652 mortos em maio de 2004, [3] 45 mortos em março de 2009, [4] 676 mortos em 2010, [5] 451 mortos em 2011,[6] [7] [8] [9] [10] [11] Arquivado 2011-12-08 na Bibliotheca Alexandrina [12] Arquivado em 13 de maio de 2012, no Wayback Machine. [13] Arquivado em 18 de novembro de 2012, no Wayback Machine. [14] Arquivado em 11 de novembro de 2011, no Wayback Machine. contabilizando 26 405.
  22. Shanker, Thom; Cooper, Helena. «Pentagon Plans to Shrink Army to Pre-World War II Level». www.nytimes.com. The New York Times Company. Consultado em 23 de fevereiro de 2014 
  23. Drwiega, Andrew. "Missions Solutions Summit: Army Leaders Warn of Rough Ride Ahead" Rotor&Wing, 4 de junho de 2014. Página acessada em 20 de fevereiro de 2014.
  24. Perpich v. Department of Defense, 496 U.S. 334 (1990)
  25. 10 U.S.C. 3013
  26. 10 U.S.C. 3033
  27. 10 U.S.C. 151
  28. 10 U.S.C. 162
  29. CSA Odierno and SMA Chandler virtual town hall, 6 de janeiro de 2015
  30. 30,0 30,1 30,2 "Future Soldiers". Página acessada em 21 de fevereiro de 2015..
  31. 31,0 31,1 31,2 Army Regulation 600-20
  32. U.S. Department of Defense site, "Officer Rank Insignia
  33. "Enlisted Soldiers Descriptions". Página acessada em 20 de fevereiro de 2015.
  34. M4. U.S. Army Fact Files
  35. M9 pistol. U.S. Army Fact Files
  36. M249, U.S. Army Fact Files
  37. M240, U.S. Army Fact Files
  38. MK 19, U.S. Army Fact Files
  39. M224, U.S. Army Fact Files
  40. M252, U.S. Army Fact Files
  41. M120, U.S. Army Fact Files
  42. M119, U.S. Army Fact Files
  43. «M777 Lightweight 155mm howitzer (LW155)». www.globalsecurity.org. Consultado em 14 de agosto de 2021 
  44. HMMWV, U.S. Army Fact Files
  45. Abrams Arquivado em 15 de novembro de 2013, no Wayback Machine., U.S. Army Fact Files
  46. Bradley, United States Army Fact Files
  47. Stryker, U.S. Army Fact Files
  48. M113, U.S. Army Fact Files
  49. Majority of MRAPs to be scrapped or stored - Militarytimes.com, 5 de janeiro de 2014
  50. Paladin, Army.mil
  51. MLRS, U.S. Army Fact Files
  52. Apache, U.S. Army Fact Files
  53. Kiowa, U.S. Army Fact Files
  54. Blackhawk, U.S. Army Fact Files
  55. Chinook, U.S. Army Fact Files
  56. "US Army continues to face financial challenge of rotary fleet maintenance". Página acessada em 20 de fevereiro de 2015.

Leitura adicional

  • «Desert Storm/Shield Valorous Unit Award (VUA) Citations». US Army Center of Military History. Consultado em 26 de Dezembro de 2014 
  • Bailey, Beth. America's Army: Making the All-Volunteer Force (2009) ISBN 0674035364
  • Bluhm, Jr,, Raymond K. (Editor-in-Chief); Andrade, Dale; Jacobs, Bruce; Langellier, John; Newell, Clayton R.; Seelinger, Matthew (2004). U.S. Army: A Complete History Beaux Arts ed. Arlington, VA: The Army Historical Foundation. p. 744. ISBN 978-0-88363-640-4 
  • Chambers, John Whiteclay, ed. The Oxford Guide to American Military History (1999), online em muitas bibliotecas
  • Clark, J. P. Preparing for War: The Emergence of the Modern U.S. Army, 1815–1917 (Harvard UP, 2017) 336 pp.
  • Coffman, Edward M. The War to End All Wars: The American Military Experience in World War I (1998), uma história padrão
  • Kretchik, Walter E. U.S. Army Doctrine: From the American Revolution to the War on Terror (University Press of Kansas; 2011) página 392; estuda a doutrina militar em quatro eras distintas: 1779–1904, 1905–1944, 1944–1962 e 1962 até o presente.
  • Woodward, David R. The American Army and the First World War (Cambridge University Press, 2014). 484 pp. revisão online

talvez você goste