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Mário Gibson Barbosa

Mário Gibson Barboza
Nome completo Mário Gibson Alves Barboza
Nascimento 13 de março de 1918[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Olinda, Brasil
Morte 26 de novembro de 2007 (89 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Rio de Janeiro, Brasil
Ocupação Diplomata

Mário Gibson Alves Barboza[1] ComCGCCGCSEGCIH (Olinda, 13 de março de 1918Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2007) foi um diplomata brasileiro.

Biografia

Primogênito de Oscar Bartholomeu Alves Barboza e de Evangelina Xavier Gibson (esta de ascendência inglesa),[2] bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1937.

Em 1939 prestou concurso para o Ministério das Relações Exteriores, ingressando na carreira diplomática. Foi vice-cônsul do Brasil em Houston, Texas e terceiro-secretário da Embaixada brasileira em Washington (Estados Unidos janeiro de 1969-30 de outubro de 1969); primeiro-secretário da representação brasileira em Bruxelas (Bélgica); ministro-conselheiro em Buenos Aires (Argentina) e junto à Organização das Nações Unidas (ONU); chefe-de-Gabinete do ministro das Relações Exteriores, Afonso Arinos de Melo Franco (sobrinho). Foi, ainda, embaixador do Brasil em Viena (Áustria), em Assunção (Paraguai) e em Washington, e secretário-geral de Política Exterior do Itamaraty. Pela sua gentileza, bons modos e imponência, que faziam lembrar um diplomata do Antigo Regime, era conhecido no Itamaraty como o Marquês de Olinda, em alusão a cidade onde nasceu.

Ministério

No Governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), foi ministro das Relações Exteriores, sendo, até então, junto de João Augusto de Araújo Castro e Vasco Leitão da Cunha os únicos diplomatas de carreira que tinham chefiado o Itamaraty. Na sua gestão, autodenominada "Diplomacia do interesse nacional" e conhecida também como "Brasil Potência", baseava-se num conceito de desenvolvimento que conjugava bilateralismo com multilateralismo terceiro-mundista, rejeitando, contudo, tanto os alinhamentos automáticos quanto o multilateralismo reivindicatório, ao estilo do movimento dos países não-alinhados dos anos 1960.

Mais ousada e repleta de consequências foi a aproximação com os países árabes, devido ao aumento gradativo do petróleo desde 1971, o que aumentava seu poder de compra e obrigava o Brasil a garantir o abastecimento, buscando simultaneamente compensações ao encarecimento das crescentes importações de combustível (que desequilibrava a balança comercial). A Guerra do Yom Kippur em outubro de 1973, e o subsequente aumento violento e embargo parcial de petróleo, aprofundaram qualitativamente o problema no governo seguinte."

No plano militar, manteve-se contrário à adesão ao tratado de não-proliferação de nuclear, incentivando a qualificação tecnológica e construção de uma indústria armamentista nacional.

Na sua gestão foi transferida para a sede do Itamaraty para Brasília, o Palácio dos Arcos; no governo Médici começou a se definir o que seria denominado mais tarde como “a política africana do Brasil”, com a pioneira viagem de Gibson Barboza a nove países da África Ocidental – Costa do Marfim, Gana, Togo, Daomé (atual Benim), Zaire (atual República Democrática do Congo), Camarões, Nigéria, Senegal e Gabão – em novembro de 1972. Chegou a assinar uma declaração com o governo do Senegal condenando o colonialismo, mas manteve a postura de silêncio em relação a Portugal e suas colônias, as chamadas “províncias ultramarinas” – Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.

A 6 de Maio de 1955 foi feito Comendador da Ordem Militar de Cristo, a 14 de Fevereiro de 1970 foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem, a 10 de Agosto de 1970 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a 20 de Julho de 1972 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.[3]

Com o término do mandato presidencial de Médici, em março de 1974, Gibson Barboza deixou o ministério, sendo substituído por Antônio Francisco Azeredo da Silveira. Em seguida, atuou como embaixador na Grécia, onde permaneceu até julho de 1977, quando assumiu a embaixada brasileira em Roma.

Publicações

  • Na diplomacia, o traço todo da vida (memórias, 1992)

Referências

  1. Pela grafia original, Mario Gibson Alves Barboza.
  2. Portal da Família Gibson. https://ggibson.criadorlw.com.br/mariogibsonbarboza (dados biográficos ].
  3. «Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais». Resultado da busca de "Mário Gilson Alves Barboza". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 1 de março de 2016 
  1. RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por
José de Magalhães Pinto
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1969 — 1974
Sucedido por
Azeredo da Silveira

Predefinição:Gabinete de Emílio Garrastazu Médici Predefinição:Embaixadores do Brasil nos Estados Unidos

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