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Judaísmo messiânico

Predefinição:Formatar referências Predefinição:Fonte primária religiosa O Judaísmo Messiânico é a vertente que crê em Yeshua (Jesus).[carece de fontes?]

São comunidades religiosas formadas por judeus e não judeus que têm por característica principal a crença em Yeshua (Jesus), como o Mashiach (Messias) prometido ao povo judeu. Como não há uma organização que centralize essas comunidades, comumente acontecem divergências de opiniões que acabam por fazer com que se isolem uma das outras. Possuem vínculo de apoio ao Estado de Israel, mas nenhuma ligação com as Associações, Federações ou Confederações Israelitas.[carece de fontes?] Na visão judaica tradicional os “judeus messiânicos” são considerados cristãos, mesmo quando nascidos de mãe judia.

Os "rabinos messiânicos" geralmente têm formação rabínica através de alguma Yeshivah (seminário rabínico messiânico), alguns não passam por um Beit Din (Tribunal Rabínico) outros passam como o rabino Wilson (Shlomo) da Beit Tfilah em Brasília uma das mais antigas do Brasil, fundada em 2001, que recebeu sua Smicha a partir de 3 rabinos messianicos, rav Juda Ben Haim - Israel, Rav Yaakov ben Yehuda - SP e Rav Manoel Goffman - EUA. Os judeus messiânicos tem uma visão diferente do judaísmo em alguns aspectos, no qual os judeus ortodoxos e judeus conservadores, acreditam. No judaísmo são considerados judeus apenas filhos de mães judias e convertidos, algumas linhas do judaísmo messiânico aceitam quaisquer pessoas sem o processo de conversão.[1] No entanto, salvo exceções de algumas comunidades, os judeus messiânicos guardam as mitzvot de Israel, as 613 mitzvot (obviamente, aqueles que são passíveis de serem cumpridos atualmente), observando as festas tradicionais e a Kashrut, professam os treze princípios da fé judaica, formulados por Maimônides, no século XII,[2] podem também atender ao Tzahal (quando vivendo em Israel).[3]

O judaísmo em geral rejeita o judaísmo messiânico/nazareno como sendo um ramo do judaísmo - muito embora, em sua origem no século I, tenha sido considerado como tal. Visto que são comunidades originadas por judeus com o propósito de agregar gentios à visão judaica, formando assim um só corpo, entre judeus e gentios crentes em Yeshua Hamashiach "JESUS CRISTO" como por exemplo a organização Ministério Ensinando de Sião[4] a CINA Congregação Israelita da Nova Aliança[5] e diversas outras comunidades existentes no mundo, até mesmo em Israel, onde essas comunidades estão ganhando cada vez mais força,[6] os convertidos ao judaísmo messiânico, não usufruem da Aliá (Lei de Retorno). A posição oficial do Estado de Israel atualmente reconhece para a Lei do Retorno apenas judeus que possam comprovar sua ascendência judaica.[7]

História

No Tanakh (Antiga Aliança) que ficou conhecido como Antigo Testamento, a palavra Messias (do hebraico משיח Māšîªħ, Mashiach ou Moshiach, "Ungido", através do aramaico e transliterado, no grego do "Novo Testamento" como Μεσσιας) referia-se ao "ungido pelo altíssimo", o rei ou governante de Israel.[8]

Nos tempos após o Cativeiro Babilônico, o termo passou a ser usado como ha-Kohen ha-Mashiaḥ, ou o sacerdote ungido, se referindo ao Sumo Sacerdote de Israel.[8] Ciro, o Grande também foi chamado de "messias" ("ungido pelo altíssimo") porque o fez ele ser vitorioso para que libertasse os judeus exilados.[8]

A Aliança Judaica Messiânica Internacional (International Messianic Jewish Alliance) foi fundada em 1925 e a Aliança Internacional de Congregações Messiânicas (International Alliance of Messianic Congregations) foi fundada em 1979.[9]

CCJM(Conselho das Congregações Judaico-Messiânicas)

Na ano de 2003 ocorreu a primeira reunião em Belo Horizonte com a participação de quase todas as congregações/sinagogas messiânicas do Brasil entre os líderes estavam:

  • Rosh Eduardo Stein
  • Rosh Gilberto Branco
  • Rabino Marcelo Miranda Guimarães
  • Prof Matheus Zandona (na época)
  • Rav Juda Ben Haim
  • Rosh Wilson (Shlomo) - Brasília (na época) - www.btf.org.br
  • Rosh Jairo (Congregação Sar El)
  • Rosh Gilberto Blanco (SP)

Nesse encontro foram lançada a idéia da criação do CCJM - Conselho de Congregações Judaico-Messiânicas porém, não foi concretizado por algumas divergências quanto a forma da sua criação naquele momento.

- A Sinagoga Beit Tfilah - Brasília - na época Rosh Wilson (hoje rabino Wilson(Shlomo), juntamento com o Rav Juda ben Haim, declararam a sua não participação no CCJM bem como a Sinagoga Shear Yaakov - SP ( Rav Yaakov ben Yehuda)

Posteriormente, entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2007 no 6º congresso "Internacional Restaurando as Raízes da Igreja rumo ao 1º Século – BH" surgiu a ideia de um Conselho de Congregações Judaico-Messiânicas, isto é, um conselho Brasileiro de Judaísmo Messiânico.[10]

Figuras importantes do Judaísmo Messiânico do Brasil que eram participantes do Conselho

  • Rabino Eduardo Stein
  • Rosh Gilberto Branco
  • Rabino Marcelo Miranda Guimarães
  • Rabino Matheus Zandona

Importantes comunidades que eram ligadas ao Conselho:

  • Congregação Sar El
  • Ministério Ensinando de Sião
  • Congregação Beit Mashiach
  • Congregação Beit Rechovot
  • Congregação Beit Jardim Primavera
  • Kehila Tsur Yisrael

Cismas e rachas do Judaísmo Messiânico no Brasil

Na contramão do CCJM, durante essa mesma época em que o CCJM existia, havia nessa época outro Conselho igualmente extinto, que é o ACJU (Associação de Congregações do Judaísmo da Unidade)[11] um Conselho de Comunidades não autonomas, todas subservientemente ligadas a Sinagoga Beit El Shamah, uma comunidade Judaico-Messiânica que rompeu com o Messianismo e abraçou o judaísmo tradicional, especificamente de linha ortodoxa.[12]

Durante essa época em que ambos os Conselhos existiam, havia certa rivalidade e animosidade entre os dois conselhos, pois nessa época o Judaísmo Messiânico de linha trinitária era representado pelo CCJM, ao passo que o Judaísmo Messiânico de linha anti trinitária (unitária) era representada pelo ACJU. Sendo que Havia muitos judeus messiânicos não trinitários, e que não estevam ligados ao ACJU, o que mais para tardiamente iria dar origem a outros Conselhos e Federações, como é o caso da Federação Israelita Nazarena do Brasil[13] e do Conselho Brasileiro de Judaísmo Messiânico.[14]

Durante essa mesma época, para deixar o cenário judaico-messiânico brasileiro ainda mais tenso, houve ainda outro abandono do messianismo por parte de uma importante comunidade virtual Judaico-Messiânica que foi o Grupo Torah Viva, na qual o líder do movimento, sobre o pseudônimo de "Shaul Bension" (Luis Felipe Moura) igualmente abraça o judaísmo tradicional de linha Masorti, e funda os canais de judaísmo tradicional como é o caso do Universo Monoteísta.

Durante todo esse período a Sinagoga Beit Tfilah em Brasília se manteve sob a liderança do Rav Wilson (shlomo) um dos mais antigos e respeitados líderes messiânicos do Brasil, sendo sempre acompanhado pelos rabinos Juda ben Haim - Israel, Rav Yaakov ben Yehuda - SP e Rav Goffman - EUA e Rav Avner - EUA.

Influências do CCJM no Judaísmo Tradicional

Como já dito anteriormente, o CCJM não existe nos dias atuais, portanto sabemos que a instituição está extinta, contudo, o mesmo foi imprescindível para a existência de outras instituições judaicas do Brasil, como é o caso da Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição (Abradjin)[15] e igualmente do Museu da Inquisição[16] em Belo Horizonte. Todas essas organizações existiam antes da formação do CCJM.

Federação Israelita Nazarena do Brasil (FISNAB)

Fundada no ano 5782 (2021)[13] com sua Sede em Belém do Pará.[17] Presidida pelo "Rabino Marlon Troccolli" da Sinagoga Beyt Bene Avraham e Co-presidida pelo "Shaliach Tzbur Inácio Medeiros" é Rosh Kehilah da Sinagoga Edah Bnei Tsion.[18]

Conselho Brasileiro de Judaísmo Messiânico (CBJM)

Em 21 de julho de 2019, em São Paulo houve o segundo Fórum do CBJM (Conselho Brasileiro de Judaísmo Messiânico),[14] marcado por grandes figuras do Judaísmo Messiânico Brasileiro, lideres que estavam a representar as mais ativistas e atuantes Sinagogas Messiânicas do Brasil (Sinagoga Brit Olam, Sinagoga Beit Miklat, Sinagoga Beit Bechurim, Grupo Netzer e entre outros grupos).[carece de fontes?]

Sobre a liderança do Rabino Maurício Ulisses da Sinagoga Brit Olam, mesmo antes do ano de 2019, já havia ocorrido anteriormente o primeiro Fórum, contudo, o primeiro Fórum não foi ao ar em canais de mídias sociais.

O Conselho Brasileiro de Judaísmo Messiânico nasceu com o objetivo de ser uma instituição relevante e representativa às comunidades conservadoras e monoteístas do judaísmo messiânico, mantendo uma prática judaica comprometida com a completude entre as mitzvot da Torá e a Brit Chadashá.[14]

Similaridades do CBJM com outros Conselhos do Brasil

Aos moldes do UCMJ (Union of Conservative Messianic Judaism) nos Estados Unidos da América, análogamente o CBJM se coloca como uma voz judaico-messiânica não trinitária e ao mesmo tempo conservadora. Por isso nos seus objetivos ele se coloca como uma união de comunidades conservadoras e monoteístas.[carece de fontes?]

Similaridades do CBJM com a FISNAB (Federação Israelita Nazarena do Brasil)

O que há em comum entre ambas é o aspecto unitário (antitrinitário) e o aspecto de um judaísmo em que se admita Yeshua como o Messias, contudo não há nem aproximação nem rivalidade entre ambas.[17]

Yeshivot (Seminários) Judaico-Messiânicos de língua portuguesa

  • Yeshivat Shuvu Português (presente em Portugal, Brasil e nos PALOP)
  • Zeyt Yossef Yeshiva University[19]
  • Or David Theological Seminary[20]

Ver também

Referências

Sinagoga Beit Tfilah - Brasília - www.btf.org.br

  1. «Issues of Status». www.ourrabbis.org. Consultado em 23 de outubro de 2016 
  2. http://www.israelitas.com.br/OhelDavid/index.php/principios-de-fe/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. http://www.yeshuachai.org/judaismo-messianico/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. http://ensinandodesiao.org.br  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. «QUEM SOMOS – CONGREGAÇAO ISRAELITA DA NOVA ALIANÇA». www.israelitas.com.br. Consultado em 22 de outubro de 2016 
  6. http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/25683/com-mais-de-150-igrejas-judaismo-messianico-ganha-forca-em-israel.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. Berman, Daphna (10 de junho de 2006). «Aliyah with a cat, a dog and Jesus». Haaretz. Consultado em 9 de agosto de 2010. In rejecting their petition, Supreme Court Justice Menachem Elon cited their belief in Jesus. ‘In the last two thousand years of history…the Jewish people have decided that messianic Jews do not belong to the Jewish nation…and have no right to force themselves on it,’ he wrote, concluding that ‘those who believe in Jesus, are, in fact Christians.’ 
  8. 8,0 8,1 8,2 Enciclopédia Judaica (1906), Messiah [em linha
  9. Erwin Fahlbusch, Geoffrey William Bromiley, The Encyclopedia of Christianity, Volume 3, Wm. B. Eerdmans Publishing, USA, 2003, p. 35
  10. http://www.messianictimes.com
  11. «Superar obstáculos possíveis e impossíveis [Judaísmo da Unidade] | Servos de Deus .com» (em português). Consultado em 7 de março de 2022 
  12. «Beit El Shamah | Torah | Bnei Noach». beit-el-shamah (em português). Consultado em 7 de março de 2022 
  13. 13,0 13,1 «INÍCIO». federacaoisraelitanazarenadobrasil.webnode.com (em português). 15 de novembro de 2021. Consultado em 7 de março de 2022 
  14. 14,0 14,1 14,2 «CBJM» (em português). Consultado em 7 de março de 2022 
  15. «ABRADJIN | Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição» (em português). Consultado em 7 de março de 2022 
  16. «Museu da História da Inquisição |» (em português). Consultado em 7 de março de 2022 
  17. 17,0 17,1 https://federacaoisraelitanazarenadobrasil.webnode.page/
  18. «INÍCIO». edahbneitsion.webnode.com (em português). 13 de novembro de 2021. Consultado em 7 de março de 2022 
  19. https://www.zeytyosefyeshivau.org/
  20. https://www.bethchofesh.com/educacao

Bibliografia

Ligações externas

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