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Poliestireno

Disambig grey.svg Nota: Para o álbum musical, veja Isopor (álbum de Pato Fu).
Predefinição:Chembox Identifiers
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Poliestireno
Alerta sobre risco à saúde
Polystyrene.svg
Outros nomes Poliestireno, PS (do inglês Polystyrene)
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Propriedades
Fórmula molecular (C8H8)x
Densidade 1050 kg/m3
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Compostos relacionados
Polímeros relacionados Polietileno
Poliestireno sulfonato de sódio (PSS)
Acrilonitrila butadieno estireno (ABS, copolímero)
Compostos relacionados Estireno (monômero)
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.
No meio ambiente, demora cerca de 50 anos para se degradar

O poliestireno é um homopolímero resultante da polimerização do monômero de estireno. Trata-se de uma resina do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor, que a deixa em forma líquida ou pastosa. É a matéria-prima dos copos descartáveis, de lacres de barris de chope e de várias outras peças de uso doméstico, além de embalagens.

O poliestireno expandido (EPS), mais conhecido em Portugal sob o nome de esferovite e no Brasil sob o nome de isopor, é um plástico celular e rígido com variedade de formas e aplicações, e que apresenta-se como uma espuma moldada constituída por um aglomerado de grânulos.[1] É bastante utilizado em construção civil e na confecção de caixas térmicas para armazenamento de bebidas e alimentos.[1] Sua presença no mercado consumidor, onde sua participação tem sido crescente, é fortalecida por sua leveza, sua capacidade de isolamento térmico e seu baixo custo.[1] Para sua produção, a matéria-prima passa por um processo de transformação física constituída de três etapas: pré-expansão, armazenamento intermediário e moldagem.[1] O EPS é um plástico celular rígido, resultado da polimerização do estireno em água. O produto final são pérolas de até 3 milímetros de diâmetro, que se destinam à expansão. No processo de transformação, essas pérolas aumentam em até 50 vezes o seu tamanho original, por meio de vapor, fundindo-se e moldando-se em formas diversas.

Expandidas, as pérolas apresentam em seu volume até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. Em 1m³ de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.

O processo produtivo do EPS não utiliza o gás CFC ou qualquer um de seus substitutos.

Como resultado os produtos finais de EPS são inertes, não contaminam o solo, água e ar. São 100% reaproveitáveis e recicláveis e podem, inclusive, voltar à condição de matéria-prima.

Pode ser reciclado infinitas vezes que não perde as propriedades mecânicas (não degrada).

Características

Fotografia de um fragmento de poliestireno.

Suas principais características são:

  • Fácil processamento por moldagem a quente
  • Fácil coloração
  • Baixo custo
  • Elevada resistência a álcalis e ácidos
  • Baixa densidade e absorção de umidade
  • Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries
  • Reciclável

Tipo

Peças em poliestireno para resguardo de transporte de electrodomésticos e equipamentos informáticos.
O poliestireno é inflamável.

Existem quatro tipos básicos de poliestireno:

  • PS cristal: homopolímero amorfo, duro, com brilho e elevado índice de refração. Pode receber aditivos lubrificantes para facilitar processamento. Usado em artigos de baixo custo, notadamente peças descartáveis tais como copos.
  • PS resistente ao calor: maior P.M., o que torna seu processamento mais difícil. Variante ideal para confecção de peças de máquinas ou automóveis, gabinetes de rádios e TV, grades de ar condicionado, peças internas e externas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, circuladores de ar, ventiladores e exaustores.
  • PS de alto impacto: contém de 5 a 10% de elastômero (borracha), que é incorporado através de mistura mecânica ou diretamente no processo de polimerização através de enxerto na cadeia polimérica. Obtém-se desse modo uma blenda. Muito usado na fabricação de utensílios domésticos (gavetas de geladeira) e brinquedos.
  • PS expandido: espuma semirrígida com marca comercial "Isopor". O plástico é polimerizado na presença do agente expansor ou então o mesmo pode ser absorvido posteriormente. Durante o processamento do material aquecido ele se volatiliza, gerando as células no material. Baixa densidade e bom isolamento térmico. Aplicações: bandejas para embalagem de produtos hortifrutigranjeiros, protetor de equipamentos, isolantes térmicos, pranchas para flutuação, geladeiras isotérmicas, etc. Produção brasileira em 1998: 10.000 t.

Nos primórdios da moldagem por injeção, as resinas de poliestireno foram um fator importante no desenvolvimento deste processo. Conhecidas desde 1845, estas resinas somente adquiriram grande importância industrial no início da segunda guerra mundial e, atualmente, é um dos termoplásticos mais consumidos, sendo utilizado em processos de moldagem por injeção, sopro, termoformação, laminados, modificados com cargas minerais e fibras de vidro, adquirindo característica de plásticos de engenharia.

Matérias-primas e fabricação

O monômero para a produção do poliestireno é o estireno, que quimicamente é um hidrocarboneto aromático insaturado de fórmula C6H5C2H3. É também chamado de fenilacetileno ou vinilbenzeno. O estireno é um líquido, com ponto de ebulição 145°C e ponto de solidificação -30,6°C. Quando puro é incolor e apresenta um odor agradável e adocicado. Pode ser obtido industrialmente a partir de vários processos, entretanto o mais utilizado consiste na desidrogenação do etil-benzeno.

O etil-benzeno é obtido a partir da alquilação do benzeno por reação com o etileno, na presença de um catalisador, como por exemplo: cloreto de alumínio (AlCl3). A desidrogenação do etil benzeno é provocada pela ação do calor, na presença de óxidos metálicos, tais como o óxido de zinco, cálcio, magnésio, ferro ou cobre. A temperatura do sistema deve ser entre 600°C a 800°C. A reação é endotérmica e a pressão é reduzida pois ela se dá com aumento de volume.

Aplicações

Entre as diversas aplicações, incluem-se:

  • Na forma expandida é amplamente utilizado desde ~1960, na indústria de embalagens.
  • no campo do isolamento térmico, tradicionalmente garrafas e caixas térmicas, vem ganhando destaque aplicações em diferentes segmentos da engenharia civil.
  • No aeromodelismo é usado na confecção de asas, profundores/estabilizadores, lemes e outros elementos aerodinâmicos com a vantagem da precisão e baixo peso e baixo valor comercial.
  • Dado que é quimicamente bastante inerte se utiliza como substrato para o cultivo de orquídeas.
  • Pode ser usado em bombas termonucleares bifásicas pois após a fissão da primeira ogiva, transforma-se em plasma pela atuação de raios x da fissão, que comprime a segunda ogiva espalhando os raios, causando a ignição da vela de ignição que inicia a reação de fusão.
  • Na construção civil, pode ser utilizado por meio da substituição de uma porcentagem de areia por poliestireno em pó, uma opção mais sustentável e economicamente viável. Uma porcentagem de 5% considera-se ideal para substituição da matéria-prima. Durante o processo de produção do poliestireno são adicionados aditivos que configuram características específicas, como:
    • Antioxidante - inibi ou retarda degradações termo-oxidativas;
    • Estabilizantes à luz UV - protege da decomposição devido às altas temperaturas usadas no processo de transformação;
    • Corantes - melhoram aspecto visual e evitam a penetração da luz;
    • Agentes anti-estáticos - tornar a superfície do plástico mais condutiva, melhorar “maquinabilidade”;
    • Agentes de expansão - favorecer a expansão;
    • Cargas - reduzir custos e/ou melhorar propriedades mecânica.
  • Essas características, a composição química e sua estrutura polimérica são fatores que auxiliam o copo plástico ser reinserido na cadeia de produção, apenas alterando seu processamento.

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 «VIABILIDADES TÉRMICA, ECONÔMICA E DE MATERIAIS DE UM SISTEMA SOLAR DE AQUECIMENTO DE ÁGUA A BAIXO CUSTO PARA FINS RESIDENCIAIS» (PDF). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Junho de 2007. 21 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2011. O EPS - poliestireno expandido é um plástico celular e rígido, que pode apresentar uma variedade de formas e aplicações. Apresenta-se como uma espuma moldada, constituída por um aglomerado de grânulos [...]. Nas instalações dos produtores de isopor, a matéria prima é sujeita a um processo de transformação física, não alterando as suas propriedades químicas. Esta transformação processa-se em três etapas: a pré-expansão, o armazenamento intermediário, a moldagem. Duas características do isopor têm fortalecido a sua presença no mercado consumidor, aonde vem obtendo crescente participação: a leveza e a capacidade de isolamento térmico, às quais se associa o baixo custo. É bastante utilizado na confecção de caixas térmicas para acondicionamento de alimentos e bebidas, e em construção civil. [ligação inativa]

Ver também

Ligações externas

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