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Icterícia

Disambig grey.svg Nota: Para icterícia em recém nascidos, veja icterícia neonatal.
Icterícia
Icterícia da pele causada por câncer de pâncreas.
Especialidade Gastroenterologia, hepatologia, cirurgia
Sintomas Pigmentação amarela da pele e da parte branca do olho[1][2]
Causas Níveis elevados de bilirrubina[2]
Método de diagnóstico Níveis de bilirrubina no sangue, hepatograma[2]
Condições semelhantes Excesso de carotenoides na dieta, uso de rifampicina[3]
Tratamento Tratamento das causas subjacentes[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 R17
CID-9 782.4
DiseasesDB 7038
MedlinePlus 003243
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Icterícia é a pigmentação amarela ou verde da pele e da parte branca do olho causada por níveis elevados de bilirrubina no sangue.[2][5] Em muitos casos está associada a prurido.[1] As fezes podem ser de cor clara e a urina de cor escura.[3] A icterícia em recém-nascidos ocorre na primeira semana de mais de metade dos nascimentos e na maior parte dos casos não é um problema.[2][5] No entanto, se os níveis de bilirrubina se mantiverem elevados por muito tempo podem causar uma lesão cerebral denominada querníctero.[6]

As causas de icterícia são variadas, desde as que não são um problema sério até às que são potencialmente fatais.[7] A concentração normal de bilirrubina no plasma sanguíneo é inferior a 1,0 mg/dL (17 µmol/L). A icterícia é geralmente causada por concentrações superiores a 2–3 mg/dL (34-51 µmol/L), condição que se denomina hiperbilirrubinemia.[8][3] A hiperbilirrubinemia divide-se em dois tipos: não conjugada (indireta) e conjugada (direta).[7] O diagnóstico de hiperbilirrubinemia conjugada pode ser confirmado com a deteção de bilirrubina na urina.[9]

A hiperbilirrubina não conjugada pode ser o resultado de anemia hemolítica, hematomas de grande dimensão, condições genéticas como a síndrome de Gilbert, não comer durante muito tempo, icterícia neonatal ou doenças da tiróide.[3][7] A hiperbilirrubina conjugada pode ser o resultado de doenças do fígado como a cirrose ou hepatite, infeções, alguns medicamentos ou bloqueio do canal biliar.[3] Em países desenvolvidos, as causas mais comuns são o bloqueio do canal biliar ou medicamentos, enquanto em países em vias de desenvolvimento, as causas mais comuns são infeções como a hepatite viral, leptospirose, esquistossomose ou malária.[3] O bloqueio do canal biliar pode ser o resultado de cálculos na vesícula, cancro ou pancreatite.[3] Os bloqueios do canal biliar podem ser diagnosticados com exames imagiológicos como a ecografia.[9] Entre outras condições que causam pigmentação amarela da pele mas que não são icterícia estão a concentração excessiva de carotenoides resultante da ingestão excessiva de carotenos na dieta e alguns medicamentos como a rifampicina.[3]

O tratamento de icterícia depende da causa subjacente.[4] Na presença de um bloqueio do canal biliar, geralmente é necessária uma intervenção cirúrgica. Nos outros casos, o tratamento é médico.[4] O tratamento médico pode consistir no tratamento das causas infecciosas e em interromper o uso de medicamentos que possam estar a contribuir para a situação.[4] Em recém-nascidos, dependendo da idade e da prematuridade, os níveis de bilirrubina superiores a 4–21 mg/dL (68-360 µmol/L) podem ser tratados com fototerapia ou transfusão de sangue.[8] O prurido associado pode ser aliviado com o dreno da vesícula biliar ou com ácido ursodesoxicólico.[1]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 Bassari, R; Koea, JB (7 de fevereiro de 2015). «Jaundice associated pruritis: a review of pathophysiology and treatment.». World Journal of Gastroenterology. 21 (5): 1404–13. PMC 4316083Acessível livremente. PMID 25663760. doi:10.3748/wjg.v21.i5.1404 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 «Jaundice». MedlinePlus. Consultado em 13 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2016 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 (Prof.), Roger Jones (2004). Oxford Textbook of Primary Medical Care (em English). [S.l.]: Oxford University Press. p. 758. ISBN 9780198567820. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 Ferri, Fred F. (2014). Ferri's Clinical Advisor 2015: 5 Books in 1 (em English). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 672. ISBN 9780323084307. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  5. 5,0 5,1 Buttaro, Terry Mahan; Trybulski, JoAnn; Polgar-Bailey, Patricia; Sandberg-Cook, Joanne (2012). Primary Care: A Collaborative Practice (em English) 4 ed. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 690. ISBN 0323075851. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  6. «Facts about Jaundice and Kernicterus». CDC. 23 de fevereiro de 2015. Consultado em 13 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 8 de agosto de 2016 
  7. 7,0 7,1 7,2 Winger, J; Michelfelder, A (setembro de 2011). «Diagnostic approach to the patient with jaundice.». Primary care. 38 (3): 469–82; viii. PMID 21872092. doi:10.1016/j.pop.2011.05.004 
  8. 8,0 8,1 Maisels, MJ (17 de março de 2015). «Managing the jaundiced newborn: a persistent challenge». CMAJ : Canadian Medical Association Journal. 187 (5): 335–43. PMC 4361106Acessível livremente. PMID 25384650. doi:10.1503/cmaj.122117 
  9. 9,0 9,1 Roche, SP; Kobos, R (15 de janeiro de 2004). «Jaundice in the adult patient.». American Family Physician. 69 (2): 299–304. PMID 14765767 
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