style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Glicogénio Alerta sobre risco à saúde[1] | |
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style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Propriedades | |
Fórmula molecular | (C6H10O5)n |
Ponto de fusão |
270-280 °C[1] |
Solubilidade em água | solúvel[1] |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Riscos associados | |
Frases R | - |
Frases S | - |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Compostos relacionados | |
Polímeros e oligômeros da glicose relacionados | Amido (polímero) Celulose (polímero) Maltodextrina (oligômero) Dextrina (oligômero) |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O glicogénio (português europeu) ou glicogênio (português brasileiro) é um polissacarídeo e a principal reserva de energia nas células animais e bactérias (como as cianobactérias, antigamente chamadas de algas azuis), encontrado, principalmente, no fígado e nos músculos. Geralmente também é encontrado nos fungos, sendo, neste caso, a principal substância de reserva.[2]
Descrição
Ocorre intracelularmente como grandes agregados ou grânulos, que são altamente hidratados por apresentar grande quantidade de grupos hidroxila expostos, sendo capazes de formar ligações de hidrogênio com a água. É uma molécula constituída por subunidades de glicose unidas por meio de ligações. Apresenta uma ramificação a cada oito a doze unidades. Reserva a energia de todos os carboidratos no corpo, principalmente dentro do fígado.
Armazenamento
O glicogênio é especialmente abundante no fígado, onde ele constitui até 7% do peso úmido deste órgão. Neste caso, é denominado glicogênio hepático, sendo encontrado em grandes grânulos, eles mesmos agregados de grânulos menores, compostos por moléculas de glicogênios unitárias altamente ramificadas e com uma massa molecular média de vários milhões. Esses grânulos apresentam em uma forma intimamente unida as enzimas responsáveis pela sua síntese e degradação. A principal função do glicogênio armazenado no fígado é alimentar a necessidade energética das células cerebrais. No caso de verificar-se uma esteatose, ele é armazenado dentro de vacúolos com limites pouco definidos.
Uso do glicogênio muscular
O glicogênio muscular responde em casos de hiperglicemia, pegando o açúcar da corrente sanguínea e armazenando-o para realizar a neoglicogênese. O glicogênio muscular não é usado em resposta à hipoglicemia pelos animais porque eles precisam desse glicogênio para realizar as atividades em busca da sua fonte de alimentos. Por exemplo, um leão precisa correr para pegar a sua presa; se ele estivesse usado o glicogênio muscular, ele não conseguiria correr.
Ramificações
Cada ramificação do glicogênio termina com um açúcar não redutor. Sendo assim, ele tem tantos terminais não redutores quantas ramificações, porém com um único terminal redutor. Quando este é utilizado como fonte de energia, suas unidades de glicose são retiradas uma a uma, a partir dos terminais não redutores. As enzimas podem agir em muitos terminais, fazendo com que este polissacarídeo se reduza a um monossacarídeo.
Hidrólise
O glicogênio é hidrolisado pelas α- e β-amilases. A α-amilase, presente no suco pancreático e na saliva, quebra o laço glicosídico α(1→4) ao acaso, produzindo tanto maltose quanto glicose. Já a β-amilase (que também quebra o laço glicosídico α(1→4)) cliva sucessivas unidades de maltose, iniciando a partir do terminal não reduzido.
Síntese
A síntese de glicogênio é o processo pelo qual a glicose é polimerizada a glicogênio, que é acumulado nas células em quantidades variáveis de acordo com o tipo celular, funcionando aí como depósito de energia acessível à célula. Em determinadas células, como nas do fígado e músculo, este processo pode ser intenso, e ocorrem extensos depósitos de glicogênio. O glicogênio hepático, que chega a 150 g, é degradado no intervalo das refeições, mantendo constante o nível de glicose no sangue ao mesmo tempo em que fornecem este metabólito às outras células do organismo. O glicogênio muscular, ao contrário, só forma glicose para a contração muscular.