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Európio

Predefinição:Elemento/Európio O európio (homenagem ao continente Europeu) é um elemento químico de símbolo Eu, de número atômico 63 (63 prótons e 63 elétrons) que apresenta massa atómica 152 u. É um metal de transição interna fazendo parte do grupo das terras raras (lantanídios).

À temperatura ambiente, o európio encontra-se no estado sólido. É branco prateado, bastante dúctil, e é o mais reativo das terras raras. Como elemento metálico apresenta, por enquanto, nenhuma aplicação. Entretanto, o seu óxido é usado em cinescópios de televisores em cores. O európio foi descoberto em 1901 por Eugène-Anatole Demarçay.

Características principais

O európio é o mais reativo dos elementos terras raras ; oxida-se rapidamente com o ar, e assemelha-se ao cálcio na sua reação com a água. Como outras terras raras ( a exceção do lantânio ), o európio inflama-se com o ar entre 150 °C e 180 °C, aproximadamente. Apresenta uma ductilidade muito alta e é aproximadamente tão duro quanto o chumbo.

Tem um magnetismo elevado, em condições normais de temperatura e pressão. Cientista demonstraram que este elemento possui supercondutividade a temperaturas de –271,35 ºC e pressões de 80 gigapascal.[1]

Aplicações

  • Existe uma aplicação pouco conhecida para o elemento, sendo ela o uso deste em uma fórmula de estrôncio, alumínio, oxigênio e disprósio nos lumes de relógios moderno, sendo usado também para dopar alguns tipos de plásticos para a fabricação de lasers.
  • Usado em lumes de relógios modernos (da marca Seiko) como iluminação super brilhante, Lume Brite, com a seguinte fórmula: (SrAl2O4 + Eu + Dy).[2]
  • usado como dopante para a produção de filmes de óxido de zinco.
  • Devido a sua capacidade de absorver nêutrons, este metal está sendo estudado para uso em reatores nucleares.
  • O óxido de európio (Eu2O3) é extensivamente usado como componente do fósforo vermelho usado em cinescópios de televisores a cores, e como um ativador de fósforos de ortovanadato de ítrio. Também é usado como um agente para a produção de vidros fluorescentes.

História

O európio foi encontrado inicialmente por Paul Émile Lecoq de Boisbaudran em 1890, obtendo um concentrado de samário e gadolínio, observando linhas espectrais que não pertenciam a nenhum destes dois elementos. Entretanto, a descoberta é geralmente creditada ao químico francês Eugène-Antole Demarçay que, em 1896, suspeitou que as amostras de um elemento recentemente descoberto (samário) foram contaminadas com um elemento desconhecido. Ele isolou este elemento em 1901. O novo elemento foi denominado de európio, em homenagem ao continente europeu.

Como é um metal difícil de ser isolado, o elemento európio puro só foi obtido recentemente.

Ocorrência e obtenção

O európio nunca é encontrado livre na natureza, porém existem muitos minerais que contem este elemento. As fontes mais importantes são os minerais bastnasita e a monazita. O európio foi identificado no espectro do sol, e em determinadas estrelas.

É produzido em cadinho, sob vácuo, aquecendo uma mistura de óxido de európio ( Eu203 ) com 10% de lantânio.

Compostos

Isótopos

O európio natural é composto por 2 isótopos estáveis: 151-Eu e 153-Eu, sendo o 153-Eu o mais abundante ( 52.2% de abundância natural ). 35 radioisótopos foram identificados, sendo os mais estáveis o 150-Eu com uma meia-vida de 36.9 anos, 152-Eu com meia-vida de 13.516 anos, e 154-Eu com meia-vida de 8.593 anos. Todos os demais isótopos radioativos possuem meias-vidas inferiores a 4.7612 anos, e a maioria destes com menos de 12.2 segundos. Este elemento tem 8 metaestados, sendo os mais estáveis 150m-Eu ( t½ 12.8 horas ), 152m1-Eu ( t½ 9.3116 horas ) e 152m2-Eu ( t½ 96 minutos ).

O principal modo de decaimento anterior ao isótopo estável mais abundante, 153-Eu, é a captura eletrônica, e o principal modo posterior é a emissão beta menos. Os produtos de decaimento primários anteriores ao 153-Eu são os isótopos do elemento samário e os produtos primários posteriores são os isótopos do elemento gadolínio.

Precauções

A toxicidade dos compostos do európio não foi ainda investigada inteiramente, porém não existe nenhuma indicação que o európio seja altamente tóxico comparado a outros metais pesados. O pó do metal apresenta o perigo de ser inflamável e sujeito a explosão.

O európio não apresenta nenhum papel biológico conhecido.

Referências

  1. Laura Sanders (20 de Maio de 2009). «Europium's superconductivity demonstrated» (em inglês). ScienceNews. Consultado em 23 de maio de 2009 
  2. «Real World Test: Diving with the Rolex Submariner, Sinn U1, Seiko Turtle & Prospex PADI | Watches By SJX». watchesbysjx.com. Consultado em 19 de março de 2017 

http://watchesbysjx.com/2017/03/real-world-test-diving-with-the-rolex-submariner-sinn-u1-seiko-turtle-and-seiko-prospex-scuba-diver-padi.html

Ligações externas

Commons
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