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Rio Espinharas

Rio Espinharas
Rio Espinharas em período de cheia
Comprimento Predefinição:Formatnumif
Nascente Serra das Espinharas
Altitude da nascente Predefinição:Formatnumif
Foz Rio Piranhas-Açu
Altitude da foz Predefinição:Formatnumif
Área da bacia Predefinição:Formatnumif
País(es)  Brasil
Predefinição:Info/AuxMapa

O rio Espinharas é um curso d'água brasileiro que banha os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.[1] De regime intemitente, tem na sua sub-bacia diversos pequenos riachos de regime também temporário. É um dos mais importantes formadores do Piranhas-Açu.

História

Etimologia

Segundo a publicação Chorographia do Brasil, a palavra "espinharas" é uma corruptela de "[rio das] piranhas", termo usado para se referir à piranha-vermelha, que outrora foi abundante nos rios da bacia do Piranhas-Açu.[2]

Povoamento da região

Piranha-vermelha, que se acredita ter sido outrora abundante nos rios da região

A presença de colonizadores na região teve início nos idos de 1670, quando uma sesmaria com grande extensão territorial, situada às margens do rio Espinharas — passando por parte do sertão da Paraíba e entrando em terras do Rio Grande do Norte —, foi dada ao capitão-mor Francisco de Oliveira Lêdo.[3][4] Na época da ocupação, toda região era habitada sobretudo por tribos pegas, panatis e coremas.[5]

As muitas cheias do rio levaram várias pontes, uma das mais célebres foi a construída em 1922 pelo engenheiro Brandão Cavalcanti, em Patos.[6] Entre as tais cheias, a de fevereiro de 1934 causou grandes estragos em Serra Negra do Norte, como narra o livro Serra Negra, anos 30:

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(...) No dia seguinte, pela manhã, a enchente espalhava-se pelo centro da praça e o nível das águas havia alcançado o piso do coreto. Toda a rua de baixo, com o grupo escolar, a casa paroquial, a igreja, a intendência, a cadeia pública (...).[7]

Em abril de 2009 o rio transbordou mais uma vez, causando porém poucos estragos.

Sub-bacia

O Espinharas nasce na serra das Espinharas, contraforte do planalto da Borborema, entre os municípios de Salgadinho e Junco do Seridó, que divide rios da bacia Piranhas-Açu dos da bacia do Paraíba.[8] A partir de sua nascente, ruma para oeste até Cacimba de Areia, de onde segue em sentido norte, passando pelas cidades de Patos, São José de Espinharas e Serra Negra do Norte, para finalmente desembocar no Piranhas-Açu.

É tipicamente um curso d'água de regime intermitente, encravado no domínio do bioma caatinga e do clima semiárido, caracterizado pela elevada variabilidade temporal e espacial de suas precipitações, com longos períodos de estiagem.[9] Em virtude de seu grande desnível suas águas são barrentas e velozes,[7] e os solos na área da sub-bacia são pouco profundos, pedregosos, de origem cristalina e bastante susceptíveis à erosão.[9]

Seus dois principais formadores são os riachos do Cruz e o Farinha.[1][10]

Referências

  1. 1,0 1,1 Adm. do IBG (1957). Boletim geográfico do Instituto Brasileiro de Geografia – IBG. [S.l.]: Edit. própria 
  2. Alfredo Moreira Pinto (1895). Chorographia do Brasil. [S.l.]: Livraria Clássica de Alves. 272 páginas 
  3. Marcus C.C. de Morais (1998). Terras potiguares. [S.l.]: Dinâmica Editora. 305 páginas 
  4. Wilson Nóbrega Seixas (1962). O velho arraial de Piranhas (Pombal) no centenário de sua elevação a cidade. [S.l.]: Gráfica A Imprensa. 307 páginas 
  5. Comissão do Quarto Centenário (1985). Hístoria de Patos: Volume 15 de Coleção IV centenário. [S.l.: s.n.] 123 páginas 
  6. Augusto Carlos de Vasconcelos (2002). O Concreto No Brasil, Volume 3. [S.l.]: Studio Nobel. ISBN 8575630089 
  7. 7,0 7,1 Pery Lamartine (2000). Serra Negra, anos 30. [S.l.: s.n.] 113 páginas 
  8. Flávio Sátiro Fernandes. Na rota do tempo: dados, fatos e curiosidades da história de Patos. [S.l.]: s.n., 2003 
  9. 9,0 9,1 Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas sub-b
  10. Celso Mariz (, 1980). Apanhados históricos da Paraíba. [S.l.]: Editora Universitária (UFPB). 201 páginas  Verifique data em: |ano= (ajuda)

Ligações externas

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