Elevado da Perimetral | |
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Vista do Elevado da Perimetral | |
Nome oficial | Av. Perimetral |
Arquitetura e construção | |
Material | Concreto, vigas de aço corten |
Início da construção | Predefinição:DataExt |
Data de abertura | Predefinição:DataExt (Primeiro Trecho)
Predefinição:DataExt (Segundo Trecho) |
Data de encerramento | 1° trecho: Predefinição:DataExt[1] 2° trecho: Predefinição:DataExt[2] |
Geografia | |
Via | 4 faixas. |
Localização | Centro, Rio de Janeiro-RJ, Brasil |
Predefinição:Info/AuxMapa | |
Coordenadas |
O Elevado da Perimetral, também conhecido como Via Elevada da Perimetral, foi uma via suplementar sobre a Avenida Rodrigues Alves, que ligava os principais entroncamentos rodoviários da cidade do Rio de Janeiro. Atendendo a zona norte, o elevado interligava 70% do transito que partia da zona sul em direção à Ponte Rio-Niterói, à Linha Vermelha e à Avenida Brasil e seguia sobre a Avenida Rodrigues Alves até a região do Aeroporto Santos Dumont, onde se unia com a Avenida Infante Dom Henrique no Aterro do Flamengo, ligando-se diretamente à Avenida Atlântica e outras vias marginais à orla na zona sul.
Cortava os bairros do Caju, parte de São Cristóvão, Santo Cristo, Gamboa e Saúde, com circulação pelo elevado estimada em quarenta mil veículos.
Era uma das mais importantes vias da cidade, permitindo o acesso direto ao Aeroporto Santos Dumont e à Ponte Rio-Niterói, além de interligar a própria ponte, a Linha Vermelha, a Linha Amarela, a Rodovia Washington Luís, a Via Dutra, a antiga Estrada Rio-São Paulo e a Rodovia Rio-Santos, garantindo, assim, ligação direta com a Baixada Fluminense, a zona norte, a zona sul, a zona oeste e, opcionalmente, ao centro carioca.[3]
Iniciada nos anos 1950, a construção do elevado foi feita em etapas, tendo sido inaugurado um trecho de cada vez. O primeiro foi o que liga o Aeroporto Santos Dumont e a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, inaugurado em 1960. O elevado, em boa parte desse trecho, se situava acima da Avenida Alfred Agache e do antigo Túnel Engenheiro Carlos Marques Pamplona na Praça XV.
O segundo trecho teve obras iniciadas em 1968, levando dez anos para se concluir. O trecho inaugurado em 1978 compreendia o entorno da Zona Portuária, e na sua maior parte se situava acima da Avenida Rodrigues Alves.[4]
Críticas
O viaduto costumava ser criticado por ter mudado consideravelmente a estética do Cais da Gamboa e por bloquear a vista da cidade, de quem está vindo de navio, bem como bloquear a vista do mar para quem está em terra. Na área sobre a Avenida Rodrigues Alves, havia também a queixa de que o viaduto deixava a avenida mais perigosa, reduzindo a iluminação e tornando o lugar ermo, propício para assaltos. Além da questão estética, o viaduto também desvalorizou as casas localizadas no entorno da avenida, dando um aspecto sombrio ao lugar.
No traçado, cuja meta era desviar o tráfego intenso vindo da Avenida Brasil para o centro carioca,[3] houve uma falha de projeto, com a inclusão de duas alças de acesso ao viaduto, uma na Avenida Rodrigues Alves, em direção norte, e outra na Candelária, em sentido sul e a menos de quinhentos metros do final do viaduto, de modo que as duas inclusões produziam um efeito de afunilamento ou gargalo, causando os engarrafamentos.
Demolição
Por vinte anos, políticos e urbanistas discutiram a demolição do Elevado da Perimetral, pois ele não se harmonizaria com a zona portuária. As obras de demolição faziam parte do projeto Porto Maravilha e estavam previstas para começar entre 2011 e 2013, logo após a construção da Via Binário do Porto e dos túneis do Binário e da Via Expressa, que convergiriam, em passagens subterrâneas, todo o tráfego de veículos que circulava pelo elevado,[5] somado ao pré-existente abaixo da Praça XV e que atendia o centro da cidade. A demolição foi feita por partes, sendo a primeira parte[1] efetuada em novembro de 2013.[6] A última implosão do elevado foi feita efetuada em abril de 2014.[7]
Crítica à demolição
Houve quem propusesse, ao invés da demolição, o uso para jardins suspensos[8] ou para trens de monotrilhos, mais econômicos e sustentáveis com baixo ruído interligando os dois aeroportos da Cidade do Rio de Janeiro, o Tom Jobim na Ilha do Governador (zona norte - subúrbio) e o Santos Dumont (no Centro do Rio de Janeiro).[9]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 «Elevado da Perimetral, Rio, fecha definitivamente no dia 2 de novembro». G1. 24 de outubro de 2013. Consultado em 24 de outubro de 2013
- ↑ «Paes prevê transtornos após fechamento da Perimetral». Redação SRZD. 26 de janeiro de 2014. Consultado em 15 de abril de 2015
- ↑ 3,0 3,1 «Prefeitura estuda derrubar parte do Viaduto da Perimetral». O Dia - Terra. 22 de dezembro de 2006. Consultado em 30 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2007
- ↑ Villela, Gustavo (16 de julho de 2017). «Elevado da Perimetral foi inaugurado duas vezes: por JK, em 1960, e Geisel, em 1978». O Globo (em português). Consultado em 18 de junho de 2022
- ↑ «Derrubada da Perimetral vai transformar a paisagem e o trânsito». Cidade Olímpica (em português). 30 de novembro de 2011. Consultado em 1 de junho de 2012. Arquivado do original em 1 de junho de 2012
- ↑ Torres, Livia; Machado, Mariucha; Silveira, Daniel (24 de novembro de 2013). «Primeiro trecho do Elevado da Perimetral é implodido no Rio». G1. Consultado em 24 de novembro de 2013
- ↑ «Veja o Elevado da Perimetral, no Rio, antes e depois da implosão». G1. 20 de abril de 2014. Consultado em 13 de setembro de 2021.
Demolição de 300 metros do viaduto ocorreu em menos de três segundos.
- ↑ Neves, Ricardo (4 de outubro de 2012). «Salvem o Elevado Perimetral no Rio!». Revista Época Negócios. Consultado em 18 de junho de 2022. Arquivado do original em 27 de fevereiro de 2019
- ↑ «Rio de Transportes discute o futuro da cidade». Planeta COPPE. 28 de agosto de 2013. Consultado em 13 de setembro de 2021. Arquivado do original em 14 de julho de 2014
Ligações externas
- «Galeria de fotos d'O Globo». , com a história da construção do elevado.