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Cabeça Dinossauro

Cabeça Dinossauro
Titas_CabDin.JPG
Álbum de estúdio de Titãs
Lançamento 25 de Junho de 1986[1]
21 de maio de 2012 (edição comemorativa dos 30 anos da banda)
25 de junho de 2021 (edição comemorativa dos 35 anos do disco)
Gravação Estúdio Nas Nuvens, Rio de Janeiro-RJ, em março e abril de 1986
Gênero(s) Punk rock, post-punk, funk rock, reggae[2][3][4]
Duração 38:41
Idioma(s) (em português)
Formato(s) LP; Tape; Fita de Vídeo; CD e DVD.
Gravadora(s) WEA Discos (LP e Tape); Warner H.V. Music (Fita de Vídeo e DVD) e Warner Music Group Brasil - WEA Discos (CD, CD Single e Single Digital) e também Polysom/ Banguela Records (relançamento em Vinil de 180g).
Produção Liminha, Pena Schmidt e Vitor Farias[5][1]
Cronologia de Titãs
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Televisão
(1985)
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Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas
(1987)
Singles de Cabeça Dinossauro
  1. "AA UU"
    Lançamento: 1986
  2. "O Que / AA UU (Remix)"
    Lançamento: 1986
  3. "Polícia / O Que"
    Lançamento: 1986
  4. "Homem Primata / Polícia"
    Lançamento: 1987
  5. "Família"
    Lançamento: 1987
  6. "Bichos Escrotos (ao vivo)"
    Lançamento: 1987

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Cabeça Dinossauro é o terceiro álbum de estúdio da banda brasileira de rock Titãs, lançado em 25 de junho de 1986.[1] Não só marcou a estreia da parceria da banda com o produtor Liminha, que na época era diretor da WEA, o que facilitou a aproximação de ambas as partes;[6] como também garantiu o primeiro disco de ouro deles, em dezembro do mesmo ano.[7]

Contexto

Em fevereiro de 1986, antes de um show em São Paulo, o vocalista Branco Mello já havia antecipado ao jornal O Estado de S. Paulo que o então vindouro álbum da banda teria um "rock mais seco, mais cru" e um som "mais primitivo, mais visceral".[4]

A prisão do vocalista Arnaldo Antunes e do guitarrista Tony Bellotto, nos finais de 1985, por porte de heroína (e a consequente condenação do primeiro a três anos de prisão domiciliar[3]); o "relativo fracasso" do álbum anterior Televisão; e a clara vontade da banda de buscar uma sonoridade pesada influenciaram na mudança estética que o grupo tomou neste LP.[8][9] Além disso, eles não decidiram virar punks da "noite para o dia". Os ingredientes, segundo o tecladista e vocalista Sérgio Britto, já estavam presentes na banda anteriormente.[8] Tony diz ainda que a banda já dava sinais desta sonoridade no palco:[6]

Além disso, o então baterista da banda Charles Gavin considerava que o momento conturbado vivido tanto pela banda quanto pelo Brasil como um todo foram também fatores de influência para o disco:[5]

Para o co-produtor Pena Schmidt, o álbum "era o momento da verdade. Os Titãs tinham crises entre se entregar à perfeição fonográfica ou à afirmação da rebeldia. Ali o resultado se equilibra faixa a faixa."[5]

Além de tudo isso, havia também a vontade da banda de reproduzir em estúdio a energia que eles acreditavam ter no palco.[2][3]

Produção e conceito

O material musical de Cabeça Dinossauro já estava todo definido antes da banda entrar em estúdio. A primeira faixa a ser gravada foi o single "AA UU", que já era tocado em shows. Já a última foi o encerramento "O Que".[9] "O Que" e "Família" foram as únicas que sofreram mudanças significativas em seus arranjos.[8]

O álbum foi gravado e mixado em um mês,[8][9] enquanto que sua fita demo foi gravada em apenas dois dias,[10] em um estúdio na Pompeia.[11] O título Cabeça Dinossauro remete a uma dualidade entre o racional (cabeça) e o primitivo (dinossauro).[2][12]

A capa foi baseada em um esboço do pintor italiano Leonardo da Vinci, intitulado A expressão de um homem urrando. Um outro desenho de Da Vinci, Cabeça grotesca, foi para a contracapa do disco.[2][13] Ambos os acetatos vieram diretamente do Museu do Louvre, trazidos por um amigo do pai de Sérgio. Eles vieram substituir pequenas reproduções das quais a banda dispunha mas que tinham qualidade insuficiente para o projeto.[6] Conforme relatou o músico em 2006, "as primeiras 30 mil cópias do disco foram feitas em um papel fosco e poroso muito mais caro que o normal. Generosidade do André Midani, então presidente da Warner, que nos deu total apoio antes, durante e depois da gravação atendendo a quase tudo o que pedíamos."[9] Foi uma das primeiras capas do rock brasileiro a não envolverem uma foto do artista.[12]

Composição e letras

A faixa-título foi concebida durante uma viagem de ônibus da banda. O vocalista e saxofonista Paulo Miklos mostrou aos colegas uma fita cassete com registros de música tribal Xingu.[2][12] Sobre aquele ritmo, o vocalista Branco Mello improvisou os versos "Cabeça dinossauro/Cabeça dinossauro/Cabeça, cabeça, cabeça dinossauro"[11] e logo a letra estava pronta.[5] A percussão foi tocada por Liminha. Após várias tentativas elaboradas, ele improvisou com as paredes, o chão e as colunas do estúdio, e a performance "em transe" foi aprovada por todos.[9]

"Estado Violência", de autoria de Charles, havia sido inicialmente oferecida ao Ira!, banda na qual ele tocava antes. Nando ajudou-o a estruturar a música, mas não interveio o suficiente para querer constar como coautor.[11] A letra, por sua vez, a exemplo de "Polícia", também foi inspirada pela prisão dos dois colegas de banda, mais especificamente pelo poder de que o estado dispõe para "julgar o que você faz na sua casa, com o seu corpo".[3]

O vocal de "A Face do Destruidor" foi gravado "em um fôlego só"[6] em cima da base tocada de trás para frente. Segundo Sérgio, "quando gravamos tínhamos que pensar que aquilo ia ser ouvido dessa maneira".[9]

Alguns dos solos de Tony no disco foram feitos alternando a palheta com o um anel grande que ele usava. Desta forma, ele tocava ao mesmo tempo em que fazia uma espécie de percussão na guitarra.[9]

"AA UU"

Foi a primeira faixa a ser gravada para o disco; ela já era tocada antes em shows do então octeto.[9] Foi tocada por rádios, mas não sem resistência. Ela só estourou mesmo depois do clipe ser exibido no programa televisivo Fantástico, da Rede Globo.[6]

Foi incluída na telenovela Hipertensão, da TV Globo,[14] e na trilha sonora do filme Meu Nome Não É Johnny, de 2008.[15]

"Homem Primata"

Esta faixa já havia sido concebida antes do lançamendo do disco.[6] O videoclipe da canção começa com a banda em imagens preto e branco andando em meio a uma multidão, com imagens alternadas de homens das cavernas. Depois (agora em cores), a banda picha um caminhão dos anos 50 (com ilustrações que incluem o símbolo do anarquismo) e passa a tocar a música em cima do mesmo, enquanto passeiam pelo centro de São Paulo. Alternadamente, imagens da banda tocando de dentro de uma jaula com pessoas assistindo de fora aparecem.[11]

Lançamento e divulgação

O disco rendeu uma turnê nacional que, até dezembro de 1986, já havia levado o grupo a cerca de 40 palcos. Na época, estava prevista para ir até abril do ano seguinte.[14] Os cenários dos palcos traziam peles de animais.[16]

Recepção da crítica

Predefinição:Críticas profissionais Na época do lançamento do disco, o crítico Alberto Villas, d'O Estado de S. Paulo, afirmou que o álbum era "a grande surpresa do ano. (...) É um disco chocante, punk, nervoso e muito curioso. Um disco de rock-veneno, um grito. Um álbum de surpresas."[3][17]

Legado

Na época do lançamento do álbum, Tony apostou uma garrafa de uísque com o vocalista Branco Mello que o álbum não chegaria a 100 mil cópias vendidas (o que daria um disco de ouro, na época). Ele acabou perdendo a aposta. Até seu primeiro aniversário, é certo que o álbum havia vendido 250 mil cópias,[12] número que havia aumentado para 700 mil em 2016.[5][6] Quando atingiu a marca de 100 mil, rendeu à banda seu primeiro disco de ouro e a marca foi celebrada com um show em São Paulo.[14]

Cabeça Dinossauro é considerado um dos discos mais importantes do rock brasileiro dos anos 1980, tendo sido lançado no mesmo ano de outros discos importantes como Dois (Legião Urbana), Vivendo e Não Aprendendo (Ira!), Rádio Pirata ao Vivo (RPM) e Selvagem? (Os Paralamas do Sucesso).[4][12][1]

Numa entrevista em 2020, Charles comparou a importância do disco para os Titãs com a importância que A Night at the Opera teve para o Queen.[18] Num artigo para a revista Rolling Stone Brasil em 2006, Sérgio comentou:[9]

Foi incluído na lista dos 100 melhores discos da música brasileira ficando com a 19ª posição.[19] Em setembro de 2012, foi eleito pelo público da Rádio Eldorado FM, do portal Estadao.com e do Caderno C2+Música (estes dois últimos pertencentes ao jornal O Estado de S. Paulo) como o sétimo melhor disco brasileiro da história.[20]

Em 2012, em comemoração aos 30 anos da banda,[12] o álbum passou a ser executado na íntegra nos shows e foi relançado com as 13 canções originais, mais as versões demo delas e a inédita "Vai pra Rua", de Arnaldo e Paulo Miklos[21] - a faixa estava prevista para fazer parte do disco original, mas foi substituída por "Porrada".[6] Um dos shows dessa turnê foi registrado e lançado em CD, DVD, Blu-ray e Download digital, intitulado Cabeça Dinossauro ao Vivo 2012. O álbum foi lançado no final do mesmo ano. A turnê foi determinante para o direcionamento musical que a banda tomou no álbum que lançou tempos depois: Nheengatu,[22] que traz novamente agressividade e críticas sociais.[6]

Em 2021, em comemoração aos seus 35 anos, o disco foi relançado pela terceira vez, agora em CD e apenas com as faixas originais.[1]

Peça e livro

Em 2016, celebrando 30 anos do disco, um livro de contos inspirados nas faixas e uma peça inspirada no álbum foram lançados, com os nomes Cada um por si e Deus contra todos e Cabeça, respectivamente.[5]

A peça, dirigida por Felipe Vidal, leva oito atores para o palco (onde tocam o álbum na íntegra) e aborda "o signo da urgência e a sua relação com a juventude" em duas épocas distintas: 1986 (ano do álbum) e 2016 (ano da peça). Para o diretor, o signo em 1986 "exortava a urgência de viver uma liberdade recém-adquirida, com o fim da ditadura, hoje [2016], luta para manter tal conquista, num cenário mundial conturbado por crescentes forças conservadoras.[5]

O livro, por sua vez, foi lançado pela editora Tinta Negra e organizado por André Tartarini e inclui contos de autores como Letícia Novaes, Juliana Frank e Renato Lemos, além de uma introdução por Tony.[5]

Regravações por outros artistas

  • "Polícia": A canção foi regravada pela banda brasileira de trash metal Sepultura, incluindo-a como faixa bônus da versão brasileira do disco Chaos A.D. (1993). Na edição de 1994 do festival Hollywood Rock, os Titãs chamaram os membros do Sepultura (também participantes do evento) para participarem da performance da faixa ao vivo. Em algumas ocasiões, o guitarrista Andreas Kisser participa de shows do Titãs tocando guitarra nessa canção. Os Paralamas do Sucesso, em algumas ocasiões, citam trechos de "Polícia" em sua canção "Selvagem". A banda liderada por Herbert Vianna ainda regravou as duas canções junto com a banda paulista, no CD e DVD Paralamas e Titãs Juntos e Ao Vivo, também com a participação de Andreas Kisser.
  • "Estado Violência": foi regravada pelo Biquini Cavadão em seu álbum de covers 80 (2001).
  • "Família": O grupo de pagode Molejo adaptou a letra para o ritmo de samba, na versão gravada no álbum de 1998. A introdução de teclados da versão original foi utilizada em uma das faixas, com o aval dos Titãs.

Faixas

Álbum original

Predefinição:Lista de faixas

CD 2 da edição especial lançada em 2012

Predefinição:Lista de faixas

Ficha técnica

Titãs[23]
Participações especiais[23]
  • Liminha: guitarra em "Família" e "O Que", percussão em "Cabeça Dinossauro", DMX, Drumulator e efeitos em "O Que"
  • Repolho: castanholas em "Homem Primata"
Produção musical[23]
  • Liminha - produtor, direção artística e musical[6]
  • Vitor Farias - produtor, engenheiro de gravação e mixagem
  • Pena Schmidt - produtor
  • Bernardo - assistente de estúdio
  • Ricardo Garcia - masterização
  • Gravado no Estúdio Nas Nuvens, Rio de Janeiro-RJ, em março e abril de 1986[6]
Produção gráfica[23]
  • Sérgio Britto - capa
  • Vânia Toledo - fotos
  • Silvia Panella - arte final
  • José Oswaldo Martins - corte

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Ferreira, Mauro (27 de junho de 2021). «Disco histórico dos Titãs, 'Cabeça dinossauro' é reeditado em CD para marcar os 35 anos do álbum de 1986». G1. Grupo Globo. Consultado em 18 de julho de 2021 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 Gonçalves, Marcos Augusto (25 de junho de 1986). «Dinossauro na Cabeça». Folha de S.Paulo (20.902): 48. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Petta, Rosangela (22 de junho de 1986). «Cabeça de Titãs». Grupo Estado. O Estado de S. Paulo (34144): Caderno 2, p. 1. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  4. 4,0 4,1 4,2 Rocha, Cristal da (29 de dezembro de 2016). «Cabeça Dinossauro, 30 anos: o porão escuro do Titãs». O Estado de S. Paulo. Grupo Estado. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 5,7 Reis, Luiz Felipe; Lichote; Leonardo (20 de outubro de 2016). «Peça e livro celebram os 30 anos de 'Cabeça dinossauro', dos Titãs». O Globo. Grupo Globo. Consultado em 21 de junho de 2017 
  6. 6,00 6,01 6,02 6,03 6,04 6,05 6,06 6,07 6,08 6,09 6,10 Nanini, Lucas (26 de junho de 2016). «'Faltava barulho na música brasileira', dizem Titãs sobre 'Cabeça dinossauro'». G1. Grupo Globo. Consultado em 21 de agosto de 2016 
  7. Titãs. «Titãs - História». Consultado em 25 de maio de 2008 
  8. 8,0 8,1 8,2 8,3 «Íntegra de entrevista: Sérgio Britto, vocalista e tecladista dos Titãs». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. 21 de junho de 2006. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  9. 9,0 9,1 9,2 9,3 9,4 9,5 9,6 9,7 9,8 Britto, Sérgio (2006). «Cabeça Dinossauro». Grupo Spring de Comunicação. Rolling Stone Brasil (2) 
  10. Santo, José Julio do Espírito (2012). «A Festa Parece uma Vida». Rolling Stone Brasil. 73. Consultado em 24 de dezembro de 2017 
  11. 11,0 11,1 11,2 11,3 11,4 Nando Reis: 50 fatos sobre os Titãs (Parte II): Cabeça Dinossauro e Jesus Não Tem Dentes. YouTube. 13 de janeiro de 2021. Em cena em 00:00-24:50. Consultado em 30 de janeiro 2020 
  12. 12,0 12,1 12,2 12,3 12,4 12,5 «Cabeça Dinossauro». Enciclopédia Itaú Cultural. Banco Itaú. 4 de outubro de 2017. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  13. whiplash.net (2007). «Leonardo da Vinci na capa de álbum dos Titãs». Consultado em 25 de maio de 2008 
  14. 14,0 14,1 14,2 Stycer, Mauricio (10 de dezembro de 1986). «Oito titãs e cem mil cabeças». O Estado de S. Paulo (34.290): 52. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  15. Marçal, Marcus (18 de janeiro de 2008). «Trilha de "Meu Nome não é Johnny" ilustra cotidiano insano de personagem». UOL Música. Grupo Folha. Consultado em 18 de julho de 2021 
  16. «Discografia selecionada». Superinteressante. Grupo Abril. 31 de outubro de 2004. Consultado em 28 de março de 2021 
  17. Leite, Edmundo (31 de agosto de 2012). «Alguns discos clássicos já nascem grandes». Acervo Estadão. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  18. Naspolini, Gilson (7 de agosto de 2020). CHARLES GAVIN: A Produção do "CABEÇA DINOSSAURO" ao "JESUS NÃO TEM DENTES[...]" (Entrevista Parte 1). Canal de Gilson Naspolini. YouTube. Em cena em 17:30-17:40 (queen). Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  19. Pereira, Leonardo Dias (Outubro de 2007). «Os 100 Maiores Discos da Música Brasileira - Cabeça Dinossauro - Titãs (1986, WEA)». Rolling Stone Brasil. Spring. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  20. Bomfim, Emanuel (7 de setembro de 2012). «'Ventura' é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Combate Rock. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  21. Cabeça Dinossauro - Edição Comemorativa 30 Anos (Deluxe Version)
  22. Bergamo, Mônica (24 de março de 2014). «Com 30 anos de estrada, Titãs se unem à nova geração do humor em filme e preparam disco». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. Consultado em 28 de Abril de 2014 
  23. 23,0 23,1 23,2 23,3 (1986). "Anotações de Cabeça Dinossauro". Em Cabeça Dinossauro [encarte do CD]. São Paulo: WEA.

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