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Cidade | ||
Vista aérea de Brazzaville em direção ao rio Congo e, ao longe, Quinxassa. | ||
Localização | ||
Localização da Cidade Própria no Congo | ||
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Coordenadas | ||
País | República do Congo | |
Setor Autônomo | Cidade Própria | |
História | ||
Fundação | 10 de setembro de 1880 | |
Fundador | Pierre Savorgnan de Brazza | |
Administração | ||
Distritos | Predefinição:Collapsible list | |
Prefeito | Hugues Ngouelondélé | |
Características geográficas | ||
Área total | 100 km² | |
População total (2019) | 2 308 000 hab. | |
Densidade | 23 080 hab./km² | |
• Conurbação | 17 milhões Inclui Quinxassa | |
Fuso horário | UTC (UTC+2) |
Brazavile[1][2][3][4]Predefinição:Nota de rodapé ou por vezes Brazzaville, é a capital e maior cidade da República do Congo. A cidade é também um departamento. Até 1980 Brazavile fazia parte da região (departamento) de Pool, fazendo divisa internamente apenas com esta região.
Foi fundada em 1880 pelo explorador franco-italiano Pierre Savorgnan de Brazza, convertendo-se, dois anos depois, na capital colonial do Congo Francês. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1940, torna-se capital da França Livre, conservando o status até 1942.[5] Em 1960 torna-se a capital do Congo independente.
Situada na jusante do Lago Malebo, forma uma conurbação transfronteiriça de cerca de dezessete milhões de habitantes com a cidade de Quinxassa (na República Democrática do Congo), que está na margem sul do Rio Congo. Brazavile, propriamente dita, possui (2019) cerca de 2,3 milhões de habitantes.[6]
Etimologia
O nome Brazavile (na ortografia francesa Brazzaville) tem o siginificado literal de cidade de "Cidade de Braza". O prefixo "Braza" advém do sobrenome do conde italiano Pierre Savorgnan de Brazza, que trabalhava nas expedições de exploração ao serviço da França, sendo atribuído a ele a fundação da localidade. Por sua vez, o sufixo "Vile" é equivalente a cidade.[7]
História
Fundação
A cidade foi fundada em 1880 no lugar onde anteriormente se situava uma aldeia chamada Ntamo,[8] e seu fundador foi o conde italiano Pierre Savorgnan de Brazza, que trabalhava nas expedições de exploração ao serviço da França.[7] As razões para o estabelecimento francês neste sítio são múltiplos: criar um entreposto colonial junto às comunidades nativas pré-existentes, criar um contrapoder francês contra o estabelecimento belga de Léopoldville na margem oposta do Lago Malebo e estabelecer uma base avançada naquela região do Rio Congo para explorar o interior.
Dois anos após sua fundação tornou-se capital da colônia do Congo Francês, e em 1910 passou a ser a capital da colônia da África Equatorial Francesa.[9]
A pequena cidade ganha importância com o estabelecimento de uma missão da Congregação do Espírito Santo em 1911. No ano seguinte a administração colonial ergue a primeira sede da prefeitura de Brazavile. Seu primeiro plano urbanístico data de 1929, no governo do governador-geral Antonetti.
Durante a Segunda Guerra Mundial
Em 27 de outubro de 1940, o general Charles de Gaulle lançou um manifesto anunciando a criação do Conselho de Defesa do Império e fez de Brazavile a capital da França Livre,[10] uma vez que Paris havia sido tomada pelas tropas alemãs durante a Batalha de França da Segunda Guerra Mundial. Tal status ressaltou a importância da cidade e da colônia para a metrópole. Permaneceu como capital francesa até 1942, quando passou a ser Argel.[5]
Em 1944, acolheu a Conferência de Brazavile, na abertura da qual foi proferido o discurso de Brazavile com o objetivo de redefinir, após a Segunda Guerra Mundial, as relações entre a França e as colônias africanas. Pela primeira vez, a questão da emancipação congolesa foi levantada. Dois outros discursos, prelúdios da independência congolesa, foram proferidos pelo general de Gaulle em Brazavile em 1944 e 1958.
A partir do ano de 1950 permanece como capital da África Equatorial Francesa, enquanto que a Ponta Negra fica como capital do Congo Francês. Somente volta a ser capital do Congo Francês em 1958.
Pós-independência nacional
Em 1959 eclodiram distúrbios em Brazavile exigindo não somente a autonomia congolesa, referendada um ano antes, mas também a plena independência do Congo. Os distúrbios também antagonizavam os povos mbochis (que apoiavam Jacques Opangault) e os laris e congos (que apoiavam Fulbert Youlou). O exército francês interveio e controlou a situação. As facções opostas entraram em acordo e a cidade se converteu na capital do Congo independente em 15 de agosto de 1960.[8]
Os primeiros Jogos Pan-Africanos se realizaram em Brazavile, em 1965.
Em 1980, o município de Brazavile foi separado do Departamento de Pool, obtendo um status semelhante ao das regiões.
Em 1988 a cidade recebeu uma cúpula que culminou no Protocolo de Brazavile, que determinou a retirada das tropas cubanas de Angola, pavimentando o caminho para a independência da Namíbia.
Década de 1990 - atualidade
Nos anos 1990 a cidade sofreu importantes êxodos de população com motivo das guerras civis que ensanguentaram o país.[8] Em 1997, as forças do então Presidente Pascal Lissouba, rodearam as forças rebeldes de Denis Sassou-Nguesso em Brazavile. Depois de quatro meses de duros combates, se proclamou um alvo à fogo em dezembro, mas a cidade havia sido destruída parcialmente. O fechamento da ferrovia Brazavile-Ponta Negra devido a guerra, cortou uma artéria vital de Brazavile, o que incrementou o número de habitantes que escaparam da cidade.
Geografia
A fim de distinguir os dois países africanos que possuem a denominação "Congo" em seus nomes, a República do Congo é, às vezes, denominada Congo-Brazavile, em oposição ao Congo-Quinxassa (atual República Democrática do Congo, e conhecido entre 1971 e 1997 como Zaire, cuja capital é Quinxassa). Esta, por sua vez, situa-se na margem sul do Rio Congo, em frente à Brazavile. Este é o único lugar no mundo onde duas capitais nacionais estão situadas em margens opostas de um rio, à vista uma das outras.[6]
A cidade fica 506 km (314 mi) por via fluvial do oceano Atlântico e ao sul do Linha do Equador, e constitui-se de um município autônomo, separado das outras regiões da República do Congo. A cidade é relativamente plana, sendo rodeada por uma grande savana, e situa-se a uma altitude de 317 metros (1.040 pés) acima do nível do mar. Localiza-se na jusante do Lago Malebo (anteriormente Stanley Pool), com a grande ilha Bamu, ao oeste.[11]
Clima
Demografia e religião
Em 2014, 68,7% dos habitantes de Brazavile com 15 anos ou mais sabem ler e escrever francês, enquanto 69,7% falam e entendem. Enquanto isto, a língua franca na cidade é o kituba, seguido de um grande número de falantes de lingala e lari.
Existem em Brazavile diversos credos e manifestações religiosas, tendo, entre os locais de culto, principalmente igrejas e templos cristãos Católicos Romanos (sob coordenação da Arquidiocese de Brazavile),[9] além de grande mesquita, já que 2% da população da República do Congo é muçulmana.
Política e administração
A cidade está dividida em nove distritos, sendo:
Cidades-irmãs
Brazavile está geminada com as seguintes cidades:
- Dacar, Senegal
- Dresda, Alemanha
- Quinxassa, República Democrática do Congo
- Reims, França
- Washington, Estados Unidos
Economia
Arquivo:Congo Brazzaville 2005.ogv Brazavile possui uma importante economia industrial instalada ao redor de seu porto, centrada na estalagem de embarcações, nas indústrias agroalimentares e nas indústrias químicas. Há ainda metalurgia para materiais ferroviários.[9]
Importante parte da massa salarial direta e indireta da cidade centra-se nos serviços de logística baseados no porto, na ferrovia e nas rodovias, vitais para um sistema de comércio com outros países da África Central.[9]
Porém são os serviços administrativos e financeiros — somados às atividades educacionais, de saúde, de entretenimento e de cultura — que fazem movimentar a maior parte da economia da capital.[9]
Infraestrutura
Educação
Até 2020 o país, e consequentemente a capital, possuíam uma única instituição pública de ensino superior, a Universidade Marien Ngouabi.[9] Neste ano surge, igualmente sediada na capital, a Universidade Denis Sassou-N'guesso.
Transportes
A cidade é atravessada pela Rodovia Trípoli–Cidade do Cabo, que a liga ao sul com Quinxassa (não há ponte na travessia do Congo, somente serviço de balsas) e ao oeste com Dolisie.[6] Outra importante rodovia é a P20, que a liga a Madingou e Loukouo a norte, e; a rodovia N2, que a liga a Gamboma e Ouésso, ao centro-norte.
A cidade é o terminal do Caminho de Ferro Congo—Oceano, que a liga ao importante porto marítimo congolês da cidade de Ponta Negra, na costa do oceano Atlântico.[9][8]
O porto fluvial de Brazavile é o terminal do sistema de transporte Congo-Oceano, com serviço de vapor para o curso superior do rio Congo,[8] além da importante travessia de balsa para Quinxassa.[9]
A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional Maya-Maya, o mais importante e movimentado do país.[9]
Cultura e lazer
Patrimônio edificado
Entre os edifícios mais destacados da cidade se encontra a Basílica de Santa Ana construída em 1949 por Roger Erell. Outros edifícios importantes são a Torre Nabemba, o Palácio do Povo e o Palácio do Congresso. Também são destacáveis o Mausoléu de Marien Nguouabi, o Zoológico de Brazavile e a Escola de Pintura de Poto-Poto.
Desportos
A mais popular prática desportiva local é o futebol, tanto que as mais importantes equipes nacionais estão na cidade, sendo: Étoile du Congo, Club Sportif Multidisciplinaire Diables Noirs, Club Athlétique Renaissance Aiglon e Saint Michel de Ouenzé. A principal estrutura desportiva é o Estádio Félix-Éboué.
Referências
- ↑ Gradim, Anabela (2000). «9.7 Topónimos estrangeiros». Manual de Jornalismo. Covilhã: Universidade da Beira Interior. p. 167. ISBN 972-9209-74-X. Consultado em 27 de março de 2020
- ↑ Porto Editora. «Brazavile». Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Infopédia – Enciclopédia e Dicionários Porto Editora. Consultado em 18 de janeiro de 2012
- ↑ «Explosão em depósito de armas no Congo». RTP — Rádio e Televisão de Portugal. 5 de março de 2012. Consultado em 5 de setembro de 2012
- ↑ «UA: Pacto africano contra agressão e defesa comum em discussão em Maio». Angola Press. 15 de abril de 2004. Consultado em 5 de setembro de 2012
- ↑ 5,0 5,1 Araujo Pereira Junior, Athayr (2010). «A blitzkrieg alemã e a evolução da arte da guerra» (PDF). Santa Catarina: Universidade do sul de Santa Catarina. p. 33. Consultado em 27 de outubro de 2020
- ↑ 6,0 6,1 6,2 Cahiers de l'Afrique de l'Ouest Dynamiques de l'Urbanisation Africaine 2020: Africapolis, Une Nouvelle Géographie Urbaine. OCDE. 20 fevereiro 2020
- ↑ 7,0 7,1 Roman Adrian Cybriwsky, Capital Cities around the World: An Encyclopedia of Geography, History, and Culture, ABC-CLIO, USA, 2013, p. 60
- ↑ 8,0 8,1 8,2 8,3 8,4 In Britannica Escola. Web, 2021. "Brazzaville". Encyclopedia Britannica, 15 de outubro de 2021.
- ↑ 9,0 9,1 9,2 9,3 9,4 9,5 9,6 9,7 9,8 Britannica, The Editors of Encyclopaedia. "Brazzaville". Encyclopedia Britannica, 12 Feb. 2021
- ↑ ÁFRICA/CONGO - Celebraciones por el 80 aniversario del Manifiesto de Brazzaville. Agenzia Fides . 28 de outubro de 2020.
- ↑ Malebo Pool. FEOW. 2019.