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Francisco de Aquino Correia

Francisco de Aquino CorrêaOlive wreath.svg
Dom Aquino
19.º Presidente do  Mato Grosso
Período 22 de janeiro de 1918
até 21 de janeiro de 1922
Antecessor(a) Cipriano da Costa Ferreira
Sucessor(a) Pedro Celestino Corrêa da Costa
Dados pessoais
Nascimento 2 de abril de 1885[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Cuiabá,  Mato Grosso
Morte 22 de março de 1956 (70 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Paulo,  São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Maria D’Aleluia Guadie Ley
Pai: Antônio Tomáz Aquino Correia
Alma mater Pontifícia Universidade Gregoriana
Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino
Partido Partido Republicano Conservador
Religião Católico
Profissão Episcopado, escritor

Predefinição:Info/Prelado da Igreja Católica Francisco de Aquino Correia S.D.B. (Cuiabá, 2 de abril de 1885São Paulo, 22 de março de 1956) foi arcebispo de Cuiabá e governante de Mato Grosso. Foi também poeta e escritor, foi o primeiro mato-grossense a pertencer à Academia Brasileira de Letras. Foi também um dos principais incentivadores à fundação da Academia Mato-grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.

Vida religiosa

Era filho do casal Antônio Tomás de Aquino Correia e Maria de Aleluia Guadie Ley (1847-1890), filha de Joaquim Gaudie Ley e neta de André Gaudie Ley. Iniciou os estudos no Colégio São Sebastião e fez o curso no Seminário da Conceição. Depois, passou a frequentar o Liceu Salesiano de São Gonçalo, onde recebeu o grau de bacharel em Humanidades.[1] Em 1902, ingressou no Noviciado dos Salesianos de Dom Bosco em Cuiabá, emitindo os votos religiosos na Congregação Salesiana em 1903. Em 1904, seguiu para Roma onde cursou filosofia e em seguida matriculou-se, simultaneamente, na Pontifícia Universidade Gregoriana e na Academia São Tomás de Aquino, por onde haveria de doutorar-se em Teologia, em 1908. Em 17 de janeiro de 1909, já tendo recebido todas as Ordens Menores e Maiores, foi ordenado presbítero.[2]

De volta ao Brasil, foi nomeado diretor do Liceu Salesiano de Cuiabá, cargo que desempenhou até 1914, quando foi designado, pelo Papa Pio X, como bispo-titular de Prusias e bispo-auxiliar da Arquidiocese de Cuiabá, cargo em que foi investido em 1 de janeiro de 1915,[2] aos 29 anos, sendo, então, o mais jovem bispo do mundo.

Em 1919 o Papa Bento XV conferiu-lhe os títulos de Assistente do Sólio Pontifício e Conde Palatino. Em 1921, com o falecimento do Arcebispo Dom Carlos Luís de Amour, foi elevado ao Arcebispado de Cuiabá,[2] recebendo o Pálio Arquiepiscopal das mãos de Dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo de São Paulo.[1]

Política

Em 1917, foi indicado pelo governo de Venceslau Brás como elemento conciliador e eleito governador de Mato Grosso para o período de 1918-1922, com 32 anos.[1]

Em episódio polêmico ocorrido no ano de 1921, o Estado brasileiro ofereceu terras para colonização a empresários norte-americanos no Mato Grosso; contudo, soube-se que se estavam recrutando afro-americanos para colonizar as terras, o que, levou Francisco de Aquino Correia, a imediatamente cancelar a negociação. Como medida preventiva, o Itamarati rapidamente deliberou negar vistos diplomáticos futuros a esses possíveis imigrantes. Fica claro que a política de colonização da época priorizava europeus e seus descendentes na ocupação das terras, excluindo afrodescendentes de tais políticas/benefícios. [3]

Dom Aquino amparou a cultura regional, tomando a iniciativa de fundar a Academia Mato-grossense de Letras onde, depois, como titular, seria aclamado por unanimidade Presidente de Honra. Criou também o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, do qual foi eleito Presidente Perpétuo.[1]

Foi de sua iniciativa, por meio da resolução n.º 799 de 14 de agosto de 1918, a criação do atual Brasão de Mato Grosso.

Olive wreath.svgAcademia Brasileira de Letras

Foi o quarto ocupante da cadeira 34, eleito em 9 de dezembro de 1926, na sucessão de Lauro Müller e recebido pelo acadêmico Ataulfo de Paiva em 30 de novembro de 1927.[1]

Obras

  • Odes, poesia, 2 vols. (1917)
  • Terra natal, poesia (1920)
  • A flor d'aleluia, poesia (1926)
  • Discursos, oratória (1927)
  • O Brasil novo, discurso (1932)
  • Castro Alves e os moços, discurso (1933)
  • Oração aos soldados, discurso (1937)
  • O Padre Antônio Vieira, discurso (desconhecida)
  • Nova et vetera, poesia (1947)
  • Cartas pastorais, ensaios e conferências publicadas na imprensa do país, não reunidas em livro.

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Escreveu ainda obras de geografia e história: A fronteira de Mato Grosso/Goiás, memória sobre os limites entre os dois estados, e o Brasil em Genebra (1919).

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Academia Brasileira de Letras
  2. 2,0 2,1 2,2 Catholic Hierarchy
  3. DOMINGUES, Petrônio, J. (2002). Negros de almas brancas? A ideologia do branqueamento no interior da comunidade negra em São Paulo, 1915-1930. São Paulo: Estudos afro-asiáticos 

Bibliografia

  • Dias, Romualdo (1996). Imagens de ordem. a doutrina católica sobre autoridade no Brasil, 1922-1933. São Paulo: Editora da UNESP. p. 58-59. 161 páginas. ISBN 9788571391192 

Obra com referência a Dom Aquino

  • MELO, Hélio de Sousa. D. Francisco de Aquino Correia, Pastor, Poeta, Orador, Humanista e Homem Público. Fortaleza, 1996.

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Francisco de Aquino Correia


  1. RedirecionamentoPredefinição:fim


Precedido por
Paweł Rezwuski
Brasão episcopal
Bispo-titular de Prusias

1914 — 1921
Sucedido por
Uberto Maria Fiodo
Precedido por
Cipriano da Costa Ferreira
Brasão de Mato Grosso.png
Presidente de Mato Grosso

1918 — 1922
Sucedido por
Pedro Celestino Corrêa da Costa
Precedido por
Dom Carlos Luís d'Amour
Brasão episcopal
Arcebispo de Cuiabá

1921 — 1956
Sucedido por
Dom Orlando Chaves
Precedido por
Lauro Müller
Olive wreath.svg ABL - quarto acadêmico da cadeira 34
1926 — 1956
Sucedido por
Raimundo Magalhães Júnior

Predefinição:Academia Brasileira de Letras

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