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Bairro do Brasil | ||
O mar na praia de Amaralina. | ||
Localização | ||
Localização do bairro em Salvador. | ||
Unidade federativa | Bahia | |
Região administrativa | Região Pituba/Costa Azul, RA VIII[1] | |
Município | Salvador | |
Outras informações | ||
Limites | Rio Vermelho, Pituba, Vale das Pedrinhas e Nordeste de Amaralina |
A Amaralina é um bairro, localizado na região sul de Salvador, capital dos estado da Bahia, Brasil.[2] Distante nove quilômetros do centro da cidade, é um bairro eminentemente habitacional, embora com variado comércio, sobretudo na rua principal. O bairro é famoso porque tem, em seus limites, a praia de Amaralina.
História
O bairro de Amaralina era a antiga Fazenda Alagoas, uma referência a uma lagoa que existia no local. A fazenda passou a chamar-se Fazenda do Amaral, após José Álvares do Amaral comprá-la e dar seu sobrenome.[3]
Durante a II Guerra Mundial foi ali que os norte-americanos instalaram o posto aeronáutico que, após o conflito, passou para a Aeronáutica, hoje funcionando o 19º Batalhão de Artilharia Anti-Aérea.
Durante o regime ditatorial de 1964, para lá, o Quartel de Amaralina, foram encaminhados e torturados vários dos presos políticos do estado[4], como o poeta Camillo de Jesus Lima, Pedral Sampaio, Othon Jambeiro, Nudd David de Castro e outros intelectuais, embora não haja comprovação para os fatos.
Acesso e localização
Está situado na orla atlântica, entre o bairro Rio Vermelho (a leste), o bairro da Pituba (a oeste), Vale das Pedrinhas e Nordeste de Amaralina (ao norte) e com o Oceano Atlântico (ao sul).[5]
Suas vias principais são a Avenida Amaralina, que termina no Largo do mesmo nome e onde encontra-se com a rua Visconde de Itaboraí. Embora não característica desse bairro, parte da Avenida Manoel Dias da Silva - uma das principais da Pituba - tem seu final na rua Visconde de Itaboraí.[5]
Uma curiosidade sobre o bairro é que onde hoje existe parte do bairro, entre a praça (hoje chamada Praça dos Ex-combatentes) em frente ao quartel e a Avenida Manoel Dias da Silva havia uma lagoa, que desapareceu com a ocupação das construções.
Praias
Na praia do mesmo nome está localizado o Largo de Amaralina, famoso por abrigar diversas baianas de acarajé, em um grande quiosque, sendo este um dos pontos mais tradicionais de venda de acarajé, água de coco e outras delícias típicas de Salvador.
A praia possui trechos com ondas fortes, principalmente na parte sul, que se inicia a partir do quartel do Exército, e também trechos com piscinas de corais forradas com um tapete verde de algas, escondidos na região que fica logo atrás do largo de Amaralina e que aparecem apenas na maré baixa. Nesta praia existem também trechos excelentes para a pesca esportiva.
Toda sua extensão é contornada por um grande calçadão, facilitando a prática do cooper.
O cantor Raul Seixas escreveu a canção "Menina de Amaralina" fazendo referências a localidade e em referência à cultura do local, Mart'nália canta a música "Nás águas de Amaralina". Caetano Veloso também cita o mar de Amaralina em sua música "Tropicália" e "Clarice".
Demografia
Foi listado como um dos bairros menos perigosos de Salvador, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgados no mapa da violência de bairro em bairro pelo jornal Correio em 2012.[6] Ficou entre os bairros mais tranquilos em consequência da taxa de homicídios para cada cem mil habitantes por ano (com referência da ONU) ter alcançado o nível mais baixo, com indicativo "0", sendo um dos melhores bairros na lista.[6]
Referências
- ↑ «Prefeitura Municipal de Salvador. Plano Diretor Urbano (PDDU). 2007». Consultado em 1 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 15 de julho de 2016
- ↑ Bairro
- ↑ Salvador Cultura Todo Dia
- ↑ «Os 30 anos de anistia política». Consultado em 1 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2013
- ↑ 5,0 5,1 Amaralina[ligação inativa]
- ↑ 6,0 6,1 Juan Torres e Rafael Rodrigues (22 de maio de 2012). «Mapa deixa clara a concentração de homicídios em bairros pobres». Correio (jornal). Consultado em 28 de abril de 2019