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Hipnos

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Hipnos ou Hipno (em grego: Ὕπνος, lit. "sono") é o deus grego do sono.

De acordo com a mitologia grega, Hipnos é a personificação do sono, da sonolência; seu equivalente romano é Somnus. Segundo a Teogonia de Hesíodo, ele é filho sem pai de Nix (Νύξ, "noite"), a escuridão acima de Gaia;[1] outras fontes dizem que o pai é o Érebo (As Trevas Primordiais, que personifica a escuridão profunda e primitiva que se formou no momento da criação). Tem muitos irmãos, entre os quais o mais importante é seu irmão gêmeo Tânato, (Θάνατος, "morte") a personificação da morte. Tanto que em Esparta, é comum sua imagem ser colocada sempre ao lado da morte, representada por seu irmão. Seus outros irmãos nasceram apenas da vontade de Nix ou da ajuda de Érebo.

Genealogia

Seus irmãos são:

Hipnos é o responsável pelo descanso restaurador de todas as criaturas terrestres, enquanto ele pairava sobre a superfície. A Ilíada, de Homero, afirma que Hipnos mora em Lemnos, junto de sua esposa Grácia Pasitea, oferta da deusa Hera por seus serviços prestados. Normalmente, ao repousar, ele adotava a forma de uma ave.

Ele e sua esposa tiveram os oneiros, seus filhos, responsáveis por distribuir os sonhos:

  • Ícelo - criador dos pesadelos;
  • Morfeu - criador dos sonhos;
  • Fântaso - criador dos objetos inanimados que aparecem nos sonhos;
  • Fantasia - única filha, criadora dos monstros, quimeras e devaneios.

Costuma ser visto trajando peças douradas, em oposição a seu irmão gêmeo que normalmente usava tons prateados. Também pode ser retratado como um jovem nu dotado de asas, tocando flauta. Às vezes é mostrado como adormecido em um leito de penas com cortinas negras à volta. Seus atributos incluem um chifre contendo ópio, um talo de papoula, um ramo gotejando água do rio Lete ("Esquecimento") e uma tocha invertida.

História

Hipnos vivia num palácio construído dentro de uma grande caverna no oeste distante, onde o sol nunca alcançava, porque ninguém tinha um galo que acordasse o mundo, nem gansos ou cães, de modo que Hipnos viveu sempre em tranquilidade, em paz e silêncio. Do outro lado de todo este lugar peculiar passava Lete, o rio do esquecimento, e nas margens, cresciam plantas que junto ao murmúrio das águas límpidas do rio ajudavam os homens a dormir. No meio do palácio existia uma bela cama, cercada por cortinas pretas onde Hipnos descansava, sendo que Morfeu tomava cuidado de que ninguém o acordasse.

Pausânias, em sua obra Descrição da Grécia, menciona diversas vezes a presença de estátuas de Hipnos ao lado de seu irmão Tânato.

Influências

Fontes

  • Brandão, Junito de Souza. Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega, Vozes, Petrópolis 2000;
  • Hipnos
  • Biografia de Hypnos


Referências

  1. Hesíodo, Teogonia, 211-225, Os espíritos da noite

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