Na mitologia grega, Tântalo foi um mitológico rei da Frígia ou da Lídia, casado com Dione. Ele era filho de Zeus e da princesa Plota. Segundo outras versões, Tântalo era filho do Rei Tmolo da Lídia (deus associado à montanha de mesmo nome). Teve dois filhos: Níobe e Pélope.
Certa vez, ousando testar a omnisciência dos deuses, roubou os manjares divinos e serviu-lhes a carne do próprio filho Pélope num festim. Como castigo foi lançado ao Tártaro, onde, num vale abundante em vegetação e água, foi sentenciado a não poder saciar sua fome e sede, visto que, ao aproximar-se da água esta escoava e ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se para longe de seu alcance sob a força do vento. A expressão suplício de Tântalo refere-se ao sofrimento daquele que deseja algo aparentemente próximo, porém, inalcançável, a exemplo do ditado popular "Tão perto e, ainda assim, tão longe".
Existem outras versões para o motivo de Tântalo ter sido punido. Diodoro Sículo diz que Tântalo, rei da Paphlagonia na Ásia,[1] por ser filho de Zeus, foi admitido na mesa dos deuses, ouviu seus segredos, e divulgou entre os mortais, sendo punido por isso.[2]
O nome Tântalo aparece no Canto XI da Odisseia de Homero, nos versos 582-592.
Na edição de 2011 pela Editora 34 e tradução de Trajano Vieira:
Ver também
Árvore genealógica baseada em Higino[3][4][5][6]:
Himas | |||||||||||||||||||||||||||||||
Zeus | Plota | Atlas | |||||||||||||||||||||||||||||
Tântalo | Dione | ||||||||||||||||||||||||||||||
Pélope | Níobe | ||||||||||||||||||||||||||||||
Houve outros personagens com o nome Tântalo:
- um rei de Pisa no Peloponeso;
- um dos filhos de Tiestes e primeiro marido de Clitemnestra.
Referências
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.74.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.74.2
- ↑ Higino, Fabulae, 82, Tântalo
- ↑ Higino, Fabulae, 83, Pélope
- ↑ Higino, Fabulae, 83, Níobe
- ↑ Higino, Fabulae, 155, Filhos de Júpiter