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Criança

Duas crianças olhando um rio.

Criança é um ser humano que começa desenvolver-se. São chamadas de Nenê ou recém-nascido do nascimento até 1 mês; bebê, quando tem idade entre 1 mês e 18 meses, e criança quando tem entre 18 meses até 12 a 14 anos, aproximadamente. O ramo da medicina que cuida especialmente de doenças e traumas na criança é a pediatria.

A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo segundo ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcada por gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros 3 anos de vida e nos anos que antecedem a adolescência. Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa, e da adquisição das bases de sua personalidade.

Estágios da Infância

A infância é um período na qual a criança cresce fisicamente e matura-se psicologicamente. Após isto, vêm a adolescência. Embora em várias crianças ocorre o que se chama de puberdade precoce, deve-se esclarecer que tais crianças ainda não são têm maturidade o suficiente para serem consideradas como adolescentes, mesmo tendo um porte físico de um(a).

Desde o nascimento até o início da adolescência, os pais são os principais modelos da criança, com que elas aprendem, principalmente por imitação. Filhos de pais que os abusam ou negligiciam tendem a sofer de vários problemas psicológicos, inclusive, depressão.

0 - 18 meses

Neste estágio, o bebê é totalmente dependente de terceiros (geralmente, os pais) para quaisquer coisas como locomoção, alimentação ou limpeza. Neste período, o bebê aprende atos básicos de locomoção como sentar, engatinhar, andar. Até mais ou menos o sexto mês de vida, o principal alimento do bebê é o leite, de preferência, leite materno, embora substitutos como leite de vaca, cabra ou leite de soja possam ser usados, embora isto não seja recomendado, dado aos anticorpos presentes no leite materno que ajudam a prevenir doenças no bebê. Após o sexto mês de vida, a dieta alimentar de um bebé começa a variar, com a introdução lenta e gradual de novos alimentos. Um bebê não compreende que faz parte de uma sociedade, onde o mundo para ele gira em torno de si mesmo (egocentrismo).

Neste estágio da vida, a criança cresce muito rapidamente. Os primeiros cabelos, bem como os primeiros dentes, aparecem neste estágio. Aos 18 meses de vida, a maioria dos bebês já soltaram suas primeiras palavras.

18 meses - 3 anos

A pequena criança neste estágio cresce menos do que nos primeiros 18 meses de vida. A criança, então, pode correr uma curta distância por si mesma, comer sem a ajuda de terceiros, e falar algumas palavras que têm significado (por exemplo, mamãe, papai, bola, etc), e a expectativa é a criança continue a melhorar estas habilidades.

O principal aspecto desta faixa etária é o desenvolvimento gradual da fala e da linguagem. Aos 3 anos de idade, a criança já pode formar algumas frases completas (e correta gramaticalmente) usando palavras já aprendidas, e possui um vocabulário de aproximadamente 800 - 1000 palavras.

A criança lentamente passa a compreender melhor o mundo à sua volta, e a aprender que neste mundo há regras que precisam ser obedecidas, embora ainda seja bastante egocêntrica consigo mesma - comumente vendo outras pessoas mais como objetos do que pessoas, não sabendo que estas possuem sentimentos próprios. Assim sendo, a criança muitas vezes prefere brincar sozinha do que com outras crianças da mesma faixa etária. No final desta faixa etária, uma criança geralmente já sabe diferenciar pessoas do sexo masculino e pessoas do sexo feminino, e também já começa a ter suas próprias prefêrencias, como roupa e entretenimento. Pode também ser capaz de vestir-se a si próprio, bem como pode antecipar acontecimentos.

3 - 5 anos

Uma menina sorrindo.

Crianças nesta faixa etária começam a desenvolver os aspectos básicos de responsabilidade e de independência, preparando a criança para o próximo estágio da infância, os anos iniciais de escola. As crianças desta faixa etária são altamente ativos, em geral, constantemente explorando o mundo à sua volta. As crianças passam também a aprender que na sociedade, existem coisas que eles podem ou não fazer.

Nesta faixa etária, a criança já compreende melhor o mundo à sua volta - tornando-se gradualmente menos egocêntrica - e melhor compreendendo que suas ações podem afetar as pessoas à sua volta. Também passam a compreender que outras pessoas também possuem seus próprios sentimentos. Assim sendo, as crianças gradualmente aprendem sobre a existência de padrões de comportamentos - ações que podem ou devem ser feitas, e ações que não devem ser feitas. Os pais da criança - os principais modelos da criança, nesta faixa etária - geralmente determinam se uma dada ação da criança foi boa ou má, e muitas vezes recompensando a criança pelas suas boas ações e castigando a criança pelas suas más ações.

Crianças, a partir dos 3 anos de idade, também passam a aprender padrões de comportamento de um processo chamado identificação. As crianças passam a identificar-se com outra pessoa por causa de vários motivos, incluindo laços de amizade (um amigo ou uma pessoa próxima como outro parente ou uma babá, por exemplo) e semelhanças físicas e psicológicas. Também a partir dos 3 anos de idade que as crianças passam a ver diferenças entre pessoas do sexo masculino e feminino, tanto nos aspectos físicos e psicológicos, como também os esterotótipos dado a ambos os sexos pela sociedade (exemplos: menino brinca com bola, menina brinca com boneca).

A grande maioria das crianças abandona as fraldas nesta faixa etária. A partir dos 3 anos de idade, a criança cresce lentamente, em contraste com o crescimento acelerado ocorrido entre 0 até os 18 meses de vida. Meninos e meninas têm peso e altura semelhantes.

5 - 9 anos

Desde o quinto ano de vida, crianças passam a dar um crescente valor à amizade.

O período entre 5 a 9 anos de idade é marcado pelo desenvolvimento psicológico da criança. Esta continua a desenvolver-se fisicamente, lentamente e gradualmente, mas acima de tudo, elas desenvolvem-se e maturam-se socialmente, emocionalmente e mentalmente.

Na maioria das sociedades, as crianças já aprenderam regras e padrões de comportamento básicos da sociedade por volta do quinto ano de vida. Elas aprendem então a discernir se uma dada ação é certa ou errada. A vida social da criança passa a ser cada vez mais importante, e é comum nesta faixa etária o que se chama de o(a) melhor amigo(a).

Na maioria dos países, crianças precisam ir à escola a partir dos sexto ou do sétimo ano de vida. Nesta faixa etária, regras básicas da sociedade são melhor compreendidas. Aqui, é dado ênfase à capacidade de resolução de problemas, uma habilidade que é aperfeiçoada com o passar do tempo. A racionalização também é uma habilidade que é aprendida e constantemente melhorada. Até o quinto ou sexto ano de vida, as crianças muitas vezes procuram resolver problemas através da primeira solução - certa ou não, racional ou não - que vêm à sua mente. Após o quinto ou o sexto ano de vida, a criança passa procurar por diversas soluções, e a reconhecer a solução correta ou aquela que mais se aplica ao solucionamento do problema.

Por volta dos 7 ou 8 anos de idade, as crianças passam a racionalizar seus pensamentos e suas crenças, procurando as razões, os porquês por trás de um problema ou de um fato. Assim, as próprias crianças passam a analizar os padrões de comportamento ensinados pela família e sociedade. Além disso, a partir dos 6 anos de idade, as crianças passam a comparar-se com outras crianças da mesma faixa etária. Estes dois fatos, aliados ao crescimento da vida social da criança - diminuem a importância dos pais e da família como modelos de comportamento da criança, e aumentam a importância dos amigos e dos professores.

A comparação que uma dada criança faz, de si mesma à outra, também afeta a sua auto-imagem (ou auto-estima) - a opinião que uma pessoa tem de si-mesma. O tipo de auto-imagem formada durante a infância pode influenciar o comportamento desta pessoa na adolescência e na vida adulta. As crianças passam a desenvolver a auto-imagem após os 3 anos de idade, à medida de que as crianças identificam-se com seus pais, parentes, e posteriomente, pessoas próximas. Esta auto-imagem pode ser positiva ou negativa, dependendo das atitudes e das emoções das pessoas com a qual a criança identifica-se. Crianças com auto-imagens positivas geralmente possuem boas impressões de seus pais e uma ativa vida social; já auto-imagens negativas podem ser fruto de abuso infantil cometidos por parentes ou outros adultos, bem como problemas socio-psicológicos (vítima de agressão na escola, por exemplo) e o testemunho de outros traumas (perda de um parente ou amigo, por exemplo. A comparação que uma criança faz em relação à outras crianças pode alterar esta auto-imagem.

Os dentes de leite começam a cair no sexto ano de vida, um por um, até a adolescência. O crescimento de peso e altura é pequeno e semelhante entre meninos e meninas, que continuam a ter peso e altura semelhantes. Quanto à força física, em teoria, meninos e meninas desta faixa etária têm força física semelhante, mas, meninos, por geralmente serem mais incentivados pelos pais a participar de atividades físico-esportistas, tendem a ter um pouco mais de força física do que as meninas.

9 - 13 anos: Pré-Adolescência

A partir dos 8-9 anos, crianças passam a dar mais importância a um grupo de amigos que possuem gostos semelhantes.

A faixa etária que vai desde o oitavo até o décimo terceiro ano de vida é época de intensas mudanças físicas e psicológicas. É a chamada pré-adolescência. A pré-adolescência é a idade onde as crianças passam a ter mais responsabilidades (deveres), ao mesmo tempo que passam a querer e exigir mais respeito de outras pessoas - particulamente, dos adultos. A criança nesta faixa etária passa a compreender mais a sociedade, ordens sociais e grupos, o que torna esta faixa etária uma área instável de desenvolvimento psicológico.

A participação num grupo de amigos que possuem gostos em comum passa a ser de maior importância para a criança, onde o modelo dado pelos amigos começa a obscurecer o modelo dado pelos pais. Começam as preocupações como a expectativa de ser aceito por um grupo, ou certas diferenças em relação à outras crianças da mesma faixa etária se agravam aqui, e são um aspecto de maior importância na adolescência. Muitas vezes, pré-adolescentes sentem-se rejeitados pela sociedade, podendo desencadear problemas psicológicos tais como depressão ou anorexia, por exemplo.

A pré-adolescência é marcada pelo início das intensas transformações físicas que transformam fisicamente a criança em um adulto; é o início da puberdade, marcada principalmente pelo aumento do ritmo de crescimento corporal e pelo amadurecimento dos órgãos sexuais.

A puberdade para as meninas chega entre o 9º e o 12º ano de vida, onde os primeiros pelos pubianos e nas axilas aparecem, vem a primeira menstruação, os seios começam a crescer. Neste período, as meninas passam, em média, a serem mais altas e mais pesadas que os meninos, onde a puberdade ainda não começou. Maturação dos órgãos sexuais dá-se geralmente depois, no 11º ao 14º ano de vida. Somente mais tarde, no 11º ao 14º anos de vida, a puberdade começa para os meninos, começo de um alto crescimento físico (em altura, peso e força muscular), crescimento de pelos pubianos e nas axilas e engrossamento do timbre de voz. Com o pico do crescimento físico da maioria das meninas já havendo terminado, os meninos passam à frente, definitivamente, em peso/altura/força muscular. Maturação dos órgãos sexuais dá-se geralmente depois, no 14º-15º ano de vida.

Gênero

Crianças do sexo feminino são chamadas de meninas, e crianças do sexo masculinos são chamadas de meninos. Uma pequena percentagem dos humanos são hermafroditas - embora esta seja apenas uma distinção biológica, e não necessariamente social ou psicológica. Fora as diferenças no aparelho sexual, meninos e meninas não diferem muito - até a adolescência, ambos possuem aproximadamente a mesma altura e o mesmo peso.

As crianças de ambos os sexos crescem em altura por igual até os 7 - 9 anos de idade, quando o início da puberdade nas meninas fazem com que elas sejam, na média, mais altas do que os meninos até os 12 anos de idade. Uma criança de 9 anos possui em média entre 130 a 140 centímetros de altura, nos Estados Unidos da América. Quanto à massa corporal, o peso médio dos meninos é entre 25 a 37 quilogramas, enquanto o peso médio das meninas é geralmente um pouco menor - provavelmente por causa de estereotótipos impostos pela sociedade, embora alguns especialistas crêem que diferenças genéticas estejam por trás desta diferença. Uma criança não é necessariamente anormal se seu peso e/ou altura são maiores ou menores do que a média.

Um assunto muito discutido são as diferenças psicológicas entre meninos e meninas - no que refere-se à identidade sexual das crianças. Enquanto a maioria dos psicólogos acreditam que as diferenças psicológicas entre ambos os sexos é determinada primariamente pelo ambiente onde a criança vive e pelos estereotótipos impostos à criança pela sociedade, geneticistas consideram que a genética possui maior peso nestas diferenças.

Diferenças em inteligência

Ver artigo principal: Quociente de inteligência

As diferenças de inteligência entre diferentes crianças são feitas através de testes de quociente de inteligência (QI). Tais testes servem para indicar a habilidade mental no geral de uma criança em relação à média de outras crianças da mesma idade. A média é igual a 100. A perfomance da criança no teste é pontuada. Cerca de dois terços das crianças são consideradas normais (pontuação entre 84 a 116). Um sexto pontuam mais do que 116, e são consideradas super-dotadas. Um sexto das crianças pontuam menos de que 84, neste caso, a presença de uma deficiência mental (e muitas vezes permanente - com vários graus de severidade) é considerada - embora várias crianças pontuem menos do que a média por causa de problemas psicológicos.

Os testes de quociente de inteligência são usados especialmente para o auxílio do diagnóstico de problemas neurológicos ou psicológicos, e também em testes que visam o estudo da genética, seu papel no desenvolvimento de uma pessoa e no seu papel do desenvolvimento das diferenças entre diferenças psicológicas entre diversas pessoas. A pontuação de pessoas relacionadas geneticamente (ou seja, possuem laços de família) que fizeram pelo quociente de inteligência geralmente diferem menos do que as diferenças entre a pontuação de pessoas não relacionadas geneticamente, o que sugere que a genética têm um peso considerável - se não majoritário - na habilidade mental de uma pessoa. Porém, outros especialistas acreditam que é o ambiente na qual a criança vive que é o fator primário na formação psicológica e da habilidade mental. Estes especialistas fazem uso de estudos entre crianças culturalmente deprivadas - crianças que são criadas sem os estímulos necessários que os ajudam na eduação escolar e/ou que sofrem de abuso infantil, e que possuem no geral um quociente de inteligência menor do que a média. O quociente de inteligência destas crianças, nos estudos realizados, aumentaram muito após receberem cuidados especiais.

Já outros especialistas questionam o uso destes testes, e que tais testes não são eficientes para medir a habilidade mental e a inteligência como um todo de uma criança. Estes especialistas alegam que a inteligência envolve vários fatores - memória, lógica e originalidade, por exemplo, e que uma criança pode destacar-se em uma ou mais áreas enquanto sofrem dificuldades em outras.

Problemas

Crianças num jardim de infância afegã.

Muitas crianças (principalmente em países sub-desenvolvidos) apresentam diversos problemas como alimentaçao reduzida ou desequilibrada (desnutrição), trabalho infantil, ausência de um abrigo ou a SIDA (AIDS, no Brasil) e, para isso, a UNICEF (United Nations Children's Fund - Fundo das Nações Unidas para as Crianças) promove diversas campanhas de recolhimento de fundos monetários para podê-las apoiar nesses países.

Veja também

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