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Ego

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Ego (do latim, "eu"), lugar em que se reconhece, eu de cada um[1] designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas do modelo triádico do aparelho psíquico: Id, Ego e Superego.[2] O ego desenvolve-se a partir do Id, na medida que o bebê vai tomando consciência de sua própria identidade, com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas.[3]

O Ego é lógico e racional. Sempre cumpre a função de lidar com a realidade externa (faz um meio campo entre o mundo interno e externo), lidando com a estimulação que vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Assim, o ego atua como mediador entre o id e o mundo exterior, tendo que lidar também com o superego, com as memórias de todo tipo e com as necessidades físicas do corpo. A sua energia é extraída do Id.

Psicologia do ego

Sob os auspícios dessa nova escola, influente desde a morte de Freud e hegemônica por décadas, a psicanálise surge integrando múltiplas facetas, passando a se ordenar em torno de novos objetivos terapêuticos, novos métodos de investigação dos processos psíquicos – o empírico no sentido positivista –, novos conceitos, novas táticas e técnicas. Em função desta pluralidade de inovações, os mentores desta escola julgaram mesmo procedente criar uma nova denominação psicanalítica, passando a denominá-la de “psicologia psicanalítica do ego” (RAPAPORT, 1962, p. 42).

Nomeação deveras mais apropriada para o que lograram construir. O conceito de ego, que ordenou todo o arcabouço teórico e técnico da “psicologia psicanalítica do ego”, forçou a metonímia, sem dúvida feliz no que diz respeito à invenção freudiana: foi simplesmente como “psicologia do ego” (sem psicanálise no nome) que esta escola passou a ser reconhecida. A homologação do ego à função da consciência foi o grande equívoco praticado por toda uma geração de analistas que sucedeu a Freud, convertendo-se numa rota de desvio cujos rumores se fazem ainda ouvir em nossos dias. Esta virada teórica veio refletir-se de modo pontual no manejo técnico, ordenando no campo analítico uma técnica calcada no fortalecimento do ego com vistas ao adestramento do desejo inconsciente.

O inconsciente é definido por Freud como um sistema composto por representações instituídas por meio do recalque. O recalque, ao instituir o campo das representações, institui em ato o próprio inconsciente e confere a uma representação seu estatuto inconsciente, de modo que inconsciente e recalque são conceitos indissolúveis e correlatos: “A teoria da repressão [recalcamento] é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise”.

A principal função do Ego é procurar atender e aplacar as exigências constantes do Id e a realidade do Superego, logo preservará a saúde, segurança e sanidade da psique.Há muitos conflitos entre o Id e o Ego, pois os impulsos não civilizados do Id estão sempre querendo expressar-se. Freud destacava que os impulsos do Id são muitas vezes reprimidos pelo Ego por causa do medo de castigo. Ou seja, o Ego pode coibir os impulsos inaceitáveis do Id, por exemplo se uma pessoa te fecha no trânsito, o ego te impede de perseguir o carro e agredir fisicamente o motorista infrator, seria um impulso do id (que é totalmente inconsciente). Porém, visto que o indivíduo não pode sobreviver obedecendo somente aos impulsos do Id, é necessário que ele reaja realisticamente a seu ambiente de convívio. O conjunto de procedimentos que leva o indivíduo a comportar-se assim, é o Ego. O Ego é, portanto, mais realístico do que o Id, visando sempre as consequências dos impulsos inconscientes do Id.[4][5]

O Ego não é completamente consciente, os mecanismos de defesa fazem parte de um nível inconsciente.

Ver também

Referências

  1. «Significado de Ego». Significados (em português). Consultado em 15 de junho de 2019 
  2. «Diferença entre Ego, Superego e Id». Diferença (em português). Consultado em 15 de junho de 2019 
  3. Azevedo, Tiago (19 de dezembro de 2015). «O que é Ego para Freud?». Psicoativo ⋆ Universo da Psicologia (em português) 
  4. Pervin, Lawrence A.; Cervone, Daniel & John, Oliver (2005). Persönlichkeitstheorien. ünchen: Reinhardt. ISBN 3-497-01792-2
  5. Carver, Charles S. & Scheier, Michael F. (2000). Perspectives on personality. Boston: Allyn and Bacon. ISBN 0 2055 2262 9
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