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Periodização da história

Linha do tempo para a periodização cujo critério é o nascimento de Jesus Cristo.

Periodização da história é um método cronológico usado para contar e separar o tempo histórico da humanidade. A periodização é o estudo da História Geral da Humanidade que costuma dividir a história humana, por convenção e exclusivamente para fins didáticos.

Periodização eurocêntrica

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Pré-história Idade da Pedra

Paleolítico

Paleolítico Inferior c. 2,5 milhões - c. 300.000 a.C.
Paleolítico Médio c. 300.000 - c. 30.000 a.C.
Paleolítico Superior c. 300.000 - c. 10.000 a.C.
Mesolítico c. 13.000 - c. 9.000 a.C.

Neolítico

c. 10.000 - c. 3.000 a.C.
Idade dos Metais Idade do Cobre c. 3.300 - c. 1.200 a.C.
Idade do Bronze c. 3.300 - c. 700 a.C.
Idade do Ferro c. 1.200 a.C. - c. 1.000 d.C.
Idade Antiga Antiguidade Oriental c. 4.000 - c. 500 a.C.
Antiguidade Clássica c. 800 a.C. - 476 d.C.
Antiguidade Tardia c. 284 d.C. - c. 750
Idade Média Alta Idade Média 476 - c. 1000
Baixa Idade Média Idade Média Plena c. 1000 - c. 1300
Idade Média Tardia c. 1300 - 1453
Idade Moderna 1453 - 1789
Idade Contemporânea 1789 - hoje
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Plioceno  · Pleistoceno  · Sistema de Três Idades  · História  · História da escrita  · Hominina  · Homo  · Homo erectus  · Homo sapiens arcaico  · Modernidade  · Passado  · Presente  · Futuro  · Tempo Predefinição:Hidden end

Períodos

Em cinco períodos, épocas ou idades - ao que se denomina periodização clássica da história - como a Pré-história, a Idade Antiga, Idade Média, a Idade contemporânea e a Idade moderna.[1][2] As ocorrências significativas para a História Geral, tomando como referência a Europa, e que delimitaram essa divisão são a invenção da escrita (4000 a.C.); a queda do Império Romano (476); a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim da Guerra dos Cem Anos na Europa (1453); e a Revolução Francesa (1789).[3]

Pré-História

A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e atividades de caça e de re-coleção. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e a criação das primeiras cidades.

Foram feitas grandes descobertas sem as quais hoje seria muito difícil viver:

  • No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
  • No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
  • Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos, o último período da Pré-História demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade, Egito e Mesopotâmia.
  • Após o homem pré-histórico descobrir a existência de outros povos (civilizações), eles começam a disputar entre si, para determinar quem era o mais forte, onde o grupo perdedor serviria como escravo. Nasce, então, o primeiro método de escravidão.

Idade Antiga

A Antiguidade compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina, Mesopotâmia, Irã e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.

Idade Média

A Idade Média é entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequentemente a queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.

Idade Moderna

A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista.

Idade Contemporânea

A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.

Críticas à periodização clássica

Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:

  • o advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-colombianas;
  • as mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente, e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo, o fim de um modo de produção como o feudalismo.
  • Mesmo nesta periodização há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial..."[4]

Periodizações bíblico-cristãs

Ver artigos principais: Anno Domini e Era comum
Ver artigo principal: Seis épocas do mundo

Periodização marxista

Ver artigo principal: Historiografia marxista

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Periodização grega arcaica

Ver artigo principal: Eras do homem

Ver também

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Referências

  1. O Tempo na História. Zahar, 1993. pp. 97. ISBN 8571102090
  2. de Vargas Gil, Carmem Zeli. A docência em História: reflexões e propostas para ações. Edelbra Editora Ltda. pp. 48. ISBN 8536011149
  3. B. Buchaul, Ricardo. Gênese da Maçonaria no Brasil: a história antes do Grande Oriente do Brasil. Clube de Autores, 2011. pp. 41.
  4. SILVA, Joaquim, PENNA, J. B. Damasco, História Geral, Cia. Editora Nacional, São Paulo, 1972

Bibliografia

  • POMIAN. K. “Periodização”, Enciclopédia Einaudi, vol. 30, Lisboa, Imprensa Nacional –. Casa da Moeda, 1993, p.164-213.

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