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Jesus: mudanças entre as edições

(Sem diferença)

Edição das 23h42min de 28 de janeiro de 2006

Este artigo é sobre a figura histórica de Jesus e seus aspectos biográficos. Para informações acerca das múltiplas versões de Cristo, veja Cristo.

Jesus Cristo
Imagem de Jesus Cristo
de Agia Sophia, Istambul
(Século XII)

Jesus Cristo, também chamado Jesus da Galiléia ou Jesus de Nazaré (c. 6-4 a.C. — c. 30 d.C., datas disputadas), registado em Belém como "Yehoshua ben-Yoseph", foi o fundador da religião cristã. Os cristãos acreditam que Ele é o filho de Deus (que para a maioria das entidades cristãs é o próprio Deus), enviado à Terra para salvar a humanidade. Sua influência foi provavelmente maior que a de qualquer outra pessoa que jamais tenha existido. O nome Jesus, em hebraico, significa Salvador, ou auxílio do Senhor. Seus discípulos o chamavam de Messias, ou o ungido do Senhor. O nome Cristo vem do grego christos, que significa "o ungido". Os ensinamentos de Jesus uniram pessoas de muitos lugares, em um amplo movimento religioso que é hoje o mais difundido em todo o mundo. Maomé, o fundador do islã, via em Jesus um grande profeta e adotou muitas de suas idéias. Os princípios democráticos de igualdade, responsabilidade e cuidado com os desvalidos devem muito às lições de Jesus sobre amor e fraternidade.

Data do nascimento e morte

A data de nascimento de Jesus é muito discutida. Devido a falhas do calendário há quem diga que Jesus teria nascido por volta do ano 6 d.C. Considerando que Jesus nasceu pouco tempo antes da morte de Herodes isto coloca-nos numa data anterior a 4 a.C.

Outra ajuda que temos para facilitar a localização da data do nascimento de Jesus foi que este ocorreu a quando José foi a Belém com sua familia para participar do recenseamento.

Os romanos obrigaram o recenseamento de todos os povos que lhes eram sujeitos a fim de de facilitar a cobrança dos impostos. Isto é uma grande ajuda na localização temporal dos factos, porque ocorreu exactamente 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C.

Os Judeus sempre dificultaram qualquer tentativa à contagem do seu povo, pelo que, segundo a história, nas terras judaicas este recenseamento ocorreu um ano depois do ocorrido em todo o restante império romano. isto coloca-nos no ano 7 a.C.

Em Belém, o recenseamento ocorreu no oitavo mês deste ano. Isto significa que Jesus nasceu indiscutivelmente no mês de Agosto do ano 7 a.C.

Mas ainda existem outros factos que nos ajudam a localizar o dia deste nascimento.

No dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o recenseamento da sua família.

Dois dias depois ao nascimento de Jesus, Maria enviou uma mensagem a Isabel a relatar o acontecimento. E a apresentação dos bebés no templo, bem como a purificação das mulheres teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi apresentado no templo de Zacarias (segundo os registos locais) no mes de Setembro e a um sábado. Ora Setembro deste ano teve 4 sábados: 4, 11, 18, 25.

Agora podemos ser mais precisos. Em Belém os censos ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, ora o sábado de apresentação seria o de 11. Logo Jesus teria que ter nascido algures depois de 21 de Agosto do ano 7 a.C.

NASCIMENTO E INFÂNCIA

Cinco pequenos livros do Novo Testamento contam quase tudo quanto se conhece sobre a vida e os ensinamentos de Jesus: são os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e os Atos dos Apóstolos. A palavra evangelho significa boa nova. Mateus e João foram dois dos apóstolos de Jesus: conheceram-no e, com Ele, trabalharam durante os últimos anos de Sua vida. Muitos estudiosos admitem que eles são realmente os autores dos Evangelhos que trazem os seus nomes. Mas há quem ponha em dúvida se Marcos e Lucas conheceram Jesus pessoalmente ou se apenas conheciam pessoas que O tinham conhecido. Os Evangelhos narram os fatos mais importantes da vida de Jesus. Os Atos dos Apóstolos contam o que sucedeu nos 30 anos seguintes. As Epístolas (ou cartas) de Paulo também dizem alguma coisa sobre Jesus e algumas de Suas palavras aparecem noutros lugares. Notícias não cristãs de Jesus e do tempo em que Ele viveu encontram-se nos escritos de Josefo, que nasceu no ano 37 d.C.; nos de Plínio, o Moço, que escreveu por volta do ano 112; nos de Tácito, que escreveu por volta de 117; e nos de Suetônio, que escreveu por volta do ano 120.

Nascimento

Jesus nasceu durante a vida de Herodes, o Grande, que os romanos haviam designado para governar a Judéia. Os calendários são contados a partir do ano em que se supõe ter nascido Jesus, mas as pessoas que fizeram essa contagem equivocaram-se com as datas: Herodes morreu no ano 4 a.C., de modo que Jesus nasceu 3 anos antes, a quando dos censos do povo Judeu, que ocorreu, exactamente, 1 ano após os censos dos outros povos também subjugados ao poder Romano. Estes censos ocorreram para facilitar aos Romanos a contagem do povo e a respectiva cobrança dos impostos. Os Judeus sempre se opuseram a qualquer tentativa de contagem, por essa razão, esta ocorreu um ano depois de ter ocorrido nos povos vizinhos. Desde o séc. IV, os cristãos festejam o Natal, ou nascimento de Cristo, no dia 25 de dezembro. Esta foi uma adaptação das festas ao deus Sol dos povos pagãos, adquirida pelos Romanos. Na realidade José recensiou "Joshua ben Jose" (Jesus) como nascido ao dia 21 do oitavo mês, isto no ano 7 a.C.- de acordo com os registos Judaicos. Maria foi a mãe de Jesus. Ela e o carpinteiro José, seu marido, moravam em Nazaré, uma cidade da província da Galiléia, no norte da Palestina. Os Evangelhos contam que o arcanjo Gabriel apareceu a Maria e anunciou que ela ia dar à luz o filho de Deus, o prometido Messias. Algum tempo antes de Jesus nascer, Maria e José foram a Belém, a fim de terem seus nomes registrados em um recenseamento. Belém era uma pequena cidade do sul da Judéia. Maria e José encontraram abrigo num estábulo, e foi aí que Jesus nasceu. Maria fez de uma manjedoura o berço para Ele. Os Evangelhos falam de pastores que, perto de Belém, viram anjos no céu e os ouviram cantar: "Glória a Deus nas alturas e, na Terra, paz e boa vontade entre os homens (Lucas 2:14). Algumas traduções da Bíblia dizem: paz na Terra aos homens de boa vontade. Outra história diz que vieram sábios do Oriente para ver o Messias recém-nascido. A princípio perguntaram por Ele na corte de Herodes. Mais tarde puderam localizá-lo, seguindo até Belém a luz de uma estrela. Trouxeram a Jesus oferendas de ouro, incenso e mirra. Herodes pedira-lhes que voltassem para informá-lo quando tivessem encontrado o menino, mas eles não fizeram isso. Herodes tomou-se de fúria e, com medo desse novo rei dos judeus, mandou que fossem mortos todos os meninos de Belém que tivessem dois anos de idade ou menos. Um anjo apareceu a José, em sonho, e o preveniu. José fugiu então para o Egito, com Maria e o menino Jesus. Só retornaram a Nazaré depois da morte de Herodes.

Infância

Pouco sabem os historiadores sobre a infância de Jesus. Lucas diz que, aos 12 anos, Ele foi com os pais a Jerusalém, para a festa de Pessach, a Páscoa judaica, e lá surpreendeu os doutores do Templo com os Seus conhecimentos religiosos. A única informação a mais deixada por Lucas sobre a infância de Jesus é a de que "crescia o Menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele (Lucas 2:40). Jesus cresceu em Nazaré e provavelmente auxiliava José em seus trabalhos de carpintaria, até este falecer, vitima de um acidente na construção de um edificio. Jesus tomou para si o pesado fardo da orientação da sua familia e ajudando a sua mãe.

A morte de José ocorreu ao 25º dia do nono mês tendo Jesus 14 anos de Idade no ano 8 d.C. A noticia da sua morte foi-lhe trazida por um mensageiro de Séforis. José encontrava-se a trabalhar na construção da casa do governador quando um mastro lhe caiu em cima. José foi sepultado a 26 do mesmo mês em Nazaré, no mesmo lugar onde havia sido sepultados os seus pais. - de acordo com os registos Judaicos de Nazaré.

VIDA PÚBLICA

Ministério

Jesus começou a revelar a missão especial de Sua vida após completar 30 anos de idade. João Batista, Seu parente, preparava o caminho para Ele, pregando o arrependimento e batizando os que aceitavam sua mensagem. Jesus foi ter com João, a fim de ser batizado. Depois, foi para o deserto, preparar-se para a Sua missão. Ali o diabo o tentou, insistindo em que fizesse uso de seus poderes de Filho de Deus, de modo a reinar Ele próprio sobre o mundo. Contudo Jesus sabia que era Seu dever anunciar o Reino de Deus e voltou para a Galiléia. Escolheu Cafarnaum, perto do mar da Galiléia, para centro de Suas atividades. Logo vieram juntar-se a Ele os primeiros apóstolos: Simão Pedro, André, Tiago e João. Depois, Jesus escolheu para ajudá-lo Bartolomeu (às vezes confundido com Natanael), Tiago Menor, Judas Iscariotes, Tadeu (também chamado de Judas Tadeu), Mateus, Filipe, Simão e Tomé. Jesus desenvolveu na Galiléia a maior parte do Seu ministério. Mas esteve também na Samaria, em Jerusalém e em outros pontos do norte da Galiléia. Anunciava o Reino de Deus e afirmava ter o poder de perdoar pecados. Tratava os não-judeus com a mesma benevolência que dedicava aos judeus. Muitos dos ensinamentos então pregados por Ele encontram-se no Sermão da Montanha, transcrito na íntegra por Mateus (5,6,7). Os mestres da Galiléia não confiavam em Jesus, porque Ele não evitava os pecadores. Também O temiam porque parecia modificar certas práticas estabelecidas, como a de não pregar aos sábados. Mas Seus discípulos acreditavam n'Ele. Quando Jesus Ihes perguntou quem pensavam que Ele era, Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mateus 16:16). Pouco depois, Pedro, Tiago e João tiveram uma visão da glória de Jesus.

Milagres

Os Evangelhos falam de 36 milagres de Jesus. Ele nunca os fez em Seu próprio benefício. Os milagres davam aos discípulos as provas de Sua autoridade e geravam muitas conversões. O primeiro foi em Caná, durante uma festa de casamento. Quando o dono da casa viu que o vinho tinha acabado, Jesus transformou água em vinho. Pouco depois, no lago de Genesaré, fez com que Simão Pedro pescasse em sua rede tantos peixes que o barco ameaçou afundar. Noutra ocasião, Jesus abençoou cinco pães e dois peixes, que puderam ser repartidos entre mais de cinco mil homens, mulheres e crianças, recebendo cada qual o suficiente para comer. E, em outra ocasião, Jesus deixou perplexos os Seus discípulos, ao caminhar sobre as águas do mar durante uma tempestade. Muitas histórias dos Evangelhos falam de Jesus curando cegos e doentes. João conta como Jesus trouxe de volta à vida o seu amigo Lázaro, que estava morto e sepultado havia quatro dias. Jesus usava Seu poder de realizar milagres para demonstrar o amor e a misericórdia de Deus.

A PAIXÃO

Os últimos meses da vida de Jesus representam o que os cristãos chamam de Paixão, ou Seu sofrimento por toda a humanidade. Jesus fizera muitos inimigos em Jerusalém e sabia que corria perigo se fosse àquela cidade. Entretanto, acreditava ter o dever de ir. Estava decidido a pregar a boa nova do Reino de Deus e do perdão. Sentia que viera ao mundo para salvar os outros, com o sacrifício de Sua própria vida.

A Última Ceia

Jesus chegou a Jerusalém para a semana da Páscoa judaica. No domingo, fez uma entrada triunfal na cidade. O povo estava agradecido pelas Suas curas e pelos Seus ensinamentos, e muitos acreditavam que Ele traria à nação judaica uma vida melhor. Por isso, enquanto Ele passava, o povo O aplaudia e cobria Seu caminho com panos e ramos de palmeira. Os sacerdotes ficaram assustados e enraivecidos quando Jesus entrou no Templo e expulsou os vendilhões, homens que ali trocavam moedas e vendiam pombos. Jesus disse que a casa de Deus era lugar de oração e não de comércio. Durante os dias seguintes, Jesus passou boa parte do tempo pregando em Jerusalém. No tempo restante, Ele meditava e orava em Betânia, a leste da cidade. Na quinta-feira à noite, participou da Última Ceia, com os doze apóstolos, em Jerusalém. Três dos Evangelhos afirmam ser aquela a ceia da Páscoa. Nessa ocasião, Jesus disse aos apóstolos que um deles haveria de trai-l'O, e prometeu que os encontraria de novo no Reino de Deus. Ao servir o pão e o vinho, disse: "Este é o meu corpo" e Este é o meu sangue". Essa ceia deu origem à comunhão cristã.

O Julgamento

Mais tarde, na mesma noite, Jesus foi para o jardim de Getsêmani, na encosta do monte das Oliveiras, em frente ao Templo. Três discípulos - Pedro, Tiago e João - faziam-lhe companhia, mas logo adormeceram. Jesus orou em agonia espiritual, mas submeteu-Se à vontade de Deus. Um pelotão de homens armados chegou ao jardim para prender Jesus enquanto Ele orava. Judas Iscariotes, um dos apóstolos, indicou quem Ele era com um beijo. Judas havia traído o Mestre por 30 moedas de prata. Mateus conta que, depois disso, Judas enforcou-se. Os soldados levaram Jesus para a casa do supremo sacerdote. A lei judaica não permitia que o Sinédrio, a suprema corte judaica, se reunisse durante o Pessachou condenasse um homem à morte durante a noite. Mas alguns membros do Sinédrio resolveram interrogar Jesus de qualquer modo. Primeiro O acusaram de ameaçar destruir o Templo, mas as testemunhas entraram em desacordo. Por fim, perguntaram a Jesus se Ele era o Messias, o Filho de Deus e rei dos judeus. Jesus respondeu que era, e foi então acusado de blasfemar ao dizer-Se Deus. Na manhã de sexta-feira, os líderes judeus levaram Jesus à presença de Pôncio Pilatos, que então governava a província romana da Judéia. Acusavam-n'O de estar traindo Roma ao dizer-se rei dos judeus. Como Jesus era galileu, Pilatos enviou-O a Herodes Antipas - filho de Herodes, o Grande - que governava a Galiléia. Lucas conta que Herodes zombou de Jesus, vestindo-O com um manto real, e devolveu-O a Pilatos. Era de praxe os governantes romanos libertarem um prisioneiro judeu por ocasião do Pessach. Pilatos expôs Jesus e um assassino condenado, de nome Barrabás, na escadaria do palácio, e pediu à multidão que escolhesse qual dos dois deveria ser posto em liberdade. A multidão voltou-se contra Jesus e escolheu Barrabás. Pilatos condenou então Jesus a morrer na cruz. A crucificação era uma forma comum de execução romana, aplicada, em geral, aos criminosos de classes inferiores.

A Crucificação

Os soldados romanos zombaram de Jesus por considerar-Se rei dos Judeus. Vestiram-n'O com um manto vermelho, puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos e, na mão, uma vara de bambu. A seguir, espancaram-n'O e cuspiram n'Ele. Forçaram-n'O a carregar a própria cruz, como um criminoso. Ao vê-l'O perder as forças, ordenaram a um homem, de nome Simão Cireneu, que tomasse da cruz e a carregasse durante parte do caminho. Os romanos pregaram Jesus na cruz fora da cidade, num monte chamado Gólgota ou Calvário. João conta que escreveram, no alto da cruz, a frase latina lesusNazarenus Rex Iudeorum, que significa Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus. Essa inscrição foi também feita em grego e em hebraico. Puseram a cruz de Jesus entre as de dois ladrões. Antes de morrer, Jesus disse: "Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem" (Lucas 23:24). Durante Sua agonia, Ele se lamentou: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27:46). Depois de três horas, Jesus morreu. José de Arimatéia e Nicodemos depuseram o Seu corpo num túmulo recém-aberto, e o fecharam com uma pedra.

A Ressurreição

Os Evangelhos contam que, no domingo de manhã, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus. Encontrou a pedra fora do lugar e o túmulo vazio. Depois disso, Jesus apareceu a ela e a Simão Pedro. Dois discípulos viram-n'O na estrada de Emaús. Os Evangelhos dizem que os onze apóstolos fiéis encontraram-se com Ele, primeiro em Jerusalém e depois na Galiléia. Ele ainda ensinou a eles durante 40 dias e então subiu ao Céu.

OS ENSINAMENTOS DE JESUS

Com freqüência, Jesus explicava sua doutrina através de parábolas, histórias breves que encerravam ensinamentos. O Filho Pródigo(Lucas 15:11-32), por exemplo, fala da grande alegria de um pai quando vê retornar à casa um filho que saíra a correr mundo. Jesus usou esta parábola para mostrar o amor e o perdão de Deus aos pecadores que se arrependem. Os Evangelhos mencionam cerca de 70 parábolas. Muito do que Jesus ensinou já fazia parte da Bíblia judaica ou da tradição dos hebreus, mas Jesus deu maior ênfase a certas idéias e acrescentou ensinamentos novos. Ele acreditava que Deus estava preparando a Terra para um novo estado de coisas, em que todos os seres humanos haveriam de viver como filhos de Deus. Jesus falava dessa nova era como o Reino de Deus, e dizia ser Ele o enviado do Pai para anunciar e fazer presente esse Reino. Combatia o pecado, especialmente a hipocrisia e a crueldade para com os fracos, mas não desprezava os pecadores: estava sempre disposto a curar e a perdoar, mesmo antes que as pessoas se mostrassem arrependidas. Para Jesus, o poder de Deus era maior que o pecado, e Ele ensinava que o arrependimento e a fé podiam salvar os homens. Aos seus seguidores, Jesus oferecia normas de vida. Ele ensinava as pessoas a amarem a Deus e aos seus semelhantes com toda a força de seus corações e de suas mentes. Frisava que cada pessoa deveria tratar as outras como gostaria de ser tratada por elas. Ensinava os que O ouviam a não reagirem quando atacados: "A quem te esbofetear a face direita, oferece também a esquerda (Mateus 5:39). Os cristãos acreditam que Jesus é muito mais que um grande mestre ou gênio. A maioria dos cristãos considera-O um Deus, o Filho de Deus, num sentido muito especial que não é compartilhado por nenhuma outra pessoa. Aceitam a doutrina da Santíssima Trindade como um dos maiores ensinamentos de Jesus. Essa doutrina diz que há três pessoas divinas - Pai, Filho e Espírito Santo - reunidas num Deus único. Como Filho, Jesus é igual ao Pai. Tem autoridade absoluta em Seus ensinamentos e poder absoluto para perdoar pecados e dar a vida eterna. Jesus referia-se a Si mesmo como Filho do Homeme como Filho de Deus. O título Filho do Homem expressava Sua natureza humana, mas para os Seus seguidores queria também dizer que futuramente Ele voltaria para julgar o mundo. O título Filho de Deusexpressava a Sua natureza divina, em união com Deus.

EXPANSÃO DO CRISTIANISMO

A ressurreição de Jesus convenceu os apóstolos de que Ele era o Senhor celestial e Filho de Deus, bem como o Messias na Terra. Pedro e os outros converteram à nova fé centenas de judeus. Esses primeiros cristãos reuniam-se muitas vezes no Templo e nas sinagogas da Palestina. O cristianismo estendeu-se logo a Damasco e a Antioquia. Depois de convertido, Paulo (ou Saulo) de Tarso levou os ensinamentos de Cristo tanto aos não-judeus quanto aos judeus. Durante muitos anos, o cristianismo foi considerado parte do judaísmo. As autoridades romanas, temendo revoluções, começaram a perseguir os cristãos. No ano 64 d.C., o imperador Nero deu início à primeira grande perseguição em Roma. Contudo, a religião cristã continuou a expandir-se.

Figura controversa

Jesus é uma figura controversa. Há diferentes visões de Jesus nas religiões do Islã, Judaísmo e Gnosticismo (Veja ao longo deste artigo). Outras religiões têm várias perspectivas de Jesus. Ele é considerado um profeta pelos muçulmanos, como um falso Messias pelos judeus, como uma manifestação de Deus pelos Bahá'ís, como um avatar por alguns hindus, como o salvador e aquele que traz a gnose por vários sectos gnósticos e uma manifestação de Maitreya ou um grande guru por teosofistas e muitos adeptos da Nova Era. Algumas pessoas não religiosas acham que enquanto uma pessoa com nome Jesus possa ter existido, tudo o que sabemos sobre ele é especulação, religião ou mito. Outras pessoas não religiosas acreditam que Jesus foi um sábio mestre, mas apenas um homem, cuja lenda tem sido muito exagerada ao longo dos anos por propósitos políticos e outros.

A historicidade de Jesus

Os nomes e títulos de Jesus

  • Yeoshua
  • Raiz de Davi
  • Leão da Tribo de Judá
  • Príncipe da Paz
  • Pedra Angular
  • Cordeiro de Deus
  • Pão da vida
  • Filho do Homem
  • Nova Estrela da Manhã
  • Rosa de Sarom
  • O Alfa e o Ômega, Princípio e Fim
  • Rei dos reis
  • O Messias
  • O Filho de Deus
  • O amado de todas as nações
  • A segunda pessoa da Santíssima Trindade
  • Principe da paz
  • Emanuel


A Bíblia não especifica um dia ou mês do nascimento de Jesus Cristo. A informação mais detalhada sobre o nascimento e morte de Jesus estão nos evangelhos de Mateus e Lucas.

1- Lucas 1:5 Houve nos dias do Rei Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da turma de Abias; e sua mulher era descendente de Arão, e chamava-se Isabel. Note que era da turma de Abias. 2- Crônicas 24:10 a sétima a Hacoz, a oitava a Abias. Assim, as 24 turmas deveriam realizar o serviço sacerdotal de dois em dois a cada mês. Se Abias era a oitava turma, o seu serviço seria no mês de TAMUZ, o quarto mês judaico (aproximadamente JULHO). Nesta época João foi concebido (Lucas 1:24). Em Lucas 1:26 Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré. A concepção de Jesus foi no mês de TEVET (aproximadamente JANEIRO) Mais nove meses da sua gestação, e Ele nasce no mês de TISHRI (aproximadamente SETEMBRO/Outubro), época de Yom Kipur e época de Sucót, o que é bastante significativo. Não podemos precisar o dia (aprouve ao Eterno Deus não nos revelar) mas a época nos foi dado a saber.

São três as festas em que os Judeus devem viajar para se reunirem: Páscoa, Pentecostes e Yom Kipur/Tabernáculo. Nestes dias, da festa de Sucót, é comum as cidades ficarem com as hospedarias lotadas e por isto José e Maria não encontraram pousada. Os pastores ainda estão no campo e o céu é estrelado pois o rigoroso inverno só chega em Dezembro

De acordo com os Evangelhos as atividades dos pastores, época do ano descrita na Bíblia como de nascimento de Jesus, ocorriam na primavera ou verão.

Um problema com Dezembro é que seria fora do comum que pastores estivessem "pastoreando nos campos" nesse frio período do ano, quando os campos ficavam improdutivos. A prática normal era manter os rebanhos nos campos da Primavera ao Outono. Além disso, o inverno seria um tempo especialmente difícil para Maria viajar grávida pelo longo caminho de Nazaré a Belém (70 milhas).

"Um período mais provável seria em fins de Setembro, no tempo da Festa dos Tabernáculos, quando uma viagem como essa era comumente admitida. Além do mais, alguns estudiosos aventam a hipótese que o nascimento de Jesus foi próximo ao final de Setembro.

A data de 25 de dezembro é a data em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Não se pode afirmar entretanto, que seja a data de seu nascimento propriamente dito.

No ano de 354 d.C, os cristãos celebraram o solstício de dezembro, como tentativa de substituir o festival romano Saturnalia. Antes disso o nascimento de Jesus era celebrado em 6 de janeiro, como parte da festa de Epifania.

Vida e ensinamentos de Jesus

O flagelo de Cristo; pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)
  • Amar a Deus sobre todas as coisas
  • Amar ao próximo como a si mesmo
  • Amar ao próximo como Ele nos amou

A Ressurreição

Ver Ressurreição

As alegadas relíquias de Jesus

Perspectivas cristãs de Jesus

Jesus Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento, e por isso ele foi o único a cumprir todas as Profecias a seu respeito, como por exemplo:

  • Nasceria em Belém (Miquéias 5:2)
  • de uma virgem (Isaías 7:14)
  • por intermédio de Deus (Salmos 2:7)
  • descendente de Jacó (Números 24:17)
  • da tribo de Judá (Gênesis 49:10)
  • iria para o Egito (Habacuque 11:1)
  • surgiria da Galiléia (Isaías 9:1)
  • faria profecias (Deuteronômio 18:18)
  • o Espírito de Deus iria repousar sobre ele (Isaías 11:2)
  • seria anunciado antes por um mensageiro do deserto (Malaquias 3:1)
  • abriria os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos (Isaías 35:5)
  • curaria os coxos e os mudos (Isaías 35:6)
  • falaria em parábolas (Salmos 78:2)
  • mesmo sendo pobre, seria aclamado rei, em um jumento (Zacarias 9:9)
  • seria rejeitado (Salmos 118:22)
  • traído por um amigo (Salmos 41:9)
  • por trinta moedas de prata (Zacarias 11:12)
  • moedas essas que seriam dadas a um oleiro (Zacarias 11:13)
  • seria ferido, e depois abandonado por seus discípulos (Zacarias 13:7)
  • seria acusado injustamente (Salmos 35:11)
  • seria ferido pelas nossas transgressões (Isaías 53:5)
  • não responderia aos seus acusadores (Isaías 53:7)
  • seria cuspido e esbofeteado (Isaías 50:6)
  • seria zombado depois de preso (Salmos 22:7,8)
  • teria os pés e mãos transpassados (Salmos 22:16)
  • na terra dos seus amigos (Zacarias 13:6)
  • junto com transgressores (Isaías 53:12)
  • oraria pelos seus inimigos (Salmos 109:4)
  • seria rejeitado e ferido por nossas iniquidades (Isaías 53:3-5)
  • lançariam sortes para repartir as suas vestes (Salmos 22:18)
  • fariam-no beber vinagre (Salmos 69:21)
  • clamaria a Deus no seu desamparo (Salmos 22:1)
  • entregaria seu espírito a Deus (Salmos 31:5)
  • não teria os ossos quebrados (Salmos 34:20)
  • a Terra escurecer-se-ia, mesmo sendo dia claro (Amós 8:9,10)
  • um rico o sepultaria (Isaías 53:9)
  • assim como Jonas ficou três dias dentro do grande peixe (Jonas 1:17; Mat.16:21; Lucas 11:30)
  • Ele ressuscitaria (Salmos 30:3)
  • no terceiro dia (Oséias 6:2)
  • subindo também aos céus (Salm. 68:18; Atos 1:11)
  • e sendo recebido pelo seu Pai, à sua direita (Salm. 110:1; Atos 7:55)

O próprio Jesus confirmava isso, afirmando: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (João 5:39), e também: "...convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." (Lucas 24:44)

Perspectivas judaicas de Jesus

Embora não acreditem que Jesus é o Messias, os judeus adotam-no como um dos profetas, embora não lhe atribuam origem divina.

Perspectivas islâmicas de Jesus

Segundo a tradição islâmica, Jesus foi um mensageiro de Alá, um profeta. Mas, segundo o Alcorão, ele não morreu na cruz. Segundo os muçulmanos, teria sido Judas Iscariotes quem teria morrido na cruz, transformado em sósia de Jesus como punição pela traição.

Perspectivas Gnósticas de Jesus

Segundo as tradições gnósticas, há que se fazer uma distinção entre Jesus e Cristo, embora ambos tivessem vivido no mesmo corpo. Jesus era um ser humano da mesma evolução do homem, porém mais avançado e ao qual foi conferida a missão de preparar o corpo que seria usado por Cristo a partir do momento do batismo.

Outras perspectivas de Jesus

Ascendência segundo São Marcos:

Jesus era filho de José, que era filho de Jacob, que era filho de Matan, que era filho de Eleazar, que era filho de Eliud, que era filho de Aquim, que era filho de Sadoc, que era filho de Azor, que era filho de Eliaquim, que era filho de Abiud, que era filho de Zorobabel, que era filho de Salatiel, que era filho de Jeconias, que era filho de de Josias, que era filho de Amon, que era filho de Manasses, que era filho de Ezequias, que era filho de Acaz, que era filho de Joatão, que era filho de Ozias, que era filho de Joroão, que era filho de Josafat, que era filho de Asa, que era filho de Abia, que era filho de Roboão, que era filho de Salomão, que era filho de David.


Ascendência segundo São Mateus:

Jesus era filho de José, que era filho de Heli, que era filho de Matat, que era filho de Levi, que era filho de Melqui, que era filho de Joana, que era filho de José, que era filho de Matatias, que era filho de Amós, que era filho de Naúm, que era filho de Essi, que era filho de Nagai, que era filho de Maath, que era filho de Matatias, que era filho de Semei, que era filho de José, que era filho de Judá, que era filho de Joana, que era filho de Resa, que era filho de Zorobabel, que era filho de Salatiel, que era filho de Neri, que era filho de Melqui, que era filho de Adi, que era filho de Cuzan, que era filho de Elmudan, que era filho de Er, que era filho de José, que era filho de Eliezer, que era filho de Jurim, que era filho de Matat, que era filho de Levi, que era filho de Simeon, que era filho de Judá, que era filho de José, que era filho de Jonan, que era filho de Eliaquim, que era filho de Melea, que era filho de Mainan, que era filho de Matata, que era filho de Natan, que era filho de David.

Retratos dramáticos de Jesus

Um dos retratos mais dramáticos é a síndone - o Santo Sudário, e a crucificação feita pelas obras de arte sacra e o ator que interpreta Cristo no filme A Paixão de Cristo. Refira-se, no entanto, que nem a iconografia tradicional, nem o filme A Paixão de Cristo reproduzem com exactidão a paixão, tal como a síndone a mostra.

Ver também

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