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Braga: mudanças entre as edições

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'''Braga''' é das cidades [[Portugal|portuguesas]] mais antigas, fundada no tempo dos [[romanos]] como [[Bracara Augusta]], conta com mais de 2000 anos de [[História]] como [[cidade]]. Situada no [[Região Norte (Portugal)|Norte de Portugal]], mais propriamente no [[Cávado|Vale do Cávado]], Braga possui cerca de 171 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área Metropolitana do [[Minho (GAM)]], com cerca 800 mil habitantes.  
'''Braga''' é das cidades [[Portugal|portuguesas]] com mais paneleiros do mundo desde o tempo dos [[romanos]] como [[Bracara Augusta]], conta com mais de 2000 anos de [[História]] como [[cidade]]. Situada no [[Região Norte (Portugal)|Norte de Portugal]], mais propriamente no [[Cávado|Vale do Cávado]], Braga possui cerca de 171 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área Metropolitana do [[Minho (GAM)]], com cerca 800 mil habitantes.  
   
   
É uma cidade cheia de cultura e tradições, jovem e dinâmica, onde a [[História]] e a [[religião]] vivem lado a lado com a industria tecnológica e a vida boémia universitária.  
É uma cidade cheia de cultura e tradições, jovem e dinâmica, onde a [[História]] e a [[religião]] vivem lado a lado com a industria tecnológica e a vida boémia universitária.  

Edição das 18h17min de 16 de novembro de 2006

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Braga (desambiguação).

Predefinição:DadosMunicípioPortugal


Braga é das cidades portuguesas com mais paneleiros do mundo desde o tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História como cidade. Situada no Norte de Portugal, mais propriamente no Vale do Cávado, Braga possui cerca de 171 mil habitantes, sendo o centro da Grande Área Metropolitana do Minho (GAM), com cerca 800 mil habitantes.

É uma cidade cheia de cultura e tradições, jovem e dinâmica, onde a História e a religião vivem lado a lado com a industria tecnológica e a vida boémia universitária.

Na gíria popular é conhecida como:

A "Cidade dos Arcebispos", este título deve-se ao facto de durante séculos o seu Arcebispo ser o mais importante da Península Ibérica, aliás ainda é o detentor do velho título de Primaz das Espanhas.

A "Roma Portuguesa", no século XVI o Arcebispo D. Diogo de Sousa, influenciado pela sua visita à cidade de Roma, desenha uma nova cidade onde as praças e igrejas abundam tal como em Roma. A este título está também associado o facto de existirem inumeras igrejas por km² em Braga.

A "Cidade Barroca", durante o século XVIII o arquitecto André Soares transforma a cidade de Braga no Ex-Libris do Barroco em Portugal.

A "Cidade Romana", esta designação provém do facto de no tempo dos romanos ser a maior e mais importante cidade situada no território onde seria Portugal.

A "Capital do Minho" ou o "Coração do Minho", por estar localizada no centro desta provincia. Braga reúne um pouco de todo o Minho e todo o Minho tem um pouco de Braga.

A "Cidade dos Três Sacro-Montes", os três Sacro-Montes são santuários e situam-se a Sudeste da cidade numa cadeia montanhosa, e são pela ordem Este a Sul: O Bom Jesus, Sameiro e a Falperra (Sta. Maria Madalena e Sta. Marta das Cortiças).

A cidade está estritamente ligada a todo o Minho, a Norte situa-se o tradicional Alto Minho, a Este o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Sul as terras senhoriais de Basto e o industrial Ave e a Oeste o litoral marítimo Minhoto.

História

Ver artigo principal História de Braga

Igreja do Pópulo

Os vestígios de aglomerados populacionais em Braga vêm de há milhares de anos, estando comprovados a partir do Bronze Final. Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas no Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos.

Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados “castros", próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo.

Nos séculos anteriores ao nascimento de Cristo, na área ocupada actualmente pela cidade de Braga instalaram-se os Celtas, conhecidos por Bracai (daí a denominação de Bracara, a actual Braga).

No decurso do século II a.C., a região foi tomada pelos Romanos que edificaram a cidade no ano 14 a.C., com a designação de Bracara Augusta, em homenagem ao Imperador Augusto. Bracara Augusta foi capital da Gallaecia, a norte do rio Douro. Após a conquista do império romano, Braga tornou-se na capital política e intelectual do reino dos Suevos, que abarcava a Galiza e se prolongava até ao Rio Tejo. Posteriormente foi dominada pelos Godos, durante mais de três séculos. ([4])

No ano de 715, os Mouros conquistaram a cidade, mas foram, pouco tempo depois, obrigados a render-se ao Rei de Leão, D. Afonso III. Braga foi nessa altura oferecida como dote, por Afonso VI de Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha, Conde de Portugal.

Mapa medieval da cidade

Cerca de 1070, a Diocese é reorganizada desenvolvendo-se a urbe em volta da Sé Catedral, ficando restringida ao perímetro amuralhado. No século XVI, o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica-a profundamente. Do século XVI ao século XVIII, os edifícios de traça romana vão sendo apagados e substituídos por edifícios de Arquitectura religiosa.

No século XVIII, Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares (Arquitecto 1720- 1769) transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal. Nos fins deste século surge em várias edificações o Neoclássico com Carlos Amarante (Engenheiro e Arquitecto 1742-1815). Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. O centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central.

No século XX, dá-se a revolução dos transportes e das infra-estruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. No final do século, Braga sofre um grande desenvolvimento e converte-se na terceira cidade do País.

Braga, que conta com mais de 2.250 anos nos Anais da História, é uma das cidades cristãs mais antigas. É, ainda, considerada como o maior centro de estudos religiosos em Portugal e pode, realmente, estar muito orgulhosa do seu título de "Cidade dos Arcebispos".

Braga é a sede da Arquidiocese de Braga, liderada pelo Arcebispo de Braga, o qual retém o velho título de Primaz das Espanhas. Os mais conhecidos dos Arcebispos de Braga foram D.João Peculiar, D. Diogo de Sousa e Frei Bartolomeu dos Mártires.

Geografia

Relevo do concelho

Situada no coração do Minho, Braga situa-se numa região de transições de Este para Oeste, entre serras, florestas e leiras aos grandes vales, planícies e campos verdejantes. Terras construídas pela natureza e moldadas pelo Homem.

Geografia Fisica

Físicamente situa-se a 41° 35' N 08° 25' O, no Noroeste da Península Ibérica, precisamente entre o Rio Douro e o Rio Minho. Ocupando 183,51 km², e variando entre 20 a 572 metros de altitude, o concelho é bastante diversificado. O terreno a Norte situado na margem esquerda do Rio Cávado, é semi-plano, graças ao grande vale do Rio Cávado. A parte Este caracteriza-se por montanhas, tais como a Serra do Carvalho (479m), Serra dos Picos (566m), Monte do Sameiro (572m) e o Monte Sta Marta (562). Entre a Serra do Carvalho e a Serra dos Picos nasce o Rio Este, formando o vale d'Este, já entre a Serra dos Picos e o Sameiro existe o planalto de Sobreposta-Pedralva. A Sul, como a Oeste o terreno é um misto de montanhas, colinas e médios vales. Por aqui passa o Rio Este e nascem o Rio Veiga, o Rio Labriosca entre outras ribeiras. O centro da cidade situa-se no alto da colina de Cividade, desenvolvendo-se para o vale do Rio Cávado a Norte e Oeste, e para o vale do Rio Este a Este e Sul.

Clima

Média da temperatura e precipitação anual dos últimos 30 anos.

O clima de Braga, pelo facto de se situar entre serras e o Oceano Atlântico, é tipicamente Atlântico temperado, ou seja, com quatro estações bem definidas. Nos últimos 30 anos a média da temperatura mínima foi de 10ºC e a temperatura máxima de 19ºC, o que indica uma variação média anual de 9ºC. No entanto, os extremos registados (últimos 4 anos) vão muito mais além desses valores, a menor temperatura registada foi de -4º em Janeiro de 2006, já a máxima foi de 43ºC em Agosto de 2003. A precipitação anual ronda os 1659 mm, com maior intensidade no Outono e Inverno.

Os Invernos são bastante pluviosos e frios, e geralmente com ventos moderados de Sudoeste. O vento pode também soprar do Norte], normalmente forte, o que geralmente provoca uma descida da temperatura, estes ventos são designados como Nortadas. Em anos muito frios pode ocorrer a queda de neve, no entanto devido ao aquecimento global a queda de neve é um acontecimento muito raro. O último nevão na cidade foi em Fevereiro de 1994. As Primaveras são tipicamente frescas, com grandes aberturas e ventos suaves. As brisas matinais são constantes, principalmente nas maiores altitudes, já no vale do Cávado, a baixa altitude, é normal existirem os nevoeiros matinais. De salientar o mês de Maio que é bastante propício às trovoadas, devido ao aquecimento do ar húmido com a chegada do Verão. Os verões são quentes e solarengos com ventos suaves d'Este. Nos dias mais frescos, podem ocorrer espontaneamente chuvas de curta duração, estas chuvas são bastante importantes para a vegetação da região, pois reabastece os lençóis de água o que torna a região rica em vegetação durante o ano inteiro, pela qual é conhecida por Verde Minho. Os Outonos são amenos e pluviosos, geralmente com ventos moderados. Enquanto a temperatura desce, aumenta a pluviosidade até atingir os valores mais altos do ano. Existe uma maior frequência de nevoeiros, principalmente no vale do Cávado onde se assiste aos nevoeiros matinais mais fortes.

Demografia

Braga
População entre (1801-2004)[1]
Ano População Crescimento

1801   30 552 -
1849   40 004 31%
1900   58 339 46%
1911   60 836   4%
1920   57 019 -7%
1930   60 761   7%
1940   75 846 25%
1950   84 142 11%
1960   92 938 10%
1970   96 220   4%
1981 125 472 30%
1991 141 256 13%
2001 164 192 16%
2004 170 858   4%

O concelho é densamente povoado, com 931,1 hab/km² e 170 858 habitantes (2004), é um dos mais populosos de Portugal e é um dos mais jovens da Europa. Nos Censos de 2001, em Braga existiam 164 192 indivíduos, 51 173 Famílias Clássicas e 70 268 Alojamentos[2]. A maioria da população concentra-se na área urbana, onde a densidade atinge cerca de 10 000 hab/km².

A população bracarense é constituída por 78 954 indivíduos do sexo masculino e 85 238 indivíduos do sexo feminino. O grupo etário dos 0 aos 25 anos representava 35% da população total, enquanto 54% da população tinha entre 26 a 64 anos, o grupo etário dos idosos representava 11%. A população é maioritariamente Portuguesa, mas existem também comunidades imigrantes, nomeadamente Brasileiros, Africanos principalmente oriundos das antigas colónias portuguesas, Chineses e Europeus de Leste.

Pirâmide etária em 2001

No que diz respeito a habitação, em Braga há 70 268 alojamentos (Censos de 2001), valor excedentário se tivermos em consideração o conceito clássico de família (51 173 agregados).

No entanto, estas 19 095 habitações sobrantes não estão todas em excesso na realidade, muitas delas destinam-se a residência temporária, normalmente associadas a estudantes, a trabalhadores temporários e a estrangeiros que exercem a sua actividade profissional na cidade. Existe também um grande número de habitações que pertencem a cidadãos residentes no estrangeiro que as utilizam quando regressam periodicamente a Portugal. O constante crescimento populacional e o aumento da habitação individual associado à não constituição de uma família clássica são também realidades que justificam este facto na sociedade bracarense.

As 19 095 habitações atrás referidas, representam em média uma capacidade para 60 000 indivíduos, o que faz com que a população real de Braga esteja próxima de um valor intermédio situado entre os 171 000 indivíduos e os 224 000 indivíduos.

O concelho cresceu 16,2% entre 1991 a 2001, o maior crescimento registou-se nas antigas freguesias suburbanas (hoje urbanas), por exemplo: Nogueira 124,6%, Frossos 68,4%, Real 59,8%, Lamaçães 50,9%. As previsões apontam para que Braga seja um dos concelhos com maior crescimento nos próximos anos.


Município e Organização Administrativa

Administrativamente o concelho de Braga, de código administrativo 03 03, fica no distrito de Braga de código administrativo 03, e é capital do mesmo. É tambem capital da grande área metropolitana do Minho, a terceira maior do país (cerca 800 000 hab.). É limitado a norte pelo município de Amares, a leste pela Póvoa de Lanhoso, a sueste por Guimarães, a sul por Vila Nova de Famalicão, a oeste por Barcelos e a noroeste por Vila Verde.

Possui uma Câmara Municipal, presidida por Mesquita Machado desde 1976. A Câmara Municipal é composta, para além do presidente, por nove vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por um presidente e dois secretários, sessenta e três deputados e os sessenta e dois Presidentes de Junta de Freguesia.

Órgão PS "Juntos por Braga" [3] Democrática Unitária [4] BE
Vereadores da Câmara Municipal 4 5 0 0
Deputados da Assembleia Municipal 27 26 6 4

Freguesias

Mapa com as freguesias de Braga

O concelho é subdividido em 62 freguesias. As freguesias estão agrupadas em freguesias que integram a cidade[5] (citadinas), freguesias predominantemente urbanas (suburbanas) e freguesias mediamente urbanas[6].

Freguesias urbanas

Freguesias predominantemente urbanas

Freguesias mediamente urbanas

Geminações

Braga tem seis geminações.

Cultura

Artesanato

O artesanato bracarense é um dos artesanatos portugueses mais conhecidos internacionalmente, os cavaquinhos, violas e a Arte Sacra são os ex-libris. Embora estes três sejam famosos, o artesanato Bracarense é mais diversificado, os artigos de linho (panos, colchas, cortinados...), os bordados, a cestaria, miniaturas em madeira, farricocos, bijuteria, ferro forjado (sinos, miniaturas, material para agricultura...), as louças tipicas de Braga coloridas e de forma atractiva, entre outros, são artigos tradicionais que facilmente se encontram nas ruas, ruelas ou nas zonas rurais nas imediações.

Gastronomia

Braga, como o resto do Minho tem uma gastronomia riquíssima. O bacalhau assume-se como o prato de peixe favorito, a cidade é famosa pelas suas inúmeras receitas de bacalhau (bacalhau à Narcisa, bacalhau à Minhota (Braga), bacalhau à moda de Braga...). O arroz de Pato, as papas de sarrabulho com rojões, a tripa enfarinhada, os farinhotes, os enchidos de sangue, o cabrito à moda de Braga, as frigideiras do Cantinho ou as da Sé, os rojões à moda do Minho, o frango "pica no chão", o vinho verde, o pudim à Abade de Priscos, o toucinho do céu, o bolo rei escangalhado, fidalguinhos, pederneiras, suplícios, paciências, entre muitos outros, fazem de Braga uma cidade de sabores.

Tradições e Festividades

Iluminação da Arcada durante as festividades do S. João.
  • Festas de S. João (6) - Os primeiros registos do S. João de Braga datam de 1515, data que pela primeira vez a Câmara Municipal assume a sua realização, mas que agregam muitos elementos comprovadamente mais antigos, como por exemplo a Procissão dos Santos do Mês de Junho, onde tradicionalmente aparece o carro com a Dança do Rei David, que apesar do nome, é de inspiração moçárabe. Estas festas repetem-se anualmente no dia 24 de Junho.
  • Semana Santa - Páscoa (7) - Durante toda essa semana os altares das Igrejas, cada um invocando uma cena da Paixão de Cristo, encontram-se decorados com flores e velas. Esta semana atrai muitos turistas à cidade. Os visitantes procuram essencialmente as grandes procissões nocturnas que se caracterizam pelas centenas de figurantes. Na quarta-feira realiza-se a tradicional procissão de Nossa Senhora da burrinha, na quinta-feira a procissão de Ecce Homo e, na Sexta-feira Santa, a solene Procissão Teofórica do Enterro do Senhor. Em todas elas se recriam quadros da história religiosa. Após a Vigília Pascal da madrugada de Domingo de Páscoa, conjuntos de pessoas saem de todas as igrejas da cidade para anunciarem a todas as casas a Ressurreição de Jesus, dando uma Cruz especialmente decorada a beijar aos residentes. Ao fim do dia, é habitual mais uma sessão de fogo-de-artifício, desta feita fogo "preso" onde rebenta uma figura de homem, simbolizando o suicida Judas, que traíra Jesus.
  • Braga Romana - Reviver o Passado em Bracara Augusta. Braga regressa há 2000 anos, época em que integrava o Império Romano, evocando o seu quotidiano como cidade-capital da província da Gallaecia. Nestas festividades, que decorrem anualmente no início do mês de Junho, é recriado um mercado romano que é palco de artes circenses, representações dramáticas, simulações bélicas, personificações mitológicas, malabarismos, interpretações musicais e bailados da época de Bracara Augusta. Esta viagem no tempo inclui ainda a organização de uma escola romana, uma área de animação infantil e a tradicional recepção ao imperador Augusto, em que se procede à leitura do édito fundador e à nomeação do administrador da cidade. No dia da abertura dá-se o grandioso Cortejo Romano pelas ruas do centro histórico da cidade.
  • Festas Académicas do Enterro da Gata (8) - A primeira referência na imprensa relativamente ao "Enterro da Gata" reenvia-nos ao distante ano de 1889 e vem publicada no jornal "Aurora do Minho" com o título pomposo de "Enterro Xistoso". Lá se conta como um grupo de estudantes "para festejar o fim do ano e enterrar a gata" fizeram um "enterro xistoso e novo na espécie". A academia bracarense era então representada pelos estudantes do Liceu Nacional (hoje Escola Secundária Sá de Miranda), que estava sedeado no Convento dos Congregados. O primeiro interregno nas festividades aconteceu entre 1934/35 e 1959. Salazar usaria a mordaça para calar a irreverência aos minhotos. O luto decretado por Coimbra após as manifestações de 1969 levaria a segunda interrupção entre 1970 e 1989. No estudo solicitado em 1989 pela Associação Académica da Universidade do Minho ao director da Biblioteca Pública de Braga, Dr. Henrique Barreto Nunes, concluiu-se que o 1º Enterro da Gata se havia realizado em Maio de 1889. Assim, e passados exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, era retomada a tradição, agora nas mãos dos estudantes da jovem Universidade do Minho. A "gata" representa o indesejado insucesso escolar. É feito um velório em que a "Gata" é transportada pelas artérias da cidade seguida por um séquito que não pára de chorar a "finada". As festas têm a duração de uma semana e realizam-se todos os anos no início do mês de Maio.
  • Festas Académicas do 1.º de Dezembro - Reza a História que os Estudantes da Cidade de Braga no ano de 1640, com o intuito de comemorar a restauração da independência, sairam à rua. No meio da folia, estes jovens assaltaram galinheiros e celebraram o acontecimento bebendo e comendo um prato típico chamado "Frango Pica No Chão". A tradição do jantar do 1.º de Dezembro é ainda seguida pelos estudantes da cidade.
  • Procissão dos Passos - realiza-se em: Real (terceiro Domingo antes da Páscoa), Celeirós (segundo Domingo antes da Páscoa), Cabreiros (terceiro Domingo de Quaresma) e Braga (Domingo de Ramos).
  • Peregrinações ao Sameiro - Realiza-se no primeiro Domingo de Junho, último Domingo de Agosto e oito de Dezembro.
  • Procissão do Corpo de Deus - A primeira "manifestação" pública, foi proposta aos Católicos como uma forma de afirmarem publicamente a sua crença no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, isto é, que o pão e vinho se transubstanciavam efectivamente no Corpo e Sangue de Cristo. É, por isso, uma procissão diferente das restantes: aqui não há quadros explicativos da história religiosa, apenas a expressão do culto ao Santíssimo Sacramento, tansportado pelo Arcebispo. Foi nesta procissão em Braga que, em 1923, pela primeira vez se mostraram ao público os Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas, pelo que é tradicional que nesta procissão apenas os Escuteiros constituam corpo participativo, ao invés de apenas contribuírem para a sua organização como na Semana Santa.
  • Peregrinação à Sra. da Cabeça - Mire de Tibães (segundo Domingo de Julho)
  • Romaria de Santa Marta - Realiza-se nos Montes da Falperra e Santa Marta, dia vinte e nove de Julho.
  • Festas dos Patronos - Por toda a cidade, cada paróquia celebra a festa do seu patrono. São particularmente conhecidas as de São Vicente e da 'Cónega' (nome dado à zona ao fundo do Campo da Vinha e Rua da Boavista)
  • Dia da Cidade - Celebra-se no dia de São Geraldo, padroeiro da cidade de Braga, a 5 de Dezembro. É uma celebração de cariz oficial, com sessão solene e entrega de medalhas da cidade, não havendo festa popular. De salientar ainda a especial decoração da Capela de São Geraldo na Sé Catedral, que neste dia é enfeitada com fruta.

Música

Ao longo dos séculos a música em Braga foi profundamente marcada pela música popular, folclore e música religiosa ou Sacra. Em 1961, a instalação do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian abre os horizontes musicais da cidade. Nas décadas seguintes assiste-se a uma expansão musical, que continua a crescer nos nossos dias com a Universidade do Minho. Na cidade existem ainda várias instituições de referência nomeadamente a Orquestra Câmara do Minho, Orquestra Câmara de Braga, o Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, o Conservatório de Música de Braga, o Orfeão de Braga, o Coro da Sé de Braga, o Coro Gregoriano de Braga, a Banda de Musical de S. Miguel de Cabreiros, o Coro Académico da Universidade do Minho, 23 ranchos folclóricos, entre outros.

Braga, tem-se também afirmado no panorama da música moderna portuguesa com o surgimento desde os anos 80 de várias bandas de referência. Destas bandas, a que mais se tem destacado tem sido o grupo "Mão Morta". Como incentivo a este tipo de música, a Câmara Municipal de Braga criou no estádio 1.º de Maio várias salas de ensaio. Simultâneamente existem também inúmeros concursos musicais dos quais se destaca por exemplo o "Concurso de Bandas Amadoras" do Braga Parque.

Principais Eventos Anuais Fixos

  • Encontro de cantares de "Reis e Janeiras" - Janeiro
  • Programa "Comédia em Movimento" - entre Janeiro a Março
  • Braga Jazz - Março
  • AGRO, Feira Internacional da Agricultura, Pecuária e Alimentação - Março
  • FUMP, Festival Universitário de Música Popular - Março
  • Feira do Livro de Braga - Abril
  • Festival de Teatro da Nova Comédia Bracarense - Abril e Maio
  • Encontros da Imagem - Setembro
  • FITU Brácara Augusta, Festival Internacional de Tunas Universitárias - Maio
  • Encontro Internacional de Gigantones e Cabeçudos - Junho
  • Mimarte, Festival de Teatro de Rua de Braga - Julho
  • Festival Internacional de Folclore de Braga - Agosto
  • "Artis Facta" - Entre Setembro a Dezembro
  • TROVAS, Festival de Tunas Femininas - Outubro
  • Grande Prémio Agulha de Ouro - Novembro
  • CELTA, Certame Lusitano de Tunas Académicas - Dezembro

Património Imóvel

Arqueologia

  • Via Nova (Geira) - Em fase de classificação pelo IPPAR e em fase de preparação de candidatura a Património da Humanidade pela UNESCO
  • Via Romana XVIII - localizada a nordeste da cidade, fazendo a ligação mais directa com Asturica Augusta (Astorga) - Em fase de classificação pelo IPPAR
  • Via Romana XVII - com origem no limite leste da cidade e, atravessando o Barroso, passa em Acquae Flaviae (Chaves), de onde prossegue para Astorga - Em fase de classificação pelo IPPAR

Arquitectura religiosa

Ver também o artigo Igrejas de Braga

  • Igreja do Carmo e Edifício do Antigo Convento Carmelita - São Vicente - Em fase de classificação pelo IPPAR
  • Bom Jesus - Tenões - Em fase de preparação de candidatura a Património da Humanidade pela UNESCO
Arquivo:Sameiro - 16-5-2006.jpg
Santuário do Sameiro
Bom Jesus do Monte
Igreja de S. Vicente

Arquitectura civil

  • Elevador do Bom Jesus - Em fase de classificação pelo IPPAR e de preparação de candidatura a Património da Humanidade pela UNESCO

Arquitectura militar

Torre de S. Tiago

O Castelo de Braga, juntamente com as muralhas medievais, são as maiores expressões arquitectónicas militares da cidade. A Torre de menagem, única construção que restou do antigo Castelo de Braga que foi ingloriamente demolido em 1906, é o principal remanescente do castelo erguido sob o reinado de D. Dinis. De planta quadrada, em estilo gótico, ergue-se a aproximadamente trinta metros de altura, dividida internamente em três pavimentos. No alto, uma janela geminada e matacães nos vértices. No topo uma coroa de ameias. Na torre e no alçado oeste, as pedras-de-armas de D. Dinis. Destaca-se também nesta torre a enorme quantidade de símbolos inscritos nas faces das paredes internas e externas. Estes símbolos, segundo o povo medieval, protegeria a cidade de invasores. Da muralha medieval constituída por nove torres, hoje, apenas subsistem três torres, a Torre de Santiago, a Torre de São Sebastião e a Torre da Porta Nova.

O Castelo do Bom Jesus e o Castelo da D. Chica são edifícios apalaçados com alguma influência arquitectónica militar, de características eclécticas sobre um estilo romântico. O Castelo da D. Chica, projectado pelo arquitecto Ernesto Korrodi, é um exemplar inspirado no Neuschwanstein.

Espaços de Cultura

Museu da Imagem

Museus

A cidade bimilenar de Braga, que atravessou épocas distintas, é detentora de um património rico e variado de tradições e costumes seculares, de artes antigas, marcadas profundamente pela presença do clero. Parte deste acervo está exposta nos museus, e é fruto de anos investigação e preservação.

Os museus de arqueologia Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa e Museu Pio XII possuem uma enorme colecção arqueológica. As colecções, na grande maioria, são provenientes de escavações realizadas em Braga, de acordo com critérios científicos actuais. Existem também núcleos museológicos (com o objectivo de expor ruínas arqueológicas), entre os quais o Núcleo Museológico de Lamas, a Fonte do Ídolo ou as Termas romanas de Maximinos são exemplo disso (ver secção de Arqueologia).

Os museus Museu Pio XII, Tesouro Museu da Sé Catedral e Museu do Mosteiro de Tibães são museus mistos. Estes museus de origem religiosa expõem de uma maneira geral o património religioso, arqueológico, histórico, cultural, e artístico da região.

O Palácio dos Biscaínhos convertido em museu, é um espaço onde se pode apreciar o quotidiano da nobreza setecentista.

As artes, ao longo das últimas décadas, foram o tema principal para abertura de novos museus na cidade. O Museu Nogueira da Silva, gerido pela Universidade do Minho, detém variadas colecções de arte. O Museu Medina expõe a maior colecção de obras, mais de uma centena, de Henrique Medina. O Museu dos Cordofones está ligado à arte dos cordofones. Na área da fotografia, o Museu da Imagem reúne uma vasto espolio herdado das antigas casas fotográficas da cidade sobre Braga e tem exposições regulares de fotógrafos conceituados. O Theatro Circo, reconstruído recentemente, possui também uma zona museológica.

A cidade de Braga possui um património de valor incalculável, mas só parte deste se encontra nos seus museus. Durante o século XX, com a extinção de vários conventos, casas senhoriais, entre outros por parte do governo da época, deu-se a deslocalização deste espólio bracarense para vários museus de Lisboa. Segundo o governo de então: "Braga não tinha condições para acolher e preservar este legado, mas se num futuro as possuísse, este seria devolvido à cidade". Actualmente a cidade já possui equipamentos para o seu acolhimento e é unânime entre os bracarenses que o mesmo deverá retornar a Braga.

Salas de Espectáculos

Theatro Circo

O Theatro Circo, inaugurado em 1911, é a mais prestigiada sala de espectáculos bracarense. A sala principal do Theatro Circo, de estilo italiano, possui mil lugares e um dos melhores sistemas de som da Europa [7]. O Espaço Alternativo, teatro da Portugal Telecom, e o Teatro de bolso do TUM (Teatro da Universidade do Minho) são também salas de espectáculos ligadas ao teatro.

Ao longo das últimas décadas, face ao crescimento de cidade, foram construídos vários auditórios. Estes teatros multiusos modernos têm um grande impacto na sociedade bracarense, não só como espaços culturais, mas também como espaços aptos para a realização de conferencias, congressos, palestras e apresentações. Dos grandes auditórios bracarenses, destaca-se o Grande Auditório do PEB (Parque de Exposições de Braga) com 1200 lugares, o Auditório de Estádio Municipal de Braga e o Auditório A1 da Universidade do Minho. Existem também outros auditórios na cidade, que embora de menor dimensão têm grande actividade ao nível cultural, destes destaca-se o auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, o Auditório Municipal Galécia, o Auditório Instituto Português da Juventude, o Auditório Adelina Caravana do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, e os vários auditórios da Universidade do Minho e da Universidade Católica.

Ao longo de décadas o São Geraldo foi a sala de cinema dos bracarenses, actualmente esta mítica sala está fechada e sem possibilidade de uma provável reabertura. Hoje em dia os espaços a funcionar na cidade são os cinemas Cinemax e Lusomundo com sete de salas projecção cada. Existe também o cinema GoldCenter, mas possui apenas uma sala. A Câmara Municipal de Braga tem também uma rede de videotecas onde os cidadãos podem ver filmes gratuitamente.

Comunicação Social

A grande densidade populacional da região do Minho, cerca de um milhão de habitantes, e o facto das duas universidades bracarenses leccionarem cursos na área da comunicação social, fazem com na cidade exista uma grande diversidade de meios nessa área.

Imprensa escrita

A imprensa escrita bracarense é marcada pelos jornais Correio do Minho e Diário do Minho, ambos de âmbito regional (Minho) e com periodicidade diária.

  • Revista Gata - Revista da Associação académica da Universidade do Minho
  • Jornal Académico - Universidade do Minho
  • Revista Futuro - Associação Industrial do Minho
  • Jornal AIMinho - Associação Industrial do Minho
  • Jornal de Notícias - Edição do Minho
  • Jornal Público - Delegação de Braga
  • Correio da Manhã - Filial
  • Jornal PME-Portugal

Estações de Rádio

A rádio Antena Minho é a rádio mais popular na cidade. As rádios bracarenses:

  • Antena Minho - 106 FM
  • RUM (Rádio Universitária do Minho) - 97.5 FM
  • RTM (Rádio Televisão do Minho) - 92.9 FM
  • Rádio Renascença, Voz do Minho - 101.1 FM
  • Braga Radio Dj - via internet

Televisão

  • SIC - Delegação de Braga
  • Bragatel - operador de telecomunicações, sedeado em Braga. Iniciou as actividades de fornecimento de televisão por cabo em 1994, ao mesmo tempo que a operadora nacional TvCabo. Hoje, além de televisão por cabo fornece serviços de internet e telefone digital (VoIP).
  • Life TV - via internet
  • Minho Actual TV - via internet

Espaços Urbanos

Largos, Jardins e Praças

Bom Jesus: jardim envolvente da gruta.
  • Largo da Estação de Caminhos de Ferro

Estátuas e Monumentos Comemorativos

Francisco Sanches
  • Santos da Cunha - Estátua na Praça do Condestável.
  • Irmãos Roby - Monumento Comemorativo em granito da autoria do escultor Zeferino Couto (com a forma do mapa de África) com altos relevos em bronze dos dois irmãos, na Avenida Central, inaugurado no dia 3 de Julho de 1955.
  • João Penha - Monumento Comemorativo com busto, no Largo João Penha (Largo do Rechicho).
  • Monumento evocativo à Santidade Papa João Paulo II - Situado na Av. Central, assinala a vinda do Papa a Braga em 1982. É constituido por três elementos: uma placa circular, um muro que significa a linha do olhar, e a cripta constituida por três pirâmides que sigifica os três sacro-montes de Braga (Bom Jesus, Sameiro e Falperra).
  • Monumento bimilenário de Braga - Comemoração dos dois mil anos da cidade de Braga.
  • Monumento a Santa Maria de Braga - Situa-se na Av. Porfírio da Silva, o monumento é constituído pela imagem embutida numa espécie de capela, e os brasões dos concelhos da Arquidiocese de Braga.
  • Monumento aos Arcebispos de Braga - Localiza-se no Rossio da Sé.
  • Monumento evocativo à Força Aérea Portuguesa - Monumento oferecido pela Força Aérea Portuguesa à cidade de Braga, nas comemorações dos 54 anos da instituição realizadas em Braga (2006). O monumento foi concebido sobre o lema “O querer voar”, e simbolicamente "águia institucional e os três eixos fundamentais da vida: céu, mar e terra". Localiza-se na Av. General Carrilho da Silva Pinto, o General Carrilho da Silva Pinto foi um militar bracarense de grande honra na Força Aérea Portuguesa.

Transportes

Arquivo:Elevadorbom jesus1.jpg
Vista do Elevador do Bom Jesus

Braga no tempo dos Romanos era conhecida por ser a cidade com mais estradas na península. Nessa época possuía uma via com características de auto-estrada, a Geira, projectada para ser um percurso rápido e sem grandes desníveis, tinha várias portagens ao longo do trajecto, albergarias e troca de cavalos (verdadeiras estações de serviço). Muitos séculos mais tarde, a cidade volta a estar na vanguarda com a inauguração em 1875, pelo Rei D. Luís, da linha e estação dos caminhos de ferro de Braga. Sete anos depois, em 25 de Março de 1882, é inaugurado também o Elevador do Bom Jesus que juntamente com uma linha de eléctrico ligava o elevador à Av. Central na cidade.

Hoje a nível rodoviário a cidade possui um conjunto de largas avenidas que diluem o trânsito nas várias direcções, é de salientar a Rodovia (Praça do Condestável, Av. da Imaculada Conceição, Av. João XXI, Av. João Paulo II) que atravessa a cidade de Oeste para Este. Braga possui também uma circular importantíssima que distribui o trânsito citadino, sem ela a cidade seria um autêntico caos. A circular conecta importantes vias: a via-rápida de Prado (variante à 101) liga as populações a norte, Prado e Vila Verde, a variante do Fojo liga a zona Este e posteriormente pela EN 103 à Póvoa de Lanhoso e a Vieira do Minho, a sul conecta a variante à EN 14 que liga à A11 para Guimarães (e posteriormente todo o vale do Ave, vale do Sousa e Terras de Basto) e à A3 para Vila Nova de Famalicão e Porto, a Oeste liga a A11 para Barcelos e Apúlia (Esposende) e à A3 para Valença e Espanha. Está igualmente projectada a variante do Cávado que ligará as populações do Noroeste e Amares, e a variante de Gualtar que ligará o novo hospital da cidade à zona Este e Póvoa de Lanhoso. Diariamente circulam milhares de automóveis na circular urbana e variantes de acesso à cidade, o que resulta em alguns congestionamentos principalmente nas horas de ponta.

Edifício da nova estação de caminhos de Ferro.

Na área dos transportes em massa, o concelho é servido pelos transportes públicos TUB/EM. A TUB possui uma frota de 116 viaturas, de cor azul e branca. A rede cobre todo o concelho com 1553 paragens, e 277,6 km em 76 linhas onde anualmente se percorre 5 089 milhões de quilómetros com 22 556 milhões de passageiros. Está previsto a curto prazo o alargamento desta rede aos concelhos vizinhos de Vila Verde e Amares. Braga possui também uma central de camionagem junto à circular urbana, onde existem ligações regionais diárias para todo Minho, ocidente de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Douro Litoral. Na central podem também ser encontradas ligações diárias pela rede Expresso e Renex para todo país e semanais para a Europa Ocidental.

A nível de transportes aéreos possui um aeródromo, constituído por um heliporto e uma pista (950x25 metros) utilizada por aviões com capacidade máxima de 25 passageiros. Os aeroportos internacionais mais próximos são: Aeroporto Francisco Sá Carneiro (50 km), Aeroporto da Portela (300km), e na vizinha Espanha o Aeroporto de Vigo (125km).

Os dois grandes portos marítimos nas proximidades são o Porto de Viana (50km) e o Porto de Leixões (50km).

Em termos de transportes ferroviários, a cidade possui uma estação em Maximinos com ligações diárias em Alfa-Pendular para Lisboa, em comboios regionais para a linha do Minho e em comboios urbanos entre Braga e Porto.

Foi também confirmado recentemente pela RAVE — Rede Ferroviária de Alta Velocidade, que Braga foi escolhida para a instalação de uma estação que fará ligações ferroviárias de alta velocidade (TGV) à Galiza e à futura linha Lisboa-Madrid.

Economia

Edifício do Banco de Portugal do arquitecto Moura Coutinho

Braga é uma cidade extremamente dinâmica, com uma intensa actividade económica nas áreas do comércio e serviços, ensino e investigação, construção civil, informática e novas tecnologias, turismo e vários ramos da indústria e do artesanato.

A população economicamente activa em 2001 foi 51,9%, ou seja, 85 194 indivíduos. Distribuído nos seguintes sectores: 893 indivíduos no sector primário, 31 374 sector secundário, 47 031 sector terciário dos quais 24655 indivíduos estavam ligadas a actividades económicas.

O sector primário, tem vindo a diminuir gradualmente devido à expansão urbana. Hoje subsistem as viniculturas, floricultura, empresas ligadas à floresta e extracção de pedra, a agricultura tradicional é algo em vias de extinção, uma vez que se limita a ser uma actividade caseira e é mantida essencialmente por pessoas de idade avançada.

O sector secundário é bastante diversificado, mas é marcado por empresas ligadas à tecnologia, à indústria metalúrgica, à construção civil e à transformação de madeira. A industria do software é a nova força industrial Bracarense, considerada por muitos a "Silicon Valley" Portuguesa. Este sucesso deve-se especialmente à Universidade do Minho, que desde 1976 forma profissionais nesta área. Também são importantes as indústrias ligadas à religião. Braga é um importantes centro produtor de imagens de santos, paramentaria e sinos. Os sinos de Braga estão espalhados um pouco por todo o mundo, de todos esses locais destaca-se, por exemplo, a Catedral de Notre-Dame de Paris.

Existem vários parques industriais e centros empresariais na periferia da cidade, tais como Complexo Grundig/Blaupunkt, centro empresarial de Ferreiros, centro empresarial e parque industrial de Frossos, centro empresarial e parque industrial situados em Celeirós, parque industrial de Adaúfe, entre outros.

Rua do Souto

O sector Terciário é o sector económico mais forte, razão pela qual Braga é designada como a capital do comércio em Portugal. Do seu Centro Histórico foi retirado o trânsito e pode desfrutar-se da maior área pedonal do país, onde convivem lado a lado as esplanadas, os serviços, o comércio local e as lojas das grandes cadeias internacionais, formando todo este conjunto um "Shopping Center" gigante ao ar livre. Na periferia da cidade existe uma enorme variedade de superfícies comerciais, que vão desde os comuns hipermercados e "shoppings", às mega-lojas de música e filmes, electrodomésticos, bricolage e construção, entre outros. Está também implantado em Celeirós o Mercado Abastecedor da Região do Noroeste (ECAN/MARN).

População economicamente activa em 2001
CAE 0: sector primário

1 %

CAE 1 a 4: sector secundário

37 %

CAE 5 a 9: sector terciário

55 %

CAE 5 a 9: actividade económica

29 %

A Associação Comercial de Braga e Associação Industrial do Minho (AIM) sedeadas em Braga, são órgãos vitais ao apoio e desenvolvimento das empresas Bracarenses e empresas da região do Minho. Já o PME Portugal (Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Portugal) é uma associação, sedeada em Braga, de apoio às micro, pequenas e médias empresas, a nível nacional. O Parque de Exposições de Braga (PEB) com 45 000 m² oferece infra-estruturas para feiras, exposições e congressos a nível nacional e internacional. Com uma moderna circular urbana em todo o seu perímetro e "rasgada" por largas Avenidas, Braga reúne todas as condições para continuar a ser uma das cidades de referência no contexto económico luso-galaico.


Educação

Nível de escolaridade da população

A média do nível de ensino em Braga é superior ao nível nacional. Em 2001 44% da população tinha pelo menos o nono ano (escolaridade mínima obrigatória). Com o nível de ensino superior existiam 23 660 indivíduos (14%), com uma superioridade feminina. A percentagem com menos do nono de escolaridade era de 64%, é de relembrar que 19% da população tinha menos de catorze anos. O analfabetismo em 2001 foi de 5% (8 286 indivíduos), menos 1,9% que em 1991. O analfabetismo Bracarense é maioritariamente feminino, 6007 indivíduos.

Ao nível superior, a cidade possui duas grandes universidades e um pequeno instituto superior:

  • Universidade Católica Portuguesa - [5] Foi fundada em Braga e foi a primeira Escola Superior não estatal a conferir graus Académicos de licenciatura e doutoramento em Portugal. Braga foi também a sede da primeira escola particular do território que havia de ser Portugal. Já em 1072, segundo Avelino de Jesus da Costa, havia um mestre-escola para ensinar os alunos que quisessem acorrer à Escola do Cabido que funcionava junto da Sé de Braga. É nesta tradição que se coloca a mais prestigiada instituição privada de ensino superior em Portugal.
Universidade Católica
  • Universidade do Minho - [6] Foi fundada em Braga em 1973 e iniciou a sua actividade académica em 1975/76. É uma das então denominadas “Novas Universidades”, que mudaram profundamente o cenário do ensino superior Português. Esta instituição, tem-se distinguido ao longo da sua História também pela singularidade das suas tradições académicas. Os estudantes desta universidade envergam um Traje Académico próprio, designado por “tricórnio” (nome que vem do chapéu que lhe pertence). De origem seiscentista, este traje encontra-se retratado em paineis de azulejos sobre a vida estudantil bracarense, no edifício que alberga actualmente a reitoria da UM, no Largo do Paço em Braga. O privilégio do seu uso foi concedido na época pelo Rei, aos estudantes do extinto colégio S. Paulo de Braga. Estas vestes são compostas por sapatos pretos lisos, meias pretas, bermudas, camisa, casaco, capa e chapéu tricórnio.

Ao nível do ensino básico, secundário e profissional destacam-se também várias instituições de prestígio:

A Academia Bracarense é uma reputada escola de moda a nível nacional. A academia participa em várias feiras, campeonatos, salões de moda internacional, como o Salon Prêt a Porter de Paris (a maior e mais conceituada feira mundial de moda) ou o Mondial Coiffure Beauté de Paris (maior campeonato mundial de cabeleireiros e estética).

O Liceu Nacional Sá de Miranda, que marcou o ensino secundário no século XX, designado hoje em dia como Escola Secundária Sá de Miranda, foi durante grande parte da década de noventa a maior escola do país, com mais de seis mil alunos. A cidade tem no total sete escolas secundárias públicas e algumas escolas privadas.

Existem também várias Escolas Profissionais, das quais se destaca o Centro de Formação Profissional de Braga, mais conhecido por Mazagão e a Escola Profissional de Braga.

Ao nível de equipamentos de ensino básico o concelho está também estrategicamente bem equipado. Conta com treze escolas EB 2,3, noventa e uma escolas do primeiro ciclo e sessenta e três estabelecimentos de ensino pré-escolar.

Em termos de ensino privado, as escolas mais conhecidas são o Externato Infante D. Henrique, o Colégio D. Diogo de Sousa e o Colégio Luso-Internacional de Braga.

A câmara Municipal oferece também equipamento de apoio ao ensino:

Bracarenses Ilustres

Nascidos em Braga

Nascidos não em Braga, mas com relevo na cidade de Braga

Instituições Desportivas

Espaços de Lazer

Estádio Municipal de Braga - Arqº Souto Moura / Eng.º Rui Furtado
Entrada da Maratona do Estádio 1.º de Maio
  • Bracalândia - O único Parque de Diversões Temático de Portugal e do Noroeste de Espanha (15)

Fotografias e vistas panorâmicas

Braga no vale do rio Este.

Braga-vale do Rio Este.jpg

Braga no vale do rio Cávado.

Braga-vale do Cávado.jpg

Referências

  1. Dados do INE, Censos de 2001 e Censos de 1991.
  2. Segundo fontes do INE, Censos de 2001.
  3. Coligação "Juntos por Braga":PSD,PP e PPM
  4. Coligação Democrática Unitária: PCP e PEV
  5. Dados do INE [1] .
  6. Dados do INE [2].
  7. Segundo a Câmara Municipal de Braga e a Biosom - Electro Acústica Aplicada, L.da [3] .

Ligações externas

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Turismo
Região de Turismo do Verde Minho, Portal de Turismo de Braga, Inatel, Hoteis do Bom Jesus
Fotografias
fotografias e videos de Braga e de Portugal Portal BragaPT no deviantART, Braga no site flickr, Trekearth
Transportes
TUB - Transportes Urbanos de Braga, CP - Comboios de Portugal, Rede Expressos, Renex
Comunicação social
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