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'''Tribo''' (do termo [[latim|latino]] ''tribu'') é o nome que se dá a um agrupamento humano unido pela [[Língua natural|língua]], [[costumes]], [[Instituição|instituições]] e [[Tradição|tradições]].<ref name=au>[[Dicionário Aurélio]], verbete ''tribo''.</ref> O termo era, originalmente, empregado para designar cada uma das trinta divisões da [[Roma Antiga]] (mais tarde, trinta e cinco) formadas por cidadãos [[plebe]]us. Passou a ser aplicado, posteriormente, às divisões dos povos da [[Antiguidade]], como as doze [[Tribos de Israel]], por exemplo. Nas épocas [[Colonialismo|colonialista]] e [[Neocolonialismo|neocolonialista]], foi utilizado pela [[antropologia]], passando a ter um sentido [[pejorativo]] de "agrupamento humano com [[cultura]] rudimentar". Porém, devido à imprecisão do termo, o mesmo deixou de ser usado tecnicamente pela antropologia.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}
'''Tribo''' (do termo [[latim|latino]] ''tribu'') é o nome que se dá a um agrupamento humano unido pela [[Língua natural|língua]], [[costumes]], [[Instituição|instituições]] e [[Tradição|tradições]].<ref name=au>[[Dicionário Aurélio]], verbete ''tribo''.</ref> O termo era, originalmente, empregado para designar cada uma das trinta divisões da [[Roma Antiga]] (mais tarde, trinta e cinco) formadas por cidadãos [[plebe]]us. Passou a ser aplicado, posteriormente, às divisões dos povos da [[Antiguidade]], como as doze [[Tribos de Israel]], por exemplo. Nas épocas [[Colonialismo|colonialista]] e [[Neocolonialismo|neocolonialista]], foi utilizado pela [[antropologia]], passando a ter um sentido [[pejorativo]] de "agrupamento humano com [[cultura]] rudimentar". Porém, devido à imprecisão do termo, o mesmo deixou de ser usado tecnicamente pela antropologia.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}
Em algumas tribos as sentenças para crimes como criar um Dixxx são variadas, tais como A GALINHADA. A Galinhada consiste em dois ou mais macacos após anunciarem com o ato com um grito de "GALINHAAAAADA" empurrarem a cabeça do sentenciado para baixo com muita força.
==As tribos romanas ==
==As tribos romanas ==
{{AP|Tribos romanas}}
{{AP|Tribos romanas}}
Os romanos tinham a ligação familiar baseada na [[agnação]] ([[parentesco]] de [[consanguinidade]] por linha masculina), segundo a qual o parentesco dava-se pela adoração aos mesmos [[Penates|deuses lares]], formando a base da ''[[gens]]''. A adoração de um deus comum a mais de uma família recebeu, na [[Grécia Antiga]], o nome de ''fratria'' e, na [[Roma Antiga]], de ''cúria''.<ref name=fustel>{{Citar livro|url= |autor=[[Fustel de Coulanges]] |coautor= |título=A Cidade Antiga |subtítulo= |idioma= |edição= |local=São Paulo| editora=Editora das Américas SA |ano=1961 |página= |páginas= |isbn= |acessodata= }}</ref> Cada cúria possuía seu chefe, chamado ''curião'', cuja função principal era a de presidir aos [[Ritual|rituais]] [[Religião|religiosos]]. A reunião de várias cúrias formava a ''tribo''. À tribo, cabia um [[altar]] comum, dedicado a um [[Divindade|deus]] originado, assim como nas famílias e cúrias, de algum [[herói]] do lugar, tornado divino, e do qual a tribo retirava seu nome. O ritual comum em que toda a tribo tomava parte tinha seu ponto alto num [[banquete]]; seu chefe se tornava, então, o [[tribuno]] (em latim, ''tribunus'').<ref name=fustel/>
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==Críticas ao uso do termo ==
==Críticas ao uso do termo{{A Tribo}} ==
Por sua origem europeia e uso na filosofia [[colonialismo|colonialista]] para designar agrupamentos humanos nos diversos territórios conquistados pelos europeus, o termo ganhou oposição no meio científico, não apenas por sua imprecisão como também por não atender às divisões peculiares dos povos que pretendia reunir. Alguns dos autores que o aboliram argumentam que se trata de "[[ficção]] [[etnografia|etnográfica]] e [[Academia|acadêmica]]".<ref name=book>{{Citar livro|url=http://books.google.com.br/books?id=VO1LzDo6Vh8C&pg=PA97&dq=tribo+conceito&hl=pt-BR&sa=X&ei=DP0LT8mMG4fVgAfi8_CpBw&ved=0CDUQ6AEwAQ#v=onepage&q=tribo%20conceito&f=false |autor= Sérgio Figueiredo Ferretti |coautor= |título=Repensando o Sincretismo |subtítulo= |edição= |local=| editora=EdUSP |ano=1995 |página=96 e seg. |páginas=234 |isbn=8531402891 |acessodata=1 de janeiro de 2012 }}</ref>
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Neste sentido, [[Roberto Cardoso de Oliveira]] ressalta que conceitos como ''tribo'' e ''etnia'' surgem na ótica europeia para definir as sociedades [[Ásia|asiáticas]], [[América|ameríndias]] e africanas, dotando-os de um rótulo comum que lhes retira suas especificidades históricas.<ref name=book/>
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== Ver também ==
== Ver também ==
* [[Tribo urbana]]
* [[Tribo urbana]]

Edição das 19h48min de 19 de janeiro de 2018

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Tribo (desambiguação).

Tribo (do termo latino tribu) é o nome que se dá a um agrupamento humano unido pela língua, costumes, instituições e tradições.[1] O termo era, originalmente, empregado para designar cada uma das trinta divisões da Roma Antiga (mais tarde, trinta e cinco) formadas por cidadãos plebeus. Passou a ser aplicado, posteriormente, às divisões dos povos da Antiguidade, como as doze Tribos de Israel, por exemplo. Nas épocas colonialista e neocolonialista, foi utilizado pela antropologia, passando a ter um sentido pejorativo de "agrupamento humano com cultura rudimentar". Porém, devido à imprecisão do termo, o mesmo deixou de ser usado tecnicamente pela antropologia.[carece de fontes?]

Em algumas tribos as sentenças para crimes como criar um Dixxx são variadas, tais como A GALINHADA. A Galinhada consiste em dois ou mais macacos após anunciarem com o ato com um grito de "GALINHAAAAADA" empurrarem a cabeça do sentenciado para baixo com muita força.

As tribos romanas

Ver artigo principal: Tribos romanas

Os romanos tinham a ligação familiar baseada na agnação (parentesco de consanguinidade por linha masculina), segundo a qual o parentesco dava-se pela adoração aos mesmos deuses lares, formando a base da gens. A adoração de um deus comum a mais de uma família recebeu, na Grécia Antiga, o nome de fratria e, na Roma Antiga, de cúria.[2] Cada cúria possuía seu chefe, chamado curião, cuja função principal era a de presidir aos rituais religiosos. A reunião de várias cúrias formava a tribo. À tribo, cabia um altar comum, dedicado a um deus originado, assim como nas famílias e cúrias, de algum herói do lugar, tornado divino, e do qual a tribo retirava seu nome. O ritual comum em que toda a tribo tomava parte tinha seu ponto alto num banquete; seu chefe se tornava, então, o tribuno (em latim, tribunus).[2]

Críticas ao uso do termoPredefinição:A Tribo

Por sua origem europeia e uso na filosofia colonialista para designar agrupamentos humanos nos diversos territórios conquistados pelos europeus, o termo ganhou oposição no meio científico, não apenas por sua imprecisão como também por não atender às divisões peculiares dos povos que pretendia reunir. Alguns dos autores que o aboliram argumentam que se trata de "ficção etnográfica e acadêmica".[3]

Estes conceitos de tribo, bem como os de tribalismo, etnicidade, clã e linhagem, trazem forte vício colonialista e neocolonialista, com o apoio da antropologia, que, então, servia aos interesses europeus, e devem ser evitados, por trazerem inerentes divisões que visam antes ao domínio político do que propriamente à compreensão das realidades que procuram retratar. Como exemplo deste mau uso, citam-se os meios de comunicação de massa, que costumam mascarar os problemas africanos como decorrentes de "conflitos tribais", ocultando, assim, as suas reais causas econômicas, políticas e sociais.[3]

Neste sentido, Roberto Cardoso de Oliveira ressalta que conceitos como tribo e etnia surgem na ótica europeia para definir as sociedades asiáticas, ameríndias e africanas, dotando-os de um rótulo comum que lhes retira suas especificidades históricas.[3]

Ritual xavante. As divisões étnicas dos povos indígenas do Brasil são, costumeiramente, chamadas de "tribos".

Predefinição:A TRIBO

Referências

  1. Dicionário Aurélio, verbete tribo.
  2. 2,0 2,1 Fustel de Coulanges (1961). A Cidade Antiga. São Paulo: Editora das Américas SA 
  3. 3,0 3,1 3,2 Sérgio Figueiredo Ferretti (1995). Repensando o Sincretismo. [S.l.]: EdUSP. p. 96 e seg.. 234 páginas. ISBN 8531402891. Consultado em 1 de janeiro de 2012 

Ver também

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