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Amazônia: mudanças entre as edições

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==Fontes==
==Fontes==
* [http://www.usp.br Revista da USP], número especial sobre a Amazônia
* [http://www.usp.br Revista da USP], número especial sobre a Amazônia
== Páginas externas ==
* [http://www.inpa.gov.br Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)], órgão do governo brasileiro encarregado de coordenar as pesquisas na Amazônia
* [http://www.sivam.gov.br SIVAM], sistema de vigilância da Amazônia
* [http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/meioamb/ecossist/amazon/ Ministério das Relações Exteriores]
*[http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/amazonia.htm IBMA: ecossistema Amazônia]
*[http://geocities.yahoo.com.br/vida_sustentavel/amazonia.html Amazônia: eco-regiões e unidades de proteção integral]
* [http://whc.unesco.org/pg.cfm?cid=31&id_site=998 UNESCO - Património Mundial - Central Amazon Conservation Complex]
* [http://www.wcmc.org.uk/protected_areas/data/wh/jau.html Protected Areas Programme - Jaú National Park]
[[Categoria:Florestas]]
[[categoria:Patrimônio Mundial da UNESCO]]
[[categoria:biomas terrestres]]
[[Categoria:Ecologia do Brasil]]
[[en:Amazonia]]
[[fr:Amazonie]]
[[sv:Amazonas]]
[[he:יער האמאזונאס]]

Edição das 12h53min de 14 de setembro de 2005

A Amazônia (ou Amazónia) é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (que também é chamada Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica). A floresta estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada Amazônia Legal.

É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre desse país, onde é constituída pelos ecossistemas:

Um dos tipos de vegetação da região amazônica próxima a cidade de Macapá
  • floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica)
  • floresta ombrófila aberta
  • floresta estacional decidual e semidecidual
  • campinarana
  • formações pioneiras
  • refúgios montanos
  • savanas amazônicas
  • matas de terra firme
  • matas de várzea
  • matas de igapós

Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.

Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

O nome Amazônia deriva de amazonas, as legendárias guerreiras que figuravam já na mitologia grega. Segundo a lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo (comandada por Hipólita) que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que essas mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do Rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.

Há ainda a lenda do Eldorado e do lago Parima, que supostamente estaria ligado à fonte da juventude. Essa lenda provavelmente liga-se à existência real do Lago Amacu, que tinha uma pequena ilha coberta de xisto micáceo, material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo Sol e que produzia a ilusão de riquezas para o europeu.

Uma área de seis milhões de hectares no centro da bacia, incluindo o Parque nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.

O rio e a bacia hidrográfica

Artigo principal: rio Amazonas

Veja também: Bacia do rio Amazonas

A floresta

Artigo principal: Floresta Amazônica

A floresta ou hiléia amazônica é a maior floresta tropical pluvial do mundo. Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.

A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.

O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.

Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.


Experiências de colonização

Moradia típica da população ribeirinha na Amazônia brasileira

A grosso modo, as experiências de colonização da Amazônia brasileira podem ser divididas em três fases:

  • durante o período colonial, os jesuítas instalaram missões na região, que visavam inicialmente à catequese dos índios, mas também à exploração das chamadas drogas do sertão. Também foram desenvolvidas algumas tentativas (desastrosas) de cultivo baseado em padrões europeus, o que promoveu esgotamento dos solos e colheitas muito irregulares.
  • já na República, houve o ciclo da borracha, nos primeiros anos do século XX: com o desenvolvimento do setor automotivo e de bens industriais que dependiam da borracha, o látex amazônico foi explorado intensamente por empresas nacionais e multinacionais. O ciclo terminou quando a produção no Sudeste Asiático tornou-se mais barata que a amazônica.
  • nos últimos 50 anos o governo brasileiro vem tentando integrar o território amazônico com uma série de iniciativas que recebem muitas críticas dos especialistas e da comunidade internacional; inclusive algumas experiências de agricultura em modelo europeu e a instalação da Zona Franca de Manaus, um parque industrial em meio à floresta.

Internacionalização da Amazônia

A exploração de madeiras e outras práticas pouco desenvolvidas têm prejudicado em muito o equilíbrio amazônico, o que leva a comunidade internacional a pressionar os países sul-americanos no sentido de internacionalizar a região. Essa pressão tem um efeito negativo, uma vez que os governos locais (e provavelmente os capitalistas locais) tratam de "aproveitar" ao máximo os recursos ali existentes antes de uma possível fiscalização mais rigorosa.

A internacionalização da Amazônia foi acelerada durante a ditadura militar. Empresas como a Volkswagen passaram a criar gado na região, com financiamento federal que chegava a 75% do valor do empreendimento, e derrubando de uma só vez milhares de hectares da floresta. Daniel Ludwig e seu Projeto Jari são outro exemplo.

Já em 1623 o conde Berkshire estabeleceu um forte em Belém e plantou tabaco, no que imaginava ser a expansão do Império britânico para o sul. No século XIX é enorme a quantidade de cientistas estrangeiros que se aventuravam a estudar a floresta. Recentemente, a existência de ONGs que estudam a ecologia e os povos indígenas provocou a reação militar, que viu nisso a ameaça de perda da soberania nacional.

O que, sim, tem implicado na perda dessa soberania é o registro de patentes de espécies amazônicas, como ocorreu com a ayahuasca, patenteada por uma universidade estado-unidense.

A reação castrense à ameaça de internacionalização tem sido a mesma do século XVIII, ou seja, para garantir o direito de posse a terra deve ser ocupada, entendendo-se isto por ocupada de forma "útil", com estradas, fazendas, minas, hidrelétricas, cidades, etc. O plano elaborado pela SUDAM em 1975, para ocupação dos espaços vazios, está em vigor até hoje.

Recentemente o governador de Roraima pronunciou-se contra a criação de reserva indígena em terra contínua, afirmando que esta formação de um território despovoado é interesse de ONGs estrangeiras, inclusive a dirigida pelo príncipe herdeiro da Inglaterra, que visam a isolar essa área rica em minérios como ouro, diamantes e molibdênio.

Unidades de Conservação

Além deste, o SNUC contém várias unidades de conservação nos vários estados da Amazônia. Entre as de proteção integral existem mais 10 Parques Nacionais (além do Jaú), e 8 Reservas biológicas, e outros tipos de unidades.

Entre as unidades de uso sustentável, estão as Reservas extrativistas. Os programas de uso sustentável são em grande número, desenvolvidos por ONGs em parceria com o poder público e com as próprias populações tradicionais, acostumadas ao uso sustentado dos recursos naturais. Surgem iniciativas como a Escola da Floresta, no Acre, para formar técnicos em floresta e agrofloresta.

Veja também

Fontes

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