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O '''ecoturismo''', segundo o documento ''Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo'', publicado pelo ''Ministério da Ciência e Tecnologia'' e pelo ''Ministério do Meio Ambiente'' em parceria com a [[EMBRATUR]] e o [[IBAMA]], é ''um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.'' | O '''ecoturismo''', segundo o documento ''Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo'', publicado pelo ''Ministério da Ciência e Tecnologia'' e pelo ''Ministério do Meio Ambiente'' em parceria com a [[EMBRATUR]] e o [[IBAMA]], é ''um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.'' | ||
O Instituto de Ecoturismo do Brasil coloca como condições para a existência de ecoturismo ''a) respeito às comunidades locais; b) envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; c) respeito às condições naturais – conservação do meio ambiente; d) interação educacional - a garantia que o turista incorpore para sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e do patrimônio histórico/cultural/étnico. Se não houver estas condições não é ecoturismo!'' Há porém, controvérsias, existindo pelo mundo, ao menos algumas dezenas de tentativas de conceituação do termo e da atividade e seus autores, estudiosos, empresários, prestadores do ''trade'' turístico, diletantes e apreciadores de viagens em geral estão longe de alcançar um consenso. Entre os que têm discutido a questão no Brasil, pode-se citar Dóris Ruschmann, Zysman Neiman, José Osmar Fonteles, Paulo dos Santos Pires, Laudo Natsui, Karen Garcia e Laura Rudzewicz. | O Instituto de Ecoturismo do Brasil coloca como condições para a existência de ecoturismo ''a) respeito às comunidades locais; b) envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; c) respeito às condições naturais – conservação do meio ambiente; d) interação educacional - a garantia que o turista incorpore para sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e do patrimônio histórico/cultural/étnico. Se não houver estas condições não é ecoturismo!'' Há porém, controvérsias, existindo pelo mundo, ao menos algumas dezenas de tentativas de conceituação do termo e da atividade e seus autores, estudiosos, empresários, prestadores do ''trade'' turístico, diletantes e apreciadores de viagens em geral estão longe de alcançar um consenso. Entre os que têm discutido a questão no Brasil, pode-se citar Dóris Ruschmann, Zysman Neiman, José Osmar Fonteles, Paulo dos Santos Pires, Laudo Natsui, Karen Garcia e Laura Rudzewicz. | ||
A publicação de material científico sobre o tema no país ainda é tímida em relação ao quanto o ecoturismo se tornou popular através dos veículos da imprensa e no cotidiano dos | A publicação de material científico sobre o tema no país ainda é tímida em relação ao quanto o ecoturismo se tornou popular através dos veículos da imprensa e no cotidiano dos que apreciam a natureza. Sobretudo ao comparar-se a difusão de estudos sob a forma de livros em relação ao volume de material meramente jornalístico e de divulgação comercial sobre o assunto. Algo que pode contribuir para uma distância entre o que se pretende e alega como ecoturismo e o que de fato se pratica e difunde. Possivelmente, uma das causas para o conflito entre as concepçôes de ecoturismo pelo senso comum e por viés mais criterioso. | ||
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*[[Chapada da Diamantina]], [[Bahia|BA]] | *[[Chapada da Diamantina]], [[Bahia|BA]] | ||
*[[Parque Nacional de Sete Cidades]], [[Piauí|PI]] | *[[Parque Nacional de Sete Cidades]], [[Piauí|PI]] | ||
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Edição das 16h26min de 9 de julho de 2006
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.
Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentado das populações locais, melhorando a qualidade de vida das mesmas.
O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:
- uma forma de praticar turismo em pequena escala;
- uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;
- uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante;
- uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;
- uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que formas tradicionais de turismo.
De acordo com David Weaver, registrou-se o termo pela primeira vez no início dos anos 80.
O Ecoclub.com define-o como um estado ideal de um turismo que:
- minimiza seu próprio impacto ambiental;
- patrocina a conservação ambiental;
- patrocina projetos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades locais;
- aumente o conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural;
- e que seja financeiramente viável e aberto a todos.
Já a Ecotourism Society define ecoturismo como a viagem responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da população local. Isto significa que quem implementa e participa de atividades ecoturisticas deve seguir os princípios de:
- minimizar impactos
- desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural;
- fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões;
- fornecer benefícios financeiros diretos para a conservação;
- fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local;
- Elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões;
- Apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.
A atividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, é confundida com o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de uma generalização chamada ecoturismo.
O ecoturismo no Brasil
O ecoturismo, segundo o documento Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, publicado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a EMBRATUR e o IBAMA, é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. O Instituto de Ecoturismo do Brasil coloca como condições para a existência de ecoturismo a) respeito às comunidades locais; b) envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; c) respeito às condições naturais – conservação do meio ambiente; d) interação educacional - a garantia que o turista incorpore para sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e do patrimônio histórico/cultural/étnico. Se não houver estas condições não é ecoturismo! Há porém, controvérsias, existindo pelo mundo, ao menos algumas dezenas de tentativas de conceituação do termo e da atividade e seus autores, estudiosos, empresários, prestadores do trade turístico, diletantes e apreciadores de viagens em geral estão longe de alcançar um consenso. Entre os que têm discutido a questão no Brasil, pode-se citar Dóris Ruschmann, Zysman Neiman, José Osmar Fonteles, Paulo dos Santos Pires, Laudo Natsui, Karen Garcia e Laura Rudzewicz. A publicação de material científico sobre o tema no país ainda é tímida em relação ao quanto o ecoturismo se tornou popular através dos veículos da imprensa e no cotidiano dos que apreciam a natureza. Sobretudo ao comparar-se a difusão de estudos sob a forma de livros em relação ao volume de material meramente jornalístico e de divulgação comercial sobre o assunto. Algo que pode contribuir para uma distância entre o que se pretende e alega como ecoturismo e o que de fato se pratica e difunde. Possivelmente, uma das causas para o conflito entre as concepçôes de ecoturismo pelo senso comum e por viés mais criterioso.
Alguns destinos de visitação, com perfil de ecoturismo no Brasil
Região Sul
Região Sudeste
Região Centro-Oeste
Região Nordeste
- Jacobina, BA
- Lençois Maranhenses, MA
- Chapada da Diamantina, BA
- Parque Nacional de Sete Cidades, PI
- Parque Nacional de Fernando de Noronha, PE
Região Norte
Atividades incluídas no rol dos programas de viagens ecoturísticas
Tirolesa
A chamada tirolesa é a prática da travessia de montanhas, vales ou canions, por meio de cordas, utilizando uma roldana e equipamentos apropriados. Essa modalidade de esporte radical é muito difundida no mundo inteiro, principalmente na Nova Zelândia, onde foi inventada.
Cavalgada
Percorrer a cavalo percursos em meio à natureza. É uma atividade especialmente indicada para terrenos muito acidentados ou em terrenos onde o tráfego de veículos não seja possível ou permitido, especialmente se necessário transportar equipamentos para outras atividades .
Passeios a pé em veredas e "levadas"
A ilha da Madeira, a meio ao oceano Atlântico, é um local muito procurado para passeios a pé ao longo de veredas e também em levadas.
Snorkeling e flutuação
Com roupas de neoprene, máscara e snorkel e pé de pato no Aquário de Bonito, onde não é permitido o mergulho.
===Bóia-cross===
O Bóia-Cross, é a prática de descer corredeiras classe II (leves) em grandes bóias redondas. A atividade inclui brincadeiras no rio e é acompanhada por canoístas profissionais que garantem a segurança dos participantes.
Duração média: 1h30 no rio e 2h30 no total. Altura mínima: 1m40
Observação de Aves
Cicloturismo
Paragliding
RAFTING
O rafting é uma atividade praticada em botes com capacidade de 5 a 7 pessoas no máximo, sempre conduzido por um guia profissional e canoístas para garantir a total segurança dos praticantes.
Os Dez Mandamentos do ecoturista
- Amarás a Natureza sobre todas as coisas.
- Honrarás e preservarás o bom humor;
- Estarás sempre pronto a colaborar;
- Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
- Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
- Não reclamarás;
- Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
- Não matarás mosquitos, formigas e carrapatos;
- Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
- Não poluirás o meio-ambiente.
Ver também
Ligações externas
de:Ökotourismus en:Ecotourism eo:Ekoturismo es:Turismo ecológico fa:اکوتوریسم fr:Écotourisme it:Turismo responsabile ja:エコツーリズム nl:Ecotoerisme pl:Ekoturystyka sv:Ekoturism zh:生態旅遊