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Índice de Desenvolvimento Humano: mudanças entre as edições

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= Críticas =
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O Índice de Desenvolvimento Humano tem sido criticado por uma série de razões, incluindo pela não inclusão de quaisquer considerações de ordem [[Ecologia|ecológica]], focando exclusivamente no desempenho nacional e por não prestar muita atenção ao desenvolvimento de uma perspectiva global. Dois autores afirmaram que os relatórios de desenvolvimento humano "perderam o contato com sua visão original e o índice falha em capturar a essência do mundo que pretende retratar."<ref>[http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6VDY-3T88FV2-3&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=66e664a888f1499d4cce3070424d80cb Ambuj D. Sagara, Adil Najam, "The human development index: a critical review", ''Ecological Economics'', Vol. 25, No. 3, pp. 249–264, June 1998]{{Ligação inativa|data=dezembro de 2019 }}.</ref> O índice também foi criticado como "redundante" e uma "reinvenção da roda", medindo aspectos do desenvolvimento que já foram exaustivamente estudados.<ref>McGillivray, Mark, "The human development index: yet another redundant composite development indicator?", ''World Development'', Vol. 19, No. 10, pp. 1461–1468, Oct. 1991.</ref><ref>[http://ideas.repec.org/a/aea/aecrev/v84y1994i2p238-43.html T.N. Srinivasan "Human Development: A New Paradigm or Reinvention of the Wheel?", ''American Economic Review'', Vol. 84, No. 2, pp. 238–243, May 1994.]</ref> O índice foi ainda criticado por ter um tratamento inadequado de renda, falta de comparabilidade de ano para ano, e por avaliar o desenvolvimento de forma diferente em diferentes grupos de países.<ref>[http://www3.interscience.wiley.com/journal/113467792/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0 Mark McGillivray, Howard White, "Measuring development? The UNDP's human development index", ''Journal of International Development'', Vol. 5, No. 2, pp. 183–192, Nov, 2006.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
O Índice de Desenvolvimento Humano tem sido criticado por uma série de razões, incluindo pela não inclusão de quaisquer considerações de ordem [[Ecologia|ecológica]], focando exclusivamente no desempenho nacional e por não prestar muita atenção ao desenvolvimento de uma perspectiva global. Dois autores afirmaram que os relatórios de desenvolvimento humano "perderam o contato com sua visão original e o índice falha em capturar a essência do mundo que pretende retratar."<ref>[http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6VDY-3T88FV2-3&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=66e664a888f1499d4cce3070424d80cb Ambuj D. Sagara, Adil Najam, "The human development index: a critical review", ''Ecological Economics'', Vol. 25, No. 3, pp. 249–264, June 1998]{{ligação inativa|data=dezembro de 2019 }}.</ref> O índice também foi criticado como "redundante" e uma "reinvenção da roda", medindo aspectos do desenvolvimento que já foram exaustivamente estudados.<ref>McGillivray, Mark, "The human development index: yet another redundant composite development indicator?", ''World Development'', Vol. 19, No. 10, pp. 1461–1468, Oct. 1991.</ref><ref>[http://ideas.repec.org/a/aea/aecrev/v84y1994i2p238-43.html T.N. Srinivasan "Human Development: A New Paradigm or Reinvention of the Wheel?", ''American Economic Review'', Vol. 84, No. 2, pp. 238–243, May 1994.]</ref> O índice foi ainda criticado por ter um tratamento inadequado de renda, falta de comparabilidade de ano para ano, e por avaliar o desenvolvimento de forma diferente em diferentes grupos de países.<ref>[http://www3.interscience.wiley.com/journal/113467792/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0 Mark McGillivray, Howard White, "Measuring development? The UNDP's human development index", ''Journal of International Development'', Vol. 5, No. 2, pp. 183–192, Nov, 2006.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>


O [[economista]] [[Bryan Caplan]] criticou a forma como as pontuações do IDH eram produzidas até 2009; cada um dos três componentes são limitados entre zero e um. Como resultado disso, os países ricos não podem efetivamente melhorar a sua classificação em certas categorias, embora haja muito espaço para o crescimento econômico e longevidade. "Isso efetivamente significa que um país de imortais, com um infinito PIB ''per capita'' iria obter uma pontuação de 0,666 (menor do que a [[África do Sul]] e [[Tajiquistão]]), se sua população fosse analfabeta e nunca tivesse ido à escola."<ref name="CaplanEconLog">[http://econlog.econlib.org/archives/2009/05/against_the_hum.html Against the Human Development Index] Comment Posted Posted May 22, 2009, Bryan Caplan – Library of Economics and Liberty</ref> Ele argumenta: "A [[Escandinávia]] sai por cima de acordo com o IDH, porque o IDH é basicamente uma medida de quão escandinavo um país é."<ref name="CaplanEconLog" />
O [[economista]] [[Bryan Caplan]] criticou a forma como as pontuações do IDH eram produzidas até 2009; cada um dos três componentes são limitados entre zero e um. Como resultado disso, os países ricos não podem efetivamente melhorar a sua classificação em certas categorias, embora haja muito espaço para o crescimento econômico e longevidade. "Isso efetivamente significa que um país de imortais, com um infinito PIB ''per capita'' iria obter uma pontuação de 0,666 (menor do que a [[África do Sul]] e [[Tajiquistão]]), se sua população fosse analfabeta e nunca tivesse ido à escola."<ref name="CaplanEconLog">[http://econlog.econlib.org/archives/2009/05/against_the_hum.html Against the Human Development Index] Comment Posted Posted May 22, 2009, Bryan Caplan – Library of Economics and Liberty</ref> Ele argumenta: "A [[Escandinávia]] sai por cima de acordo com o IDH, porque o IDH é basicamente uma medida de quão escandinavo um país é."<ref name="CaplanEconLog" />
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Gustav Ranis, e dois outros autores, criticam o índice pelo seu reducionismo e sugerem a inclusão de mais vectores do desenvolvimento humano. Para estes autores, o IDH é uma medida bastante incompleta do desenvolvimento humano, deixando de parte muitos aspectos da vida que são fundamentais: o bem-estar mental, a autonomia e emancipação dos indivíduos, a liberdade política, as relações sociais, o bem-estar das comunidades, as desigualdades (incluídas as de género), as condições de trabalho e lazer, a segurança política e económica, e o ambiente. Onze novas categorias de indicadores forneceriam um melhor retrato dos países alvo do IDH.<ref>{{citar periódico|ultimo=Ranis|primeiro=Gustav (e outros)|data=Novembro de 2006|titulo=Human Development: Beyond the Human Development Index|url=|jornal=Journal of Human Development and Capabilities - Vol.7 Num.3 Novembro de 2006|acessodata=}}</ref>
Gustav Ranis, e dois outros autores, criticam o índice pelo seu reducionismo e sugerem a inclusão de mais vectores do desenvolvimento humano. Para estes autores, o IDH é uma medida bastante incompleta do desenvolvimento humano, deixando de parte muitos aspectos da vida que são fundamentais: o bem-estar mental, a autonomia e emancipação dos indivíduos, a liberdade política, as relações sociais, o bem-estar das comunidades, as desigualdades (incluídas as de género), as condições de trabalho e lazer, a segurança política e económica, e o ambiente. Onze novas categorias de indicadores forneceriam um melhor retrato dos países alvo do IDH.<ref>{{citar periódico|ultimo=Ranis|primeiro=Gustav (e outros)|data=Novembro de 2006|titulo=Human Development: Beyond the Human Development Index|url=|jornal=Journal of Human Development and Capabilities - Vol.7 Num.3 Novembro de 2006|acessodata=}}</ref>


= Ver também =
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* [[Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil]]
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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Edição das 02h15min de 20 de junho de 2022

Mapa-múndi representando as quatro categorias do Índice de Desenvolvimento Humano, baseado no relatório publicado em 15 de dezembro de 2020, com dados referentes a 2019.[1]
  0,800 – 1,000 (muito alto)
  0,700 – 0,799 (alto)
  0,555 – 0,699 (médio)
  0,350 – 0,554 (baixo)
  Sem dados
Mapa-múndi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (baseado em dados de 2019, publicados em 2020).[1]
  acima de 0,900
  0,850–0,899
  0,800–0,849
  0,750–0,799
  0,700–0,749
  0,650–0,699
  0,600–0,649
  0,550–0,599
  0,500–0,549
  0,450–0,499
  0,400–0,449
  0,350–0,399
  0,300–0,349
  abaixo de 0,300
  Sem dados

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para ajudar a classificar os países como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos em nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.

O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no seu relatório anual. O sistema é muito criticado, entre outros motivos, por não ser indicativo de real progresso humano; de acordo com o índice, por exemplo, um país como a Arábia Saudita tem uma das melhores classificações.[2] Desde 2010, foram introduzidos novos índices, tais como o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) e o Índice da Desigualdade de Género.[3]

Origem

O IDH surge no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e no Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH). Estes foram criados e lançados pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq em 1990 e teve como objetivo explícito: "Desviar o foco do desenvolvimento da economia e da contabilidade de renda nacional para políticas centradas em pessoas."[4] Para produzir os RDHs, Mahbub ul Haq reuniu um grupo de economistas bem conhecidos, incluindo: Paul Streeten, Frances Stewart, Gustav Ranis, Keith Griffin, Sudhir Anand e Meghnad Desai. Mas foi o trabalho de Amartya Sen sobre capacidades e funcionamentos que forneceu o quadro conceptual subjacente. Haq tinha certeza de que uma medida simples, composta pelo desenvolvimento humano, seria necessária para convencer a opinião pública, os acadêmicos e as autoridades políticas de que podem e devem avaliar o desenvolvimento não só pelos avanços econômicos, mas também pelas melhorias no bem-estar humano. Sen, inicialmente se opôs a esta ideia, mas ele passou a ajudar a desenvolver, junto com Haq, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Sen estava preocupado de que seria difícil capturar toda a complexidade das capacidades humanas em um único índice, mas Haq o convenceu de que apenas um número único chamaria a atenção das autoridades para a concentração econômica do bem estar humano.[5][6]

Critérios de avaliação

A partir do relatório de 2010, o IDH combina três dimensões:

Até 2009, o IDH usava os três índices seguintes como critério de avaliação:

Metodologia

Atual

No Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010 o PNUD começou a usar um novo método de cálculo do IDH. Os três índices seguintes são utilizados:

1. Expectativa de vida ao nascer (EV) =

2. Índice de educação (EI) =

2.1 Índice de Anos Médios de Estudo (IAME) =
2.2 Índice de Anos Esperados de Escolaridade (IAEE) =

3. Índice de renda (IR) =

Finalmente, o IDH é a média geométrica dos três índices anteriores normalizados:

Legenda:

  • = Anos Médios de Estudo
  • = Anos Esperados de Escolaridade

Antiga

Até 2009, para calcular o IDH de uma localidade, fazia-se a seguinte média aritmética:

  • (onde = Longevidade, = Educação e = Renda)
  • nota: pode-se utilizar também a renda per capita (ou PNB per capita).

Legenda:

Classificação

O desenvolvimento humano é classificado conforme o enquadramento do IDH em um dos quatro intervalos abaixo.[1]

  • < 0,550: Baixo
  • 0,550 - 0,699: Médio
  • 0,700 - 0,799: Alto
  • >= 0,800: Muito Alto

Relatório de 2020

  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT

Abaixo estão listados apenas os países de desenvolvimento humano muito alto:

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