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Edição das 18h09min de 29 de agosto de 2007
A AmazôniaPB ou AmazóniaPE é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (que também é chamada Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica). A bacia hidrográfica da Amazônia tem muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, percorrendo outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o rio mais volumoso do mundo. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), em 1966. É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país, onde é constituída pelos ecossistemas:
- floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica)
- floresta ombrófila aberta
- floresta estacional decidual e semidecidual
- campinarana
- formações pioneiras
- refúgios montanos
- savanas amazônicas
- matas de terra firme
- matas de várzea
- matas de igapós
Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.
Ocupação clandestina, desmatamento
O grande problema da Amazônia é que os recursos naturais da maior floresta tropical do mundo estão sendo destruídos desnecessariamente. O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública. A terra, tem madeira de valor, continua mantendo uma floresta de grande porte. Mas o segundo momento da ocupação irregular da floresta é feito por um fazendeiro. Geralmente, esse grande proprietário já estava associado ao madeireiro. O que o fazendeiro faz é tocar fogo na floresta e, sobre as cinzas, plantar capim para criar gado. Enquanto isso, o fazendeiro manobra politicamente para forjar documentos de posse de terra. Quando não há mais sinal de floresta, o pecuarista pode vender a terra para um sojicultor e ocupar outra área.
Esse modelo de ocupação predatório e paralelo à lei deixa um saldo de pobreza. Um estudo feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) junto com o Banco Mundial indicou que, nos primeiros três anos de exploração predatória de madeira, um município típico da Amazônia consegue obter uma renda anual de US$ 100 milhões. Nesse período dourado e fugaz, a atividade gera cerca de 4.500 empregos diretos, atraindo gente de outras regiões. Mas a madeira disponível acaba em cinco anos, aproximadamente. Com isso, a renda do município cai para US$ 5 milhões. A atividade que resta, pecuária extensiva, emprega menos de 500 pessoas. Depois do ciclo destrutivo, o município fica com uma população de desempregados e sem recursos naturais.
O rio e a bacia hidrográfica
A floresta
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A floresta ou hiléia amazônica é a maior floresta tropical pluvial do mundo. Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema, em função da ciclagem de nutrientes, ou seja, a floresta depende de si própria para manter o equilíbrio. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.
Experiências de colonização
A grosso modo, as experiências de colonização da Amazônia brasileira podem ser divididas em três fases:
- durante o período colonial, os jesuítas instalaram missões na região, que visavam inicialmente à catequese dos índios, mas também à exploração das chamadas drogas do sertão. Também foram desenvolvidas algumas tentativas (desastrosas) de cultivo baseado em padrões europeus, o que promoveu esgotamento dos solos e colheitas muito irregulares.
- já na República, houve o ciclo da borracha, nos primeiros anos do século XX: com o desenvolvimento do setor automotivo e de bens industriais que dependiam da borracha, o látex amazônico foi explorado intensamente por empresas nacionais e multinacionais. O ciclo terminou quando a produção no Sudeste Asiático tornou-se mais barata que a amazônica.
- nos últimos 50 anos o governo brasileiro vem tentando integrar o território amazônico com uma série de iniciativas que recebem muitas críticas dos especialistas e da comunidade internacional; inclusive algumas experiências de agricultura em modelo europeu e a instalação da Zona Franca de Manaus, um parque industrial em meio à floresta.
Mais recentemente tem havido iniciativas governamentais de criação de reservas extrativistas, como as do Acre e da Terra do Meio. Entretanto, como em várias outras áreas da Amazônia Legal, estas também têm sofrido com os interesses de madeireiros e latifundiários, pois a Amazônia é muito rica em espécies de plantas, mas atualmente ninguém mais liga a sua riqueza e só pensam em destruí-las.
Unidades de Conservação
Além deste, o SNUC contém várias unidades de conservação nos vários estados da Amazônia. Entre as de proteção integral existem mais 10 Parques Nacionais (além do Jaú), e 8 Reservas biológicas, e outros tipos de unidades.
Entre as unidades de uso sustentável, estão as Reservas extrativistas. Os programas de uso sustentável são em grande número, desenvolvidos por ONGs em parceria com o poder público e com as próprias populações tradicionais, acostumadas ao uso sustentado dos recursos naturais. Surgem iniciativas como a Escola da Floresta, no Acre, para formar técnicos em floresta e agrofloresta.
Ver também
- Sistema Nacional de Unidades de Conservação
- Sistema de Vigilância da Amazônia
- Amazônia Legal
- Projeto institucional do CNPq relativo a Amazônia
- SUDAM
- Lista de plantas da vegetação da Amazônia
Ligações externas
- Amazonia.org.br, conhecida e vasta base de dados sobre Amazônia, atualizada diariamente. No ar desde 1998 e mantido pela ONG Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), órgão do governo brasileiro encarregado de coordenar as pesquisas na Amazônia
- Comando Militar da Amazônia, página do Exército Brasileiro
- SIVAM, Sistema de Vigilância da Amazônia
- SIPAM, Sistema de Proteção da Amazônia
- Ministério das Relações Exteriores
- IBAMA: ecossistema Amazônia, página do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Não-Renováveis
- Amazônia: eco-regiões e unidades de proteção integral
- UNESCO - Património Mundial - Central Amazon Conservation Complex
- Protected Areas Programme - Jaú National Park
- PIATAM - Potenciais Impactos e Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e Gás no Amazonas
- Mitos da imprensa sobre a Amazônia
- Região esquecida: Por que só americano entende de Amazônia
- Terra do Meio, artigo da WWF sobre a diversidade da Terra do Meio.
- Terra do Meio: poder, violência e desenvolvimento, relatório publicado pelo Museu Emílio Goeldi.
- Campanha da Fraternidade 2007 - Amazônia
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