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NASA: mudanças entre as edições

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{{ver desambiguação}}
{{Ver desambig|prefixo=Este artigo é sobre a agência espacial.|Para outros usos|NASA (desambiguação)}}
{{geocoordenadas|38_52_59_N_77_0_59_W|38°52'59"N 77°0'59"W}}
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{{Info/Agência do governo
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| foto-desc          = Sede da NASA em [[Washington, DC]]
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| lema                = ''For the Benefit of All''"<ref name="motto">{{citar web |url=http://www.lightmillennium.org/2004_newyear/gokoglu_nasa_stands_forall.html |titulo=NASA stands "for the benefit of all. — Interview with NASA's Dr. Süleyman Gokoglu |publicado=The Light Millennium |acessodata=7 de novembro de 2018}}</ref> <br>{{pequeno|"Para o Benefício de Todos}}
| lema                = ''For the Benefit of All''"<ref name="motto">{{citar web |url=http://www.lightmillennium.org/2004_newyear/gokoglu_nasa_stands_forall.html |titulo=NASA stands "for the benefit of all. — Interview with NASA's Dr. Süleyman Gokoglu |publicado=The Light Millennium |acessodata=7 de novembro de 2018}}</ref> <br>{{pequeno|"Para o Benefício de Todos}}
| precedida1          = [[National Advisory Committee for Aeronautics|NACA]] {{pequeno|(1915–58)}}<ref>{{citar web |url=http://www.centennialofflight.net/essay/Evolution_of_Technology/NACA/Tech1.htm |titulo=US Centennial of Flight Commission – NACA |publicado=Centennialofflight.net |acessodata=7 de novembro de 2018}}</ref>
| precedida1          = [[National Advisory Committee for Aeronautics|NACA]] {{pequeno|(1915–58)}}<ref>{{citar web |url=http://www.centennialofflight.net/essay/Evolution_of_Technology/NACA/Tech1.htm |titulo=US Centennial of Flight Commission – NACA |publicado=Centennialofflight.net |acessodata=7 de novembro de 2018}}</ref>
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| notas de rodapé    =  
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A '''''National Aeronautics and Space Administration''''' ('''NASA''') ou '''Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço''' é uma agência do [[Governo Federal dos Estados Unidos da América|Governo Federal dos Estados Unidos]] responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de [[exploração espacial]]. Sua missão oficial é "fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial".<ref name="do1"> [http://www.nasa.gov/about/highlights/what_does_nasa_do.html What Does NASA Do?]. NASA, 2005</ref> A NASA foi criada em [[29 de julho]] de [[1958]], substituindo seu antecessor, o [[NACA|NACA - National Advisory Committee for Aeronautics]] (Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica).<ref name="act1"> [http://www.nasa.gov/offices/ogc/about/space_act1.html The National Aeronautics and Space Act].
'''Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço''' ({{lang-en|'''''National Aeronautics and Space Administration'''''}} — '''NASA''') é uma [[Agência governamental|agência]] do [[Governo Federal dos Estados Unidos da América|governo federal]] dos [[Estados Unidos]] responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de [[exploração espacial]]. Sua missão oficial é "fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial".<ref name="do1"> [http://www.nasa.gov/about/highlights/what_does_nasa_do.html What Does NASA Do?]. NASA, 2005</ref> A NASA foi criada em [[29 de julho]] de [[1958]], substituindo seu antecessor, do Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica ({{lang-en|[[National Advisory Committee for Aeronautics]]}} — NACA).<ref name="act1"> [http://www.nasa.gov/offices/ogc/about/space_act1.html The National Aeronautics and Space Act]. NASA, 2005</ref><ref name="NacaNASA"/>
NASA, 2005</ref><ref name="NacaNASA"/>


A NASA foi a responsável pelo envio do homem à [[Lua]] (veja [[projeto Apollo]]) e por diversos outros programas de pesquisa no [[Espaço sideral|espaço]]. Atualmente ela trabalha em conjunto com a [[Agência Espacial Europeia]], com a [[Agência Espacial Federal Russa]] e com alguns países da [[Ásia]] para a criação da [[Estação Espacial Internacional]].
A NASA foi a responsável pelo envio do homem à [[Lua]] (veja [[projeto Apollo]]) e por diversos outros programas de pesquisa no [[Espaço sideral|espaço]]. Atualmente ela trabalha em conjunto com a [[Agência Espacial Europeia]], com a [[Agência Espacial Federal Russa]] e com alguns países da [[Ásia]] para a criação da [[Estação Espacial Internacional]].
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== História ==
== História ==
{{AP|[[Criação da NASA]]}}
===  Corrida espacial ===
{{AP|[[Corrida espacial]]}}
Após o lançamento do primeiro [[satélite artificial]], o [[Sputnik 1]], pelo [[programa espacial soviético]], em 4 de outubro de 1957, a atenção dos Estados Unidos voltou-se para seu próprio esforço em direção ao espaço. O [[Congresso dos Estados Unidos]], alarmado com uma possível ameaça à segurança nacional e à sua liderança tecnológica ("[[crise do Sputnik]]"), encareceu uma ação rápida, mas o presidente [[Dwight D. Eisenhower]] e seus assessores aconselharam medidas mais ponderadas. Vários meses de debate produziram um consenso de que era necessária uma nova agência federal para organizar as atividades civis no espaço. Na mesma época também foi criada a [[Defense Advanced Research Projects Agency|ARPA - Advanced Research Projects Agency]] (Agência para Projetos Avançados de Pesquisa) -  com o objetivo de desenvolver [[tecnologia espacial]] para aplicações militares.


=== O NACA ===
=== Criação ===
{{AP|Criação da NASA}}
{{AP|vt=s|Corrida espacial|Guerra Fria|História dos foguetes}}
[[Imagem:NASA 60th- How It All Began.webm|thumb|Curta documental sobre as origens da NASA]]
[[Ficheiro:NACA seal (cropped).png|thumb|Selo oficial do [[NACA]].]]
[[Ficheiro:NACA seal (cropped).png|thumb|Selo oficial do [[NACA]].]]
[[Ficheiro:Explorer1.jpg|thumb|right|[[Explorer I]].]]
[[Ficheiro:Explorer1.jpg|thumb|right|[[Explorer I]].]]
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Entre o fim de 1957 e o início de 1958 o [[NACA|NACA - National Advisory Committee for Aeronautics]] (Conselho Nacional para a Aeronáutica), fundado em 1915, começou a estudar quais seriam o trabalho e o papel de uma agência espacial civil, e vários comitês foram formados para examinar o conceito. Em 12 de janeiro de 1958 o NACA organizou uma Comissão Especial de Tecnologia Espacial, dirigida por [[Guyford Stever]]. Esta comissão fez uma consulta ao programa de grandes foguetes da [[Army Ballistic Missile Agency]], dirigida então por [[Wernher von Braun]].<ref name="NacaNASA">{{citar livro|url=http://history.nasa.gov/SP-4206/ch2.htm#32|título=FROM NACA TO NASA|primeiro =Roger E.|último =Bilstein|ano=1996|editor-nome =William R.|editor-sobrenome =Lucas|obra=Stages to Saturn: A Technological History of the Apollo/Saturn Launch Vehicles|páginas=32–33|publicadopor=NASA|acessodata=27 de maio de 2009|isbn=0160042593}}</ref> Em 14 de janeiro de 1958, o Diretor da NACA, [[Hugh Latimer Dryden|Hugh Dryden]], declarou:
Entre o fim de 1957 e o início de 1958 o [[NACA|NACA - National Advisory Committee for Aeronautics]] (Conselho Nacional para a Aeronáutica), fundado em 1915, começou a estudar quais seriam o trabalho e o papel de uma agência espacial civil, e vários comitês foram formados para examinar o conceito. Em 12 de janeiro de 1958 o NACA organizou uma Comissão Especial de Tecnologia Espacial, dirigida por [[Guyford Stever]]. Esta comissão fez uma consulta ao programa de grandes foguetes da [[Army Ballistic Missile Agency]], dirigida então por [[Wernher von Braun]].<ref name="NacaNASA">{{citar livro|url=http://history.nasa.gov/SP-4206/ch2.htm#32|título=FROM NACA TO NASA|primeiro =Roger E.|último =Bilstein|ano=1996|editor-nome =William R.|editor-sobrenome =Lucas|obra=Stages to Saturn: A Technological History of the Apollo/Saturn Launch Vehicles|páginas=32–33|publicadopor=NASA|acessodata=27 de maio de 2009|isbn=0160042593}}</ref> Em 14 de janeiro de 1958, o Diretor da NACA, [[Hugh Latimer Dryden|Hugh Dryden]], declarou:


::"É de grande urgência e importância para o nosso país, tanto na consideração do nosso prestígio como uma nação, bem como das necessidades militares, que o desafio representado pelo Sputnik seja encarado através de um enérgico programa de pesquisa e desenvolvimento para a conquista do espaço ... Assim, propõe-se que a investigação científica seja da responsabilidade de uma agência nacional civil ... O NACA é capaz, pela sua rápida expansão e pela extensão do seu esforço, de prover liderança na [[tecnologia espacial]]."<ref name="Erickson">Erickson, Mark. ''Into the Unknown Together – The DOD, NASA, and Early Spaceflight''. Air University Press, 2005</ref>
{{quote|"É de grande urgência e importância para o nosso país, tanto na consideração do nosso prestígio como uma nação, bem como das necessidades militares, que o desafio representado pelo Sputnik seja encarado através de um enérgico programa de pesquisa e desenvolvimento para a conquista do espaço ... Assim, propõe-se que a investigação científica seja da responsabilidade de uma agência nacional civil ... O NACA é capaz, pela sua rápida expansão e pela extensão do seu esforço, de prover liderança na [[tecnologia espacial]]."|<ref name="Erickson">Erickson, Mark. ''Into the Unknown Together – The DOD, NASA, and Early Spaceflight''. Air University Press, 2005</ref>}}


Lançado em 31 de janeiro de 1958, o [[Explorer 1]], oficialmente o Satélite 1958 Alpha, tornou-se o primeiro satélite dos Estados Unidos.<ref name="ExplorerInformation">{{citar web|url=http://history.nasa.gov/sputnik/expinfo.html|título=Explorer-I and Jupiter-C|publicadopor=NASA|primeiro =Steve|último =Garber|data=10 de outubro de 2007|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> Em 5 de março [[James Rhyne Killian]], presidente do PSAC (o Conselho Científico Presidencial) escreveu um memorando ao presidente Eisenhower incentivando a criação de um programa espacial civil a partir de um NACA fortalecido e reorientado, que poderia expandir seu programa de investigação com um mínimo de demora.<ref name="Erickson"/> No final de março um relatório do NACA apresentou recomendações para posteriormente desenvolver um foguete em três estágios alimentado a [[fluoreto]] de [[hidrogênio]].<ref name="NacaNASA" />
Lançado em 31 de janeiro de 1958, o [[Explorer 1]], oficialmente o Satélite 1958 Alpha, tornou-se o primeiro satélite dos Estados Unidos.<ref name="ExplorerInformation">{{citar web|url=http://history.nasa.gov/sputnik/expinfo.html|título=Explorer-I and Jupiter-C|publicadopor=NASA|primeiro =Steve|último =Garber|data=10 de outubro de 2007|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> Em 5 de março [[James Rhyne Killian]], presidente do PSAC (o Conselho Científico Presidencial) escreveu um memorando ao presidente Eisenhower incentivando a criação de um programa espacial civil a partir de um NACA fortalecido e reorientado, que poderia expandir seu programa de investigação com um mínimo de demora.<ref name="Erickson"/> No final de março um relatório do NACA apresentou recomendações para posteriormente desenvolver um foguete em três estágios alimentado a [[fluoreto]] de [[hidrogênio]].<ref name="NacaNASA" />


Em abril de 1958 Eisenhower fez no Congresso dos EUA um discurso favorecendo uma agência espacial civil nacional e apresentou um projeto de lei para a criação de uma agência nacional de aeronáutica e espaço. O antigo campo de pesquisa do NACA mudaria para incluir desenvolvimento, gerenciamento e operações em grande escala. O Congresso dos EUA aprovou a lei com ligeiros ajustes, formalizando o ''National Aeronautics and Space Act'' em 16 de julho de 1958. Apenas dois dias depois o grupo de Von Braun apresentou um relatório preliminar criticando severamente a duplicação de esforços e a falta de coordenação entre as diversas organizações associadas aos programas espaciais dos Estados Unidos. A Comissão de Stever concordou com as críticas do grupo de Von Braun, e um projeto final foi publicado vários meses depois, em outubro.<ref name="NacaNASA" />
Em abril de 1958 Eisenhower fez no Congresso dos EUA um discurso favorecendo uma agência espacial civil nacional e apresentou um projeto de lei para a criação de uma agência nacional de aeronáutica e espaço. O antigo campo de pesquisa do NACA mudaria para incluir desenvolvimento, gerenciamento e operações em grande escala. O Congresso dos EUA aprovou a lei com ligeiros ajustes, formalizando o ''National Aeronautics and Space Act'' em 16 de julho de 1958. Apenas dois dias depois o grupo de Von Braun apresentou um relatório preliminar criticando severamente a duplicação de esforços e a falta de coordenação entre as diversas organizações associadas aos programas espaciais dos Estados Unidos. A Comissão de Stever concordou com as críticas do grupo de Von Braun, e um projeto final foi publicado vários meses depois, em outubro.<ref name="NacaNASA" />
=== A NASA ===
[[Ficheiro:Aerial View of the Johnson Space Center - GPN-2000-001112.jpg|thumb|left|[[Centro Espacial Lyndon Johnson]] em [[Houston]], [[Texas]].]]
[[Ficheiro:Aerial View of Launch Complex 39.jpg|right|thumb|Vista aérea do Complexo de Lançamento 39 no [[Centro Espacial Kennedy]] da NASA na [[Flórida]], mostrando em primeiro plano o prédio de montagem de foguetes.]]


Em 29 de julho de 1958 Eisenhower assinou o ''National Aeronautics and Space Act'', instituindo a NASA. Quando iniciou suas operações em 1 de outubro de 1958, a NASA absorveu integralmente o antigo NACA, com todos os seus 8 mil funcionários, um orçamento anual de 100 milhões de dólares, três laboratórios de pesquisa principais ([[Langley Aeronautical Laboratory]], [[NASA Ames Research Center|Ames Aeronautical Laboratory]] e [[Lewis Flight Propulsion Laboratory]]) e duas instalações pequenas de teste.<ref name="Glennan">{{citar web|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/Biographies/glennan.html|título=T. KEITH GLENNAN|publicadopor=NASA|data=4 de agosto de 2006|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref>
Em 29 de julho de 1958 Eisenhower assinou o ''National Aeronautics and Space Act'', instituindo a NASA. Quando iniciou suas operações em 1 de outubro de 1958, a NASA absorveu integralmente o antigo NACA, com todos os seus 8 mil funcionários, um orçamento anual de 100 milhões de dólares, três laboratórios de pesquisa principais ([[Langley Aeronautical Laboratory]], [[NASA Ames Research Center|Ames Aeronautical Laboratory]] e [[Lewis Flight Propulsion Laboratory]]) e duas instalações pequenas de teste.<ref name="Glennan">{{citar web|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/Biographies/glennan.html|título=T. KEITH GLENNAN|publicadopor=NASA|data=4 de agosto de 2006|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref>
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Elementos da Army Ballistic Missile Agency, da qual fazia parte a equipe de Von Braun, e o [[Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos|Naval Research Laboratory]], foram incorporados à NASA. Uma contribuição significativa para a entrada da NASA na [[corrida espacial]] com a [[União Soviética]] foi a tecnologia do programa alemão de foguetes [[V-2]] (liderado por Von Braun), que por sua vez incorporou tecnologia de [[Robert Goddard]].<ref name="recoll">{{citar web|url=http://history.msfc.nasa.gov/vonbraun/recollect-childhood.html|primeiro =Werner|último =von Braun|ano=1963|título=Recollections of Childhood: Early Experiences in Rocketry as Told by Werner Von Braun 1963|obra=MSFC History Office|publicadopor=NASA Marshall Space Flight Center|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> Programas de investigação da Força Aérea<ref name="Glennan" /> e muitos dos primeiros programas espaciais da ARPA também foram transferidos para a NASA.<ref name="DARPA">{{citar periódico|url=http://www.arpa.mil/Docs/Intro_-_Van_Atta_200807180920581.pdf|formato=PDF|título=50 years of Bridging the Gap|primeiro=Richard|último=Van Atta|data=10 de abril de 2008|acessodata=15 de julho de 2009|jornal=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090224210533/http://www.arpa.mil/Docs/Intro_-_Van_Atta_200807180920581.pdf#|arquivodata=24 de fevereiro de 2009|urlmorta=yes}}</ref> Em dezembro de 1958 a NASA obteve o controle do [[Jet Propulsion Laboratory]], uma instalação operada pelo [[California Institute of Technology]].<ref name="Glennan" />
Elementos da Army Ballistic Missile Agency, da qual fazia parte a equipe de Von Braun, e o [[Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos|Naval Research Laboratory]], foram incorporados à NASA. Uma contribuição significativa para a entrada da NASA na [[corrida espacial]] com a [[União Soviética]] foi a tecnologia do programa alemão de foguetes [[V-2]] (liderado por Von Braun), que por sua vez incorporou tecnologia de [[Robert Goddard]].<ref name="recoll">{{citar web|url=http://history.msfc.nasa.gov/vonbraun/recollect-childhood.html|primeiro =Werner|último =von Braun|ano=1963|título=Recollections of Childhood: Early Experiences in Rocketry as Told by Werner Von Braun 1963|obra=MSFC History Office|publicadopor=NASA Marshall Space Flight Center|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> Programas de investigação da Força Aérea<ref name="Glennan" /> e muitos dos primeiros programas espaciais da ARPA também foram transferidos para a NASA.<ref name="DARPA">{{citar periódico|url=http://www.arpa.mil/Docs/Intro_-_Van_Atta_200807180920581.pdf|formato=PDF|título=50 years of Bridging the Gap|primeiro=Richard|último=Van Atta|data=10 de abril de 2008|acessodata=15 de julho de 2009|jornal=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090224210533/http://www.arpa.mil/Docs/Intro_-_Van_Atta_200807180920581.pdf#|arquivodata=24 de fevereiro de 2009|urlmorta=yes}}</ref> Em dezembro de 1958 a NASA obteve o controle do [[Jet Propulsion Laboratory]], uma instalação operada pelo [[California Institute of Technology]].<ref name="Glennan" />


== Programas da NASA ==  
=== Primeiros voos espaciais tripulados ===  
A NASA já operou e opera inúmeros programas, desde missões interplanetárias a satélites terrestres. 31 missões já foram encerradas e em 2010 quase noventa estão ainda em andamento.<ref>[http://www.nasa.gov/missions/past/index.html NASA Past Missions]. 13 dez 2010</ref><ref>[http://www.nasa.gov/missions/current/index.html NASA Current Missions]. 13 dez 2010</ref> Abaixo segue uma lista incompleta.
{{AP|Programa espacial dos Estados Unidos|Voo espacial tripulado}}
A NASA já operou e opera inúmeros programas, desde missões interplanetárias a satélites terrestres. 31 missões já foram encerradas e em 2010 quase noventa estão ainda em andamento.<ref>[http://www.nasa.gov/missions/past/index.html NASA Past Missions]. 13 dez 2010</ref><ref>[http://www.nasa.gov/missions/current/index.html NASA Current Missions]. 13 dez 2010</ref>
 
==== Programa X-15 (1954-1968) ====
{{AP|North American X-15}}
 
[[Imagem:X-15_flying.jpg|thumb|esquerda|X-15 em voo motorizado]]
 
A NASA herdou a aeronave experimental de pesquisa hipersônica movida a foguete [[X-15]] da [[NACA]], desenvolvida em conjunto com a [[Força Aérea dos Estados Unidos|Força Aérea]] e a [[Marinha dos Estados Unidos]]. Três aviões foram construídos a partir de 1955. O X-15 foi lançado da asa de um dos dois [[Boeing B-52 Stratofortress]]es da NASA, cauda NB52A número 52-003, e NB52B, cauda número 52-008 (conhecido como Balls 8). A liberação ocorreu a uma altitude de cerca de 45 000 pés (14 km) e a uma velocidade de cerca de 500 milhas por hora (805 km/h).<ref name="E-4942">{{citar web |url=http://www.dfrc.nasa.gov/Gallery/Photo/X-15/HTML/E-4942.html |título=X-15 launch from B-52 mothership |publicado=Armstrong Flight Research Center |data=6 de fevereiro de 2002 |id=Photo E-4942 |acessodata=30 de agosto de 2021 |arquivodata=27 de maio de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210527122519/https://www.dfrc.nasa.gov/Gallery/Photo/X-15/HTML/E-4942.html}}</ref>
 
Doze pilotos foram selecionados para o programa da Força Aérea, Marinha e NACA. Um total de 199 voos foram realizados entre junho de 1959 e dezembro de 1968, resultando no recorde mundial oficial para a maior velocidade já alcançada por uma aeronave com tripulação e uma velocidade máxima de [[Número de Mach|Mach]] 6,72, ou 4 519 milhas por hora (7 273 km/h).<ref name="Fastest">[http://www.aerospaceweb.org/aircraft/research/x15/ Aircraft Museum X-15."] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110921174821/http://www.aerospaceweb.org/aircraft/research/x15/ |data=21 de setembro de 2011}} ''Aerospaceweb.org'', 24 de novembro de 2008.</ref> O recorde de altitude para o X-15 foi de 354 200 pés (107,96 km).<ref name="NASAHyper" /> Oito dos pilotos receberam o [[distintivo]] "Asas de Astronauta" da Força Aérea por voar acima de 260 000 pés (80 km), e dois voos de [[Joseph Walker|Joseph A. Walker]] excederam 100 quilômetros (330 000 pés), qualificando-se como um voo espacial de acordo com a [[Federação Aeronáutica Internacional]]. O programa X-15 empregou técnicas mecânicas usadas nos programas posteriores de voos espaciais tripulados, incluindo jatos de sistema de controle de reação para controlar a orientação de uma espaçonave, trajes espaciais e definição de horizonte para navegação.<ref name="NASAHyper">[https://www.nasa.gov/centers/dryden/news/FactSheets/FS-052-DFRC.html NASA, X-15 Hypersonic Research Program] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20181007011246/https://www.nasa.gov/centers/dryden/news/FactSheets/FS-052-DFRC.html |data=7 de outubro de 2018}}, acessado em 17 de outubro de 2011</ref> Os dados de reentrada e pouso coletados foram valiosos para a NASA no projeto do [[ônibus espacial]].<ref name="AerospacewebX15">[http://www.aerospaceweb.org/aircraft/research/x15/ Aerospaceweb, North American X-15] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110921174821/http://www.aerospaceweb.org/aircraft/research/x15/ |data=21 de setembro de 2011}}. Aerospaceweb.org. acessado em 3 de novembro de 2011.</ref>


=== Programas tripulados ===
==== Programa Mercury (1958–1963) ====  
==== Programa Mercury ====  
{{AP|Projeto Mercury}}
{{AP|[[Programa Mercury]]}}
[[Ficheiro:Alan Shepard pouso.jpg|thumb|[[Alan Shepard]] após pouso do [[Mercury-Redstone 3]]]]
Realizado sob a pressão da concorrência entre os EUA e a União Soviética que existiu durante a [[Guerra Fria]], o Programa Mercury foi iniciado em 1958 e lançou a NASA no caminho da exploração humana do espaço com as missões destinadas a descobrir se o homem poderia sobreviver no [[espaço sideral]]. Representantes do Exército, Marinha e Força Aérea dos EUA foram selecionados para prestar assistência à NASA. Em 5 de maio de 1961 o astronauta [[Alan Shepard]] se tornou o primeiro estadunidense no espaço pilotando a [[Mercury-Redstone 3|Freedom 7]] em um voo suborbital de 15 minutos. [[John Glenn]] se tornou o primeiro estadunidense a orbitar a Terra em 20 de fevereiro de 1962 durante o voo da [[Mercury-Atlas 6|Friendship 7]].<ref name="ShepardsRide">Loyd S. Swenson Jr., James M. Grimwood & Charles C. Alexander. [http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4201/toc.htm ''This New Ocean: A History of Project Mercury'']. NASA History Series, 1989</ref>
Realizado sob a pressão da concorrência entre os EUA e a União Soviética que existiu durante a [[Guerra Fria]], o Programa Mercury foi iniciado em 1958 e lançou a NASA no caminho da exploração humana do espaço com as missões destinadas a descobrir se o homem poderia sobreviver no [[espaço sideral]]. Representantes do Exército, Marinha e Força Aérea dos EUA foram selecionados para prestar assistência à NASA. Em 5 de maio de 1961 o astronauta [[Alan Shepard]] se tornou o primeiro estadunidense no espaço pilotando a [[Mercury-Redstone 3|Freedom 7]] em um voo suborbital de 15 minutos. [[John Glenn]] se tornou o primeiro estadunidense a orbitar a Terra em 20 de fevereiro de 1962 durante o voo da [[Mercury-Atlas 6|Friendship 7]].<ref name="ShepardsRide">Loyd S. Swenson Jr., James M. Grimwood & Charles C. Alexander. [http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4201/toc.htm ''This New Ocean: A History of Project Mercury'']. NASA History Series, 1989</ref>


==== Projeto Gemini ====  
==== Projeto Gemini (1961–1966) ====  
{{AP | [[Projeto Gemini]] }}
{{AP|Projeto Gemini}}
O [[Projeto Gemini]] se concentrou em realizar experimentos e desenvolver e praticar as técnicas necessárias para missões lunares. O primeiro voo Gemini com astronautas a bordo, o [[Gemini III]], foi pilotado por [[Virgil Grissom|Gus Grissom]] e [[John Young]] em 23 de março de 1965 .<ref name="TheLastHurdle">{{citar livro|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/toc.htm|título=On the Shoulders of Titans: A History of Project Gemini|formato=url|capítulo=10-1 The Last Hurdle|capítulourl=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/ch10-1.htm|publicadopor=NASA|obra=Published as NASA Special Publication-4203 in the NASA History Series|primeiro =James M.|último =Grimwood|editor-nome1 =David|editor-sobrenome1 =Woods|editor-nome2 =Chris|editor-sobrenome2 =Gamble|acessodata=14 de julho de 2009|ano=1977|isbn=0160671574}}</ref> Seguiram-se mais nove missões, mostrando que eram possíveis o voo espacial humano de longa duração e o encontro e acoplagem com um outro veículo no espaço, além de coletar dados médicos sobre os efeitos da [[microgravidade]] sobre os seres humanos .<ref name="PlansforGemini3">{{citar livro|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/toc.htm|título=On the Shoulders of Titans: A History of Project Gemini|formato=url|capítulo=12-5 Two Weeks in a Spacecraft|capítulourl=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/ch12-5.htm|publicadopor=NASA|obra=Published as NASA Special Publication-4203 in the NASA History Series|primeiro =James M.|último =Grimwood|editor-nome1 =David|editor-sobrenome1 =Woods|editor-nome2 =Chris|editor-sobrenome2 =Gamble|acessodata=14 de julho de 2009|ano=1977|isbn=0160671574}}</ref><ref name="AnAlternativeTarget">{{citar livro|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/toc.htm|título=On the Shoulders of Titans: A History of Project Gemini|formato=url|capítulo=13-3 An Alternative Target|capítulourl=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/ch13-3.htm|publicadopor=NASA|obra=Published as NASA Special Publication-4203 in the NASA History Series|primeiro =James M.|último =Grimwood|editor-nome1 =David|editor-sobrenome1 =Woods|editor-nome2 =Chris|editor-sobrenome2 =Gamble|acessodata=14 de julho de 2009|ano=1977|isbn=0160671574}}</ref> As missões Gemini incluíram as primeiras caminhadas espaciais estadunidenses e o uso de novas manobras orbitais como encontro e acoplamento.
[[Ficheiro:Astronaut Edward White first American spacewalk Gemini 4.jpg|thumb|[[Edward White]] em um [[Atividade extraveicular|passeio espacial]] no [[Gemini IV]]]]
O [[Projeto Gemini]] se concentrou em realizar experimentos e desenvolver e praticar as técnicas necessárias para missões lunares. O primeiro voo Gemini com astronautas a bordo, o [[Gemini III]], foi pilotado por [[Virgil Grissom|Gus Grissom]] e [[John Young]] em 23 de março de 1965.<ref name="TheLastHurdle">{{citar livro|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/toc.htm|título=On the Shoulders of Titans: A History of Project Gemini|formato=url|capítulo=10-1 The Last Hurdle|capítulourl=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/ch10-1.htm|publicadopor=NASA|obra=Published as NASA Special Publication-4203 in the NASA History Series|primeiro =James M.|último =Grimwood|editor-nome1 =David|editor-sobrenome1 =Woods|editor-nome2 =Chris|editor-sobrenome2 =Gamble|acessodata=14 de julho de 2009|ano=1977|isbn=0160671574}}</ref> Seguiram-se mais nove missões, mostrando que eram possíveis o voo espacial humano de longa duração e o encontro e acoplagem com um outro veículo no espaço, além de coletar dados médicos sobre os efeitos da [[microgravidade]] sobre os seres humanos.<ref name="PlansforGemini3">{{citar livro|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/toc.htm|título=On the Shoulders of Titans: A History of Project Gemini|formato=url|capítulo=12-5 Two Weeks in a Spacecraft|capítulourl=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/ch12-5.htm|publicadopor=NASA|obra=Published as NASA Special Publication-4203 in the NASA History Series|primeiro =James M.|último =Grimwood|editor-nome1 =David|editor-sobrenome1 =Woods|editor-nome2 =Chris|editor-sobrenome2 =Gamble|acessodata=14 de julho de 2009|ano=1977|isbn=0160671574}}</ref><ref name="AnAlternativeTarget">{{citar livro|url=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/toc.htm|título=On the Shoulders of Titans: A History of Project Gemini|formato=url|capítulo=13-3 An Alternative Target|capítulourl=http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4203/ch13-3.htm|publicadopor=NASA|obra=Published as NASA Special Publication-4203 in the NASA History Series|primeiro =James M.|último =Grimwood|editor-nome1 =David|editor-sobrenome1 =Woods|editor-nome2 =Chris|editor-sobrenome2 =Gamble|acessodata=14 de julho de 2009|ano=1977|isbn=0160671574}}</ref> As missões Gemini incluíram as primeiras caminhadas espaciais estadunidenses e o uso de novas manobras orbitais como encontro e acoplamento.


==== Projeto Apollo ====  
==== Projeto Apollo (1960–1972) ====  
{{AP | [[Projeto Apollo]]}}
{{AP|Projeto Apollo}}
[[Ficheiro:Aldrin Apollo 11.jpg|thumb|[[Buzz Aldrin]] fotografado na Lua por [[Neil Armstrong]] - [[Apollo 11]].]]
[[Ficheiro:Skylab 3 Close-Up - GPN-2000-001711.jpg|thumb|[[Skylab]] em órbita.]]
[[Ficheiro:Columbia.sts-1.01.jpg|thumb|Ônibus Espacial [[Columbia (ônibus espacial)|Columbia]] na torre de lançamento.]]
[[Ficheiro:ISSpoststs131.jpg|thumb|A [[Estação Espacial Internacional]]]]


O Projeto Apollo levou os primeiros seres humanos até a Lua. A [[Apollo 11]] pousou na Lua em 20 de julho de 1969 com os astronautas [[Neil Armstrong]] e [[Buzz Aldrin]]. Cinco missões Apollo subseqüentes também desembarcaram astronautas na Lua, o último em dezembro de 1972. Nestes voos doze homens caminharam sobre a Lua no total. Estas missões retornaram com uma riqueza de dados científicos e muitas amostras de rochas lunares. Os experimentos realizados na superfície lunar estudaram a [[mecânica dos solos]], [[meteoroide]]s, [[sismologia]], [[transferência de calor]], [[campos magnéticos]] e [[vento solar]].<ref>{{citar livro|último =Chaikin|primeiro =Andrew|título=A Man on the Moon|publicadopor=Penguin Books|local=New York|ano=1998|isbn=0140272011}}</ref>
A percepção do público estadunidense sobre a liderança soviética na [[corrida espacial]] (colocando o [[Iuri Gagarin|primeiro humano no espaço]]) motivou o presidente [[John F. Kennedy]]<ref>{{citar web|título=The Decision to Go to the Moon: President John F. Kennedy's May 25, 1961 Speech before Congress|url=https://history.nasa.gov/moondec.html|acessodata=2020-06-03|website=history.nasa.gov|arquivodata=23 de maio de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200523060729/https://history.nasa.gov/moondec.html}}</ref> a pedir ao [[Congresso dos Estados Unidos]] em 25 de maio de 1961 que comprometesse o governo federal com um programa de [[Alunissagem|aterrissagem de um homem na Lua]] no final da década de 1960, o que efetivamente lançou o [[Programa Apollo]].<ref>{{YouTube|TUXuV7XbZvU|John F. Kennedy "Landing a man on the Moon" Address to Congress}}, speech</ref>
[[Imagem:Apollo 15 flag, rover, LM, Irwin cropped.jpg|thumb|esquerda|O astronauta [[James Irwin]] caminha sobre a [[Lua]] próximo ao [[Módulo Lunar Apollo|módulo de aterrissagem]] e o [[rover lunar]] da [[Apollo 15]], em 1971. Os Estados Unidos são o único país que enviou [[Alunissagem|missões tripuladas à superfície lunar]].]]


A Apollo lançou marcos fundamentais na história dos voos espaciais tripulados, enviando missões para além da órbita baixa da Terra e seres humanos para outro corpo celeste.<ref>[http://history.nasa.gov/ap11ann/missions.htm 30th Anniversary of Apollo 11, Manned Apollo Missions]. NASA, 1999.</ref> A [[Apollo 8]] foi a primeira nave espacial tripulada em órbita de um outro corpo celeste, enquanto a [[Apollo 17]] assinalou a última caminhada espacial e a última missão tripulada para além de órbita baixa terrestre. O programa estimulou avanços em muitas áreas da tecnologia além da área dos foguetes e voos espaciais tripulados, incluindo a [[aviação]], [[telecomunicações]] e [[computadores]]. A Apollo despertou interesse em muitos campos da engenharia e produziu muitas instalações e máquinas pioneiras. Muitos objetos e artefatos criados neste programa são hoje valiosas peças de museu.
O projeto Apollo foi um dos programas científicos estadunidenses mais caros de todos os tempos. Custou mais de 20 bilhões de dólares na década de 1960<ref name="Butts">{{citar web |último1 =Butts |primeiro1 =Glenn |último2 =Linton |primeiro2 =Kent |título=The Joint Confidence Level Paradox: A History of Denial, 2009 NASA Cost Symposium |data=28 de abril de 2009 |páginas=25–26 |url=https://science.ksc.nasa.gov/shuttle/nexgen/Nexgen_Downloads/Butts_NASA's_Joint_Cost-Schedule_Paradox_-_A_History_of_Denial.pdf |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111026132859/http://science.ksc.nasa.gov/shuttle/nexgen/Nexgen_Downloads/Butts_NASA%27s_Joint_Cost-Schedule_Paradox_-_A_History_of_Denial.pdf |arquivodata=26 de outubro de 2011 |acessodata=23 de dezembro de 2021 }}</ref> ou cerca de 225 bilhões de dólares em valores atuais. (Em comparação, o [[Projeto Manhattan]] custou cerca de 28,8 bilhões de dólares, contabilizando a inflação.)<ref name="harv">{{citar livro|último =Nichols |primeiro =Kenneth David |autorlink =Kenneth Nichols |título=The Road to Trinity: A Personal Account of How America's Nuclear Policies Were Made, pp 34–35 |local=Nova York |publicado=William Morrow and Company |data=1987 |isbn=978-0-688-06910-0 |oclc=15223648 }}</ref> Ele usava os [[Saturno (família de foguetes)|foguetes Saturno]] como veículos de lançamento, que eram muito maiores do que os foguetes construídos para projetos anteriores.<ref name="AstroSat5">{{citar web |url=http://www.astronautix.com/lvs/saturnv.htm |título=Saturn V |publicado=Encyclopedia Astronautica |acessodata=13 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111007153222/http://astronautix.com/lvs/saturnv.htm |arquivodata=7 de outubro de 2011}}</ref> A espaçonave também era maior; tinha duas partes principais, o [[Módulo de Comando e Serviço Apollo]] (CSM, sigla em inglês) e o [[Módulo Lunar Apollo]] (LM), que deveria ser deixado na Lua, sendo que apenas o módulo de comando (CM), contendo os três astronautas, retornaria à Terra.{{nota de rodapé|O estágio de descida do LM permaneceu na Lua após o pouso, enquanto o estágio de ascensão trouxe os dois astronautas de volta ao CSM e depois caiu de volta para a Lua.}}


==== Skylab ====
A segunda missão tripulada, a [[Apollo 8]], trouxe astronautas pela primeira vez em um voo ao redor da Lua em dezembro de 1968.<ref name="NASAApol8">{{citar web |url=https://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch11-6.html |título=Apollo 8: The First Lunar Voyage |publicado=NASA |acessodata=13 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111027194659/http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch11-6.html |arquivodata=27 de outubro de 2011}}</ref> Pouco antes, os soviéticos haviam enviado uma espaçonave não tripulada ao redor da Lua.<ref name="Siddiqi">{{citar livro|último =Siddiqi |primeiro =Asif A. |título=The Soviet Space Race with Apollo |páginas=654–656 |data=2003 |publicado=Gainesville: University Press of Florida |isbn=978-0-8130-2628-2}}</ref> Nas duas missões seguintes, manobras de atracação que eram necessárias para o pouso na Lua foram praticadas<ref name="NasaApollo9">{{citar web |url=https://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch12-5.html |título=Apollo 9: Earth Orbital trials |publicado=NASA |acessodata=13 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111027200206/http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch12-5.html |arquivodata=27 de outubro de 2011}}</ref><ref name="NASAApollo10">{{citar web |url=https://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch12-7.html |título=Apollo 10: The Dress Rehearsal |publicado=NASA |acessodata=13 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111027193342/http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch12-7.html |arquivodata=27 de outubro de 2011}}</ref> e, finalmente, o pouso na Lua foi feito na missão [[Apollo 11]] em julho de 1969.<ref name="NasaApollo11">{{citar web |url=https://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch14-4.html |título=The First Landing |publicado=NASA |acessodata=13 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111027234250/http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/SP-4205/ch14-4.html |arquivodata=27 de outubro de 2011}}</ref>
{{AP|[[Skylab]]}}
O Skylab foi a primeira [[estação espacial]] que os Estados Unidos lançaram em órbita.<ref name="skylabFirst">{{citar livro|url=http://ntrs.nasa.gov/archive/nasa/casi.ntrs.nasa.gov/19770020211_1977020211.pdf|título=Skylab Our First Space Station – NASA report|formato=PDF|id=NASA-SP-400|ano=1977|publicadopor=NASA|editor-nome =Leland F.|editor-sobrenome =Belew|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> A estação permaneceu em órbita da Terra entre 1973 e 1979, e foi visitada por equipes três vezes, em 1973 e 1974. Ela incluiu um laboratório para estudar os efeitos da microgravidade e um observatório solar.<ref name="skylabFirst"/> O [[Space Shuttle]] (ônibus espacial) foi planejado para acoplar com o Skylab e elevá-lo para uma altitude segura, mas o Skylab reentrou na atmosfera e foi destruído em 1979, antes que o primeiro ônibus espacial pudesse ser lançado.<ref name="skylabchronology">{{citar livro|url=http://history.nasa.gov/SP-4011/cover.htm|título=Skylab:A Chronology|primeiro1 =Roland W.|último1 =Newkirk|primeiro2 =Ivan D.|último2 =Ertel|primeiro3 =Courtney G.|último3 =Brooks|publicadopor=NASA|id=NASA-SP-4011|ano=1977|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref>


==== Ônibus Espacial ====  
A [[Lista de pessoas que caminharam sobre a Lua|primeira pessoa a andar na Lua]] foi [[Neil Armstrong]], que foi seguido 19 minutos depois por [[Buzz Aldrin]], enquanto [[Michael Collins]] orbitava acima. Cinco missões Apollo subsequentes também pousaram astronautas na Lua, a última em dezembro de 1972. Ao longo desses seis voos espaciais da Apollo, doze homens caminharam na [[Lua]]. Essas missões retornaram uma riqueza de dados científicos e 381,7 kg de amostras lunares. Os tópicos cobertos por experimentos realizados incluíram [[mecânica dos solos]], [[meteoroide]]s, [[sismologia]], [[fluxo de calor]], [[Lunar Laser Ranging experiment|alcance lunar]], [[campos magnéticos]] e [[vento solar]].<ref>{{citar livro|último =Chaikin |primeiro =Andrew |título=A Man on the Moon |url=https://books.google.com/books?id=CuXqumwrH6gC |data=16 de março de 1998 |publicado=Penguin Books |local=Nova York |isbn=978-0-14-027201-7 |acessodata=28 de setembro de 2020 |arquivodata=16 de dezembro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191216143814/https://books.google.com/books?id=CuXqumwrH6gC}}</ref> O pouso na Lua marcou o fim da corrida espacial; e como um gesto, Armstrong mencionou a [[humanidade]] quando pisou na Lua.<ref>[http://www.phrases.org.uk/meanings/324100.html The Phrase Finder:] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110924171813/http://www.phrases.org.uk/meanings/324100.html |data=24 de setembro de 2011}}'' ... a giant leap for mankind'', acessado em 1 de outubro de 2011</ref>


{{AP | [[Ônibus Espacial]] }}
==== Skylab (1965–1979) ====
{{AP|Skylab}}
[[Ficheiro:Skylab_(SL-4).jpg|thumb|[[Skylab]] em órbita.]]


O Ônibus Espacial se tornou o foco da NASA no final de 1970 e na década de 1980. Planejados como veículos reutilizáveis, quatro ônibus espaciais foram construídos. O primeiro a ser lançado, em 12 de abril de 1981, foi o [[Columbia (ônibus espacial)|Columbia]].<ref name="Odyssey">{{citar livro|primeiro =Stephen|último =Lyle|editor-sobrenome =Bernier|editor-nome =Serge|título=Space Odyssey: The First Forty Years of Space Exploration|publicadopor=[[Cambridge University Press]]|ano=2002|isbn=0-521-81356-5}}</ref>
O [[Skylab]] foi a primeira e única [[estação espacial]] construída de forma independente nos [[Estados Unidos]].<ref name="skylabFirst">{{citar livro|url=https://ntrs.nasa.gov/archive/nasa/casi.ntrs.nasa.gov/19770020211_1977020211.pdf |título=Skylab Our First Space Station—NASA report |id=NASA-SP-400 |data=1977 |publicado=NASA |editor-nome =Leland F. |editor-sobrenome =Belew |acessodata=15 de julho de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100317234819/http://ntrs.nasa.gov/archive/nasa/casi.ntrs.nasa.gov/19770020211_1977020211.pdf |arquivodata=17 de março de 2010}}</ref> Concebida em 1965 como uma oficina a ser construída no espaço a partir de um estágio superior do Saturno IB gasto, a estação de 169 950 lb (77 088 kg) foi construída na Terra e lançada em 14 de maio de 1973, no topo dos dois primeiros estágios de um [[Saturno V]], em uma órbita de 235 milhas náuticas (435 km) inclinada a 50° em relação ao [[Linha do equador|equador]]. Danificado durante o lançamento pela perda de sua proteção térmica e um painel solar de geração de eletricidade, foi reparado para receber sua primeira tripulação. Foi ocupado por um total de 171 dias por três tripulações sucessivas em 1973 e 1974.<ref name="skylabFirst" />


Em 1995 a interação russo-americana foi retomada com o [[Programa Shuttle-Mir]]. Uma vez mais um veículo estadunidense atracou com uma nave russa, desta vez uma estação espacial completa. Esta cooperação entre a Rússia e os EUA continua até hoje, sendo ambos os maiores parceiros na maior estação espacial já construída, a [[Estação Espacial Internacional]]. A força da sua colaboração neste projeto se tornou ainda mais evidente quando a NASA começou a delegar a veículos lançadores russos o serviço à Estação Espacial durante a interrupção de dois anos nos voos do ônibus após o desastre de 2003 com o [[Columbia (ônibus espacial)|Columbia]].
Incluía um laboratório para estudar os efeitos da [[microgravidade]] e um observatório solar.<ref name="skylabFirst" /> A NASA planejou uma doca do [[ônibus espacial]] e elevar o Skylab a uma altitude segura mais alta, mas o ônibus espacial não estava pronto para voar antes da reentrada do Skylab em 11 de julho de 1979.<ref name="livingandworking">Benson, Charles Dunlap and William David Compton. ''[https://history.nasa.gov/SP-4208/contents.htm Living and Working in Space: A History of Skylab] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20151105142105/http://history.nasa.gov/SP-4208/contents.htm |data=5 de novembro de 2015}}''. NASA publication SP-4208.</ref>


A frota de ônibus perdeu dois veículos e 14 astronautas em dois acidentes, um com o [[Challenger]] em 1986, e o outro com o Columbia em 2003.<ref name="delays1">{{citar jornal|url=http://www.usatoday.com/tech/science/space/2008-01-07-nasawoes_N.htm|título=Shuttle delays endanger space station|acessodata=15 de julho de 2009|publicadopor=[[USA Today]]|ano=2007|primeiro =Traci|último =Watson}}</ref> Embora a perda de 1986 fosse atenuada com a construção da [[Endeavour (ônibus espacial)|Endeavour]] a partir de peças de reposição, a NASA não construiu outra nave para substituir a segunda perda.<ref name="delays1"/> O programa fez 132 lançamentos bem sucedidos.
Para reduzir o custo, a NASA usou um dos foguetes Saturno V originalmente reservados para uma missão cancelada do [[Programa Apollo]] para lançar o Skylab. As espaçonaves Apollo foram usadas para transportar astronautas de e para a estação. Três tripulações de três homens permaneceram a bordo da estação por períodos de 28, 59 e 84 dias. O volume habitável do Skylab era de 11 290 pés cúbicos (320 m³), que era 30,7 vezes maior do que o [[Módulo de Comando e Serviço Apollo|Módulo de Comando Apollo]].<ref name="livingandworking" />


==== Estação Espacial Internacional ====  
==== Apollo-Soyuz (1972-1975) ====


{{AP | [[Estação Espacial Internacional]]}}
{{AP|Apollo–Soyuz}}


A Estação Espacial Internacional (EEI) é uma instalação internacional de pesquisa montada em órbita baixa da Terra. A construção da estação começou em 1998 e, de acordo com a NASA, foi concluída em 2011, com operações continuadas pelo menos até 2015.<ref name="Popular Mechanics">{{citar web|url=http://www.popularmechanics.com/science/air_space/4275571.html|título=The Uncertain Future of the International Space Station: Analysis|autor=Rand Simberg|data=29 de julho de 2008|acessodata=6 de março de 2009|publicadopor=[[Popular Mechanics]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090331140838/http://www.popularmechanics.com/science/air_space/4275571.html#|arquivodata=31 de março de 2009|urlmorta=yes}}</ref> A estação pode ser vista da Terra a olho nu e atualmente é o maior satélite artificial do planeta, com uma massa maior que a de qualquer estação espacial anterior.
[[Imagem:Portrait_of_ASTP_crews_-_restoration-crop.jpg|thumb|Tripulações soviética e estadunidense com modelo de nave espacial, 1975]]


A EEI é operada como um projeto conjunto entre a NASA, a [[Agência Espacial Russa]], a [[JAXA|Agência de Exploração Aeroespacial do Japão]], a [[Agência Espacial Canadense]], e a [[Agência Espacial Europeia]]. A posse e utilização da estação são definidas através de diversos tratados e acordos inter-governamentais, com a Rússia mantendo a propriedade plena de seus próprios módulos e o resto da estação sendo disponibilizado entre os outros parceiros internacionais. A estação se valeu da frota dos ônibus espaciais para conduzir todas as missões mais importantes. O custo da estação foi estimado pela Agência Espacial Europeia em 100 bilhões de euros ao longo de um ciclo de 30 anos, embora as estimativas de custo variem entre 35 e 160 bilhões de dólares, tornando a EEI o mais caro objeto já construído.
Em 24 de maio de 1972, o então presidente estadunidense [[Richard M. Nixon]] e o primeiro-ministro soviético [[Alexei Kosygin]] assinaram um acordo convocando uma missão espacial tripulada conjunta e declarando a intenção de que todas as futuras naves espaciais tripuladas internacionais fossem capazes de acoplar umas às outras.<ref>{{citar livro|último =Gatland |primeiro =Kenneth |título=Manned Spacecraft, Second Revision |publicado=Macmillan Publishing Co., Inc. |data=1976 |local=Nova York |página=247 |isbn=978-0-02-542820-1}}</ref> Isso autorizou o [[Apollo–Soyuz|Projeto de Teste Apollo–Soyuz]] (ASTP, sigla em inglês), envolvendo o encontro e acoplamento na órbita da Terra de um [[Módulo de Comando e Serviço Apollo|módulo de comando e serviço da Apollo]] excedente com uma espaçonave [[Soyuz]]. A missão ocorreu em 17 de julho de 1975.<ref name="Hollingham">{{citar web|url=https://www.bbc.com/future/article/20130908-us-must-work-with-china-in-space|título=Why the United States needs to work with China in space|autor=Hollingham, Richard|data=8 de setembro de 2013|publicado=BBC Future {{en}}|acessodata=17 de julho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Este foi o último voo espacial humano dos Estados Unidos até o primeiro voo orbital do [[ônibus espacial]] em abril de 1981.<ref name="ASTP">{{citar web |url=http://www-pao.ksc.nasa.gov/kscpao/history/astp/astp.html |título=The Apollo Soyuz Test Project |primeiro =Kay |último =Grinter |data=23 de abril de 2003 |acessodata=15 de julho de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090725172011/http://www-pao.ksc.nasa.gov/kscpao/history/astp/astp.html |arquivodata=25 de julho de 2009 }}</ref>


=== Programas não tripulados ===  
A missão incluiu [[experimentos científicos]] conjuntos e separados e forneceu experiência útil de engenharia para futuros voos espaciais conjuntos entre Estados Unidos e [[Rússia]] ([[Estado sucessor]] da [[União Soviética]]), como o [[programa Shuttle-Mir]] e a [[Estação Espacial Internacional]].<ref name="Shuttle-MIR">[https://spaceflight.nasa.gov/history/shuttle-mir/history/h-t-long.htm NASA, Shuttle-MIR history] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20181007011459/https://spaceflight.nasa.gov/history/shuttle-mir/history/h-t-long.htm |data=7 de outubro de 2018}}, acessado em 15 de outubro de 2011</ref> Simbolicamente, o [[acoplamento (astronáutica)|acoplamento]] ''Apollo–Soyuz'' marcou  o fim da [[corrida espacial]].<ref name="Hollingham"/><ref>{{citar web|url=https://www.space.com/space-race.html|título=What was the space race? Origins, events and timeline|autor=Adam Mann, Callum McKelvie|data=8 de julho de 2022|publicado=Space.com {{en}}|acessodata=17 de julho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>


Abaixo, a lista de alguns programas não-tripulados mantidos pela '''NASA''':
=== Voos espaciais tripulados modernos ===
==== Ônibus espacial (1972–2011) ====
{{AP|Ônibus espacial}}
[[Imagem:STS120LaunchHiRes-edit1.jpg|thumb|esquerda|upright|Lançamento do ''[[Discovery (ônibus espacial)|Discovery]]'' na missão [[STS-120]]]]


==== Programa Mariner ====
O [[ônibus espacial]] se tornou o principal foco da NASA no final dos anos 1970 e 1980. Originalmente planejado como um veículo totalmente reutilizável, o projeto foi alterado para usar um [[Tanque externo|tanque de propelente externo descartável]] para reduzir o custo de desenvolvimento, e quatro [[orbitador]]es do ônibus espacial foram construídos em 1985. O primeiro a ser lançado, ''[[Columbia (ônibus espacial)|Columbia]]'', o fez em 12 de abril, 1981, o 20º aniversário do [[Vostok 1|primeiro voo espacial humano]].<ref>[http://www.astronautix.com/flights/vostok1.htm Encyclopedia Astronautica, Vostok 1] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20111028203027/http://www.astronautix.com/flights/vostok1.htm |data=28 de outubro de  2011}}, acessado em 18 de outubro de 2011</ref>
{{AP|[[Programa Mariner]]}}


O Programa Mariner lançou uma série de sondas interplanetárias robóticas para investigar vários planetas. O programa realizou uma série de conquistas inéditas, entre elas o primeiro sobrevoo de um outro planeta, as primeiras imagens próximas de um outro planeta, a primeira sonda orbital planetária e a primeira manobra espacial com auxílio da [[gravidade]].
Seus principais componentes eram um [[avião espacial]] orbitador com um tanque de combustível externo e dois foguetes de lançamento de combustível sólido ao lado. O tanque externo, maior do que a própria espaçonave, era o único componente importante que não era reutilizado. O ônibus espacial podia orbitar em altitudes de 185-643 km (115-400 milhas)<ref name="ShuttleBas">[https://www.nasa.gov/returntoflight/system/system_STS.html NASA, Shuttle Basics] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20181007011729/https://www.nasa.gov/returntoflight/system/system_STS.html |data=7 de outubro de 2018}}, acessado em 18 de outubro de 2011</ref> e transportar uma carga útil máxima (para órbita baixa) de 24 400 kg (54 000 lb).<ref name="AstroShutt">[http://www.astronautix.com/lvs/shuttle.htm Encyclopedia Astronautica, Shuttle] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20040407180138/http://www.astronautix.com/lvs/shuttle.htm |data=7 de abril de 2004}}, acessado em 18 de outubro de 2011</ref> As missões podiam durar de 5 a 17 dias e as tripulações podiam ter de dois a oito astronautas.<ref name="ShuttleBas" />
[[Ficheiro:Imag jup pio10.jpg|left|thumb|Imagens obtidas pela [[Pioneer 10]] durante a aproximação e afastamento de [[Júpiter (planeta)|Júpiter]].]]
[[Imagem:Uranus.jpg|thumb|left|Imagem de [[Urano (planeta)|Urano]] fotografado pela [[Voyager 2]].]]


Dos dez veículos da série Mariner, sete foram bem sucedidos e três foram perdidos. As projetadas Mariner 11 e a Mariner 12 evoluíram para se tornarem a [[Voyager 1]] e a [[Voyager 2]] do [[programa Voyager]], enquanto que a [[Viking 1]] e a [[Viking 2]], de pesquisa de Marte, foram versões ampliadas da [[Mariner 9]]. Outras sondas baseadas na série Mariner incluem a [[Magellan]] para [[Vênus (planeta)|Vênus]] e a [[Galileu (sonda espacial)|Galileu]] para [[Júpiter (planeta)|Júpiter]]. A segunda geração de naves espaciais Mariner, chamada série [[Mariner Mark II]], eventualmente evoluiu para a [[sonda Cassini-Huygens]], agora em órbita em torno de [[Saturno (planeta)|Saturno]].
Em 20 missões (1983–1998), o ônibus espacial transportou o [[Spacelab]], projetado em cooperação com a [[Agência Espacial Europeia]] (ESA). O Spacelab não foi projetado para voos orbitais independentes, mas permaneceu no compartimento de carga do ônibus espacial enquanto os astronautas entravam e saíam por uma [[Eclusa de ar|eclusa de descompressão]].<ref name="AstroSpacelab">[http://www.astronautix.com/craft/spacelab.htm Encyclopedia Astronautica, Spacelab] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20111011094958/http://astronautix.com/craft/spacelab.htm |data=11 de outubro de 2011}}. Acessado em 20 de outubro de 2011</ref> Em 18 de junho de 1983, [[Sally Ride]] se tornou a primeira mulher americana no espaço, a bordo do ''[[Challenger (ônibus espacial)|Challenger]]'' durante a missão [[STS-7]].<ref>{{citar web|url=https://www.space.com/16756-sally-ride-biography.html|título=Sally Ride: First American Woman in Space|último =Spaceflight|primeiro =Kim Ann Zimmermann 2018-01-19T02:02:00Z|website=Space.com|data=19 de janeiro de 2018|língua=en|acessodata=8 de março de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190308154439/https://www.space.com/16756-sally-ride-biography.html|arquivodata=8 de março de 2019}}</ref> Outra famosa série de missões foi o lançamento e, posteriormente, o reparo bem-sucedido do [[Telescópio Espacial Hubble]] em 1990 e 1993, respectivamente.<ref name="AstroHST">[http://www.astronautix.com/craft/hst.htm Encyclopedia Astronautica, HST] {{webarchive|url=https://www.webcitation.org/611et9ZyN?url=http://www.astronautix.com/craft/hst.htm |data=18 de agosto de 2011}}. Acessado em 20 de outubro de 2011</ref>


Todas as naves Mariner foram construídas com um núcleo hexagonal ou octogonal que abriga toda a eletrônica, e ao qual se ligam todos os outros componentes, tais como antenas, câmeras, sistemas de propulsão e fontes de energia. Todas as sondas, exceto a [[Mariner 1]], a [[Mariner 2]] e a [[Mariner 5]], levavam câmeras de TV. As cinco primeiras foram lançadas em foguetes [[Atlas-Agena]], e as cinco últimas usaram o [[Atlas-Centaur]]. Todas as sondas tipo Mariner depois da [[Mariner 10]] foram lançadas com foguetes [[Titan IIIE]] e [[Titan IV]].
A frota de ônibus espaciais perdeu dois orbitadores e 14 astronautas em dois desastres: o ''[[STS-51-L|Challenger]]'' em 1986 e o ''[[Acidente do ônibus espacial Columbia|Columbia]]'' em 2003.<ref name="delays1">{{citar jornal|url=https://www.usatoday.com/tech/science/space/2008-01-07-nasawoes_N.htm |título=Shuttle delays endanger space station |acessodata=15 de julho de 2009 |website=USA Today |primeiro =Traci |último =Watson |data=8 de janeiro de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090326163205/http://www.usatoday.com/tech/science/space/2008-01-07-nasawoes_N.htm |arquivodata=26 de março de 2009}}</ref> Enquanto a perda de 1986 foi mitigada pela construção do ônibus espacial ''[[Endeavour (ônibus espacial)|Endeavour]]'' a partir de peças de reposição, a NASA não construiu outro orbitador para substituir a segunda perda.<ref name="delays1" /> O programa do ônibus espacial da NASA tinha 135 missões quando terminou com o pouso bem-sucedido do ônibus espacial ''[[Atlantis (ônibus espacial)|Atlantis]]'' no [[Centro Espacial Kennedy]] em 21 de julho de 2011. O programa durou 30 anos com mais de 300 astronautas enviados ao espaço.<ref>{{citar web |url=http://khitschicago.radio.com/2011/07/08/nasas-last-space-shuttle-flight-lifts-off-from-cape-canaveral/ |título=NASA's Last Space Shuttle Flight Lifts Off From Cape Canaveral |data=8 de julho de 2011 |publicado=KHITS Chicago |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110714034602/http://khitschicago.radio.com/2011/07/08/nasas-last-space-shuttle-flight-lifts-off-from-cape-canaveral/ |arquivodata=14 de julho de 2011}}</ref>


==== Programa Pioneer ====  
==== Estação Espacial Internacional (1993–presente) ====  
{{AP|Estação Espacial Internacional}}
[[Ficheiro:The_station_pictured_from_the_SpaceX_Crew_Dragon_5_(cropped).jpg|thumb|upright=1.2|A [[Estação Espacial Internacional]] em órbita em novembro de 2021]]
A [[Estação Espacial Internacional]] (EEI) combina o projeto da [[estação espacial]] [[Estação Espacial Freedom|''Freedom'']] da NASA com a estação soviética/russa ''[[Mir-2]]'', a estação europeia ''[[Columbus (módulo da ISS)|Columbus]]'' e o módulo de laboratório japonês ''[[Kibō (módulo da ISS)|Kibō]]''. [68] A NASA planejou originalmente na década de 1980 desenvolver sozinha a ''Freedom'', mas as restrições orçamentárias levaram à fusão desses projetos em um único programa multinacional em 1993, administrado pela NASA, a [[Agência Espacial Federal Russa]] (RKA), a [[Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial]] (JAXA), a [[Agência Espacial Europeia]] (ESA) e a [[Agência Espacial Canadense]] (CSA).<ref name="PartStates">{{citar web |url=http://www.esa.int/esaHS/partstates.html |título=Human Spaceflight and Exploration—European Participating States |acessodata=17 de janeiro de 2009 |publicado=[[Agência Espacial Europeia]] |data=2009 |arquivourl=https://www.webcitation.org/69kxgtaJx?url=http://www.esa.int/esaHS/partstates.html |arquivodata=8 de agosto de 2012 }}</ref><ref name="ISSRG">{{citar livro|autor =Gary Kitmacher |título=Reference Guide to the International Space Station |periódico=Apogee Books Space Series |publicado=[[Apogee Books]] |local=Canada |data=2006 |isbn=978-1-894959-34-6 |issn=1496-6921|páginas=71–80}}</ref> A estação consiste em módulos pressurizados, treliças externas, painéis solares e outros componentes, que foram fabricados ao redor do mundo e foram lançados pelos foguetes russos [[Proton (família de foguetes)|Proton]] e [[Soyuz (família de foguetes)|Soyuz]] e os [[ônibus espaciais]] estadunidenses.{{sfn|Catchpole|2008|p=1-2}} A montagem em órbita começou em 1998, a conclusão do Segmento Orbital dos EUA ocorreu em 2019 e a conclusão do [[Segmento Orbital Russo]] ocorreu em 2010, embora haja alguns debates sobre se novos módulos devem ser adicionados ao segmento. A propriedade e o uso da estação espacial são estabelecidos em tratados e acordos intergovernamentais<ref name="ESA-IGA">{{citar web |url=http://www.spaceflight.esa.int/users/index.cfm?act=default.page&level=11&page=1980 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090610083738/http://www.spaceflight.esa.int/users/index.cfm?act=default.page&level=11&page=1980 |arquivodata=10 de junho de 2009 |título=ISS Intergovernmental Agreement |publicado=Agência Espacial Europeia |acessodata=19 de abril de 2009 |data=19 de abril de 2009}}</ref> que dividem a estação em duas áreas e permitem que a [[Rússia]] retenha a propriedade total do Segmento Orbital Russo (com exceção do ''[[Zarya]]''),<ref name="RSA-MOU">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/mission_pages/station/structure/elements/nasa_rsa.html |título=Memorandum of Understanding Between the National Aeronautics and Space Administration of the United States of America and the Russian Space Agency Concerning Cooperation on the Civil International Space Station |publicado=NASA |acessodata=19 de abril de 2009 |data=29 de janeiro de 1998 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090610221509/http://www.nasa.gov/mission_pages/station/structure/elements/nasa_rsa.html |arquivodata=10 de junho de 2009}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.russianspaceweb.com/iss_enterprise.html |título=Russian Segment: Enterprise |último =Zak |primeiro =Anatoly |data=15 de outubro de 2008 |publicado=RussianSpaceWeb |acessodata=4 de agosto de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120920153519/http://www.russianspaceweb.com/iss_enterprise.html |arquivodata=20 de setembro de 2012}}</ref> com o segmento orbital dos EUA alocado entre os outros parceiros internacionais.<ref name="ESA-IGA" />
[[Ficheiro:Endeavour docked to ISS.jpg|thumb|esquerda|upright|Ônibus espacial ''[[Endeavour (ônibus espacial)|Endeavour]]'', [[Johannes Kepler ATV|ATV-2]], [[Soyuz TMA-21]] e [[Progress|Progress M-10M]] ancorados na EEI, conforme visto da [[Soyuz TMA-20]]]]


{{AP | [[Programa Pioneer]]}}
As missões de longa duração à EEI são chamadas de [[Lista de expedições à Estação Espacial Internacional|expedições]]. Os membros da tripulação da expedição normalmente passam cerca de seis meses na EEI.<ref>{{citar web |url=https://www.nasa.gov/centers/johnson/pdf/562641main_FS-2011-ISS%20intro.pdf |título=ISS Fact sheet: FS-2011-06-009-JSC |data=2011 |publicado=NASA |acessodata=2 de setembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130510171224/http://www.nasa.gov/centers/johnson/pdf/562641main_FS-2011-ISS%20intro.pdf |arquivodata=10 de maio de 2013}}</ref> O tamanho inicial da tripulação da expedição era de três pessoas, temporariamente reduzido para dois após o [[Acidente do ônibus espacial Columbia|desastre do ''Columbia'']]. Desde maio de 2009, o tamanho da tripulação de expedição era de seis membros,<ref>{{citar web |url=https://www.nasa.gov/pdf/423071main_mcb_joint_stmt_020110.pdf |título=MCB Joint Statement Representing Common Views on the Future of the ISS |data=3 de fevereiro de 2010 |publicado=International Space Station Multilateral Coordination Board |acessodata=16 de agosto de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121116024323/http://www.nasa.gov/pdf/423071main_mcb_joint_stmt_020110.pdf |arquivodata=16 de novembro de 2012}}</ref> o que deverá ser aumentado para sete, o número para o qual a EEI foi projetada, uma vez que o [[Programa de Tripulações Comerciais]] se torne operacional.<ref>{{citar web |url=http://www.spacenews.com/civil/120620-nasa-commercial-crew-grow-iss-pop.html |arquivourl=https://archive.today/20130105004023/http://www.spacenews.com/civil/120620-nasa-commercial-crew-grow-iss-pop.html |arquivodata=5 de janeiro de 2013 |título=Wed, 20 June, 2012 NASA Banking on Commercial Crew To Grow ISS Population |último =Leone |primeiro =Dan |data=20 de junho de 2012 |publicado=Space News |acessodata=1 de setembro de 2012}}</ref> A EEI está continuamente ocupada há 21 anos, tendo superado o recorde anterior da Mir; e foi visitada por astronautas e cosmonautas de [[Lista de visitantes da Estação Espacial Internacional|15 nações diferentes]].<ref name="10th">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/mission_pages/station/main/10th_anniversary.html |título=Nations Around the World Mark 10th Anniversary of International Space Station |publicado=NASA |data=17 de novembro de 2008 |acessodata=6 de março de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090213140619/http://www.nasa.gov//mission_pages//station//main//10th_anniversary.html |arquivodata=13 de fevereiro de 2009}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.popsci.com/science/article/2010-11/happy-anniversary-international-space-station |título=The International Space Station Has Been Continuously Inhabited for Ten Years Today |último =Boyle |primeiro =Rebecca |data=11 de novembro de 2010 |publicado=Popular Science |acessodata=1 de setembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130318033003/http://www.popsci.com/science/article/2010-11/happy-anniversary-international-space-station |arquivodata=18 de março de 2013}}</ref>


O programa Pioneer foi projetado para a exploração planetária. Na série de missões do programa as mais notáveis foram a [[Pioneer 10]] e a [[Pioneer 11]], que exploraram os planetas externos e ultrapassaram suas órbitas em direção ao espaço exterior. Ambas carregam uma placa de ouro com representações de um homem e uma mulher e informações sobre a origem e os criadores das sondas, caso qualquer vida extraterrestre as encontre algum dia.
A estação pode ser vista a partir da [[Terra]] a olho nu e, em 2021, era o maior [[satélite artificial]] na [[órbita terrestre]] com massa e volume maiores do que qualquer estação espacial anterior.<ref name="shuttlepresskit">[http://www.shuttlepresskit.com/ISS_OVR/index.htm International Space Station] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20090224042229/http://www.shuttlepresskit.com/ISS_OVR/index.htm |data=24 de fevereiro de 2009}}, acessado em 20 de outubro de 2011</ref> A espaçonave [[Soyuz]] entrega os membros da tripulação, fica atracada para as missões de meio ano e os leva de volta para casa. Várias naves espaciais de carga sem tripulação fornecem serviço para a EEI; eles são a espaçonave russa [[Progress]], que tem feito isso desde 2000, o [[Veículo de Transferência Automatizado]] (ATV) europeu desde 2008, o [[Veículo de Transferência H-II]] (HTV) japonês desde 2009, o [[SpaceX Dragon]] de 2012 a 2020 e a espaçonave estadunidense [[Cygnus (espaçonave)|Cygnus]] desde 2013. O [[ônibus espacial]], antes de sua aposentadoria, também era usado para transferência de carga e frequentemente trocava membros da tripulação da expedição, embora não tivesse a capacidade de permanecer atracado durante sua estada. Até que outra nave espacial com tripulação dos Estados Unidos esteja pronta, os membros da tripulação viajarão de e para a Estação Espacial Internacional exclusivamente a bordo da Soyuz.<ref>{{citar web |url=http://www.space.com/13664-nasa-future-space-exploration-progress.html |título=U.S. Human Spaceflight Program Still Strong, NASA Chief Says |último =Chow |primeiro =Denise |data=17 de novembro de 2011 |publicado=Space.com |acessodata=2 de julho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120625050543/http://www.space.com/13664-nasa-future-space-exploration-progress.html |arquivodata=25 de junho de 2012}}</ref> O maior número de pessoas ocupando a EEI foi treze; isso ocorreu três vezes durante as últimas missões de montagem.<ref>{{citar web|url=https://abcnews.go.com/Technology/story?id=8112821&page=1 |título=Space Shuttle, Station Dock: 13 Astronauts Together|último =Potter|primeiro =Ned|data=17 de julho de 2009|publicado=ABC News|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170630165148/https://abcnews.go.com/Technology/story?id=8112821&page=1 |arquivodata=30 de junho de 2017|acessodata=7 de setembro de 2012}}</ref>


A missão para Vênus consistiu em dois componentes lançados separadamente. A [[Pioneer Venus 1]] foi lançada em 1978 e estudou o planeta por mais de uma década após a entrar em sua órbita, e a [[Pioneer Venus 2]] enviou quatro pequenas sondas para a atmosfera venusiana.
Em 29 de março de 2019, a EEI estava programada para ter sua primeira [[Atividade extraveicular|caminhada espacial]] exclusivamente feminina, mas foi adiada; [[Jessica Meir]] e [[Christina Koch]] realizaram a primeira caminhada espacial exclusivamente feminina em 18 de outubro, como parte de uma longa série de atualizações nos sistemas de energia e observatórios de física da EEI.<ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=Iji5hTQ3CUo|título=NASA Astronauts Spacewalk Outside the International Space Station on Oct. 18|data=18 de outubro de 2019|publicado=NASA|via=YouTube|acessodata=18 de outubro de 2019|arquivodata=5 de fevereiro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200205101141/https://www.youtube.com/watch?v=Iji5hTQ3CUo}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.nu.nl/buitenland/6004873/voor-het-eerst-maakt-vrouwelijk-duo-ruimtewandeling-bij-iss.html|título=Voor het eerst maakt vrouwelijk duo ruimtewandeling bij ISS|língua=nl|website=nu.nl|data=18 de outubro de 2019|títulotrad=For the first time a female duo is taking a space walk at ISS|acessodata=18 de janeiro de 2021|arquivodata=8 de dezembro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191208170440/https://www.nu.nl/buitenland/6004873/voor-het-eerst-maakt-vrouwelijk-duo-ruimtewandeling-bij-iss.html}}</ref><ref>{{citar web |url=https://blogs.nasa.gov/spacestation/2019/10/18/nasa-tv-is-live-now-broadcasting-first-all-woman-spacewalk/ |título=NASA TV is Live Now Broadcasting First All-Woman Spacewalk |último =Garcia |primeiro =Mark |data=18 de outubro de 2019 |website=NASA Blogs |publicado=NASA |acessodata=18 de outubro de 2019 |arquivodata=8 de dezembro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191208204636/https://blogs.nasa.gov/spacestation/2019/10/18/nasa-tv-is-live-now-broadcasting-first-all-woman-spacewalk/}}</ref> O programa EEI deve continuar ativo até 2030.<ref>{{citar tweet|user=SenBillNelson |último =Nelson|primeiro =Bill|número=1075840067569139712 |data=20 de dezembro de 2018 |título=Commercial Space Company Bill Announcement|url=https://twitter.com/SenBillNelson/status/}}</ref>


==== Programa Voyager ====  
==== Programa Constellation (2005–2010) ====
{{AP|Programa Constellation}}
[[Imagem:AltairLander_design.jpg|thumb|Renderização artística do módulo de pouso [[Módulo Lunar Altair|Altair]] na [[Lua]]]]
Enquanto o programa do ônibus espacial ainda estava suspenso após a [[Acidente do ônibus espacial Columbia|perda do ''Columbia'']], o presidente [[George W. Bush]] anunciou a [[Vision for Space Exploration]], que incluía a aposentadoria do ônibus espacial após concluir a [[Estação Espacial Internacional]]. O plano foi transformado em lei pelo NASA Authorization Act de 2005 e orienta a NASA a desenvolver e lançar o [[Veículo de Exploração Tripulado]] (mais tarde chamado de [[Orion (nave espacial)|Orion]]) em 2010, retornar os estadunidenses à [[Lua]] em 2020, pousar em [[Marte (planeta)|Marte]] se possível, reparar o [[Telescópio Espacial Hubble]] e continuar a investigação científica através da exploração robótica do Sistema Solar, da presença humana na [[Estação Espacial Internacional]], na observação da Terra e na pesquisa [[astrofísica]]. Os objetivos de exploração tripulados levaram ao [[programa Constellation]] da NASA.<ref>{{citar web|url=http://www.nasa.gov/pdf/163092main_constellation_program_overview.pdf|título=Constellation Program Overview|último =Connolly|primeiro =John F.|data=Outubro de 2006|publicado=Constellation Program Office|acessodata=6 de julho de  2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070710060512/http://www.nasa.gov/pdf/163092main_constellation_program_overview.pdf|arquivodata=10 de julho de 2007}}</ref>


{{AP | [[Programa Voyager]]}}
Em 4 de dezembro de 2006, a NASA anunciou que estava planejando uma [[base lunar]] permanente.<ref name="moon2">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/pdf/164021main_lunar_architecture.pdf |título=Global Exploration Strategy and Lunar Architecture |autor =NASA Office of Public Affairs |publicado=NASA |data=4 de dezembro de 2006 |acessodata=15 de julho de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090624104112/http://www.nasa.gov/pdf/164021main_lunar_architecture.pdf |arquivodata=24 de junho de 2009}}</ref> O objetivo era começar a construir a base em 2020 e, em 2024, ter uma base totalmente funcional que permitiria a rotação da tripulação e a [[Utilização de recursos in-situ|utilização de recursos ''in-situ'']]. No entanto, em 2009, um comitê do [[Congresso dos Estados Unidos]] concluiu que o programa estava em uma "trajetória insustentável".<ref>{{citar web |url=https://www.nasa.gov/pdf/396093main_HSF_Cmte_FinalReport.pdf |título=Review of United States Human Space Flight Plans Committee |data=22 de outubro de 2009 |publicado=Office of Science and Technology Policy |acessodata=13 de dezembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111213100849/http://www.nasa.gov/pdf/396093main_HSF_Cmte_FinalReport.pdf |arquivodata=13 de dezembro de 2011}}</ref> Em fevereiro de 2010, a administração do presidente [[Barack Obama]] propôs eliminar os fundos públicos para o projeto.<ref name="Achenbach">{{citar jornal|url=https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/01/31/AR2010013101058.html|título=NASA budget for 2011 eliminates funds for manned lunar missions|jornal=Washington Post|data=1 de fevereiro de 2010|acessodata=1 de fevereiro de 2010|primeiro =Joel|último =Achenbach|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100321220708/http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/01/31/AR2010013101058.html|arquivodata=21 de março de 2010}}</ref>


O programa Voyager consiste de um par de sondas, a [[Voyager 1]] e a [[Voyager 2]]. Elas foram lançadas em 1977 aproveitando um alinhamento planetário favorável. Apesar de terem sido oficialmente planejadas para estudar apenas Júpiter e Saturno, as duas sondas foram capazes de continuar sua missão no sistema solar exterior. Ambas alcançaram a [[velocidade de escape]] do sistema solar e nunca mais voltarão, e ambas, ainda operacionais, vêm reunindo grandes quantidades de dados sobre os [[gigantes gasosos]] do sistema solar, dos quais pouco era conhecido anteriormente.<ref>[http://hypertextbook.com/facts/1997/PatricePean.shtml Speed of the Voyager Space Probes]</ref> Em 13 de dezembro de 2010, depois de meses à espera da confirmação dos dados, a NASA anunciou que a [[Voyager 1]], viajando a uma velocidade de 17 km/s, havia em junho deste ano alcançado a zona de [[heliopausa]], tornando-se o primeiro artefato humano a chegar à fronteira do Sistema Solar. No dia 12 de Setembro de 2013 a NASA confirmou que a [[Voyager 1]] deixou portanto o [[Sistema Solar]].<ref>Cook, Jia-Rui & Brown, Dwayne. [http://www.nasa.gov/mission_pages/voyager/voyager20101213.html NASA Probe Sees Solar Wind Decline]. Missions News, 12.13.10</ref>
==== Programa de Tripulações Comerciais (2011-presente) ====
{{AP|Programa de Tripulações Comerciais}}
[[Imagem:Crew_Dragon_at_the_ISS_for_Demo_Mission_1_(cropped).jpg|thumb|esquerda|O [[Crew Dragon]] se aproximando da [[Estação Espacial Internacional]]]]


==== Programa Viking ====  
O [[Programa de Tripulações Comerciais]] (CCP, sigla em inglês) fornece serviço de transporte de tripulação operado comercialmente de e para a [[Estação Espacial Internacional]] (EEI) sob contrato com a NASA, conduzindo rotações de tripulação entre as expedições do programa da EEI. A fabricante aeroespacial estadunidense [[SpaceX]] começou a fornecer serviços em 2020, usando a espaçonave [[Crew Dragon]], e a NASA planeja adicionar a [[Boeing]] quando sua espaçonave [[Boeing Starliner]] entrar em operação algum tempo depois de 2022.<ref name="CCP">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/content/commercial-crew-program-overview|titulo=Commercial Crew Program Overview |editor=NASA |acessodata=31 de dezembro de 2021}}</ref>


{{AP | [[Programa Viking]]}}
A espaçonave pertence e é operada pelo vendedor e o transporte da tripulação é fornecido à NASA como um serviço comercial. Cada missão envia até quatro astronautas para a EEI, com opção para um quinto passageiro disponível. Os voos operacionais ocorrem aproximadamente uma vez a cada seis meses para missões que duram aproximadamente seis meses. Uma espaçonave permanece ancorada na EEI durante sua missão, e as missões geralmente se sobrepõem por pelo menos alguns dias. Entre a aposentadoria do ônibus espacial em 2011 e a primeira missão operacional do CCP em 2020, a NASA contou com o [[programa Soyuz]] para transportar seus astronautas para a EEI.<ref name="CCP"/>


O programa Viking consistiu de um par de sondas espaciais enviadas a Marte, a [[Viking 1]] e a [[Viking 2]]. Cada veículo era composto de duas partes principais, uma projetada para fotografar a superfície a partir de órbita, e outra para estudar o planeta na superfície. A Viking 1 foi lançada em 20 de agosto, e a Viking 2, no dia 9 de setembro de 1975, ambas através de foguetes Titan III-E com estágios superiores Centaur. Os orbitadores, baseados na [[Mariner 9]], foram criados na forma de um octágono de aproximadamente 2,5 m de diâmetro e massa total de lançamento de {{Fmtn|2328}} kg, dos quais {{Fmtn|1445}} kg eram carburante e gás de controle de altitude. Os objetivos principais dos [[orbitador]]es Viking foram o transporte das sondas de superfície a Marte, a realização do reconhecimento de locais de possível pouso, a atuação como ponte de comunicação para as sondas de superfície e a realização de suas próprias investigações científicas.<ref>Nolan, Kevin. [http://books.google.com/books?id=bW1h6SbxzxQC&pg=PA189&dq=%22viking+program%22&hl=pt-BR&ei=KuYHTaG_G4H88AbK-9TnAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCQQ6AEwADgK#v=onepage&q=%22legacy%20of%20viking%20%22&f=false ''Mars: a cosmic stepping stone : uncovering humanity's cosmic context'']. Springer, 2008. pp. 78-81</ref><ref>McCurdy, Howard E. [http://books.google.com/books?id=5Dy6z6DQDNoC&pg=PA61&dq=%22viking+program%22&hl=pt-BR&ei=st8HTaO2KIP_8AbM57CbBg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CC0Q6AEwAQ#v=onepage&q=%22viking%20program%22&f=false ''Faster, better, cheaper: low-cost innovation in the U.S. space program'']. Johns Hopkins University Press, 2001. p. 64</ref> Os [[lander]]s (veículos de solo) pesavam cerca de 650 kg, incluindo combustível e equipamentos para estudos biológicos, químicos, geológicos, meteorológicos e outros, além de enviarem mais de 57 mil fotografias da superfície marciana.<ref>Fraser, Simon. [http://books.google.com/books?id=BnPE37Ms5awC&pg=PA3&dq=%22viking+program%22&hl=pt-BR&ei=st8HTaO2KIP_8AbM57CbBg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDIQ6AEwAg#v=onepage&q=%22viking%20program%22&f=false ''Power System Options for Mars Surface Exploration: Past, Present and Future'']. IN  Badescu, Viorel. ''Mars: Prospective Energy and Material Resources''. Springer, 2010. p. 4</ref>
Uma espaçonave [[Crew Dragon]] é lançada ao espaço no topo de um veículo de lançamento [[Falcon 9]] e a cápsula retorna à Terra através de um mergulho no [[Oceano Atlântico]]. A primeira missão operacional do programa, [[SpaceX Crew-1]], foi lançada em 16 de novembro de 2020. A espaçonave Boeing Starliner participará após seu voo de teste final, lançado no topo de um [[Atlas V|Atlas V N22]] ou veículo de lançamento [[Vulcan Centaur]]. Em vez de cair no oceano, uma cápsula Starliner retornará à terra com [[airbag]]s em um dos quatro locais designados no [[oeste dos Estados Unidos]].<ref name="CCP"/>
[[Imagem:Mars Viking 11h016.png|thumb|Paisagem marciana tomada pela sonda [[Viking Lander 1]], que pousou no planeta.]]
[[Ficheiro:Eagle nebula pillars.jpg|thumb|Uma das mais famosas imagens do [[Telescópio espacial Hubble|Hubble]], "Pilares da Criação" mostrando as estrelas na [[Nebulosa da Águia]].]]


Viking foi uma das mais bem-sucedidas missões da NASA, a primeira a fazer pousar e operar um artefato humano na superfície de outro planeta, apenas dezenove anos depois do lançamento do primeiro satélite terrestre artificial, mas teve um alto custo, mais de um bilhão de dólares na época.<ref>[http://books.google.com/books?id=5Dy6z6DQDNoC&pg=PA61&dq=%22viking+program%22&hl=pt-BR&ei=st8HTaO2KIP_8AbM57CbBg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CC0Q6AEwAQ#v=onepage&q=%22viking%20program%22&f=false McCurdy, p. 61]</ref> Ao descobrir muitas formas geológicas que geralmente são produzidas pela movimentação de grandes quantidades de água, o programa Viking causou uma revolução nas idéias científicas sobre a água em Marte. As sondas causaram também uma revolução no imaginário sobre Marte, que depois da extensa documentação fotográfica, já não era mais o lugar misterioso da ficção científica, tornando-se por outro lado um vasto campo para novos estudos. A maior frustração do programa, porém, foi para aqueles que esperavam encontrar alguma evidência de vida em Marte. Nada foi encontrado que provasse isso conclusivamente, mesmo que no início das análises, obtendo alguns dados intrigantes, a esperança tenha se mantido.<ref>[http://books.google.com/books?id=bW1h6SbxzxQC&pg=PA189&dq=%22viking+program%22&hl=pt-BR&ei=KuYHTaG_G4H88AbK-9TnAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCQQ6AEwADgK#v=onepage&q=%22legacy%20of%20viking%20%22&f=false Nolan, pp. 80-86]</ref>
==== Programa Artemis (2017-presente) ====
{{AP|Programa Artemis}}
[[Imagem:Artemis_I_Orion_October_12,_2020.jpg|thumb|A espaçonave [[Orion (nave espacial)|Orion]]]]
Desde 2017, o programa de voos espaciais tripulados da NASA tem sido o [[programa Artemis]], que envolve a ajuda de [[Voo espacial privado|empresas privadas de voos espaciais comerciais]] dos Estados Unidos e parceiros internacionais, como [[ESA]], [[JAXA]] e [[Agência Espacial Canadiana|CSA]].<ref name="Artemis home">{{citar web|url=https://www.nasa.gov/specials/moontomars/index.html|título=NASA: Moon to Mars|website=NASA|acessodata=19 de maio de  2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190805055135/https://www.nasa.gov/specials/moontomars/index.html|arquivodata=5 de agosto de 2019}}</ref> O objetivo deste programa é pousar "a primeira mulher e o próximo homem" na região do polo sul lunar até 2024. Artemis seria o primeiro passo em direção ao objetivo de longo prazo de estabelecer uma presença sustentável na Lua, lançando as bases para que empresas privadas construam uma economia lunar e, eventualmente, enviem humanos a [[Marte (planeta)|Marte]]. A espaçonave [[Orion (nave espacial)|Orion]] foi adiado do programa Constellation, que foi cancelado, para o projeto Artemis. O [[Artemis 1]] é o lançamento inicial desengatado do [[Sistema de Lançamento Espacial]] (SLS) que também enviaria uma espaçonave Orion em uma órbita retrógrada distante.<ref name="Nov2021">{{citar jornal|url= https://spaceflightnow.com/2020/05/01/hopeful-for-launch-next-year-nasa-aims-to-resume-sls-operations-within-weeks/ |título= Hopeful for launch next year, NASA aims to resume SLS operations within weeks |data=1 de maio de 2020 |acessodata=2 de setembro de 2020 |arquivodata= 13 de setembro de 2020 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20200913103626/https://spaceflightnow.com/2020/05/01/hopeful-for-launch-next-year-nasa-aims-to-resume-sls-operations-within-weeks/}}</ref>


==== Programa Hélios ====
A próxima grande iniciativa espacial da NASA será a construção da [[estação espacial]] [[Lunar Gateway]]. Esta iniciativa envolverá a construção de uma nova estação espacial, que terá muitas características em comum com a atual [[Estação Espacial Internacional]], exceto que estará em órbita ao redor da [[Lua]], ao invés da Terra.<ref>Whitwam, Ryan. [https://www.extremetech.com/extreme/277788-nasa-sets-new-roadmap-for-moon-base-crewed-missions-to-mars NASA Sets New Roadmap for Moon Base, Crewed Missions to Mars]{{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20181127022433/https://www.extremetech.com/extreme/277788-nasa-sets-new-roadmap-for-moon-base-crewed-missions-to-mars |data=27 de novembro de 2018}} Extreme Tech, 27 de setembro de 2018. Acessado em 26 de novembro de 2018.</ref> Esta estação espacial será projetada principalmente para habitação humana não contínua. Os primeiros passos provisórios para retornar às missões lunares tripuladas serão [[Artemis 2]], que incluirá o módulo de tripulação Orion, impulsionado pelo SLS, e será lançado em 2023.<ref name="Artemis home" /> Esta missão é para ser uma missão de 10 dias planejada para colocar brevemente uma tripulação de quatro pessoas em um sobrevoo lunar.<ref name="schedule">{{citar web |url=http://www.nasaspaceflight.com/2012/02/acronyms-ascent-sls-managers-create-developmental-milestone-roadmap/ |título=Acronyms to Ascent&nbsp;– SLS managers create development milestone roadmap |último =Bergin |primeiro =Chris |data=23 de fevereiro de 2012 |publicado=NASA |acessodata=29 de abril de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120430013811/http://www.nasaspaceflight.com/2012/02/acronyms-ascent-sls-managers-create-developmental-milestone-roadmap/ |arquivodata=30 de abril de 2012}}</ref>
{{AP|[[Programa Hélios]]}}
[[Imagem:Lunar_Orbital_Platform-Gateway.jpg|thumb|esquerda|Projeto da estação espacial [[Lunar Gateway]]]]
As sondas [[Hélios I]] e [[Hélios II]] foram um par de sondas lançadas em órbita do [[Sol]] com a finalidade de estudar processos solares. Fruto de uma parceria entre a [[Alemanha Ocidental]] e a NASA, as sondas foram lançadas no [[Cabo Canaveral]] em 10 de dezembro de 1974 e 15 de janeiro de 1976. Tornaram-se notáveis por estabelecerem um recorde de velocidade máxima entre satélites, atingindo {{Fmtn|252792}} km/h. As sondas Helios completaram a sua missão principal do início dos anos 1980, mas continuaram a enviar dados até 1985. Hoje desativadas, ainda permanecem em sua órbita elíptica em torno do Sol.


==== Telescópio Espacial Hubble ====  
A construção do Lunar Gateway começaria com o [[Artemis 3]], que está planejado para entregar uma tripulação de quatro pessoas à [[órbita lunar]] junto com os primeiros módulos do Lunar Gateway. Essa missão duraria até 30 dias. A NASA planeja construir habitats em grande escala no espaço profundo, como o Lunar Gateway e o [[Nautilus-X]], como parte de seu programa [[Next Space Technologies for Exploration Partnerships]] (NextSTEP).<ref>{{citar web |url=https://www.yahoo.com/tech/nasa-builds-deep-space-habitats-on-earth-180702737.html |título=NASA builds deep space habitats on Earth |acessodata=30 de dezembro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170224213331/https://www.yahoo.com/tech/nasa-builds-deep-space-habitats-on-earth-180702737.html |arquivodata=24 de fevereiro de 2017}}</ref> Em 2017, a NASA foi orientada pelo NASA Transition Authorization Act de 2017 para levar humanos à órbita de Marte (ou à superfície marciana) até 2030.<ref name="futurism.com">{{citar web|url=https://futurism.com/us-government-issues-nasa-demand-get-humans-to-mars-by-2033/|título=US Government Issues NASA Demand, 'Get Humans to Mars By 2033'|data=9 de março de 2017|acessodata=16 de fevereiro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180217082516/https://futurism.com/us-government-issues-nasa-demand-get-humans-to-mars-by-2033/|arquivodata=17 de fevereiro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.spaceflightinsider.com/organizations/nasa/trump-signs-nasa-transition-authorization-act-2017/ |título=Trump Signs NASA Authorization act of 2017 |data=21 de março de 2017 |publicado=Spaceflight Insider |acessodata=2 de dezembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181203055748/https://www.spaceflightinsider.com/organizations/nasa/trump-signs-nasa-transition-authorization-act-2017/ |arquivodata=3 de dezembro de 2018}}</ref>


{{AP | [[Telescópio Espacial Hubble]]}}
Em 16 de abril de 2021, a NASA anunciou que havia selecionado a [[SpaceX Starship|SpaceX Lunar Starship]] como seu sistema de pouso humano. O foguete do Sistema de Lançamento Espacial da agência lançará quatro astronautas a bordo da espaçonave Orion para sua jornada de vários dias à órbita lunar, onde serão transferidos para a nave espacial da SpaceX para a etapa final de sua jornada à superfície da Lua.<ref>{{citar web |url=https://www.nasa.gov/press-release/as-artemis-moves-forward-nasa-picks-spacex-to-land-next-americans-on-moon|data=16 de abril de 2021 |título=As Artemis Moves Forward, NASA Picks SpaceX to Land Next Americans on Moon |obra=NASA |acessodata=16 de novembro de 2021}}</ref>


O Telescópio Espacial Hubble é um [[telescópio]] que foi levado para uma órbita baixa por um ônibus espacial em abril de 1990. Recebeu seu nome em honra ao [[astrônomo]] [[Edwin Hubble]]. Apesar de não ser o primeiro telescópio espacial, o Hubble é um dos maiores e mais versáteis, e é conhecido ao mesmo tempo como uma ferramenta fundamental de pesquisa e como uma espécie de relações públicas para a divulgação da [[astronomia]]. O Hubble foi construído pela NASA e é um dos grandes observatórios espaciais, juntamente com o [[Compton Gamma Ray Observatory]], o [[Chandra X-ray Observatory]] e o [[Spitzer Space Telescope]].<ref>{{citar web|url=http://www.nasa.gov/audience/forstudents/postsecondary/features/F_NASA_Great_Observatories_PS.html|título=NASA's Great Observatories|publicadopor=NASA|acessodata=26 de abril de 2008}}</ref> O Hubble foi criado com um orçamento relativamente baixo de 2 bilhões de dólares e tem funcionado desde 1990, encantando cientistas e o público. Algumas de suas imagens, obtidas com o inovador [[Hubble Deep Field]], tornaram-se famosas.<ref name="Dunar">{{citar livro|último =Dunar|primeiro =A. J.|coautor=S. P. Waring|ano=1999|título=Power To Explore—History of Marshall Space Flight Center 1960–1990|publicadopor=U.S. Government Printing Office|isbn=0-16-058992-4}} Chapter 12, {{PDFlink|[http://history.msfc.nasa.gov/book/chpttwelve.pdf The Hubble Space Telescope]|260&nbsp;KB}}</ref>
== Satélites, sondas, rovers, veículos de lançamento ==
{{Mais informações|:Categoria:Programas da NASA{{!}}Categoria de programas da NASA}}
A NASA conduziu muitos programas de voos espaciais robóticos e não tripulados ao longo de sua história. Programas robóticos lançaram os primeiros satélites artificiais estadunidenses na [[órbita terrestre]] para fins científicos e de comunicação, além de terem enviado sondas científicas para explorar os planetas do [[Sistema Solar]], começando com [[Vênus (planeta)|Vênus]] e [[Marte (planeta)|Marte]], e incluindo "[[Programa Voyager|grandes viagens]]" aos planetas exteriores. Mais de 1.000 missões não planejadas foram projetadas para explorar a [[Terra]] e o Sistema Solar.<ref name="NASAHisStat">{{citar web |url=https://history.nasa.gov/pocketstats/sect%20B/Launch%20Hist.pdf |título=Launch History (Cumulative) |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111019231919/http://history.nasa.gov/pocketstats/sect%20B/Launch%20Hist.pdf |arquivodata=19 de outubro de 2011}}</ref>


==== Sonda Magellan ====  
=== Terra, Lua e ponto L<sub>2</sub> ===
[[Imagem:HST-SM4.jpeg|thumb|[[Telescópio Espacial Hubble]] em órbita]]
Além da exploração, os satélites de comunicação também foram lançados pela NASA.<ref name="NASAHis6">{{citar web |url=https://history.nasa.gov/SP-4217/ch6.htm |título=NASA Experimental Communications Satellites, 1958–1995 |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110804234602/http://history.nasa.gov/SP-4217/ch6.htm |arquivodata=4 de agosto de 2011}}</ref> As espaçonaves foram lançadas diretamente da Terra ou de [[ônibus espaciais]] em órbita, que poderiam lançar o próprio satélite ou com um estágio de foguete para levá-lo mais longe. O primeiro satélite norte-americano não tripulado foi o [[Explorer 1]], que começou como um projeto [[Army Ballistic Missile Agency|ABMA]]/[[Jet Propulsion Laboratory|JPL]] durante a primeira parte da [[corrida espacial]]. Foi lançado em janeiro de 1958, dois meses após o [[Sputnik]]. Na [[criação da NASA]], o projeto Explorer foi transferido para a agência e continua até hoje. Suas missões têm se concentrado na Terra e no [[Sol]], medindo [[campos magnéticos]] e o [[vento solar]], entre outros aspectos.<ref name="NASAExp">{{citar web |url=https://explorers.gsfc.nasa.gov/ |título=NASA, Explorers program |acessodata=20 de setembro de 2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110927012106/http://explorers.gsfc.nasa.gov/ |arquivodata=27 de setembro de 2011 }}</ref> Um satélite mais recente da Terra, não relacionado ao programa Explorer, foi o [[Telescópio Espacial Hubble]], que foi colocado em órbita em 1990.<ref>[http://science.ksc.nasa.gov/shuttle/missions/sts-31/mission-sts-31.html NASA mission STS-31 (35)] {{webarchive |url=https://www.webcitation.org/611f3K2LB?url=http://science.ksc.nasa.gov/shuttle/missions/sts-31/mission-sts-31.html |data=18 de agosto de 2011}}</ref>


{{AP | [[Magellan]]}}
[[Cygnus (espaçonave)|Cygnus]] e [[Cargo Dragon]] são usados ​​para reabastecer a [[Estação Espacial Internacional]] (EEI) como parte do programa [[Commercial Resupply Services]] (CRS) da NASA a partir de 2020. A Cygnus é fabricada pela [[Northrop Grumman]] e lançado no [[Antares (foguete)|foguete Antares]]. A Cargo Dragon é fabricada pela [[SpaceX]] e lançado na variante Bloco 5 do [[Falcon 9]]. O [[SpaceX Dragon]], também lançado no Falcon 9, foi usado para reabastecer a EEI de 2010 a 2020. O [[Telescópio Espacial James Webb]] (JWST) está programado para ser lançado em novembro de 2021 em um foguete [[Ariane 5]].<ref>{{citar web |último =Berger |primeiro =Eric |url=https://arstechnica.com/science/2021/06/webb-telescope-launch-date-slips-again/ |título=Webb telescope launch date slips again |obra=[[Ars Technica]] |data=1 de junho de 2021 |acessodata=2 de junho de 2021 |arquivodata=1 de junho de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210601225634/https://arstechnica.com/science/2021/06/webb-telescope-launch-date-slips-again/ }}</ref> Ele será colocado em uma órbita de halo circulando o [[Pontos de Lagrange|ponto L<sub>2</sub>]] Sol-Terra.<ref>{{citar web |url=https://webb.nasa.gov/content/about/orbit.html |título=About – Webb Orbit |publicado=NASA |acessodata=2 de junho de 2021 |arquivodata=20 de maio de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210520073745/https://webb.nasa.gov/content/about/orbit.html}}</ref>
[[Imagem:PIA00233- Venus - 3D Perspective View of Eistla Regio.jpg|thumb|left|Imagem da [[Eistla Regio]] de [[Vénus (planeta)|Vénus]], obtida pela [[Magellan]].]]
[[Imagem:243 ida.jpg|thumb|left|Imagem do asteroide [[243 Ida]] obtida pela [[Galileo (sonda espacial)|Galileo]]. O diminuto ponto ao seu lado é a lua do asteroide, [[Dactyl]].]]
[[Imagem:PIA02820.jpg|thumb|left|Levantamento topográfico de [[Marte (planeta)|Marte]] realizado pela [[Mars Global Surveyor]].]]


A sonda Magellan, enviada ao planeta Vênus, foi a primeira das três sondas de espaço profundo a ser lançada no Space Shuttle e a primeira nave espacial a utilizar técnicas de [[aerofrenagem]] para reduzir a sua órbita. A Magellan criou o primeiro (e atualmente o melhor) mapeamento em alta resolução com [[radar]] da superfície do planeta, equiparando-se a outros mapeamentos planetários em fotografia convencional. Missões anteriores para Vênus tinham produzido imagens de baixa resolução, identificando somente formações de dimensões continentais.
=== Sistema Solar interno (incluindo Marte) ===
[[Imagem:Perseverance-Selfie-at-Rochette-Horizontal-V2.gif|thumb|[[Autorretrato]] do rover ''[[Perseverance]]'' na superfície de [[Marte (planeta)|Marte]] em setembro de 2021]]
O [[Sistema Solar]] interno tornou-se o objetivo de pelo menos quatro programas não elaborados. O primeiro foi o [[Programa Mariner]] nas décadas de 1960 e 1970, que fez várias visitas a Vênus e Marte e uma a [[Mercúrio (planeta)|Mercúrio]]. As sondas lançadas no programa Mariner foram também as primeiras a fazer um sobrevoo planetário (''[[Mariner 2]]''), a tirar as primeiras fotos de outro planeta (''[[Mariner 4]]''), o primeiro orbitador planetário (''[[Mariner 9]]'') e o primeiro a fazer uma manobra de auxílio gravitacional (''[[Mariner 10]]''). Esta é uma técnica em que o satélite aproveita a gravidade e a velocidade dos planetas para chegar ao seu destino.<ref name="JPL">{{citar web |url=https://www2.jpl.nasa.gov/basics/bsf4-1.php |título=JPL, Chapter 4. Interplanetary Trajectories |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110903212454/http://www2.jpl.nasa.gov/basics/bsf4-1.php |arquivodata=3 de setembro de 2011}}</ref>


==== Sonda Galileu ====  
O primeiro pouso bem-sucedido em Marte foi feito pela ''[[Viking 1]]'' em 1976. Vinte anos depois, um [[Astromóvel|rover]] pousou em Marte pela ''[[Mars Pathfinder]]''.<ref name="PlanetSocMars">{{citar web |url=http://planetary.org/explore/topics/mars/missions.html |título=Missions to Mars |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=The Planet Society |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120118120636/http://planetary.org/explore/topics/mars/missions.html |arquivodata=18 de janeiro de 2012}}</ref> Em 26 de novembro de 2011, a missão ''[[Mars Science Laboratory]]'' da NASA foi lançada com sucesso para Marte. O rover ''[[Curiosity (astromóvel)|Curiosity]]'' pousou com sucesso em Marte em 6 de agosto de 2012 e, posteriormente, começou sua busca por evidências de [[Vida em Marte|vida passada ou presente em Marte]].<ref name="NASA-MSL">{{citar web |autor =NASA Staff |título=Mars Science Laboratory |url=https://marsprogram.jpl.nasa.gov/msl/ |publicado=NASA |data=26 de novembro de 2011 |acessodata=26 de novembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111127020258/http://marsprogram.jpl.nasa.gov/msl/ |arquivodata=27 de novembro de 2011}}</ref><ref name="NYT-MSL">{{citar jornal|agência=Associated Press |título=NASA Launches Super-Size Rover to Mars: 'Go, Go!' |url=https://www.nytimes.com/aponline/2011/11/26/science/AP-US-SCI-Mars-Rover.html |website=The New York Times |data=26 de novembro de 2011 |acessodata=26 de novembro de 2011}}</ref><ref name="New York Times">{{citar jornal|autor =Kenneth Chang |título=Curiosity Rover Lands Safely on Mars |url=https://www.nytimes.com/2012/08/06/science/space/curiosity-rover-lands-safely-on-mars.html?hp |website=The New York Times |data=6 de agosto de 2012 |acessodata=6 de agosto de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120806142116/http://www.nytimes.com/2012/08/06/science/space/curiosity-rover-lands-safely-on-mars.html?hp |arquivodata=6 de agosto de 2012}}</ref> No horizonte dos planos da NASA está a espaçonave [[MAVEN]] como parte do [[Programa de Exploração de Marte]] para estudar a [[Atmosfera de Marte|atmosfera marciana]]. As investigações em andamento da NASA incluem pesquisas aprofundadas de Marte (''[[Perseverance]]'' e ''[[InSight]]'').<ref name="MAVEN">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/mission_pages/mars/news/maven_20080915.html |título=NASA Selects 'MAVEN' Mission to Study Mars Atmosphere |publicado=NASA |primeiro =Jim |último =Wilson |data=15 de setembro de 2008 |acessodata=15 de julho de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090619181039/http://www.nasa.gov/mission_pages/mars/news/maven_20080915.html |arquivodata=19 de junho de 2009}}</ref>
{{AP| [[Galileu (sonda espacial)|Galileu]]}}


A Galileu foi uma sonda enviada pela missão [[STS-34]] do Ônibus Espacial em 18 de outubro de 1989, para estudar o planeta Júpiter e suas luas, chegando ao seu destino em 7 de dezembro de 1995. Apesar de problemas na antena, a Galileu realizou o primeiro sobrevoo a um asteróide, descobriu a primeira lua de um asteróide, foi a primeira nave espacial em órbita de Júpiter, e lançou a primeira sonda na sua atmosfera. A sonda orbitou ao redor de Júpiter em elipses alongadas, cada órbita durando cerca de dois meses. As diferentes distâncias oferecidas por essas órbitas permitiram à Galileu a captação de amostras de diferentes partes da extensa [[magnetosfera]] do planeta. As órbitas foram planejadas também para sobrevoar as maiores luas de Júpiter. Uma vez concluída a missão principal de Galileu, sua operação foi prolongada a partir de 7 de dezembro de 1997, fazendo uma série de ousados voos rasantes sobre as luas [[Europa (lua)|Europa]] e [[Io (satélite)|Io]]. A maior aproximação foi 180 km em 15 de outubro de 2001.
=== Sistema Solar externo ===
[[Imagem:Pluto_by_LORRI_and_Ralph,_13_July_2015.jpg|thumb|esquerda|Fotografia de [[Plutão]] feita pela sonda ''[[New Horizons]]'' em 13 de julho de 2015]]


Em 21 de setembro de 2003, após 14 anos no espaço e oito anos de serviço no sistema joviano, a missão Galileu foi encerrada destruindo-se a sonda, fazendo-a mergulhar na atmosfera de Júpiter a uma velocidade de quase 50 km/s, para evitar qualquer possibilidade de contaminação das luas locais com [[micróbio]]s da Terra. De particular interesse foi a documentação da crosta de gelo de Europa, que, graças à Galileu, os cientistas agora suspeitam abrigar um oceano de água salgada sob a superfície.
Fora de Marte, [[Júpiter (planeta)|Júpiter]] foi visitado pela primeira vez pela ''[[Pioneer 10]]'' em 1973. Mais de 20 anos depois, a ''[[Galileo (sonda espacial)|Galileo]]'' enviou uma sonda na atmosfera do planeta e se tornou a primeira espaçonave a orbitar o planeta.<ref name="PlanetSocJup">{{citar web |url=http://planetary.org/explore/topics/jupiter/missions.html |título=Missions to Jupiter |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=The Planet Society |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111006172102/http://www.planetary.org/explore/topics/jupiter/missions.html |arquivodata=6 de outubro de 2011}}</ref> A ''[[Pioneer 11]]'' se tornou a primeira espaçonave a visitar [[Saturno (planeta)|Saturno]] em 1979, com a ''[[Voyager 2]]'' fazendo as primeiras (e até agora as únicas) visitas a [[Urano (planeta)|Urano]] e [[Netuno (planeta)|Netuno]] em 1986 e 1989, respectivamente. A primeira espaçonave a deixar o sistema solar foi a ''[[Pioneer 10]]'' em 1983. Por um tempo foi a espaçonave mais distante, mas desde então foi superada pela ''[[Voyager 1]]'' e ''Voyager 2''.<ref name="JPLVoyager">{{citar web |url=https://voyager.jpl.nasa.gov/mission/fastfacts.html |título=JPL Voyager |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=JPL |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111008174443/http://voyager.jpl.nasa.gov/mission/fastfacts.html |arquivodata=8 de outubro de 2011}}</ref>


==== Mars Global Surveyor ====  
Os ''Pioneers'' 10 e 11 e ambas as sondas ''Voyager'' carregam mensagens da Terra para a [[vida extraterrestre]].<ref name="NASAPioneer10">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/centers/ames/news/releases/2003/03_25HQ.html |título=Pioneer 10 spacecraft send last signal |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20161109103432/http://www.nasa.gov/centers/ames/news/releases/2003/03_25HQ.html |arquivodata=9 de novembro de 2016 }}</ref><ref name="JPLGolden">{{citar web |url=https://voyager.jpl.nasa.gov/spacecraft/goldenrec.html |título=The golden record |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=JPL |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110927062632/http://voyager.jpl.nasa.gov/spacecraft/goldenrec.html/ |arquivodata=27 de setembro de 2011}}</ref> A comunicação pode ser difícil com viagens espaciais profundas. Por exemplo, levou cerca de três horas para um sinal de rádio chegar à espaçonave ''[[New Horizons]]'' quando estava mais da metade do caminho para [[Plutão]].<ref name="HeavensAbove">{{citar web |url=http://pluto.jhuapl.edu/mission/whereis_nh.php |título=New Horizon |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=JHU/APL |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100509015137/http://pluto.jhuapl.edu/mission/whereis_nh.php |arquivodata=9 de maio de 2010}}</ref> O contato com a ''Pioneer 10'' foi perdido em 2003. Ambas as sondas ''Voyager'' continuam a operar enquanto exploram a fronteira externa entre o Sistema Solar e o [[espaço interestelar]].<ref name="NASAVoyagesBeyond">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/exploration/whyweexplore/Why_We_25.html |título=Voyages Beyond the Solar System: The Voyager Interstellar Mission |acessodata=30 de setembro de 2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110927224726/http://www.nasa.gov/exploration/whyweexplore/Why_We_25.html |arquivodata=27 de setembro de 2011}}</ref>
{{AP | [[Mars Global Surveyor]]}}


O Mars Global Surveyor foi desenvolvido pelo Jet Propulsion Laboratory da NASA e lançado em novembro de 1996. Ele assinalou o retorno dos Estados Unidos a Marte depois de uma ausência de 10 anos. Completou a sua missão principal em janeiro de 2001 e estava em sua fase de missão estendida quando, em 2 de novembro de 2006, deixou de responder aos comandos. Em janeiro de 2007 a NASA oficialmente anunciou o fim da missão.
A missão ''New Horizons'' para Plutão foi lançada em 2006 e realizou com sucesso um sobrevoo do [[planeta anão]] em 14 de julho de 2015. A sonda recebeu uma assistência de gravidade de Júpiter em fevereiro de 2007, examinando algumas das luas internas de Júpiter e testando instrumentos a bordo durante o sobrevoo. Outras espaçonaves ativas são a ''[[Juno (sonda espacial)|Juno]]'' em Júpiter e a ''[[Dawn (sonda espacial)|Dawn]]'' no [[cinturão de asteroides]]. A NASA continuou a apoiar a exploração ''[[in situ]]'' além do cinturão de asteroides, incluindo as travessias da ''Pioneer'' e da ''Voyager'' para a região trans-Plutão inexplorada e os orbitadores ''Galileo'' (1989–2003), ''[[Cassini-Huygens]]'' (1997–2017) e ''Juno'' (2011 – presente), que orbitam [[gigantes gasosos]].


O Surveyor usou uma série de câmeras de alta resolução para explorar a superfície de Marte, retornando mais de {{Fmtn|240000}} imagens ao longo de 4,8 anos marcianos, de setembro de 1997 a novembro de 2006.<ref>{{citar web|url=http://www.msss.com |título=Space Cameras, Operations, and Science – |publicadopor=Malin Space Science Systems |acessodata=2010-08-13}}</ref> As câmeras utilizaram três instrumentos: uma câmera de ângulo estreito que tomou em preto-e-branco imagens de alta resolução, uma grande angular em vermelho e azul na dimensão de 240 m por pixel, e outra câmera para fazer um registro global diário em 7,5 km por pixel.<ref>Malin, M. ''et al.'' [http://www.lpi.usra.edu/meetings/lpsc2004/pdf/1189.pdf Mars Global Surveyor Mars Orbiter Camera in the Extended Mission: The MOC Toolkit], 35th Lunar and Planetary Science Conference, March 15–19, 2004, League City, Texas, abstract no.1189</ref>
== Estrutura ==


====Programa Discovery====
=== Liderança ===
{{AP|[[Programa Discovery]]}}
{{AP|Lista de administradores da NASA}}
[[Imagem:NASA_Administrator_Bill_Nelson_Official_Portrait_(NHQ202105170001).jpg|thumb|upright|Administrador [[Bill Nelson]]]]


Discovery é um programa permanente e aberto que oferece à comunidade científica, composta por pessoas de universidades, laboratórios governamentais e das pequenas empresas, a possibilidade de montar uma equipe e planejar experimentos que complementam as investigações maiores da NASA em ciência planetária. O objetivo é alcançar resultados de qualidade através de várias missões pequenas, usando menos recursos e menos tempo. Os objetos do programa são por conseguinte variados, explorando os planetas, suas luas e pequenos corpos como cometas e asteroides. Cada experimento individual é coordenado por um investigador principal (IP), que desenvolve os objetivos científicos e os instrumentos necessários. O IP é responsável por assegurar que o custo, cronograma e os objetivos de desempenho sejam cumpridos.<ref name="Discovery">[http://discovery.nasa.gov/program.html Discovery Program] {{Wayback|url=http://discovery.nasa.gov/program.html# |date=20101121104919 }}. Acesso 13 dez 2010</ref>
O líder da agência, o [[Lista de administradores da NASA|Administrador da NASA]], é nomeado pelo [[Presidente dos Estados Unidos]], sujeito à aprovação do [[Senado dos Estados Unidos]],<ref>{{citar web |data=29 de julho de 1958 |editor=85º Congresso dos Estados Unidos |titulo=[[National Aeronautics and Space Act]] |url=https://en.wikisource.org/wiki/National_Aeronautics_and_Space_Act_of_1958 |acessodata=11 de setembro de 2020 |arquivodata=17 de setembro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200917214738/https://en.wikisource.org/wiki/National_Aeronautics_and_Space_Act_of_1958}} {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20200917214738/https://en.wikisource.org/wiki/National_Aeronautics_and_Space_Act_of_1958 |data=17 de setembro de 2020 }}</ref> e se reporta a ele ou a ela, servindo como consultor sênior de [[ciências espaciais]]. Embora a [[exploração do espaço]] seja ostensivamente apartidária, o nomeado geralmente está associado ao partido político do presidente ([[Partido Democrata (Estados Unidos)|democrata]] ou [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]]), e um novo administrador geralmente é escolhido quando a presidência muda de partido. As únicas exceções a isso foram:


O programa procura manter um alto desempenho a baixo custo, no máximo 425 milhões de dólares. Nisto deve ser incluído o custo de toda a missão: concepção, desenvolvimento, veículos de lançamento, instrumentos e aparelhos espaciais, lançamento, operações de missão, análise de dados, educação e divulgação pública. O tempo de desenvolvimento da missão do começo ao lançamento pode ser no máximo 36 meses, lançando-se em tese uma missão a cada 12 a 24 meses.<ref name="Discovery"/>
*O democrata [[Thomas O. Paine]], administrador interino do democrata [[Lyndon B. Johnson]], permaneceu enquanto o republicano [[Richard Nixon]] tentava, mas não conseguia fazer uma de suas próprias escolhas para aceitar o cargo. Paine foi confirmado pelo Senado em março de 1969 e serviu até setembro de 1970.<ref name="Hepp3">{{citar livro|último1 =Heppenheimer |primeiro1 =T. A. |author-link1=T.A. Heppenheimer |título=SP-4221 The Space Shuttle Decision |data=1999 |publicado=NASA |local=Washington DC |página=115 |capítulourl=https://history.nasa.gov/SP-4221/ch3.htm |acessodata=22 de agosto de 2018 |capítulo=3. Mars and Other Dream Worlds |arquivodata=7 de outubro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181007011417/https://history.nasa.gov/SP-4221/ch3.htm}}</ref>
[[Ficheiro:Pathfinder01.jpg|thumb|O ''rover'' Sojourner em [[Marte (planeta)|Marte]].]]
*O republicano [[James C. Fletcher]], nomeado por Nixon e confirmado em abril de 1971, permaneceu até maio de 1977 no mandato do democrata [[Jimmy Carter]].
[[Imagem:MarsSunset.jpg|thumb|Pôr do sol em [[Marte (planeta)|Marte]] fotografado pela [[Spirit (sonda espacial)|Spirit]] em 2005.]]
*[[Daniel Goldin]] foi nomeado pelo republicano [[George H. W. Bush]] e permaneceu durante toda a administração do democrata [[Bill Clinton]].
*[[Robert M. Lightfoot Jr.]], administrador associado do democrata [[Barack Obama]], foi mantido como administrador interino pelo republicano [[Donald Trump]] até que a escolha de Trump, [[Jim Bridenstine]], foi confirmada em abril de 2018.<ref name="NASA_transition">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/about/highlights/lightfoot_bio.html |título=Robert M. Lightfoot Jr., Acting Administrator |primeiro =NASA Content |último =Administrator |data=30 de janeiro de 2017 |acessodata=1 de fevereiro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170201192630/https://www.nasa.gov/about/highlights/lightfoot_bio.html |arquivodata=1 de fevereiro de 2017}}</ref>
*[[Steve Jurczyk]], administrador associado de Donald Trump, ocupou a cadeira do administrador até que o indicado do democrata [[Joe Biden]], [[Bill Nelson]], fosse confirmado.<ref name="BidenAnnouncement">{{citar web|url=https://www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-releases/2021/03/19/president-biden-announces-his-intent-to-nominate-bill-nelson-for-the-national-aeronautics-and-space-administration/|título=President Biden Announces His Intent to Nominate Bill Nelson for the National Aeronautics and Space Administration|publicado=The [[White House]]|data=19 de março de 2021|acessodata=19 de março de 2021|arquivodata=19 de março de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210319162927/https://www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-releases/2021/03/19/president-biden-announces-his-intent-to-nominate-bill-nelson-for-the-national-aeronautics-and-space-administration/}}</ref>


Discovery já lançou várias sondas, entre elas a [[NEAR Shoemaker]], a [[Lunar Prospector]], o [[Mars Pathfinder]], a [[Deep Impact (sonda espacial)|Deep Impact]], a [[Stardust (sonda espacial)]] e a [[Genesis (sonda espacial)]]. Ainda estão em andamento as missões [[MESSENGER]], [[Dawn (sonda espacial)|Dawn]] e [[Kepler]]. O Mars Pathfinder, mais tarde rebatizado como Carl Sagan Memorial Station, foi lançado no dia 4 de dezembro de 1996, apenas um mês após o lançamento do Mars Global Surveyor. A bordo do ''[[Aterrissador|lander]]'' (aterrissador) seguia um pequeno ''[[Astromóvel|rover]]'' (veículo explorador) chamado [[Sojourner]], que executou muitas experiências na superfície marciana. Foi o segundo projeto do Programa Discovery. Esta missão foi a mais importante desde o programa Viking, e também a primeira missão bem-sucedida a enviar um ''rover'' a outro planeta. Para além dos objetivos científicos, a missão Mars Pathfinder foi também um teste para várias novas tecnologias, tais como o [[airbag]] para pouso e o contorno automatizado de obstáculos, ambos mais tarde aproveitados pelo [[Mars Exploration Rover]].
O primeiro administrador foi o Dr. [[T. Keith Glennan]], nomeado pelo presidente republicano [[Dwight D. Eisenhower]]. Durante seu mandato, ele reuniu os projetos díspares na pesquisa de desenvolvimento espacial estadunidense.<ref name="glennan_biography">{{citar web |url=https://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/Biographies/glennan.html |título=T. Keith Glennan biography |publicado=NASA |data=4 de agosto de 2006 |acessodata=5 de julho de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170214234112/http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/Biographies/glennan.html |arquivodata=14 de fevereiro de 2017}}</ref>


==== Mars Exploration Rovers ====
A administração da agência está localizada na sede da NASA em [[Washington, DC]], e fornece orientação e direção geral.<ref name="HQ">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/centers/hq/home/index.html |título=Welcome to NASA Headquarters |primeiro =Mary |último =Shouse |data=9 de julho de 2009 |acessodata=15 de julho de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090713052817/http://www1.nasa.gov/centers/hq/home/index.html |arquivodata=13 de julho de 2009}}</ref> Exceto em circunstâncias excepcionais, os funcionários do serviço público da NASA devem ser [[Nacionalidade estadunidense|cidadãos dos Estados Unidos]].<ref>[https://nasajobs.nasa.gov/jobs/noncitizens.htm Information for Non U.S. Citizens] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20181007011245/https://nasajobs.nasa.gov/jobs/noncitizens.htm |data=7 de outubro de 2018}}, NASA (download de 16 de setembro de 2013)</ref>


{{Principal | [[Mars Exploration Rover]]s}}
=== Orçamento ===
{{AP|Orçamento da NASA}}
[[Imagem:NASA-Budget-Federal.svg|thumb|esquerda|Gráfico do orçamento da NASA entre 1958 e 2012]]
A participação da NASA no total do orçamento do governo federal dos Estados Unidos atingiu um pico de aproximadamente 4,41% em 1966 durante o [[programa Apollo]], depois caiu rapidamente para aproximadamente 1% em 1975 e permaneceu nesse nível até 1998.<ref name=":00">{{citar jornal|url=http://www.ozy.com/2016/your-presidential-candidates-for-the-milky-way/69557 |título=Your Presidential Candidates ... For the Milky Way |último =Fouriezos |primeiro =Nick |data=30 de maio de 2016 |website=OZY |acessodata=30 de maio de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160530225641/http://www.ozy.com/2016/your-presidential-candidates-for-the-milky-way/69557 |arquivodata=30 de maio de 2016}}</ref><ref>Rogers, Simon. (February 1, 2010) [https://www.theguardian.com/news/datablog/2010/feb/01/nasa-budgets-us-spending-space-travel Nasa budgets: US spending on space travel since 1958] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170131121226/https://www.theguardian.com/news/datablog/2010/feb/01/nasa-budgets-us-spending-space-travel |data=31 de janeiro de 2017}}. theguardian.com. Acessado em 26 de agosto de 2013.</ref> A porcentagem então caiu gradualmente, até se estabilizar novamente em cerca de meio por cento em 2006 (estimado em 2012 em 0,48% do orçamento federal).<ref name="B2013">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/pdf/622643main_FY%2013%20Budget%20Presentation.pdf |título=Fiscal Year 2013 Budget Estimates |publicado=NASA |acessodata=13 de fevereiro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121023175740/http://www.nasa.gov/pdf/622643main_FY%2013%20Budget%20Presentation.pdf |arquivodata=23 de outubro de 2012}}</ref> Em uma audiência em março de 2012 do Comitê Científico do [[Senado dos Estados Unidos]], o comunicador científico [[Neil deGrasse Tyson]] testemunhou: "No momento, o orçamento anual da NASA é meio centavo em seus impostos. Por duas vezes isso — um centavo por dólar — podemos transformar o país de uma nação taciturna e desanimada, cansada da luta econômica, em um país que reivindicou seu direito de nascença do século XX de sonhar com o amanhã."<ref name="tysontranscript">{{citar web |url=http://www.haydenplanetarium.org/tyson/read/2012/03/07/past-present-and-future-of-nasa-us-senate-testimony |título=Past, Present, and Future of NASA&nbsp;— U.S. Senate Testimony |publicado=Hayden Planetarium |data=7 de março de 2012 |acessodata=4 de dezembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121029100131/http://www.haydenplanetarium.org/tyson/read/2012/03/07/past-present-and-future-of-nasa-us-senate-testimony |arquivodata=29 de outubro de 2012}}</ref><ref name="tysontranscript_video">{{citar web |url=http://www.haydenplanetarium.org/tyson/watch/2012/03/07/past-present-and-future-of-nasa-us-senate-testimony-video |título=Past, Present, and Future of NASA&nbsp;— U.S. Senate Testimony (Video) |publicado=Hayden Planetarium |data=7 de março de 2012 |acessodata=4 de dezembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130115121333/http://www.haydenplanetarium.org/tyson/watch/2012/03/07/past-present-and-future-of-nasa-us-senate-testimony-video |arquivodata=15 de janeiro de 2013}}</ref>


O programa Mars Exploration Rovers levou duas sondas a explorar o planeta Marte. A missão é gerida pelo Jet Propulsion Laboratory, que projetou, construiu e opera os robôs. A missão começou em 2003 com o envio de dois rovers – [[Spirit (sonda espacial)|Spirit]] e [[Opportunity (sonda espacial)|Opportunity]] - para explorar a superfície e geologia marciana,  pesquisando e caracterizando uma ampla gama de rochas e solos que podem dar pistas sobre a atividade da água em Marte. A missão faz parte do Programa de Exploração de Marte da NASA, que inclui três sondas anteriores de sucesso: o programa Viking e o Mars Pathfinder.<ref name="Mission overview">{{citar web|url=http://marsrovers.nasa.gov/overview|título=Mars Exploration Rover Mission Overview|publicadopor=NASA}}</ref>
Apesar disso, a percepção pública do orçamento da NASA difere significativamente: uma pesquisa de 1997 indicou que a maioria dos estadunidenses acreditava que 20% do orçamento federal ia para a NASA.<ref name="perception of US Human Spaceflight">{{citar periódico|último =Launius |primeiro =Roger D. |título=Public opinion polls and perceptions of US human spaceflight |periódico=Space Policy |ano=2003 |volume=19 |número=3 |páginas=163–175 |url=https://www.academia.edu/179045 |publicado=Division of Space History, National Air and Space Museum, Smithsonian Institution |doi=10.1016/S0265-9646(03)00039-0 |bibcode=2003SpPol..19..163L |acessodata=3 de novembro de 2017 |arquivodata=5 de fevereiro de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210205001235/https://www.academia.edu/179045/_Public_Opinion_Polls_and_Perceptions_of_US_Human_Spaceflight_ }}</ref>


O custo total da construção, lançamento, pouso e operação dos rovers na superfície para os 90 primeiros dias marcianos foi de 820 milhões dólares.<ref name="MissionExtensions">{{citar web|url=http://www.msnbc.msn.com/id/21327647/ |título=NASA extends Mars rovers' mission |publicadopor=MSNBC |data=2007-10-16 |acessodata=2009-04-05}}</ref> Uma vez que os robôs continuaram a funcionar muito além de sua missão inicial de 90 dias, cada um recebeu várias extensões de missão. Em reconhecimento à grande quantidade de informações científicas acumuladas pelos robôs, dois asteróides foram nomeados em sua homenagem: [[37452 Spirit]] e [[39382 Opportunity]].
Para o [[ano fiscal]] de 2015, a NASA recebeu uma dotação de 18,01 bilhões de dólares do Congresso — 549 milhões a mais do que o solicitado e aproximadamente 350 milhões a mais do que o orçamento da NASA de 2014 aprovado pelo Congresso.<ref name="sfn20141214">{{citar jornal|último1 =Clark |primeiro1 =Stephen |título=NASA gets budget hike in spending bill passed by Congress |url=http://spaceflightnow.com/2014/12/14/nasa-gets-budget-hike-in-spending-bill-passed-by-congress/ |website=Spaceflight Now |data=14 de dezembro de 2014 |acessodata=15 de dezembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141215233140/http://spaceflightnow.com/2014/12/14/nasa-gets-budget-hike-in-spending-bill-passed-by-congress/ |arquivodata=15 de dezembro de 2014}}</ref> No ano fiscal de 2016, a NASA recebeu 19,3 bilhões de dólares.<ref name="businessinsider.com">{{citar web|url=http://www.businessinsider.com/nasa-law-budget-president-trump-2017-3|título=Trump just signed a law that maps out NASA's long-term future — but a critical element is missing|website=[[Business Insider]]|acessodata=16 de fevereiro de  2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180217082632/http://www.businessinsider.com/nasa-law-budget-president-trump-2017-3|arquivodata=17 de fevereiro de 2018}}</ref> O presidente [[Donald Trump]] assinou a Lei de Autorização de Transição da NASA de 2017 em março, que definiu o orçamento de 2017 em cerca de 19,5 bilhões de dólares.<ref name="businessinsider.com" /> O orçamento também é relatado como 19,3 bilhões de dólares para 2017, com 20,7 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2018.<ref name="FY2018 proposal">{{citar web|último1 =Staff|primeiro1 =Science News|título=Updated: Congress approves largest U.S. research spending increase in a decade|url=http://www.sciencemag.org/news/2018/03/updated-us-spending-deal-contains-largest-research-spending-increase-decade|website=Science|data=23 de março de 2018|publicado=American Association for the Advancement of Science|acessodata=23 de março de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180323235214/http://www.sciencemag.org/news/2018/03/updated-us-spending-deal-contains-largest-research-spending-increase-decade|arquivodata=23 de março de 2018}}</ref><ref name="20.7 billion SN">{{citar web|último1 =Foust|primeiro1 =Jeff|título=NASA receives $20.7 billion in omnibus appropriations bill|url=http://spacenews.com/nasa-receives-20-7-billion-in-omnibus-appropriations-bill/|website=Space News|data=22 de março de 2018|acessodata=23 de março de 2018|arquivodata=25 de março de 2018|arquivourl=https://wayback.archive-it.org/all/20180325061347/http://spacenews.com/nasa-receives-20-7-billion-in-omnibus-appropriations-bill/}}</ref>


A Opportunity fez investigações nas crateras Eagle, Victoria e Endeavour, continua funcional e envia regularmente dados para a Terra. Em junho de 2016 o veículo já havia percorrido 42,79 km. Entre suas descobertas mais significativas estão a primeira identificação de um [[meteorito]] caído em outro planeta e a confirmação da presença de água líquida no passado de Marte, que acrescentou informações valiosas à pesquisa sobre a sua evolução geológica e sobre a possível existência de vida.<ref>[http://marsrovers.jpl.nasa.gov/mission/status_opportunityAll.html#sol2437 ''Opportunity Updates'']. NASA, 14/12/2010</ref><ref>[http://mars.nasa.gov/news/whatsnew/index.cfm?FuseAction=ShowNews&NewsID=1913 "Rover Opportunity Wrapping up Study of Martian Valley"]. Mars Exporation /NASA, 14/06/2016</ref><ref>[http://mars.nasa.gov/files/resources/MER10-YearAnniversaryLithograph.pdf ''The Mars Exploration Rovers: Spirit and Opportunity'']. MER 10 Year Anniversary. Mars Exporation /NASA</ref>
===Instalações===
{{Location map+|Estados Unidos
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{{Location map~|Estados Unidos | link = Goddard Space Flight Center      | label = [[Centro de Voos Espaciais Goddard|GSFC]]      | lat_deg = 38    | lat_min = 60 | lat_dir = N | lon_deg = 76 | lon_min = 51 | lon_dir = W  | mark = NASA logo.svg | position = right}}
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{{Location map~|Estados Unidos | link = Jet Propulsion Laboratory        | label = [[Laboratório de Propulsão a Jato|JPL]]        | lat_deg = 34    | lat_min = 12 | lat_dir = N | lon_deg = 118 | lon_min = 10 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg | position = left }}
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{{Location map~|Estados Unidos | link = Glenn Research Center            | label = [[Centro de Pesquisa John H. Glenn|GRC]]            | lat_deg = 41.41 | lat_dir = N | lon_deg =  81.86 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg | position = right }}
{{Location map~|Estados Unidos | link = Marshall Space Flight Center    | label = [[Centro de Voos Espaciais George C. Marshall|MSFC]]    | lat_deg = 34.65 | lat_dir = N | lon_deg =  86.67 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg }}
{{Location map~|Estados Unidos | link = Ames Research Center            | label = [[Centro de Pesquisa Ames|ARC]]              | lat_deg = 37.42 | lat_dir = N | lon_deg = 122.06 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg }}
{{Location map~|Estados Unidos | link = Langley Research Center          | label = [[Centro de Pesquisa Langley|LaRC]]         | lat_deg = 37.09 | lat_dir = N | lon_deg =  76.38 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg | position = right }}
{{Location map~|Estados Unidos | link = Lyndon B. Johnson Space Center  | label = [[Centro Espacial Lyndon B. Johnson|JSC]]    | lat_deg = 29.56 | lat_dir = N | lon_deg =  95.09 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg}}
{{Location map~|Estados Unidos | link = John C. Stennis Space Center    | label = [[Centro Espacial John C. Stennis|SSC]]      | lat_deg = 30    | lat_min = 22 | lat_dir = N | lon_deg = 89 | lon_min = 36 | lon_dir = W | mark = NASA logo.svg}}
}}


A Spirit, porém, desde 22 de março de 2010 teve suas comunicações interrompidas com a Terra, tendo chegado a fundo de uma crise de energia, impedindo que opere os sistemas adequadamente. Outro drama que afligiu a Spirit é que ela ficou atolada em um terreno de granulação muito fina e solta, as rodas derrapavam e não exerciam a tração necessária para tirá-la do lugar, além de algumas rodas não estarem funcionando bem.<ref>[http://marsrovers.jpl.nasa.gov/mission/status_spiritAll.html#sol2200 ''Spirit Updates'']. NASA, 14/12/2010</ref> A equipe em dezembro de 2010 ainda não havia perdido a esperança de livrar a Spirit do atoleiro, mas se isso não ocorresse, estava preparando uma adaptação na missão de forma a conceber a sonda como uma estação fixa, como outras que existem, continuando a efetuar pesquisas de solo, atmosfera, fotografia e outras, estendendo a vida útil do artefato mesmo com as recentes limitações funcionais.<ref>[http://www.nasa.gov/multimedia/videogallery/index.html?collection_id=14660 ''Spirit: Six Years of Roving Mars'']. Video. NASA, 24 jan 2010</ref> Porém, o contato com o ''rover'' não foi recuperado e em 25 de maio de 2011 a missão foi encerrada. Apesar dos problemas enfrentados, foi uma das missões mais bem sucedidas da NASA. A Spirit percorreu 7,73 km no total, mais de 12 vezes a distância que havia sido planejada, pesquisou mais de cem rochas através do seu espectrômetro e microscópio e enviou à Terra mais de 124 mil imagens.<ref>[http://www.nasa.gov/mission_pages/mer/news/mer20110525.html "NASA's Spirit Rover Completes Mission on Mars"]. NASA, 25/05/2011 </ref>
A sede da NASA em [[Washington, DC]] fornece orientação geral e liderança política para os dez centros de campo da agência, através dos quais todas as outras instalações são administradas.<ref>{{citar web |url=https://www.nasa.gov/sites/default/files/files/NASAFacilitiesAndCenters.pdf |título=NASA Facilities and Centers |publicado=NASA |acessodata=30 de julho de 2020 |arquivodata=25 de outubro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201025025648/https://www.nasa.gov/sites/default/files/files/NASAFacilitiesAndCenters.pdf }}</ref> Quatro deles foram herdados do [[NACA]]; dois outros foram transferidos do [[Exército dos Estados Unidos|Exército]]; e a NASA comissionou e construiu os outros quatro ela mesma logo após sua formação.


==== Sonda New Horizons ====  
==== Herdadas do NACA ====
O [[Centro de Pesquisa Langley]] (LaRC), localizado em [[Hampton (Virgínia)|Hampton]], [[Virginia]], concentra-se na pesquisa aeronáutica, embora o [[Módulo Lunar Apollo]] tenha sido testado em voo nas instalações e uma série de missões espaciais de alto perfil tenham sido planejadas e projetadas no local. O LaRC foi a casa original do [[Grupo de Tarefas Espaciais]].<ref>{{citar livro|último1 =Swenson Jr. |primeiro1 =Lloyd S. |último2 =Grimwood |primeiro2 =James M. |último3 =Alexander |primeiro3 =Charles C. |título=This New Ocean, SP-4201 |publicado=NASA |capítulourl=https://history.nasa.gov/SP-4201/ch12-3.htm |acessodata=24 de julho de 2019 |capítulo=Space Task Group Gets a New Home and Name |arquivodata=14 de julho de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190714122047/https://history.nasa.gov/SP-4201/ch12-3.htm}}</ref>


{{Principal | [[New Horizons]] }}
O [[Centro de Pesquisa Ames]] (ARC) no [[Condado de Santa Clara]], na [[Califórnia]], foi fundado em 20 de dezembro de 1939. O centro foi nomeado em homenagem a [[Joseph Sweetman Ames]], um membro fundador do [[NACA]]. O ARC é um dos 10 principais centros de campo da NASA e está localizado no [[Vale do Silício]]. Historicamente, o Ames foi fundado para fazer pesquisas em [[Túnel de vento|túneis de vento]] sobre a [[aerodinâmica]] de aeronaves movidas a hélice; no entanto, expandiu seu papel para fazer pesquisa e tecnologia em [[aeronáutica]], voos espaciais e [[tecnologia da informação]]. Ele fornece liderança em [[astrobiologia]], pequenos satélites, exploração lunar robótica, sistemas inteligentes/adaptativos e proteção térmica.<ref>{{citar web | url=https://www.nasa.gov/centers/ames/about/history.html |título=NASA Ames Research Center History|último1 =NASA |data=18 de agosto de 2006 |acessodata=13 de fevereiro de 2018}}</ref><ref>{{citar periódico|título=New exploration focus will not diminish Earth science agenda, NASA says |periódico=Eos |primeiro =Randy |último =Showstack |volume=85 |número=5 |página=46 |data=3 de fevereiro de 2004 |doi=10.1029/2004EO050003|bibcode=2004EOSTr..85S..46S }}</ref>
[[Ficheiro:Pluto by LORRI and Ralph, 13 July 2015.jpg|thumb|Imagem mais recente do [[Plutão|planeta-anão Plutão]] capturada pela sonda [[New Horizons]].]]
[[Ficheiro:Iapetus as seen by the Cassini probe - 20071008.jpg|thumb|A primeira imagem de alta definição de [[Jápeto (satélite)|Jápeto]], uma lua de [[Saturno (planeta)|Saturno]], obtida pela [[Cassini-Huygens|Cassini]].]]


New Horizons é uma sonda com destino em [[Plutão]]. Foi a primeira espaçonave a sobrevoar e estudar Plutão e suas luas, [[Caronte (satélite)|Caronte]], [[Nix (satélite)|Nix]] e [[Hydra (satélite)|Hydra]]. Uma vez que a New Horizons deixe o Sistema Solar, a NASA pode vir a executar com ela voos rasantes sobre um ou mais objetos do [[Cinturão de Kuiper]]. Foi lançada no dia 19 de janeiro de 2006. Passou por Júpiter em 28 de fevereiro de 2007 e a órbita Saturno em 8 de junho de 2008. Chegou a Plutão em 14 de julho de 2015 e continua no Cinturão de Kuiper.
O [[Centro de Pesquisa John H. Glenn]] tem entre suas principais competências a respiração aérea e a propulsão no espaço e criogenia, comunicações, armazenamento e conversão de energia elétrica, ciências da microgravidade e materiais avançados. Está localizado nas cidades de [[Brook Park (Ohio)|Brook Park]], [[Cleveland]] e [[Fairview Park (Ohio)|Fairview Park]], no estado de [[Ohio]].<ref name="GRC-HR">{{citar web|título= Office of Human Capital Management - Current Vacancies|publicado= Glenn Research Center| url = http://www.grc.nasa.gov/WWW/OHR/next3.htm|acessodata=3 de outubro de 2013}}</ref>


====Sondas Cassini-Huygens====
O [[Centro de Pesquisa de Voo Neil A. Armstrong]] (AFRC), estabelecido pela NACA antes de 1946 e localizado dentro da [[Base Aérea de Edwards]], é a casa do [[Space Carrier Shuttle Aircraft]] (SCA), um [[Boeing 747]] modificado projetado para transportar um [[ônibus espacial]] [[Orbitador|orbital]] de volta a [[Centro Espacial Kennedy]] após um pouso em Edwards. Em 16 de janeiro de 2014, o centro foi renomeado em homenagem a [[Neil Armstrong]], o primeiro astronauta a andar na Lua.<ref>{{citar web |url=http://www.spaceflightnow.com/news/n1212/31armstrong/ |título=House passes bill to rename NASA facility for Armstrong |data=2012-12-31 |acessodata=2013-01-01 |publicado=Spaceflight Now |arquivodata=12 de novembro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201112000716/https://spaceflightnow.com/news/n1212/31armstrong/}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.nasa.gov/centers/dryden/Features/nasa-dryden-to-be-renamed-for-neil-armstrong_1.html|título=Center Redesignated for Neil Armstrong; Test Range for Hugh Dryden|primeiro =Jaimie|último =Baccus|data=9 de março de 2015|website=NASA|acessodata=23 de setembro de 2020|arquivodata=27 de junho de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170627121641/https://www.nasa.gov/centers/dryden/Features/nasa-dryden-to-be-renamed-for-neil-armstrong_1.html}}</ref>
{{AP|Cassini-Huygens}}


O projeto Cassini-Huygens, realizado em parceria com a [[Agência Espacial Europeia]] e a [[Agência Espacial Italiana]], consistia de dois elementos principais, o orbitador Cassini e a sonda Huygens. Teve como objetivo principal estudar Saturno e seu sistema de luas. O lançamento para o espaço ocorreu em 15 de outubro de 1997, entrou em órbita de Saturno em 1 de julho de 2004 e continuou em operação até 15 de setembro de 2017. A Cassini-Huygens foi considerada uma missão exemplar, teve poucos problemas técnicos e permaneceu em atividade por muitos anos além do programado inicialmente, funcionando até o esgotamento do seu combustível. Conseguiu pousar a seção Huygens na lua Titã e obter as primeiras imagens de sua superfície, testou a [[Teoria da Relatividade]] com sucesso, fez muitos sobrevoos próximos nas luas, tomando as melhores imagens já obtidas, descobriu várias novas luas e fez uma série de outras descobertas. O projeto retornou uma vasta quantidade de dados científicos e mais de 450 mil imagens, que desencadearam uma revolução no conhecimento sobre o planeta e seus muitos satélites e continuarão a subsidiar os estudos neste campo por décadas. Os significativos avanços tecnológicos e técnicos que surgiram ao longo do desenvolvimento do projeto foram usados em outras pesquisas.<ref name="Previews">Kennedy Space Center. [https://www.youtube.com/watch?v=G9lFTYLr2AY "NASA Previews ‘Grand Finale’ of Cassini Saturn Mission "NASA at Saturn: Cassini's Grand Finale"]. NASA, 04/04/2017</ref><ref>[https://www.youtube.com/watch?v=rKneHOU7SFk "Cassini Post-End of Mission News Conference"]. NASA, 16/09/2017</ref>
{{Imagem múltipla
| align    = center


== Projetos futuros ==
| image1    = NASA_Langley_Research_Center_aerial_view_(2011).jpg
=== Orion ===
| caption1  = [[Centro de Pesquisa Langley]] (LaRC), [[Virgínia]]
{{AP|[[Orion (nave espacial)]]}}
| width1    = 210
[[Ficheiro:Orion with ATV SM.jpg|thumb|Espaçonave [[Orion (nave espacial)|Orion]].]]


É uma [[nave espacial]] que deverá substituir os já extintos [[ônibus espacial|ônibus espaciais]]. Faz parte do [[Programa Constellation]], assim como o foguete [[Ares I]], que tem como meta principal mandar uma nave espacial para a [[Lua]], por volta de [[2020]].
| image2    = Aerial_View_of_the_NASA_Ames_Research_Center_-_GPN-2000-001560.jpg
| caption2  = [[Centro de Pesquisa Ames]] (ARC), [[Califórnia]]
| width2    = 170


=== Sonda Kepler ===
| image3    = Aerial_View_of_Glenn_Research_Center_at_Lewis_Field_-_GPN-2000-002008.jpg
{{AP|[[Sonda Kepler]]}}
| caption3  = [[Centro de Pesquisa John H. Glenn]], [[Ohio]]
| width3    = 210


O telescópio da NASA tem o objetivo de investigar se existe vida em outros planetas. Seu fotômetro ultrassensível será capaz de medir as mudanças no brilho dos corpos celestes. Já está em funcionamento.
| image4    = Edw-081013-03-dryden-12.jpg
| caption4  = [[Centro de Pesquisa de Voo Neil A. Armstrong]], Califórnia
| width4    = 190
}}


Em 11 de maio de [[2016]] astrônomos operando o telescópio espacial Kepler, da Nasa, descobriram mais de cem planetas do tamanho da Terra orbitando outras estrelas. As descobertas fazem parte de uma lista de {{Fmtn|1284}} novos planetas detectados com o Kepler em apenas um dia.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/ciencia/nasa-descobre-100-novos-planetas-do-tamanho-da-terra,645f49106d512896b450777e45aceb6dk2wvgxd1.html|publicado=Terra|data=11 de maio de 2016|acessodata=11 de maio de 2016|título=Nasa descobre 100 novos planetas do tamanho da Terra|autor=BBC Brasil}}</ref>
==== Transferidas do Exército ====


=== Space Interferometry Mission (SIM) ===
O [[Laboratório de Propulsão a Jato]] (JPL), localizado na área de [[Vale de San Gabriel]] no [[Condado de Los Angeles]], na [[Califórnia]], está sediado na cidade de [[La Cañada Flintridge]] com um endereço de correspondência de [[Pasadena (Califórnia)|Pasadena]]. O JPL é administrado pelo [[California Institute of Technology]] (Caltech), nas proximidades. A função primária do laboratório é a construção e operação de espaçonaves planetárias robóticas, embora também conduza missões em órbita terrestre e astronomia. Também é responsável por operar a [[Deep Space Network]] da NASA.<ref>{{citar web|url=https://www.pasadenastarnews.com/science/20160713/why-does-everyone-say-nasas-jpl-is-in-pasadena-when-this-other-city-is-its-real-home|título=Why does everyone say NASA's JPL is in Pasadena when this other city is its real home?|data=14 de julho de  2016|acessodata=23 de setembro de 2020|arquivodata=2 de agosto de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170802044813/http://www.pasadenastarnews.com/science/20160713/why-does-everyone-say-nasas-jpl-is-in-pasadena-when-this-other-city-is-its-real-home}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.jpl.nasa.gov/about/maps/|título=Directions|website=www.jpl.nasa.gov|acessodata=23 de setembro de 2020|arquivodata=23 de setembro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200923064023/https://www.jpl.nasa.gov/about/maps/}}</ref>
{{AP|[[Space Interferometry Mission]]}}


O interferômetro (conjunto de pequenos telescópios espaciais) da NASA consegue determinar com precisão a posição das estrelas e suas distâncias da Terra, por isso será útil para estudar os planetas mais afastados da Terra. Foi lançado em 2015.
O [[Centro de Voos Espaciais George C. Marshall]] (MSFC), localizado no [[Redstone Arsenal]] perto de [[Huntsville (Alabama)|Huntsville]], [[Alabama]], é um dos maiores centros da NASA. O MSFC é onde o foguete [[Saturno V]] e o [[Spacelab]] foram desenvolvidos. Marshall é o principal centro da NASA para projeto e montagem da [[Estação Espacial Internacional]] (EEI); cargas úteis e treinamento de tripulação relacionado; e foi o líder para a propulsão do [[ônibus espacial]] e seu [[tanque externo]]. A partir de dezembro de 1959, continha a Diretoria de Operações de Lançamento, que se mudou para a [[Flórida]] para se tornar o Centro de Operações de Lançamento em 1º de julho de 1962.<ref name="NASAMSFC_Fact_sheet">{{citar web |url=https://www.nasa.gov/centers/marshall/pdf/159998main_MSFC_Fact_sheet.pdf |título=MSFC_Fact_sheet |acessodata=1 de outubro de  2011 |publicado=NASA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111025125133/http://www.nasa.gov/centers/marshall/pdf/159998main_MSFC_Fact_sheet.pdf |arquivodata=25 de outubro de 2011}}</ref>


==Instalações==
{{Imagem múltipla
O Quartel-general da NASA está localizado em [[Washington, DC]], supervisionando todas as suas atividades.<ref name="HQ">{{citar web|url=http://www.nasa.gov/centers/hq/home/index.html|título=Welcome to NASA Headquarters|primeiro =Mary|último =Shouse|data=9 de julho de 2009|acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> Outras instalações incluem:
| align = center
| image1 = Site_du_JPL_en_Californie.jpg
| caption1 = [[Laboratório de Propulsão a Jato]] (JPL), Califórnia
| width1 = 220
| image2 = MSFC_Aerial_2017.jpg
| caption2 = [[Centro de Voos Espaciais George C. Marshall]], [[Alabama]]
| width2 = 250
}}


;Pesquisa
==== Construídas pela NASA ====
[[Imagem:JPLControlRoom.jpg|thumb|Sala de controle do [[Jet Propulsion Laboratory]].]]
O [[Centro de Voos Espaciais Goddard]] (GSFC), localizado em [[Greenbelt]], [[Maryland]], foi encomendado pela NASA em 1 de março de 1959. É a maior organização combinada de cientistas e engenheiros nos Estados Unidos dedicada a aumentar o conhecimento da Terra, o Sistema Solar e o Universo por meio de observações do espaço. O GSFC é um importante laboratório dos EUA para o desenvolvimento e operação de espaçonaves científicas não tripuladas e também opera duas redes de rastreamento de voos espaciais e aquisição de dados, desenvolve e mantém sistemas avançados de informação de dados de ciências da Terra e espaciais, e desenvolve sistemas de satélite para a [[Administração Oceânica e Atmosférica Nacional]] (NOAA).<ref>{{citar web |url=http://ssed.gsfc.nasa.gov/code695/ |título=Planetary Magnetospheres Laboratory Overview |acessodata=2009-01-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090321012041/http://ssed.gsfc.nasa.gov/code695/ |arquivodata=2009-03-21 }}</ref>
[[Imagem:Jsc2009e119846.jpg|thumb|[[Astronauta]] sendo treinado no Neutral Buoyancy Laboratory do [[Johnson Space Center]].]]
*[[Ames Research Center]], [[Mountain View (condado de Santa Clara)|Mountain View]], [[Califórnia]]
*[[Jet Propulsion Laboratory]], [[California Institute of Technology]], [[Pasadena (Califórnia)|Pasadena]], [[Califórnia]]
*[[Goddard Institute for Space Studies]], [[Nova Iorque]], [[Nova Iorque (estado)|Estado de Nova Iorque]]
*[[Goddard Space Flight Center]], [[Greenbelt (Maryland)|Greenbelt]], [[Maryland]]
*[[Glenn Research Center]], [[Cleveland]], [[Ohio]]
*[[Langley Research Center]], [[Hampton (Virgínia)|Hampton]], [[Virgínia]]


;Áreas de testes
O [[Centro Espacial John C. Stennis]], originalmente o "Centro de Testes do Mississippi", está localizado no [[Condado de Hancock (Mississippi)|Condado de Hancock]], [[Mississippi]], nas margens do [[Rio Pearl]] na fronteira do Mississippi com a [[Louisiana]]. Comissionado em 25 de outubro de 1961, foi a maior instalação de teste de motores de foguetes da NASA até o final do programa do [[ônibus espacial]]. Atualmente é usado para teste de foguetes por mais de 30 empresas e agências locais, estaduais, nacionais, internacionais, privadas e públicas. Ele contém o Centro de Serviços Compartilhados da NASA.<ref name="NSSC">{{citar web|url=http://www.nssc.nasa.gov/main/background.htm|título=NASA Shared Services Center Background|primeiro =Rebecca|último =Dubuisson|data=19 de julho de 2007|acessodata=15 de julho de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090716045126/https://www.nssc.nasa.gov/main/background.htm|arquivodata=16 de julho de 2009}}</ref>
*Glenn Research Center
*Ames Research Center
*[[Dryden Flight Research Center]], [[Edwards Air Force Base]], [[Condado de Los Angeles]], [[Califórnia]]
*[[Independent Verification and Validation Facility]], [[Fairmont (Virgínia Ocidental)|Fairmont]], [[Virgínia Ocidental]]
*[[John C. Stennis Space Center]], perto da Baía de [[Bay St. Louis|St. Louis]], [[Mississippi]]
*Langley Research Center


;Construção e lançamento
O [[Centro Espacial Lyndon B. Johnson]] (MSC) é o centro da NASA para treinamento, pesquisa e controle de voo em voos espaciais humanos. Criada em 1º de novembro de 1961, a instalação consiste em um complexo de 100 edifícios construídos em 1962-1963 em 1.620 acres (656 ha) de terras doadas pela [[Universidade Rice]] em [[Houston]], [[Texas]].<ref name=ar5>{{citar web |url=http://www.sti.nasa.gov/tto/spinoff1997/ar5.html |título=Lyndon B. Johnson Space Center |autor =NASA |acessodata=2008-08-27 |arquivodata=10 de abril de 2012 |arquivourl=https://www.webcitation.org/66ovcFzxq?url=http://spinoff.nasa.gov/spinoff1997/ar5.html}}</ref> O centro surgiu do [[Grupo de Tarefas Espaciais]] formado logo após a [[criação da NASA]] para coordenar o programa de voos espaciais humanos dos Estados Unidos. É a casa do [[Corpo de astronautas da NASA|Corpo de Astronautas dos Estados Unidos]] e é responsável pelo treinamento de astronautas dos EUA e seus parceiros internacionais, e inclui o [[Centro de Controle de Missão Christopher C. Kraft Jr.]].<ref name=ar5/> O centro foi renomeado em homenagem ao falecido presidente estadunidense e nativo do Texas, [[Lyndon B. Johnson]], em 19 de fevereiro de 1973.<ref name=NYT19730220>{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/1973/02/20/archives/houston-space-center-is-named-for-johnson.html|título=Houston Space Center Is Named for Johnson|data=20 de fevereiro de 1973|jornal=[[The New York Times]]|página=19|acessodata=23 de setembro de 2020|arquivodata=5 de fevereiro de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210205001152/https://www.nytimes.com/1973/02/20/archives/houston-space-center-is-named-for-johnson.html}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.presidency.ucsb.edu/documents/statement-about-signing-bill-designating-the-manned-spacecraft-center-houston-texas-the|título=50 - Statement About Signing a Bill Designating the Manned Spacecraft Center in Houston, Texas, as the Lyndon B. Johnson Space Center|primeiro =Richard M.|último =Nixon|data=19 de fevereiro de 1973|acessodata=9 de julho de 2011|arquivodata=3 de fevereiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190203171049/https://www.presidency.ucsb.edu/documents/statement-about-signing-bill-designating-the-manned-spacecraft-center-houston-texas-the}}</ref>
*[[Marshall Space Flight Center]], [[Huntsville (Alabama)|Huntsville]], [[Alabama]]
*[[Kennedy Space Center]], [[Florida]]
*[[Lyndon B. Johnson Space Center]], [[Houston]], [[Texas]]
*[[Michoud Assembly Facility]], [[Nova Orleães]], [[Luisiana]]
*[[Wallops Flight Facility]], [[Ilha Wallops]], [[Virgínia]]
*[[White Sands Test Facility]], [[Las Cruces]], [[Novo México]]


;[[Deep Space Network]]
O [[Centro Espacial John F. Kennedy]] (KSC), localizado a oeste da [[Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral]], na [[Flórida]], é uma das instalações mais conhecidas da NASA. Chamado de "Centro de Operações de Lançamento" em sua criação em 1º de julho de 1962, foi renomeado em homenagem ao falecido presidente dos Estados Unidos em 29 de novembro de 1963,<ref>{{citar web |título= The National Archives, Lyndon B. Johnson Executive Order 11129 | url = https://www.archives.gov/federal-register/executive-orders/1963-johnson.html |acessodata= 26 de abril de 2010 |arquivodata= 19 de julho de 2019 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20190719110148/https://www.archives.gov/federal-register/executive-orders/1963-johnson.html}}</ref><ref name="KSC Story">{{citar web|título=Kennedy Space Center Story|url=http://www.nasa.gov/centers/kennedy/about/history/story/kscstory.html|publicado=NASA|acessodata=5 de novembro de 2015|data=1991|arquivodata=20 de maio de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170520011616/https://www.nasa.gov/centers/kennedy/about/history/story/kscstory.html}}</ref> e tem sido o local de lançamento para todos os voo espaciais tripulados dos Estados Unidos desde 1968. O KSC continua a gerenciar e operar instalações de lançamento de foguetes não tripulados para o programa espacial civil dos Estados Unidos a partir de três plataformas no Cabo Canaveral. Seu [[Vehicle Assembly Building]] (VAB) é a quarta maior estrutura do mundo em volume<ref>{{citar web|último =Beattie|primeiro =Rich|título=World's Biggest Buildings|url=http://www.travelandleisure.com/slideshows/worlds-biggest-buildings/11|acessodata=6 de dezembro de 2015|data=20 de dezembro de 2011|arquivodata=3 de novembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161103220847/http://www.travelandleisure.com/slideshows/worlds-biggest-buildings/11}}</ref> e era a maior quando foi concluída em 1965.<ref name="congressional record Sep 8, 2004">{{citar periódico|título=Senate|periódico=Congressional Record|data=8 de setembro de 2004|página=17598}}</ref> Um total de 13,1 mil pessoas trabalhavam no centro em 2011. Aproximadamente 2,1 mil são funcionários do governo federal; o resto são empreiteiros.<ref name="jdean">{{citar jornal|último =Dean|primeiro =James|título=NASA budget woes leads to layoffs|url=http://www.federaltimes.com/article/20110317/AGENCY01/103170305/|acessodata=21 de agosto de 2011|jornal=[[Federal Times]]|data=17 de março de 2011|arquivodata=2 de janeiro de 2013|arquivourl=https://archive.today/20130102161525/http://www.federaltimes.com/article/20110317/AGENCY01/103170305/}}</ref>
*[[Complexo de Comunicação Espacial de Camberra]], [[Camberra]], [[Austrália]]
*[[Goldstone Deep Space Communications Complex]], [[Barstow (Califórnia)|Barstow]], [[Califórnia]]
*[[Madrid Deep Space Communications Complex]], [[Madrid]], [[Espanha]]


== Administradores ==
{{Imagem múltipla
{{artigo principal|Lista de Administradores da NASA}}
| align = center
| image1 = NASA_Goddard_Space_Flight_Center_Aerial_view_2010_facing_south.jpg
| caption1 = [[Centro de Voos Espaciais Goddard]], [[Maryland]]
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== Ver também ==
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* [[Agência Espacial Brasileira]]
* [[Agência Espacial Europeia]]
* [[Arma espacial]]
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* [[Programa espacial dos Estados Unidos da América|Programa espacial estadunidense]]
* [[Exploração espacial]]
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* [[Agência Espacial Federal Russa]]
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* [[Agência Espacial Brasileira]]
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== Bibliografia ==
=== Fontes ===
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* {{citar livro|último =Catchpole |primeiro =John E. |url={{Google books|VsTdriusftgC|plainurl=yes}} |título=The International Space Station: Building for the Future |data=17 de junho de 2008 |publicado=Springer-Praxis |isbn=978-0-387-78144-0}}
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=== Leitura adicional ===
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Edição atual tal como às 05h48min de 18 de julho de 2022

Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre a agência espacial. Para outros usos, veja NASA (desambiguação).

Predefinição:Info/Agência do governo Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (em Predefinição:Língua com nomeNASA) é uma agência do governo federal dos Estados Unidos responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial. Sua missão oficial é "fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial".[1] A NASA foi criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, do Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica (em Predefinição:Língua com nome — NACA).[2][3]

A NASA foi a responsável pelo envio do homem à Lua (veja projeto Apollo) e por diversos outros programas de pesquisa no espaço. Atualmente ela trabalha em conjunto com a Agência Espacial Europeia, com a Agência Espacial Federal Russa e com alguns países da Ásia para a criação da Estação Espacial Internacional.

A NASA também tem desenvolvido vários programas com satélites e com sondas de pesquisa espacial que viajaram até outros planetas e até, alguns deles, se preparam para sair do nosso sistema solar, sendo a próxima grande meta, que tem atraído a atenção de todos, uma viagem tripulada até o planeta Marte, nosso vizinho.

A ciência da NASA está focada numa melhor compreensão da Terra através do Earth Observing System,[4] na promoção da heliofísica através do trabalho do Heliophysics Research Program,[5] na exploração do sistema solar com missões robóticas avançadas, tais como New Horizons,[6] e na pesquisa astrofísica, aprofundando-se em tópicos como o Big Bang com o auxílio de grandes observatórios.[7]

História

Criação

Ver artigo principal: Criação da NASA

Arquivo:NASA 60th- How It All Began.webm

Selo oficial do NACA.

Entre o fim de 1957 e o início de 1958 o NACA - National Advisory Committee for Aeronautics (Conselho Nacional para a Aeronáutica), fundado em 1915, começou a estudar quais seriam o trabalho e o papel de uma agência espacial civil, e vários comitês foram formados para examinar o conceito. Em 12 de janeiro de 1958 o NACA organizou uma Comissão Especial de Tecnologia Espacial, dirigida por Guyford Stever. Esta comissão fez uma consulta ao programa de grandes foguetes da Army Ballistic Missile Agency, dirigida então por Wernher von Braun.[3] Em 14 de janeiro de 1958, o Diretor da NACA, Hugh Dryden, declarou:

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"É de grande urgência e importância para o nosso país, tanto na consideração do nosso prestígio como uma nação, bem como das necessidades militares, que o desafio representado pelo Sputnik seja encarado através de um enérgico programa de pesquisa e desenvolvimento para a conquista do espaço ... Assim, propõe-se que a investigação científica seja da responsabilidade de uma agência nacional civil ... O NACA é capaz, pela sua rápida expansão e pela extensão do seu esforço, de prover liderança na tecnologia espacial."
[8]

Lançado em 31 de janeiro de 1958, o Explorer 1, oficialmente o Satélite 1958 Alpha, tornou-se o primeiro satélite dos Estados Unidos.[9] Em 5 de março James Rhyne Killian, presidente do PSAC (o Conselho Científico Presidencial) escreveu um memorando ao presidente Eisenhower incentivando a criação de um programa espacial civil a partir de um NACA fortalecido e reorientado, que poderia expandir seu programa de investigação com um mínimo de demora.[8] No final de março um relatório do NACA apresentou recomendações para posteriormente desenvolver um foguete em três estágios alimentado a fluoreto de hidrogênio.[3]

Em abril de 1958 Eisenhower fez no Congresso dos EUA um discurso favorecendo uma agência espacial civil nacional e apresentou um projeto de lei para a criação de uma agência nacional de aeronáutica e espaço. O antigo campo de pesquisa do NACA mudaria para incluir desenvolvimento, gerenciamento e operações em grande escala. O Congresso dos EUA aprovou a lei com ligeiros ajustes, formalizando o National Aeronautics and Space Act em 16 de julho de 1958. Apenas dois dias depois o grupo de Von Braun apresentou um relatório preliminar criticando severamente a duplicação de esforços e a falta de coordenação entre as diversas organizações associadas aos programas espaciais dos Estados Unidos. A Comissão de Stever concordou com as críticas do grupo de Von Braun, e um projeto final foi publicado vários meses depois, em outubro.[3]

Em 29 de julho de 1958 Eisenhower assinou o National Aeronautics and Space Act, instituindo a NASA. Quando iniciou suas operações em 1 de outubro de 1958, a NASA absorveu integralmente o antigo NACA, com todos os seus 8 mil funcionários, um orçamento anual de 100 milhões de dólares, três laboratórios de pesquisa principais (Langley Aeronautical Laboratory, Ames Aeronautical Laboratory e Lewis Flight Propulsion Laboratory) e duas instalações pequenas de teste.[10]

Elementos da Army Ballistic Missile Agency, da qual fazia parte a equipe de Von Braun, e o Naval Research Laboratory, foram incorporados à NASA. Uma contribuição significativa para a entrada da NASA na corrida espacial com a União Soviética foi a tecnologia do programa alemão de foguetes V-2 (liderado por Von Braun), que por sua vez incorporou tecnologia de Robert Goddard.[11] Programas de investigação da Força Aérea[10] e muitos dos primeiros programas espaciais da ARPA também foram transferidos para a NASA.[12] Em dezembro de 1958 a NASA obteve o controle do Jet Propulsion Laboratory, uma instalação operada pelo California Institute of Technology.[10]

Primeiros voos espaciais tripulados

A NASA já operou e opera inúmeros programas, desde missões interplanetárias a satélites terrestres. 31 missões já foram encerradas e em 2010 quase noventa estão ainda em andamento.[13][14]

Programa X-15 (1954-1968)

Ver artigo principal: North American X-15
X-15 em voo motorizado

A NASA herdou a aeronave experimental de pesquisa hipersônica movida a foguete X-15 da NACA, desenvolvida em conjunto com a Força Aérea e a Marinha dos Estados Unidos. Três aviões foram construídos a partir de 1955. O X-15 foi lançado da asa de um dos dois Boeing B-52 Stratofortresses da NASA, cauda NB52A número 52-003, e NB52B, cauda número 52-008 (conhecido como Balls 8). A liberação ocorreu a uma altitude de cerca de 45 000 pés (14 km) e a uma velocidade de cerca de 500 milhas por hora (805 km/h).[15]

Doze pilotos foram selecionados para o programa da Força Aérea, Marinha e NACA. Um total de 199 voos foram realizados entre junho de 1959 e dezembro de 1968, resultando no recorde mundial oficial para a maior velocidade já alcançada por uma aeronave com tripulação e uma velocidade máxima de Mach 6,72, ou 4 519 milhas por hora (7 273 km/h).[16] O recorde de altitude para o X-15 foi de 354 200 pés (107,96 km).[17] Oito dos pilotos receberam o distintivo "Asas de Astronauta" da Força Aérea por voar acima de 260 000 pés (80 km), e dois voos de Joseph A. Walker excederam 100 quilômetros (330 000 pés), qualificando-se como um voo espacial de acordo com a Federação Aeronáutica Internacional. O programa X-15 empregou técnicas mecânicas usadas nos programas posteriores de voos espaciais tripulados, incluindo jatos de sistema de controle de reação para controlar a orientação de uma espaçonave, trajes espaciais e definição de horizonte para navegação.[17] Os dados de reentrada e pouso coletados foram valiosos para a NASA no projeto do ônibus espacial.[18]

Programa Mercury (1958–1963)

Ver artigo principal: Projeto Mercury

Realizado sob a pressão da concorrência entre os EUA e a União Soviética que existiu durante a Guerra Fria, o Programa Mercury foi iniciado em 1958 e lançou a NASA no caminho da exploração humana do espaço com as missões destinadas a descobrir se o homem poderia sobreviver no espaço sideral. Representantes do Exército, Marinha e Força Aérea dos EUA foram selecionados para prestar assistência à NASA. Em 5 de maio de 1961 o astronauta Alan Shepard se tornou o primeiro estadunidense no espaço pilotando a Freedom 7 em um voo suborbital de 15 minutos. John Glenn se tornou o primeiro estadunidense a orbitar a Terra em 20 de fevereiro de 1962 durante o voo da Friendship 7.[19]

Projeto Gemini (1961–1966)

Ver artigo principal: Projeto Gemini

O Projeto Gemini se concentrou em realizar experimentos e desenvolver e praticar as técnicas necessárias para missões lunares. O primeiro voo Gemini com astronautas a bordo, o Gemini III, foi pilotado por Gus Grissom e John Young em 23 de março de 1965.[20] Seguiram-se mais nove missões, mostrando que eram possíveis o voo espacial humano de longa duração e o encontro e acoplagem com um outro veículo no espaço, além de coletar dados médicos sobre os efeitos da microgravidade sobre os seres humanos.[21][22] As missões Gemini incluíram as primeiras caminhadas espaciais estadunidenses e o uso de novas manobras orbitais como encontro e acoplamento.

Projeto Apollo (1960–1972)

Ver artigo principal: Projeto Apollo

A percepção do público estadunidense sobre a liderança soviética na corrida espacial (colocando o primeiro humano no espaço) motivou o presidente John F. Kennedy[23] a pedir ao Congresso dos Estados Unidos em 25 de maio de 1961 que comprometesse o governo federal com um programa de aterrissagem de um homem na Lua no final da década de 1960, o que efetivamente lançou o Programa Apollo.[24]

O astronauta James Irwin caminha sobre a Lua próximo ao módulo de aterrissagem e o rover lunar da Apollo 15, em 1971. Os Estados Unidos são o único país que enviou missões tripuladas à superfície lunar.

O projeto Apollo foi um dos programas científicos estadunidenses mais caros de todos os tempos. Custou mais de 20 bilhões de dólares na década de 1960[25] ou cerca de 225 bilhões de dólares em valores atuais. (Em comparação, o Projeto Manhattan custou cerca de 28,8 bilhões de dólares, contabilizando a inflação.)[26] Ele usava os foguetes Saturno como veículos de lançamento, que eram muito maiores do que os foguetes construídos para projetos anteriores.[27] A espaçonave também era maior; tinha duas partes principais, o Módulo de Comando e Serviço Apollo (CSM, sigla em inglês) e o Módulo Lunar Apollo (LM), que deveria ser deixado na Lua, sendo que apenas o módulo de comando (CM), contendo os três astronautas, retornaria à Terra.Predefinição:Nota de rodapé

A segunda missão tripulada, a Apollo 8, trouxe astronautas pela primeira vez em um voo ao redor da Lua em dezembro de 1968.[28] Pouco antes, os soviéticos haviam enviado uma espaçonave não tripulada ao redor da Lua.[29] Nas duas missões seguintes, manobras de atracação que eram necessárias para o pouso na Lua foram praticadas[30][31] e, finalmente, o pouso na Lua foi feito na missão Apollo 11 em julho de 1969.[32]

A primeira pessoa a andar na Lua foi Neil Armstrong, que foi seguido 19 minutos depois por Buzz Aldrin, enquanto Michael Collins orbitava acima. Cinco missões Apollo subsequentes também pousaram astronautas na Lua, a última em dezembro de 1972. Ao longo desses seis voos espaciais da Apollo, doze homens caminharam na Lua. Essas missões retornaram uma riqueza de dados científicos e 381,7 kg de amostras lunares. Os tópicos cobertos por experimentos realizados incluíram mecânica dos solos, meteoroides, sismologia, fluxo de calor, alcance lunar, campos magnéticos e vento solar.[33] O pouso na Lua marcou o fim da corrida espacial; e como um gesto, Armstrong mencionou a humanidade quando pisou na Lua.[34]

Skylab (1965–1979)

Ver artigo principal: Skylab
Skylab em órbita.

O Skylab foi a primeira e única estação espacial construída de forma independente nos Estados Unidos.[35] Concebida em 1965 como uma oficina a ser construída no espaço a partir de um estágio superior do Saturno IB gasto, a estação de 169 950 lb (77 088 kg) foi construída na Terra e lançada em 14 de maio de 1973, no topo dos dois primeiros estágios de um Saturno V, em uma órbita de 235 milhas náuticas (435 km) inclinada a 50° em relação ao equador. Danificado durante o lançamento pela perda de sua proteção térmica e um painel solar de geração de eletricidade, foi reparado para receber sua primeira tripulação. Foi ocupado por um total de 171 dias por três tripulações sucessivas em 1973 e 1974.[35]

Incluía um laboratório para estudar os efeitos da microgravidade e um observatório solar.[35] A NASA planejou uma doca do ônibus espacial e elevar o Skylab a uma altitude segura mais alta, mas o ônibus espacial não estava pronto para voar antes da reentrada do Skylab em 11 de julho de 1979.[36]

Para reduzir o custo, a NASA usou um dos foguetes Saturno V originalmente reservados para uma missão cancelada do Programa Apollo para lançar o Skylab. As espaçonaves Apollo foram usadas para transportar astronautas de e para a estação. Três tripulações de três homens permaneceram a bordo da estação por períodos de 28, 59 e 84 dias. O volume habitável do Skylab era de 11 290 pés cúbicos (320 m³), que era 30,7 vezes maior do que o Módulo de Comando Apollo.[36]

Apollo-Soyuz (1972-1975)

Ver artigo principal: Apollo–Soyuz
Tripulações soviética e estadunidense com modelo de nave espacial, 1975

Em 24 de maio de 1972, o então presidente estadunidense Richard M. Nixon e o primeiro-ministro soviético Alexei Kosygin assinaram um acordo convocando uma missão espacial tripulada conjunta e declarando a intenção de que todas as futuras naves espaciais tripuladas internacionais fossem capazes de acoplar umas às outras.[37] Isso autorizou o Projeto de Teste Apollo–Soyuz (ASTP, sigla em inglês), envolvendo o encontro e acoplamento na órbita da Terra de um módulo de comando e serviço da Apollo excedente com uma espaçonave Soyuz. A missão ocorreu em 17 de julho de 1975.[38] Este foi o último voo espacial humano dos Estados Unidos até o primeiro voo orbital do ônibus espacial em abril de 1981.[39]

A missão incluiu experimentos científicos conjuntos e separados e forneceu experiência útil de engenharia para futuros voos espaciais conjuntos entre Estados Unidos e Rússia (Estado sucessor da União Soviética), como o programa Shuttle-Mir e a Estação Espacial Internacional.[40] Simbolicamente, o acoplamento Apollo–Soyuz marcou o fim da corrida espacial.[38][41]

Voos espaciais tripulados modernos

Ônibus espacial (1972–2011)

Ver artigo principal: Ônibus espacial
Lançamento do Discovery na missão STS-120

O ônibus espacial se tornou o principal foco da NASA no final dos anos 1970 e 1980. Originalmente planejado como um veículo totalmente reutilizável, o projeto foi alterado para usar um tanque de propelente externo descartável para reduzir o custo de desenvolvimento, e quatro orbitadores do ônibus espacial foram construídos em 1985. O primeiro a ser lançado, Columbia, o fez em 12 de abril, 1981, o 20º aniversário do primeiro voo espacial humano.[42]

Seus principais componentes eram um avião espacial orbitador com um tanque de combustível externo e dois foguetes de lançamento de combustível sólido ao lado. O tanque externo, maior do que a própria espaçonave, era o único componente importante que não era reutilizado. O ônibus espacial podia orbitar em altitudes de 185-643 km (115-400 milhas)[43] e transportar uma carga útil máxima (para órbita baixa) de 24 400 kg (54 000 lb).[44] As missões podiam durar de 5 a 17 dias e as tripulações podiam ter de dois a oito astronautas.[43]

Em 20 missões (1983–1998), o ônibus espacial transportou o Spacelab, projetado em cooperação com a Agência Espacial Europeia (ESA). O Spacelab não foi projetado para voos orbitais independentes, mas permaneceu no compartimento de carga do ônibus espacial enquanto os astronautas entravam e saíam por uma eclusa de descompressão.[45] Em 18 de junho de 1983, Sally Ride se tornou a primeira mulher americana no espaço, a bordo do Challenger durante a missão STS-7.[46] Outra famosa série de missões foi o lançamento e, posteriormente, o reparo bem-sucedido do Telescópio Espacial Hubble em 1990 e 1993, respectivamente.[47]

A frota de ônibus espaciais perdeu dois orbitadores e 14 astronautas em dois desastres: o Challenger em 1986 e o Columbia em 2003.[48] Enquanto a perda de 1986 foi mitigada pela construção do ônibus espacial Endeavour a partir de peças de reposição, a NASA não construiu outro orbitador para substituir a segunda perda.[48] O programa do ônibus espacial da NASA tinha 135 missões quando terminou com o pouso bem-sucedido do ônibus espacial Atlantis no Centro Espacial Kennedy em 21 de julho de 2011. O programa durou 30 anos com mais de 300 astronautas enviados ao espaço.[49]

Estação Espacial Internacional (1993–presente)

Ver artigo principal: Estação Espacial Internacional
A Estação Espacial Internacional em órbita em novembro de 2021

A Estação Espacial Internacional (EEI) combina o projeto da estação espacial Freedom da NASA com a estação soviética/russa Mir-2, a estação europeia Columbus e o módulo de laboratório japonês Kibō. [68] A NASA planejou originalmente na década de 1980 desenvolver sozinha a Freedom, mas as restrições orçamentárias levaram à fusão desses projetos em um único programa multinacional em 1993, administrado pela NASA, a Agência Espacial Federal Russa (RKA), a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA).[50][51] A estação consiste em módulos pressurizados, treliças externas, painéis solares e outros componentes, que foram fabricados ao redor do mundo e foram lançados pelos foguetes russos Proton e Soyuz e os ônibus espaciais estadunidenses.[52] A montagem em órbita começou em 1998, a conclusão do Segmento Orbital dos EUA ocorreu em 2019 e a conclusão do Segmento Orbital Russo ocorreu em 2010, embora haja alguns debates sobre se novos módulos devem ser adicionados ao segmento. A propriedade e o uso da estação espacial são estabelecidos em tratados e acordos intergovernamentais[53] que dividem a estação em duas áreas e permitem que a Rússia retenha a propriedade total do Segmento Orbital Russo (com exceção do Zarya),[54][55] com o segmento orbital dos EUA alocado entre os outros parceiros internacionais.[53]

Ônibus espacial Endeavour, ATV-2, Soyuz TMA-21 e Progress M-10M ancorados na EEI, conforme visto da Soyuz TMA-20

As missões de longa duração à EEI são chamadas de expedições. Os membros da tripulação da expedição normalmente passam cerca de seis meses na EEI.[56] O tamanho inicial da tripulação da expedição era de três pessoas, temporariamente reduzido para dois após o desastre do Columbia. Desde maio de 2009, o tamanho da tripulação de expedição era de seis membros,[57] o que deverá ser aumentado para sete, o número para o qual a EEI foi projetada, uma vez que o Programa de Tripulações Comerciais se torne operacional.[58] A EEI está continuamente ocupada há 21 anos, tendo superado o recorde anterior da Mir; e foi visitada por astronautas e cosmonautas de 15 nações diferentes.[59][60]

A estação pode ser vista a partir da Terra a olho nu e, em 2021, era o maior satélite artificial na órbita terrestre com massa e volume maiores do que qualquer estação espacial anterior.[61] A espaçonave Soyuz entrega os membros da tripulação, fica atracada para as missões de meio ano e os leva de volta para casa. Várias naves espaciais de carga sem tripulação fornecem serviço para a EEI; eles são a espaçonave russa Progress, que tem feito isso desde 2000, o Veículo de Transferência Automatizado (ATV) europeu desde 2008, o Veículo de Transferência H-II (HTV) japonês desde 2009, o SpaceX Dragon de 2012 a 2020 e a espaçonave estadunidense Cygnus desde 2013. O ônibus espacial, antes de sua aposentadoria, também era usado para transferência de carga e frequentemente trocava membros da tripulação da expedição, embora não tivesse a capacidade de permanecer atracado durante sua estada. Até que outra nave espacial com tripulação dos Estados Unidos esteja pronta, os membros da tripulação viajarão de e para a Estação Espacial Internacional exclusivamente a bordo da Soyuz.[62] O maior número de pessoas ocupando a EEI foi treze; isso ocorreu três vezes durante as últimas missões de montagem.[63]

Em 29 de março de 2019, a EEI estava programada para ter sua primeira caminhada espacial exclusivamente feminina, mas foi adiada; Jessica Meir e Christina Koch realizaram a primeira caminhada espacial exclusivamente feminina em 18 de outubro, como parte de uma longa série de atualizações nos sistemas de energia e observatórios de física da EEI.[64][65][66] O programa EEI deve continuar ativo até 2030.[67]

Programa Constellation (2005–2010)

Ver artigo principal: Programa Constellation
Renderização artística do módulo de pouso Altair na Lua

Enquanto o programa do ônibus espacial ainda estava suspenso após a perda do Columbia, o presidente George W. Bush anunciou a Vision for Space Exploration, que incluía a aposentadoria do ônibus espacial após concluir a Estação Espacial Internacional. O plano foi transformado em lei pelo NASA Authorization Act de 2005 e orienta a NASA a desenvolver e lançar o Veículo de Exploração Tripulado (mais tarde chamado de Orion) em 2010, retornar os estadunidenses à Lua em 2020, pousar em Marte se possível, reparar o Telescópio Espacial Hubble e continuar a investigação científica através da exploração robótica do Sistema Solar, da presença humana na Estação Espacial Internacional, na observação da Terra e na pesquisa astrofísica. Os objetivos de exploração tripulados levaram ao programa Constellation da NASA.[68]

Em 4 de dezembro de 2006, a NASA anunciou que estava planejando uma base lunar permanente.[69] O objetivo era começar a construir a base em 2020 e, em 2024, ter uma base totalmente funcional que permitiria a rotação da tripulação e a utilização de recursos in-situ. No entanto, em 2009, um comitê do Congresso dos Estados Unidos concluiu que o programa estava em uma "trajetória insustentável".[70] Em fevereiro de 2010, a administração do presidente Barack Obama propôs eliminar os fundos públicos para o projeto.[71]

Programa de Tripulações Comerciais (2011-presente)

O Programa de Tripulações Comerciais (CCP, sigla em inglês) fornece serviço de transporte de tripulação operado comercialmente de e para a Estação Espacial Internacional (EEI) sob contrato com a NASA, conduzindo rotações de tripulação entre as expedições do programa da EEI. A fabricante aeroespacial estadunidense SpaceX começou a fornecer serviços em 2020, usando a espaçonave Crew Dragon, e a NASA planeja adicionar a Boeing quando sua espaçonave Boeing Starliner entrar em operação algum tempo depois de 2022.[72]

A espaçonave pertence e é operada pelo vendedor e o transporte da tripulação é fornecido à NASA como um serviço comercial. Cada missão envia até quatro astronautas para a EEI, com opção para um quinto passageiro disponível. Os voos operacionais ocorrem aproximadamente uma vez a cada seis meses para missões que duram aproximadamente seis meses. Uma espaçonave permanece ancorada na EEI durante sua missão, e as missões geralmente se sobrepõem por pelo menos alguns dias. Entre a aposentadoria do ônibus espacial em 2011 e a primeira missão operacional do CCP em 2020, a NASA contou com o programa Soyuz para transportar seus astronautas para a EEI.[72]

Uma espaçonave Crew Dragon é lançada ao espaço no topo de um veículo de lançamento Falcon 9 e a cápsula retorna à Terra através de um mergulho no Oceano Atlântico. A primeira missão operacional do programa, SpaceX Crew-1, foi lançada em 16 de novembro de 2020. A espaçonave Boeing Starliner participará após seu voo de teste final, lançado no topo de um Atlas V N22 ou veículo de lançamento Vulcan Centaur. Em vez de cair no oceano, uma cápsula Starliner retornará à terra com airbags em um dos quatro locais designados no oeste dos Estados Unidos.[72]

Programa Artemis (2017-presente)

Ver artigo principal: Programa Artemis
A espaçonave Orion

Desde 2017, o programa de voos espaciais tripulados da NASA tem sido o programa Artemis, que envolve a ajuda de empresas privadas de voos espaciais comerciais dos Estados Unidos e parceiros internacionais, como ESA, JAXA e CSA.[73] O objetivo deste programa é pousar "a primeira mulher e o próximo homem" na região do polo sul lunar até 2024. Artemis seria o primeiro passo em direção ao objetivo de longo prazo de estabelecer uma presença sustentável na Lua, lançando as bases para que empresas privadas construam uma economia lunar e, eventualmente, enviem humanos a Marte. A espaçonave Orion foi adiado do programa Constellation, que foi cancelado, para o projeto Artemis. O Artemis 1 é o lançamento inicial desengatado do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) que também enviaria uma espaçonave Orion em uma órbita retrógrada distante.[74]

A próxima grande iniciativa espacial da NASA será a construção da estação espacial Lunar Gateway. Esta iniciativa envolverá a construção de uma nova estação espacial, que terá muitas características em comum com a atual Estação Espacial Internacional, exceto que estará em órbita ao redor da Lua, ao invés da Terra.[75] Esta estação espacial será projetada principalmente para habitação humana não contínua. Os primeiros passos provisórios para retornar às missões lunares tripuladas serão Artemis 2, que incluirá o módulo de tripulação Orion, impulsionado pelo SLS, e será lançado em 2023.[73] Esta missão é para ser uma missão de 10 dias planejada para colocar brevemente uma tripulação de quatro pessoas em um sobrevoo lunar.[76]

Projeto da estação espacial Lunar Gateway

A construção do Lunar Gateway começaria com o Artemis 3, que está planejado para entregar uma tripulação de quatro pessoas à órbita lunar junto com os primeiros módulos do Lunar Gateway. Essa missão duraria até 30 dias. A NASA planeja construir habitats em grande escala no espaço profundo, como o Lunar Gateway e o Nautilus-X, como parte de seu programa Next Space Technologies for Exploration Partnerships (NextSTEP).[77] Em 2017, a NASA foi orientada pelo NASA Transition Authorization Act de 2017 para levar humanos à órbita de Marte (ou à superfície marciana) até 2030.[78][79]

Em 16 de abril de 2021, a NASA anunciou que havia selecionado a SpaceX Lunar Starship como seu sistema de pouso humano. O foguete do Sistema de Lançamento Espacial da agência lançará quatro astronautas a bordo da espaçonave Orion para sua jornada de vários dias à órbita lunar, onde serão transferidos para a nave espacial da SpaceX para a etapa final de sua jornada à superfície da Lua.[80]

Satélites, sondas, rovers, veículos de lançamento

Erro de script: Nenhum módulo desse tipo "labelled list hatnote". A NASA conduziu muitos programas de voos espaciais robóticos e não tripulados ao longo de sua história. Programas robóticos lançaram os primeiros satélites artificiais estadunidenses na órbita terrestre para fins científicos e de comunicação, além de terem enviado sondas científicas para explorar os planetas do Sistema Solar, começando com Vênus e Marte, e incluindo "grandes viagens" aos planetas exteriores. Mais de 1.000 missões não planejadas foram projetadas para explorar a Terra e o Sistema Solar.[81]

Terra, Lua e ponto L2

Além da exploração, os satélites de comunicação também foram lançados pela NASA.[82] As espaçonaves foram lançadas diretamente da Terra ou de ônibus espaciais em órbita, que poderiam lançar o próprio satélite ou com um estágio de foguete para levá-lo mais longe. O primeiro satélite norte-americano não tripulado foi o Explorer 1, que começou como um projeto ABMA/JPL durante a primeira parte da corrida espacial. Foi lançado em janeiro de 1958, dois meses após o Sputnik. Na criação da NASA, o projeto Explorer foi transferido para a agência e continua até hoje. Suas missões têm se concentrado na Terra e no Sol, medindo campos magnéticos e o vento solar, entre outros aspectos.[83] Um satélite mais recente da Terra, não relacionado ao programa Explorer, foi o Telescópio Espacial Hubble, que foi colocado em órbita em 1990.[84]

Cygnus e Cargo Dragon são usados ​​para reabastecer a Estação Espacial Internacional (EEI) como parte do programa Commercial Resupply Services (CRS) da NASA a partir de 2020. A Cygnus é fabricada pela Northrop Grumman e lançado no foguete Antares. A Cargo Dragon é fabricada pela SpaceX e lançado na variante Bloco 5 do Falcon 9. O SpaceX Dragon, também lançado no Falcon 9, foi usado para reabastecer a EEI de 2010 a 2020. O Telescópio Espacial James Webb (JWST) está programado para ser lançado em novembro de 2021 em um foguete Ariane 5.[85] Ele será colocado em uma órbita de halo circulando o ponto L2 Sol-Terra.[86]

Sistema Solar interno (incluindo Marte)

Autorretrato do rover Perseverance na superfície de Marte em setembro de 2021

O Sistema Solar interno tornou-se o objetivo de pelo menos quatro programas não elaborados. O primeiro foi o Programa Mariner nas décadas de 1960 e 1970, que fez várias visitas a Vênus e Marte e uma a Mercúrio. As sondas lançadas no programa Mariner foram também as primeiras a fazer um sobrevoo planetário (Mariner 2), a tirar as primeiras fotos de outro planeta (Mariner 4), o primeiro orbitador planetário (Mariner 9) e o primeiro a fazer uma manobra de auxílio gravitacional (Mariner 10). Esta é uma técnica em que o satélite aproveita a gravidade e a velocidade dos planetas para chegar ao seu destino.[87]

O primeiro pouso bem-sucedido em Marte foi feito pela Viking 1 em 1976. Vinte anos depois, um rover pousou em Marte pela Mars Pathfinder.[88] Em 26 de novembro de 2011, a missão Mars Science Laboratory da NASA foi lançada com sucesso para Marte. O rover Curiosity pousou com sucesso em Marte em 6 de agosto de 2012 e, posteriormente, começou sua busca por evidências de vida passada ou presente em Marte.[89][90][91] No horizonte dos planos da NASA está a espaçonave MAVEN como parte do Programa de Exploração de Marte para estudar a atmosfera marciana. As investigações em andamento da NASA incluem pesquisas aprofundadas de Marte (Perseverance e InSight).[92]

Sistema Solar externo

Fotografia de Plutão feita pela sonda New Horizons em 13 de julho de 2015

Fora de Marte, Júpiter foi visitado pela primeira vez pela Pioneer 10 em 1973. Mais de 20 anos depois, a Galileo enviou uma sonda na atmosfera do planeta e se tornou a primeira espaçonave a orbitar o planeta.[93] A Pioneer 11 se tornou a primeira espaçonave a visitar Saturno em 1979, com a Voyager 2 fazendo as primeiras (e até agora as únicas) visitas a Urano e Netuno em 1986 e 1989, respectivamente. A primeira espaçonave a deixar o sistema solar foi a Pioneer 10 em 1983. Por um tempo foi a espaçonave mais distante, mas desde então foi superada pela Voyager 1 e Voyager 2.[94]

Os Pioneers 10 e 11 e ambas as sondas Voyager carregam mensagens da Terra para a vida extraterrestre.[95][96] A comunicação pode ser difícil com viagens espaciais profundas. Por exemplo, levou cerca de três horas para um sinal de rádio chegar à espaçonave New Horizons quando estava mais da metade do caminho para Plutão.[97] O contato com a Pioneer 10 foi perdido em 2003. Ambas as sondas Voyager continuam a operar enquanto exploram a fronteira externa entre o Sistema Solar e o espaço interestelar.[98]

A missão New Horizons para Plutão foi lançada em 2006 e realizou com sucesso um sobrevoo do planeta anão em 14 de julho de 2015. A sonda recebeu uma assistência de gravidade de Júpiter em fevereiro de 2007, examinando algumas das luas internas de Júpiter e testando instrumentos a bordo durante o sobrevoo. Outras espaçonaves ativas são a Juno em Júpiter e a Dawn no cinturão de asteroides. A NASA continuou a apoiar a exploração in situ além do cinturão de asteroides, incluindo as travessias da Pioneer e da Voyager para a região trans-Plutão inexplorada e os orbitadores Galileo (1989–2003), Cassini-Huygens (1997–2017) e Juno (2011 – presente), que orbitam gigantes gasosos.

Estrutura

Liderança

Ver artigo principal: Lista de administradores da NASA
Administrador Bill Nelson

O líder da agência, o Administrador da NASA, é nomeado pelo Presidente dos Estados Unidos, sujeito à aprovação do Senado dos Estados Unidos,[99] e se reporta a ele ou a ela, servindo como consultor sênior de ciências espaciais. Embora a exploração do espaço seja ostensivamente apartidária, o nomeado geralmente está associado ao partido político do presidente (democrata ou republicano), e um novo administrador geralmente é escolhido quando a presidência muda de partido. As únicas exceções a isso foram:

O primeiro administrador foi o Dr. T. Keith Glennan, nomeado pelo presidente republicano Dwight D. Eisenhower. Durante seu mandato, ele reuniu os projetos díspares na pesquisa de desenvolvimento espacial estadunidense.[103]

A administração da agência está localizada na sede da NASA em Washington, DC, e fornece orientação e direção geral.[104] Exceto em circunstâncias excepcionais, os funcionários do serviço público da NASA devem ser cidadãos dos Estados Unidos.[105]

Orçamento

Ver artigo principal: Orçamento da NASA
Gráfico do orçamento da NASA entre 1958 e 2012

A participação da NASA no total do orçamento do governo federal dos Estados Unidos atingiu um pico de aproximadamente 4,41% em 1966 durante o programa Apollo, depois caiu rapidamente para aproximadamente 1% em 1975 e permaneceu nesse nível até 1998.[106][107] A porcentagem então caiu gradualmente, até se estabilizar novamente em cerca de meio por cento em 2006 (estimado em 2012 em 0,48% do orçamento federal).[108] Em uma audiência em março de 2012 do Comitê Científico do Senado dos Estados Unidos, o comunicador científico Neil deGrasse Tyson testemunhou: "No momento, o orçamento anual da NASA é meio centavo em seus impostos. Por duas vezes isso — um centavo por dólar — podemos transformar o país de uma nação taciturna e desanimada, cansada da luta econômica, em um país que reivindicou seu direito de nascença do século XX de sonhar com o amanhã."[109][110]

Apesar disso, a percepção pública do orçamento da NASA difere significativamente: uma pesquisa de 1997 indicou que a maioria dos estadunidenses acreditava que 20% do orçamento federal ia para a NASA.[111]

Para o ano fiscal de 2015, a NASA recebeu uma dotação de 18,01 bilhões de dólares do Congresso — 549 milhões a mais do que o solicitado e aproximadamente 350 milhões a mais do que o orçamento da NASA de 2014 aprovado pelo Congresso.[112] No ano fiscal de 2016, a NASA recebeu 19,3 bilhões de dólares.[113] O presidente Donald Trump assinou a Lei de Autorização de Transição da NASA de 2017 em março, que definiu o orçamento de 2017 em cerca de 19,5 bilhões de dólares.[113] O orçamento também é relatado como 19,3 bilhões de dólares para 2017, com 20,7 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2018.[114][115]

Instalações

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A sede da NASA em Washington, DC fornece orientação geral e liderança política para os dez centros de campo da agência, através dos quais todas as outras instalações são administradas.[116] Quatro deles foram herdados do NACA; dois outros foram transferidos do Exército; e a NASA comissionou e construiu os outros quatro ela mesma logo após sua formação.

Herdadas do NACA

O Centro de Pesquisa Langley (LaRC), localizado em Hampton, Virginia, concentra-se na pesquisa aeronáutica, embora o Módulo Lunar Apollo tenha sido testado em voo nas instalações e uma série de missões espaciais de alto perfil tenham sido planejadas e projetadas no local. O LaRC foi a casa original do Grupo de Tarefas Espaciais.[117]

O Centro de Pesquisa Ames (ARC) no Condado de Santa Clara, na Califórnia, foi fundado em 20 de dezembro de 1939. O centro foi nomeado em homenagem a Joseph Sweetman Ames, um membro fundador do NACA. O ARC é um dos 10 principais centros de campo da NASA e está localizado no Vale do Silício. Historicamente, o Ames foi fundado para fazer pesquisas em túneis de vento sobre a aerodinâmica de aeronaves movidas a hélice; no entanto, expandiu seu papel para fazer pesquisa e tecnologia em aeronáutica, voos espaciais e tecnologia da informação. Ele fornece liderança em astrobiologia, pequenos satélites, exploração lunar robótica, sistemas inteligentes/adaptativos e proteção térmica.[118][119]

O Centro de Pesquisa John H. Glenn tem entre suas principais competências a respiração aérea e a propulsão no espaço e criogenia, comunicações, armazenamento e conversão de energia elétrica, ciências da microgravidade e materiais avançados. Está localizado nas cidades de Brook Park, Cleveland e Fairview Park, no estado de Ohio.[120]

O Centro de Pesquisa de Voo Neil A. Armstrong (AFRC), estabelecido pela NACA antes de 1946 e localizado dentro da Base Aérea de Edwards, é a casa do Space Carrier Shuttle Aircraft (SCA), um Boeing 747 modificado projetado para transportar um ônibus espacial orbital de volta a Centro Espacial Kennedy após um pouso em Edwards. Em 16 de janeiro de 2014, o centro foi renomeado em homenagem a Neil Armstrong, o primeiro astronauta a andar na Lua.[121][122]

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Transferidas do Exército

O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), localizado na área de Vale de San Gabriel no Condado de Los Angeles, na Califórnia, está sediado na cidade de La Cañada Flintridge com um endereço de correspondência de Pasadena. O JPL é administrado pelo California Institute of Technology (Caltech), nas proximidades. A função primária do laboratório é a construção e operação de espaçonaves planetárias robóticas, embora também conduza missões em órbita terrestre e astronomia. Também é responsável por operar a Deep Space Network da NASA.[123][124]

O Centro de Voos Espaciais George C. Marshall (MSFC), localizado no Redstone Arsenal perto de Huntsville, Alabama, é um dos maiores centros da NASA. O MSFC é onde o foguete Saturno V e o Spacelab foram desenvolvidos. Marshall é o principal centro da NASA para projeto e montagem da Estação Espacial Internacional (EEI); cargas úteis e treinamento de tripulação relacionado; e foi o líder para a propulsão do ônibus espacial e seu tanque externo. A partir de dezembro de 1959, continha a Diretoria de Operações de Lançamento, que se mudou para a Flórida para se tornar o Centro de Operações de Lançamento em 1º de julho de 1962.[125]

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Construídas pela NASA

O Centro de Voos Espaciais Goddard (GSFC), localizado em Greenbelt, Maryland, foi encomendado pela NASA em 1 de março de 1959. É a maior organização combinada de cientistas e engenheiros nos Estados Unidos dedicada a aumentar o conhecimento da Terra, o Sistema Solar e o Universo por meio de observações do espaço. O GSFC é um importante laboratório dos EUA para o desenvolvimento e operação de espaçonaves científicas não tripuladas e também opera duas redes de rastreamento de voos espaciais e aquisição de dados, desenvolve e mantém sistemas avançados de informação de dados de ciências da Terra e espaciais, e desenvolve sistemas de satélite para a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).[126]

O Centro Espacial John C. Stennis, originalmente o "Centro de Testes do Mississippi", está localizado no Condado de Hancock, Mississippi, nas margens do Rio Pearl na fronteira do Mississippi com a Louisiana. Comissionado em 25 de outubro de 1961, foi a maior instalação de teste de motores de foguetes da NASA até o final do programa do ônibus espacial. Atualmente é usado para teste de foguetes por mais de 30 empresas e agências locais, estaduais, nacionais, internacionais, privadas e públicas. Ele contém o Centro de Serviços Compartilhados da NASA.[127]

O Centro Espacial Lyndon B. Johnson (MSC) é o centro da NASA para treinamento, pesquisa e controle de voo em voos espaciais humanos. Criada em 1º de novembro de 1961, a instalação consiste em um complexo de 100 edifícios construídos em 1962-1963 em 1.620 acres (656 ha) de terras doadas pela Universidade Rice em Houston, Texas.[128] O centro surgiu do Grupo de Tarefas Espaciais formado logo após a criação da NASA para coordenar o programa de voos espaciais humanos dos Estados Unidos. É a casa do Corpo de Astronautas dos Estados Unidos e é responsável pelo treinamento de astronautas dos EUA e seus parceiros internacionais, e inclui o Centro de Controle de Missão Christopher C. Kraft Jr..[128] O centro foi renomeado em homenagem ao falecido presidente estadunidense e nativo do Texas, Lyndon B. Johnson, em 19 de fevereiro de 1973.[129][130]

O Centro Espacial John F. Kennedy (KSC), localizado a oeste da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, é uma das instalações mais conhecidas da NASA. Chamado de "Centro de Operações de Lançamento" em sua criação em 1º de julho de 1962, foi renomeado em homenagem ao falecido presidente dos Estados Unidos em 29 de novembro de 1963,[131][132] e tem sido o local de lançamento para todos os voo espaciais tripulados dos Estados Unidos desde 1968. O KSC continua a gerenciar e operar instalações de lançamento de foguetes não tripulados para o programa espacial civil dos Estados Unidos a partir de três plataformas no Cabo Canaveral. Seu Vehicle Assembly Building (VAB) é a quarta maior estrutura do mundo em volume[133] e era a maior quando foi concluída em 1965.[134] Um total de 13,1 mil pessoas trabalhavam no centro em 2011. Aproximadamente 2,1 mil são funcionários do governo federal; o resto são empreiteiros.[135]

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Ver também

Predefinição:Notas

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Bibliografia

Fontes

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Leitura adicional

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Ligações externas

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