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==Lugares== | ==Lugares== | ||
Abadia, Alqueidão, Amoreira, Calvário, Casais Coelhos, Casal Branco, Casal da Junqueira, Casal do Vale Pereiro, Cortes, Curvachia, Famalicão, Lourais, Moinho do Rato, Moinho Novo, Mourões, Pé-da-Serra, Ponte do Cavaleiro, Portelas da Reixida, Reixida, Senhora do Monte, Servigueira, Vale da Mata, Fontes, Vale Redondo, Zambujo. | |||
Abadia, Alqueidão, Amoreira, Calvário, Casais Coelhos, Casal Branco, Casal da Junqueira, Casal do Vale Pereiro, Cortes, Curvachia, Famalicão, Lourais, Moinho do Rato, Moinho Novo, Mourões, Pé-da-Serra, Ponte do Cavaleiro, Portelas da Reixida, Reixida, Senhora do Monte, Servigueira, | |||
Vale da Mata, Fontes, Vale Redondo, Zambujo. | |||
==Origem do Nome== | |||
Remontando à origem do topónimo Cortes, é aceitar suposições de um autor do [[século XIX]] que, pegando em elementos aqui e ali, construíu a sua própria história que nunca ninguém se atreveu a pôr em causa, mas que é, contudo, facilmente desmontável. | |||
Igualmente sem fundamento é a versão segundo a qual o topónimo Cortes se deve ao facto de as Cortes de Leiria (pronunciar côrtes) se poderem ter realizado justamente nas Cortes (pronunciar córtes). Estudiosos e historiadores já há muito assentaram que tal evento decorreu no [[Paço Real]], junto da [[igreja de S. Pedro]], nas imediações do [[castelo de Leiria]]. | |||
Pela interpretação ponderada e sistemática dos documentos até agora encontrados, os especialistas inclinam-se para a significação de Cortes como sendo terras de cultura ou herdades, estrutura agrícola típica do vale fértil de um rio que desde sempre atraíu gente de importantes cabedais. A elite social da região, próxima da corte régia, não hesitava mesmo em adoptar Cortes como apelido, como se pode constatar em documentos de meados do [[século XV]]. | |||
==História== | |||
A povoação das Cortes é uma das povoações mais antigas do termo de Leiria, a ela se referindo numerosa documentação medieval. As primeiras referências documentais, até hoje conhecidas, surgem por volta de [[1250]] num pergaminho em que os templários (de [[Tomar]]) registaram as suas propriedades existentes no termo de Leiria. | |||
A festa da padroeira, [[Nossa Senhora da Gaiola]], realiza-se anualmente no 1º Domingo de Maio, sendo tradição imemorial. A Carta Régia de [[D. João III]], de 31 de Maio de [[1542]], concedendo licença aos moradores das Cortes para realizarem e pedirem para o Bodo, estabelecendo os critérios de distribuição das esmolas, fala deste costume como sendo de "antigamente". | |||
O [[terramoto de 1755]]] abalou a igreja e algumas capelas da freguesia, mas não causou prejuízos de monta, a não ser na capela de Santa Bárbara da Amoreira, e não havendo notícias de outros factos danosos, a não ser o de as águas do rio terem voltado para trás, tal a força do abalo. | |||
O [[rio Lis]], que nasce nas Fontes, é a alma viva desta terra, irrigando as suas terras e inspirando várias gerações de poetas. Como ex-libris das Cortes ficou a [[nora]] de tirar água, com os seus alcatruzes e andamento amodorrado, figurando como motivo central do brasão local. A paisagem é revestida essencialmente de [[vinhedos]], [[pomares]] e mata de pinhais. | |||
A nascente fica o miradouro serrano da [[Senhora do Monte]], com a sua capela quinhentista sobressaíndo do Pé-da-Cabeça-do-Bom-Dia, à espreita do mar que, em dias luminosos, se avista de longe. | |||
==Actividades Económicas== | |||
As principais actividades económicas assentam essencialmente na [[agricultura]] e na [[pecuária]], no [[comércio]], nos serviços e na indústria. Em termos [[agro-pecuários]], os maiores rendimentos provêm da vinha e do vinho, dos pomares e da fruta, do azeite, da pecuária (especialmente aves e porcos) e das culturas [[hortícolas]], estas particularmente para autoconsumo. A nível da indústria, salientem-se as unidades de transformação e conservação de produtos agrícolas, como as [[adegas]] e os [[lagares]] de azeite, destilarias de [[aguardente]], frigoríficos para fruta, moagem de cereais e panificação. Entre outras mais recentes contam-se ainda: carnes (matadouro e enchidos), [[metalomecânicas]], fábricas de moldes, de plásticos e de cerâmica, carpintaria de madeira e alumínio, construção civil, mobiliário e confecções. No campo dos serviços, surgiram várias empresas a comercializar equipamento diverso, das máquinas agrícolas e industriais às de movimentação de terras e obras públicas, electrodomésticos, automóveis, serviço de restaurante, vinho engarrafado, informática, seguros, mercearias, oficinas auto e torneiros mecânicos. Acabaram difinitivamente as indústrias de [[curtumes]], de [[vimes]], de [[tanoaria]] e de [[latoaria]]. | |||
==Educação e Cultura== | |||
A freguesia tem três Escolas Primárias. nas Cortes, em Famalicão e nas Portelas da Reixida e ainda duas Escolas Pré-Primárias nas Cortes e na Reixida. | |||
Entre as associações de cultura e recreio contam-se: a Sociedade Artística Musical Cortesense, o Centro Popular de Cultura e Recreio das Cortes, a Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Reixida, a Associação Cultural e Recreativa "Nascente do Lis", das Fontes, a CARTES - Associação de Autores das Cortes, o Grupo Cicloturista "Nascente do Lis" (Fontes) e o Grupo Desportivo e Recreativo de Famalicão. | |||
De cariz museográfico, salientem-se a Casa-Museu João Soares e a Estação Paleolítica da Quinta do Cónego, ambas nas Cortes. Como instituição promotora e divulgadora das actividades, tradições e cultura da freguesia, surgiu em 5 de Dezembro de [[1987]] o mensário regional "Jornal das Cortes", que se mantém desde então em actividade ininterrupta. | |||
==Templos Religiosos e Oragos== | |||
Para além da igreja paroquial das Cortes, dita igreja matriz de Nossa Senhora da Gaiola, a freguesia tem ainda as seguintes capelas: da Amoreira (Santa Bárbara), da Reixida (Santa Marta), das Fontes (N. Sra. de Lourdes), da Senhora do Monte, do Famalicão (N. Sra. da Saúde). E ainda [[nichos]] na Abadia, no Alqueidão e nas Cortes. | |||
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*[http://jornaldascortes.no.sapo.pt/ Jornal das Cortes] | |||
*[www.bandacortes.web.pt/ Banda Filarmónica das Cortes] | |||
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Edição das 19h13min de 16 de junho de 2009
Predefinição:Info/Freguesia Cortes é uma freguesia portuguesa do concelho de Leiria, com 16,33 km² de área e 2 854 habitantes (2001). Densidade: 248,1 hab/km².
Jornal das Cortes - http://jornaldascortes.no.sapo.pt e http://jornaldascortes.com
Junta de Freguesia das Cortes - http://jfcortesleiria.no.sapo.pt
Lugares
Abadia, Alqueidão, Amoreira, Calvário, Casais Coelhos, Casal Branco, Casal da Junqueira, Casal do Vale Pereiro, Cortes, Curvachia, Famalicão, Lourais, Moinho do Rato, Moinho Novo, Mourões, Pé-da-Serra, Ponte do Cavaleiro, Portelas da Reixida, Reixida, Senhora do Monte, Servigueira, Vale da Mata, Fontes, Vale Redondo, Zambujo.
Origem do Nome
Remontando à origem do topónimo Cortes, é aceitar suposições de um autor do século XIX que, pegando em elementos aqui e ali, construíu a sua própria história que nunca ninguém se atreveu a pôr em causa, mas que é, contudo, facilmente desmontável.
Igualmente sem fundamento é a versão segundo a qual o topónimo Cortes se deve ao facto de as Cortes de Leiria (pronunciar côrtes) se poderem ter realizado justamente nas Cortes (pronunciar córtes). Estudiosos e historiadores já há muito assentaram que tal evento decorreu no Paço Real, junto da igreja de S. Pedro, nas imediações do castelo de Leiria.
Pela interpretação ponderada e sistemática dos documentos até agora encontrados, os especialistas inclinam-se para a significação de Cortes como sendo terras de cultura ou herdades, estrutura agrícola típica do vale fértil de um rio que desde sempre atraíu gente de importantes cabedais. A elite social da região, próxima da corte régia, não hesitava mesmo em adoptar Cortes como apelido, como se pode constatar em documentos de meados do século XV.
História
A povoação das Cortes é uma das povoações mais antigas do termo de Leiria, a ela se referindo numerosa documentação medieval. As primeiras referências documentais, até hoje conhecidas, surgem por volta de 1250 num pergaminho em que os templários (de Tomar) registaram as suas propriedades existentes no termo de Leiria.
A festa da padroeira, Nossa Senhora da Gaiola, realiza-se anualmente no 1º Domingo de Maio, sendo tradição imemorial. A Carta Régia de D. João III, de 31 de Maio de 1542, concedendo licença aos moradores das Cortes para realizarem e pedirem para o Bodo, estabelecendo os critérios de distribuição das esmolas, fala deste costume como sendo de "antigamente".
O terramoto de 1755] abalou a igreja e algumas capelas da freguesia, mas não causou prejuízos de monta, a não ser na capela de Santa Bárbara da Amoreira, e não havendo notícias de outros factos danosos, a não ser o de as águas do rio terem voltado para trás, tal a força do abalo.
O rio Lis, que nasce nas Fontes, é a alma viva desta terra, irrigando as suas terras e inspirando várias gerações de poetas. Como ex-libris das Cortes ficou a nora de tirar água, com os seus alcatruzes e andamento amodorrado, figurando como motivo central do brasão local. A paisagem é revestida essencialmente de vinhedos, pomares e mata de pinhais.
A nascente fica o miradouro serrano da Senhora do Monte, com a sua capela quinhentista sobressaíndo do Pé-da-Cabeça-do-Bom-Dia, à espreita do mar que, em dias luminosos, se avista de longe.
Actividades Económicas
As principais actividades económicas assentam essencialmente na agricultura e na pecuária, no comércio, nos serviços e na indústria. Em termos agro-pecuários, os maiores rendimentos provêm da vinha e do vinho, dos pomares e da fruta, do azeite, da pecuária (especialmente aves e porcos) e das culturas hortícolas, estas particularmente para autoconsumo. A nível da indústria, salientem-se as unidades de transformação e conservação de produtos agrícolas, como as adegas e os lagares de azeite, destilarias de aguardente, frigoríficos para fruta, moagem de cereais e panificação. Entre outras mais recentes contam-se ainda: carnes (matadouro e enchidos), metalomecânicas, fábricas de moldes, de plásticos e de cerâmica, carpintaria de madeira e alumínio, construção civil, mobiliário e confecções. No campo dos serviços, surgiram várias empresas a comercializar equipamento diverso, das máquinas agrícolas e industriais às de movimentação de terras e obras públicas, electrodomésticos, automóveis, serviço de restaurante, vinho engarrafado, informática, seguros, mercearias, oficinas auto e torneiros mecânicos. Acabaram difinitivamente as indústrias de curtumes, de vimes, de tanoaria e de latoaria.
Educação e Cultura
A freguesia tem três Escolas Primárias. nas Cortes, em Famalicão e nas Portelas da Reixida e ainda duas Escolas Pré-Primárias nas Cortes e na Reixida. Entre as associações de cultura e recreio contam-se: a Sociedade Artística Musical Cortesense, o Centro Popular de Cultura e Recreio das Cortes, a Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Reixida, a Associação Cultural e Recreativa "Nascente do Lis", das Fontes, a CARTES - Associação de Autores das Cortes, o Grupo Cicloturista "Nascente do Lis" (Fontes) e o Grupo Desportivo e Recreativo de Famalicão. De cariz museográfico, salientem-se a Casa-Museu João Soares e a Estação Paleolítica da Quinta do Cónego, ambas nas Cortes. Como instituição promotora e divulgadora das actividades, tradições e cultura da freguesia, surgiu em 5 de Dezembro de 1987 o mensário regional "Jornal das Cortes", que se mantém desde então em actividade ininterrupta.
Templos Religiosos e Oragos
Para além da igreja paroquial das Cortes, dita igreja matriz de Nossa Senhora da Gaiola, a freguesia tem ainda as seguintes capelas: da Amoreira (Santa Bárbara), da Reixida (Santa Marta), das Fontes (N. Sra. de Lourdes), da Senhora do Monte, do Famalicão (N. Sra. da Saúde). E ainda nichos na Abadia, no Alqueidão e nas Cortes.
Ligações externas
- Jornal das Cortes
- [www.bandacortes.web.pt/ Banda Filarmónica das Cortes]