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Amor (Leiria)

Portugal Portugal Amor 
  Freguesia  
Símbolos
Brasão de armas de Amor
Brasão de armas
Localização
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Localização de Amor em Portugal
Coordenadas 39° 48' 11" N 8° 51' 59" O
Região Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região
Município Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho
História
Fundação 1630[1]
Administração
Tipo Junta de freguesia
Presidente Adriano Barbeiro Neto (PS)
Características geográficas
Área total [2] 23,48 km²
População total (2011) [3] 4 747 hab.
Densidade 202,2 hab./km²

Amor é uma freguesia portuguesa do município de Leiria[4], com 23,48 km² de área e 4 747 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 202,2 hab/km².

As localidades desta freguesia são: Amor (aldeia), Barradas (lugar), Barreiros (lugar), Brejieira (lugar), Brejo (lugar), Casal dos Claros (lugar), Casal Novo (lugar), Casalito (lugar), Coucinheira (lugar), Escoura (lugar), Lezíria dos Paus (lugar), e Tôco (lugar).

População

População da freguesia de Amor [5]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 131 1 314 1 626 1 536 1 730 1 894 2 092 2 616 3 150 3 529 2 838 4 064 4 389 4 738 4 747

Lenda sobre a Origem do Nome

Fazia o Senhor Rei D. Dinis e a sua Santa mulher, a Rainha Santa Isabel, uma mais demorada pousada em Leiria, talvez para descansar dos muitos a fazeres do seu alto cargo. Um dia, o Rei passeando no seu fogoso corcel, galopou, galopou, campos fora, e, lá longe, num pequeno lugar vê uma camponesa formosa como nenhuma outra se vira ainda em muitas léguas ao derredor.

Apaixonou-se o Rei pela camponesa e ali, naquele lugar, no meio do campo florido de papoilas e malmequeres, nasceu naquele dia um grande amor. As visitas do Rei ao seu grande amor continuaram e tornaram-se conhecidas nas redondezas, e, àquele lugar começaram a chamar Amor.

Também a Rainha soube dos novos amores do Senhor seu marido e Rei e, para lhe mostrar a sua reprovação sem o melindrar, mandou uma noite alumiar o caminho por onde o Rei, seu esposo, deveria regressar a Leiria.

D. Dinis, ao dar com as veredas, por onde voltava, com grande alumiação, de muitos fogachos, viu estar ali uma muda intenção crítica da Rainha, e exclamou: "Até aqui cego vim!" E o sítio onde começavam as iluminarias passou a chamar-se "Cegovim", que, por uma natural corruptela popular se chama hoje Segodim.[6]

Considerações

Como é natural acontecer com a maior parte dos topónimos, a lenda acerca da origem do nome de Amor é apenas uma recriação romântica popular que não se prova com factos históricos. Aliás, constatamos que os habitantes de Amor insistem frequentemente nesta mesma lenda como sendo um facto histórico comprovado pelo que muito dificilmente acolherão ideias contrárias. No entanto, através da análise da própria narrativa, juntamente com a fonética do topónimo, reparamos em incongruências que, de facto, deitam por terra o que se reconta.[7] Vamos por partes:

1. A narrativa da lenda

a) A prosa é escrita com laivos de poesia, característica própria de uma criação romanceada. A confusão nasce a partir do momento em que são introduzidas personagens históricas.

b) O topónimo, segundo a lenda, nasce de uma relação amorosa supostamente secreta e, pela descrição, tem origem quase simultânea com essa mesma relação, o que muito dificilmente se comprovaria em qualquer circunstância.

c) A origem do topónimo Segodim como sendo de um curto diálogo entre duas pessoas também não colhe como facto histórico.

d) Geograficamente, Segodim não se encontra, bem pelo contrário, no trajecto entre Leiria e Amor, mas encontra-se entre Amor e Monte Real, local onde assentava a corte de D. Dinis nas suas visitas à zona centro.

2. A fonética

a) Segundo o Dicionário Etimológico Onomástico da Língua Portuguesa (2003), de José Pedro Machado, o nome Amor, como «topónimo. Leiria», surge com as seguintes indicações: «Amor (à … ô). Do lat. adamōre-, tornado Aamor, donde Amor com a aberto, mas átono.» Portanto, a pronúncia correcta para esse topónimo implica a abertura do a inicial da palavra, tornando-a distinta da do substantivo amor, derivada de amōre-, termo este que designa um sentimento.[8]

b) Tudo indica que o topónimo Amor tenha origem árabe, como o têm muitos topónimos portugueses, tendo evoluído para a actual forma que fácil e compreensivelmente se confunde com o substantivo amor que designa relação amorosa. E, por isso mesmo, aponta para que a origem da povoação seja anterior à existência do próprio rei D. Dinis e da própria nacionalidade.

c) É mais provável que a localidade Amor tenha origem no nome da ribeira de Amor tal como a Rivera de Amor e localidade Amor em Zamora, o monte Amor e Arroyo del Amor em Toledo, Espanha e no Pais Basco o topónimo Amorebieta[9].

Lugares da Freguesia

  • Amor
  • Barradas
  • Barreiros
  • Brejieira
  • Brejo
  • Casal dos Claros
  • Casal Novo
  • Casalito
  • Coucinheira
  • Escoura (também chamada de Ribeira da Escoura)
  • Lezíria dos Paus
  • Tôco

Referências

  1. «Paróquia de Amor». Arquivo Distrital de Leiria. Consultado em 26 de Abril de 2014 
  2. «Áreas das freguesias, municípios e distritos da CAOP2013» (em português). Separador Areas_Freguesias_CAOP2013. Direcção-Geral do Território. 2013. Consultado em 1 de Abril de 2014. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  3. «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)» (em português). Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013 
  4. «Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (pdf) (em português). Diário da República eletrónico. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 6 de janeiro de 2014 
  5. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6. Podemos encontrar outras versões desta lenda um pouco por todo o lado; por exemplo aqui
  7. Paulo Adriano, in www.vivamor.net Arquivado em 18 de junho de 2011, no Wayback Machine.
  8. Eunice Marta, in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
  9. Gárate Arriola, Justo (1974). «Una clave para la Hidronimia Pirenáica» (PDF). Navarra: Universidade de Vigo. Fontes Linguae Vasconum (17): 211-240. Consultado em 14 de agosto de 2018 

Ligações externas

http://amormais.pt Mensário da Freguesia de Amor

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