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Duarte I de Portugal: mudanças entre as edições

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Ao contrário de [[João I de Portugal|D. João I]], D. Duarte foi um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do curto reinado de cinco anos convocou as [[Anexo:Lista de Cortes em Portugal|Cortes]] cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Várias vezes as [[Cortes (política)|Cortes]] tinham pedido a [[João I de Portugal|D. João I]] a organização de uma colectânea em que se coordenasse e actualizasse o [[direito]] (lei) vigente, para a boa fé e fácil administração na justiça. Para levar a cabo essa obra D. Duarte designou o doutor [[Rui Fernandes]], que concluiu o trabalho após a sua morte em 1446, e que revisto por ordem do infante [[Pedro, Infante de Portugal|D. Pedro]] resultou nas chamadas [[Ordenações Afonsinas]].
Ao contrário de [[João I de Portugal|D. João I]], D. Duarte foi um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do curto reinado de cinco anos convocou as [[Anexo:Lista de Cortes em Portugal|Cortes]] cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Várias vezes as [[Cortes (política)|Cortes]] tinham pedido a [[João I de Portugal|D. João I]] a organização de uma colectânea em que se coordenasse e actualizasse o [[direito]] (lei) vigente, para a boa fé e fácil administração na justiça. Para levar a cabo essa obra, D. Duarte designou o doutor [[Rui Fernandes]], que a concluiu em 1446. Posteriormente revista por ordem do infante [[Pedro, Infante de Portugal|D. Pedro]], ela se converteria nas [[Ordenações Afonsinas]].


D. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão [[Infante D. Henrique|Henrique]] estabeleceu-se em [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]], a partir de onde dirigiu as navegações: assim, em [[1434]] [[Gil Eanes]] dobrou o [[Cabo Bojador]], um ponto lendário da época, cuja travessia causava terror aos marinheiros; daí avançou-se para [[Angra dos Ruivos]] em [[1435]], e [[Afonso Gonçalves Baldaia]] atingiu o [[Río de Oro|Rio do Ouro]] e [[Pedra da Galé]] em [[1436]].
D. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão [[Infante D. Henrique|Henrique]] estabeleceu-se em [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]], a partir de onde dirigiu as navegações: assim, em [[1434]] [[Gil Eanes]] dobrou o [[Cabo Bojador]], um ponto lendário da época, cuja travessia causava terror aos marinheiros; daí avançou-se para [[Angra dos Ruivos]] em [[1435]], e [[Afonso Gonçalves Baldaia]] atingiu o [[Río de Oro|Rio do Ouro]] e [[Pedra da Galé]] em [[1436]].

Edição das 03h44min de 26 de maio de 2015

  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:Info/Nobre

Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de Outubro de 1391Tomar, 9 de Setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu. Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi preparado para reinar como primogénito da ínclita geração. Em 1433 sucedeu a seu pai. Num curto reinado de cinco anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África. O seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e, em 1434, Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida a Tânger o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vitimado pela peste.

Reinado

D. Duarte recebeu o seu nome em homenagem ao avô de sua mãe, o rei Eduardo III da Inglaterra. Desde muito jovem, D. Duarte acompanhou o seu pai nos assuntos do reino, sendo portanto um herdeiro preparado para reinar; em 1412 foi formalmente associado à governação pelo pai, tornando-se seu braço direito.

Estátua de D. Duarte em Viseu

Ao contrário de D. João I, D. Duarte foi um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do curto reinado de cinco anos convocou as Cortes cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Várias vezes as Cortes tinham pedido a D. João I a organização de uma colectânea em que se coordenasse e actualizasse o direito (lei) vigente, para a boa fé e fácil administração na justiça. Para levar a cabo essa obra, D. Duarte designou o doutor Rui Fernandes, que a concluiu em 1446. Posteriormente revista por ordem do infante D. Pedro, ela se converteria nas Ordenações Afonsinas.

D. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, a partir de onde dirigiu as navegações: assim, em 1434 Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador, um ponto lendário da época, cuja travessia causava terror aos marinheiros; daí avançou-se para Angra dos Ruivos em 1435, e Afonso Gonçalves Baldaia atingiu o Rio do Ouro e Pedra da Galé em 1436.

Em 1437, os seus irmãos Henrique e Fernando convenceram-no a lançar um ataque a Marrocos, de forma a consolidar a presença portuguesa no norte de África, que se pretendia uma base para a exploração do Oceano Atlântico. A ideia não foi consensual: D. Pedro, Duque de Coimbra e D. João, Infante de Portugal estavam contra a iniciativa de atacar directamente o rei de Marrocos.

A campanha foi mal sucedida e a cidade de Tânger não foi conquistada,custando a derrota grandes perdas em batalha. O próprio príncipe Fernando foi capturado e morreu em cativeiro, por recusar-se a ser libertado em troca da devolução de Ceuta, o que lhe valeu o cognome de "Infante Santo". O próprio D. Duarte morreu pouco tempo depois de peste.

Fora da esfera política, Duarte foi um homem interessado em cultura e conhecimento. Escreveu vários livros de poesia e prosa. Destes últimos destaca-se o Leal Conselheiro (um ensaio sobre variados temas onde a moral e religião têm especial enfoque) e a Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela (em forma de manual para cavaleiros). Estava a preparar uma revisão do código civil português quando a doença o vitimou.

Jaz nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

Obra

-O Leal Conselheiro, obra moral, endereçada a sua mulher, Leonor de Aragão.

-Ainda compôs um livro de Regimento pera os que custumarem andar a cavallo o Bem Cavalgar. (Ruy de Pina, Cronica d'el-rei dom Duarte, capitulo iii).

Descendência

Da sua esposa, a infanta Leonor de Aragão (1402-1455), teve nove filhos. A rainha tornar-se-ia regente do reino até Afonso V atingir a maioridade, o que gerou controvérsia no reino, pois a opinião pública considerava os infantes D. Pedro, D. Henrique e D. João mais capazes para a regência.

D. Leonor manteve-se regente até 1440, assinando os atos régios como «a triste rainha», e nesse ano foi substituída pelo Infante D. Pedro e afastada da corte. Exilou-se em Espanha e morreu em Toledo. Deste casamento nasceram:

Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência
Ordem Avis.svg

Bibliografia

  • Manuel de Sousa, "Reis e Rainhas de Portugal", SporPress, 7ª Edição, 2003

Ver também

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Duarte I de Portugal
  1. RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por
João I
PortugueseFlag1385.svg
Rei de Portugal e do
Algarve e Senhor de Ceuta

1433 - 1438
Sucedido por
Afonso V

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