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Edição das 00h55min de 27 de março de 2017
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O ecoturismo ou turismo de natureza, segundo a EMBRATUR, é um segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas.[1]
O ecoturismo é um segmento turístico que proporcionalmente mais cresce no mundo, enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo está crescendo entre 15 a 25% por ano.[2] A Organização Mundial de Turismo (O.M.T) estima que 10% dos turistas em todo o mundo tenham como demanda o turismo ecológico.[3] O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões.[4]
Embora o trânsito de pessoas e veículos possa ser agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos, é um dos principais meios de educação ambiental e permite a integração e desenvolvimento econômico das comunidades locais em áreas de preservação ambiental.[2]
O termo já era usado no século de 700 a.C e 800a.C para designar rotas com belas paisagens ecológicas na África.[5]
Ecoturismo é também um segmento turístico em que a principal motivação do turista é, a observação e apreciação da natureza, contribuindo para sua preservação.
Características
Para que uma atividade possa ser considerada como de Ecoturismo, ela deve garantir: 1) Conservação dos recursos naturais e culturais; 2) Gerar benefícios para as comunidades receptoras; e 3) garantir a Educação Ambiental.[6]
O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como [7]:
- uma forma de praticar turismo em pequena escala;
- uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;
- uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infraestrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante;
- uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;
- uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que formas tradicionais de turismo.
Como deve ser feito
O Ecoturismo define-o como um estado ideal de um turismo que[8]:
- Minimiza seu próprio impacto ambiental;
- Patrocina a conservação ambiental;
- Patrocina projetos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades locais;
- Aumente o conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural;
- E que seja financeiramente viável e aberto a todos.
Já a o International Ecoturismo Society[9] define ecoturismo como a viagem responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da população local. Isto significa que quem opera e participa de atividades ecoturisticas deve seguir os seguintes sete princípios:[10]
- Minimizar impactos
- Desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural;
- Fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões;
- Fornecer benefícios financeiros diretos para a conservação;
- Fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local;
- Elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões;
- Apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.
A atividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, é confundida com o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de uma generalização chamada ecoturismo.
Princípios do ecoturismo
Da natureza nada se tira a não ser fotos.
Nada se deixa a não ser pegadas.
Nada se leva a não ser recordações.
Ecoturismo no Brasil
De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2008), apesar de toda a vocação do setor turístico brasileiro ele não tem ampliado de forma significativa seu peso na riqueza produzida pelo país. Desde 2003, a participação do turismo no PIB tem oscilado pouco, representando cerca de 3,6% do produto interno bruto nacional (PIB).[2] Na classificação do Índice de Competitividade em Viagens e Turismo de 2009, que mensura os fatores preponderantes à consolidação de negócios no setor turístico de cada país, o Brasil ficou em 45º lugar mundial, sendo o segundo colocado entre países da América Latina e o quinto no continente americano.[2] O mesmo relatório classificou o Brasil em quarto lugar mundial no quesito potencial turístico na área de recursos humanos, nos aspectos culturais e naturais, sendo que, quando considerado somente seus recursos naturais, o Brasil posiciona-se no segundo lugar do ranking mundial.[2][11]
Atualmente, existem dois programas com o objetivo de promover o desenvolvimento do ecoturismo, o Programa Nacional de Ecoturismo da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (S.D.S/M.M.A) e o Programa de Visitação nos Parques Nacionais da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (S.B.F/ M.M.A, 2006). Ambos tem por objetivo de fomentar a participação das comunidades tradicionais em atividades de desenvolvimento ecoturístico brasileiro.[2]
Em 2008 foi criada a Revista Brasileira de Ecoturismo para suprir a necessidade de divulgação de pesquisas nessa área, tornando-se referência científica em ecoturismo no país. Ela tem periodicidade quadrimestral e é editada pela Sociedade Brasileira de Ecoturismo, a mais importante entidade científica da área no Brasil.[12] O Congresso Nacional de Ecoturismo, com periodicidade bienal, é o maior evento do segmento no Brasil, e também é organizado pela Sociedade Brasileira de Ecoturismo.
Os mais destacados pesquisadores brasileiros das temáticas do Ecoturismo são: Adyr Balastreri Rodrigues, Davis Grube, Marta de Azevedo Irvin, Paulo dos Santos Pires, Sidnei Raimundo, Suzana Machado Padua, e Zysman Neiman, dentre outro
Até 2003, o mercado brasileiro possuía cerca de 250 operadoras especializadas em ecoturismo, sendo que 70 delas localizadas na cidade de São Paulo no ano 2000. Neste ano, estima-se que o ecoturismo tenha sido praticado por meio milhão de pessoas no Brasil, gerando emprego para trinta mil trabalhadores, por intermédio de cinco mil empresas e instituições privadas.[2] Dentre as 32 operadoras americanas, canadenses, francesas, italianas e sulamericanas que operavam para a América do Sul, na data da pesquisa, apenas 10 (31,25%) oferecam o destino Brasil. Nesses pacotes, apenas três produtos eram comercializados: Amazônia e Pantanal (em 80% dos casos) e Foz do Iguaçu (com 40% das ocorrências).[2]
Atividades consideradas ecoturismo
Esta é uma lista de atividades por vezes consideradas dentro do ecoturismo, lembrando que devem seguir os pressupostos enunciados acima, caso contrário não podem se enquadrar nesta definição. Têm em comum o fato de serem praticadas em meio ao ambiente natural; no entanto, algumas têm suficiente impacto ambiental para não serem consideradas boas práticas pelos ecologistas, como quando o canyoning é praticado em trechos de rio usados para nidificação de aves de rapina.
Tirolesa
A chamada tirolesa é a prática da travessia de montanhas, vales, lagos ou canyons, por meio de cordas, utilizando uma roldana e equipamentos apropriados. Essa modalidade de esporte radical é muito difundida no mundo inteiro, principalmente na Nova Zelândia. Seu nome, origina-se da região do Tirol, onde foi desenvolvida. No Brasil existem tirolesas famosas na Cachoeira Santa Marta, em Serraventura (em Bonito) e no Parque dos Sonhos em Socorro.
Cavalgada
Percorrer a cavalo percursos em meio à natureza. É uma atividade especialmente indicada para terrenos muito acidentados ou em terrenos onde o tráfego de veículos não seja possível ou permitido, especialmente se necessário transportar equipamentos para outras atividades.
Passeios a pé em veredas e "levadas"
A ilha da Madeira, a meio ao oceano Atlântico, é um local muito procurado para passeios a pé ao longo de veredas e também em levadas.
Snorkeling e flutuação
A flutuação é um passeio em que o turista flutua, equipado com roupas de neoprene, colete salva-vidas, máscara e snorkel, em um trecho de rio, geralmente com pouca velocidade de correnteza, e observando a fauna e flora aquática. Como é um passeio de ecoturismo, existem regras a serem seguidas, visando a conservação do ambiente aquático. Na região de Bonito e Jardim, no estado de Mato Grosso do Sul, existem passeios de flutuação em rios de água cristalina, com alta biodiversidade, belíssimos.
Boia-cross
O boia-cross é a prática de descer corredeiras classe II (leves) em grandes boias redondas. A atividade inclui brincadeiras no rio e é acompanhada por canoístas profissionais que garantem a segurança dos participantes.
Cicloturismo
Cicloturismo é uma modalidade turística onde o principal meio de transporte é a bicicleta em uma trilha passando por área de proteção ambiental. O cicloturista, turista que pratica cicloturismo, pode pernoitar fora de seu local de convívio habitual. Não se trata de uma atividade competitiva e é um bom exercício.
Observação de fauna e flora
Observação de animais e plantas em seu habitat natural, frequentemente com um roteiro ou para pesquisa científica.
Espeleologia
Espeleologia é a ciência que estuda as cavidades naturais e outros fenômenos cársticos, nas vertentes da sua formação, constituição, características físicas, formas de vida, e sua evolução ao longo do tempo
Estudos do meio ambiente
Estudar a área em que está percorrendo, sobre as pedras, as vegetações, as águas, etc.
Juntamente com o guia e o organizador ecológico descobrem a área para uma pesquisa ecológica, que será guardada numa reserva para que logo que fizerem as últimas pesquisas verem a evolução da descoberta da área percorrida.
Trekking
Trekking é a atividade de trilhas ou caminhadas, de mais de um dia de duração, por áreas naturais com relevante beleza cênica.
A incursões, geralmente por áreas montanhosas, por menos de um dia, dá-se o nome de hiking.
Parapente
O parapente (paraglider em inglês) é um aeroplano (aeronave mais pesada do que o ar), em cuja asa (inflável e semelhante a um paraquedas, que não apresenta estrutura rígida) são suspensos por linhas o piloto e possíveis passageiros.
Asa-delta
A Asa-delta é um tipo de aeronave composta por tubos de alumínio, que proporcionam a sua rigidez estrutural, e uma vela feita de tecidos, que funciona como superfície que sofre forças aerodinâmicas, proporcionando a sustentação da aeronave no ar.
Balonismo
O balonismo é um esporte aeronáutico praticado com um balão de ar quente. Possui adeptos em todo o mundo.
Canyoning
Descida de penhascos e/ou cachoeiras, com auxílio de equipamento especial (rappel)
Rafting
O rafting é uma atividade praticada em botes com capacidade de 5 a 7 pessoas no máximo, sempre conduzido por um guia profissional e canoístas para garantir a total segurança dos praticantes. Em alguns lugares do Sudeste do Brasil, como os vilarejos de Lumiar e São Pedro, se pratica este esporte, pela abundância de rios, cachoeiras, aliado ao clima fresco já que as vilas se situam nas montanhas, e à beleza da floresta da reserva de Macaé de Cima, próximo a Nova Friburgo e e a apenas duas horas da cidade do Rio de Janeiro.
Turismo geológico
Turismo geológico é o turismo que tem por fim visitar locais de elevado valor geológico, como vulcões e geoparques. Este tipo de segmento do Ecoturismo, hoje já ganha uma designação própria, o Geoturismo, que já pode ser visto em alguns trabalhos nacionais e sobretudo internacionais.
Os Dez Mandamentos do ecoturista
- Amarás a Natureza sobre todas as coisas.
- Honrarás e preservarás o bom humor;
- Estarás sempre pronto a colaborar;
- Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
- Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
- Não reclamarás;
- Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
- Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
- Não poluirás o meio-ambiente.
- Preserve e Respeite a biodiversidade, não polua as nascentes,os leitos e margens, não destrua as matas ciliares, não degrade o meio ambiente, e compartilhe a sustentabilidade.
Referências
- ↑ EMBRATUR/IBAMA. Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo. Brasília, 1994. [1]
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 Renielton Santos Souza (2011) ECOTURISMO COMO FERRAMENTA PARA CONSERVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE OS PARQUES ECOLÓGICOS DO DF. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia elétrica.
- ↑ http://unwto.org/
- ↑ http://www.monografias.com/trabajos27/ecoturismo/ecoturismo.shtml
- ↑ CARVALHO, Vininha F. 2003. Origem e desenvolvimento do ecoturismo no Brasil. (on line). Acessado em 24 de julho de 2004. Disponível na Internet em [www.ecoviagem.com.br/ecoartigos/def_ecoartigos.asp?codigo=6707]
- ↑ http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/pea/v3n2/05.pdf
- ↑ http://www.ecotourism.org/site/c.orLQKXPCLmF/b.4835303/k.BEB9/What_is_Ecotourism__The_International_Ecotourism_Society.htm
- ↑ is_Ecotourism__The_International_Ecotourism_Society.htm - What is ecotourism
- ↑ Definição apresentada no site oficial da International Ecotourism Society (em inglês) 24-12-2007.
- ↑ Honey, Martha. Ecotourism and Sustainable Development: Who Owns Paradise?. Island Press, Washington, D.C., 1999. ISBN 1-55963-582-7, pp. 22-23 (em inglês)
- ↑ The Travel and Tourism Competitiveness Index (TTCI). Disponível em
- ↑ http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/pt/index.html