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[[Ficheiro:FORA Demonstration.jpg|miniaturadaimagem|Manifestação do movimento sindical argentino "FORA" em 1915.]]
O '''sindicalismo''' é um [[movimento social]] de associação de [[trabalhador]]es [[assalariado]]s em [[sindicato]]s visando à proteção dos seus interesses.<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 590.</ref> Ao mesmo tempo, é também uma doutrina [[política]] segundo a qual os trabalhadores agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na condução da [[sociedade]].
O '''sindicalismo''' é um [[movimento social]] de associação de [[trabalhador]]es [[assalariado]]s em [[sindicato]]s visando à proteção dos seus interesses.<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 590.</ref> Ao mesmo tempo, é também uma doutrina [[política]] segundo a qual os trabalhadores agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na condução da [[sociedade]].


== História ==
== História ==
O sindicalismo tem origem nas [[corporação de ofício|corporações de ofício]] da [[Europa]] [[Idade média|medieval]]. No [[século XVIII]], durante a [[Revolução Industrial|revolução industrial]] na [[Inglaterra]], os trabalhadores oriundos das indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas [[sociedade de socorro mútuo|sociedades de socorro mútuos]].
O sindicalismo tem origem nas [[corporação de ofício|corporações de ofício]] da [[Europa]] [[Idade Média|medieval]]. No [[século XVIII]], durante a [[Revolução Industrial|revolução industrial]] na [[Inglaterra]], os trabalhadores oriundos das indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas [[sociedade de socorro mútuo|sociedades de socorro mútuos]].{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


Esta [[revolução]] teve um papel crucial no advento do [[capitalismo]], pois, devido à constante concorrência que os fabricantes capitalistas faziam entre si, as máquinas foram ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, tomando assim, o lugar de muitos operários, estes tornaram-se o que é chamado "excedente de mão de obra", logo o capitalista tornou-se dono da situação e tinha o poder de pagar o salário que quisesse ao [[operário]].
Esta [[revolução]] teve um papel crucial no advento do [[capitalismo]], pois, devido à constante concorrência que os fabricantes capitalistas faziam entre si, as máquinas foram ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, tomando assim, o lugar de muitos operários, estes tornaram-se o que é chamado "excedente de mão de obra", logo o capitalista tornou-se dono da situação e tinha o poder de pagar o salário que quisesse ao [[operário]].{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


É neste momento que surgem duas novas classes sociais: o capitalista e o [[proletário]], onde o capitalista é o proprietário dos meios de produção ([[fábrica]]s, [[máquina]]s, [[matéria-prima]]) e o proletário era proprietário apenas de sua [[força de trabalho]]. Este último passou a ser empregado do capitalista, que pagava salários cada vez mais baixos para obter mais [[lucro]]s, oferecendo ao proletário a trabalhar em uma jornada de trabalho que chegava até 16 horas.
É neste momento que surgem duas novas classes sociais: o capitalista e o [[proletário]], onde o capitalista é o proprietário dos meios de produção ([[fábrica]]s, [[máquina]]s, [[matéria-prima]]) e o proletário era proprietário apenas de sua [[força de trabalho]].{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


É através desta situação que o proletariado percebe a necessidade de se associarem e, juntos, tentarem negociar as suas condições de trabalho. Com isso, surgem os [[sindicato]]s, associações criadas pelos operários, buscando lhes equiparar de alguma maneira aos capitalistas no momento de negociação de salários e condições de trabalho, e impedir que o operário seja obrigado a aceitar o que lhe for imposto pelo empregador.
É através desta situação que o proletariado percebe a necessidade de se associarem e, juntos, tentarem negociar as suas condições de trabalho. Com isso, surgem os [[sindicato]]s, associações criadas pelos operários, buscando lhes equiparar de alguma maneira aos capitalistas no momento de negociação de salários e condições de trabalho, e impedir que o operário seja obrigado a aceitar o que lhe for imposto pelo empregador.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


Durante a revolução francesa surgiram ideias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier, que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões. As organizações sindicais, contudo, reergueram-se clandestinamente no [[século XIX]]. No [[Reino Unido]], em [[1871]], e na [[França]], em [[1884]], foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. Com a [[Segunda Guerra Mundial]], as ideias [[Comunismo|comunistas]] e [[Socialismo|socialistas]] predominaram nos movimentos sindicais espanhóis,italianos, americanos e africanos.
Durante a revolução francesa surgiram ideias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier, que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões. As organizações sindicais, contudo, reergueram-se clandestinamente no [[século XIX]]. No [[Reino Unido]], em [[1871]], e na [[França]], em [[1884]], foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. Com a [[Segunda Guerra Mundial]], as ideias [[Comunismo|comunistas]] e [[Socialismo|socialistas]] predominaram nos movimentos sindicais espanhóis,italianos, americanos e africanos.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


Nos [[Estados Unidos]], o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi constituída a [[Federação Americana do Trabalho]] (AFL), contrária à reforma ou mudança da sociedade. Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes doutrinárias e políticas.
Nos [[Estados Unidos]], o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi constituída a [[Federação Americana do Trabalho]] (AFL), contrária à reforma ou mudança da sociedade. Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes doutrinárias e políticas.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


== Sindicalismo no Brasil ==
== Sindicalismo no Brasil ==
No [[Brasil]], com a [[Abolicionismo|abolição da escravatura]] e a [[Proclamação da República do Brasil|proclamação da República]], a economia se diversificou, e as atividades [[Manufatura|manufatureiras]] surgiram nos centros urbanos e no litoral brasileiro, atraindo levas de [[Imigração no Brasil|imigrantes]] vindos da Europa. Os imigrantes que chegavam tinham experiência de trabalho assalariado e de um leque de [[Direito do trabalho|direitos trabalhista]] conquistados no mundo desenvolvido. Chegando ao Brasil, se deparavam com uma sociedade atrasada no quesito direitos e com práticas escravocratas. Rapidamente, esses homens começaram a se organizar, formando o que viriam a ser os sindicatos. O movimento sindical brasileiro efetivou-se basicamente no [[século XX]], em decorrência do processo de industrialização, e esteve ligado a correntes ideológicas como o [[positivismo]], o [[marxismo]], o [[socialismo]], o [[anarquismo]], o [[anarcossindicalismo]], o trabalhismo vanguardista e o [[populismo]].
No [[Brasil]], com a [[Abolicionismo|abolição da escravatura]] e a [[Proclamação da República do Brasil|proclamação da República]], a economia se diversificou, e as atividades [[Manufatura|manufatureiras]] surgiram nos centros urbanos e no litoral brasileiro, atraindo levas de [[Imigração no Brasil|imigrantes]] vindos da Europa. Os imigrantes que chegavam tinham experiência de trabalho assalariado e de um leque de [[Direito do trabalho|direitos trabalhistas]] adquirido. Chegando ao Brasil, se deparavam com uma sociedade atrasada no quesito direitos e com práticas escravocratas. Rapidamente, esses homens começaram a se organizar, formando o que viriam a ser os sindicatos. O movimento sindical brasileiro efetivou-se basicamente no [[século XX]], em decorrência do processo de industrialização, e esteve ligado a correntes ideológicas como o [[positivismo]], o [[marxismo]], o [[socialismo]], o [[anarquismo]], o [[anarcossindicalismo]], o trabalhismo vanguardista e o [[populismo]].{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


O movimento sindical mais forte no Brasil ocorreu em [[São Paulo (estado)|São Paulo]], onde os imigrantes integravam a massa de trabalhadores das fábricas e indústrias. Os sindicalistas mais ativos eram os anarquistas italianos, que, surpreendendo os governantes, desencadearam uma onda de rebeliões, ulteriormente contida mediante violenta repressão policial. No [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], o movimento sindicalista foi diferente do ocorrido em São Paulo. Suas preocupações estavam em causas mais imediatas, tais como a melhoria de salários e a redução do horário de trabalho. Portanto, tal movimento não visava a uma transformação da sociedade através dos sindicatos, princípio básico do anarcossindicalismo.
O movimento sindical mais forte no Brasil ocorreu em [[São Paulo (estado)|São Paulo]], onde os imigrantes integravam a massa de trabalhadores das fábricas e indústrias. Os sindicalistas mais ativos eram os anarquistas italianos, que, surpreendendo os governantes, desencadearam uma onda de rebeliões, ulteriormente contida mediante violenta repressão policial. No [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], o movimento sindicalista foi diferente do ocorrido em São Paulo. Suas preocupações estavam em causas mais imediatas, tais como a melhoria de salários e a redução do horário de trabalho. Portanto, tal movimento não visava a uma transformação da sociedade através dos sindicatos, princípio básico do anarcossindicalismo.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}
 
Além disso, o movimento sindical no Brasil se divide em dois momentos: o Velho e o Novo Sindicalismo. O Velho Sindicalismo tinha um enfoque maior nas relações de mão de obra e mais-valia, ou seja, em análises sobre classe social. E o novo sindicalismo, surgido em 1978 a partir das agitações operárias no ABC paulista, ampliou a discussão, dando maior ênfase as relações de raça e classe. Sendo assim, ao aspecto feminista de uma perspectiva racial e interseccional dentro dos movimentos.<ref>{{Citar periódico |url=https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/34726 |titulo=Mulher, educação e movimento sindical no Brasil: reflexões interseccionais |data=2021-02-26 |acessodata=2021-04-07 |jornal=Linhas Críticas |publicado= |ultimo=Bessa Ferreira de Oliveira |primeiro=Carolina |ultimo2=Mendes |primeiro2=Gilene Pinheiro da Silva |paginas=1–19 |lingua=pt-BR |doi=10.26512/lc.v27.2021.34726 |issn=1516-4896}}</ref>


=== 1930 ===
=== 1930 ===
Em [[1930]], o Governo Federal criou o [[Ministério do Trabalho]] e em [[1931]] regulamentou, por decreto, a sindicalização das classes patronais e operárias. Criou as Juntas de Conciliação e Julgamento e, com a promulgação da Constituição do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], a unicidade sindical.
Em [[1930]], o Governo Federal criou o [[Ministério do Trabalho]] e em [[1931]] regulamentou, por decreto, a sindicalização das classes patronais e operárias. Criou as Juntas de Conciliação e Julgamento e, com a promulgação da Constituição do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], a unicidade sindical.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


A regulamentação do trabalho e os institutos de previdência social ocorreram também naquele momento histórico. As organizações sindicais passaram a ter caráter paraestatal, a greve foi proibida e foi instituído o imposto sindical. Em [[1955]], o movimento sindical brasileiro voltou a expandir-se, havendo sido formados, em 1961, o [[Comando Geral dos Trabalhadores]] (CGT) e o Pacto de Unidade e Ação (PUA).
A regulamentação do trabalho e os institutos de previdência social ocorreram também naquele momento histórico. As organizações sindicais passaram a ter caráter paraestatal, a greve foi proibida e foi instituído o imposto sindical. Em [[1955]], o movimento sindical brasileiro voltou a expandir-se, havendo sido formados, em 1961, o [[Comando Geral dos Trabalhadores]] (CGT) e o Pacto de Unidade e Ação (PUA).{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


=== 1964 ===
=== 1964 ===
Com o [[golpe militar de 1964]], contudo, os sindicatos e sindicalistas foram duramente reprimidos, limitaram a Lei de Greve e substituíram a estabilidade no emprego pelo Fundo de Garantia, dentre outras medidas. Em [[1968]], em [[Osasco]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Contagem]], os trabalhadores se levantaram em greve de grande envergadura, liderada por [[José Ibrahim‎]]. Em [[1970]], surgiram novas lideranças sindicais e, a partir de [[1980]], os trabalhadores rurais das usinas de [[açúcar]] e [[álcool]], no Nordeste e São Paulo, e das plantações de [[laranja]] do interior de São Paulo, juntaram-se aos desempregados, e sob a influência da [[Central Única dos Trabalhadores]] (CUT), de partidos de [[Esquerdismo|esquerda]] e de poucos parlamentares progressistas, organizaram-se em movimentos a exemplo do [[Movimento dos Sem Terra]] (MST).
Com o [[golpe militar de 1964]], contudo, os sindicatos e sindicalistas foram duramente reprimidos,<ref>[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/38816/cnv+sistema+da+volkswagen+para+vigiar+funcionarios+na+ditadura+foi+criado+por+criminoso+nazista.shtml CNV: Sistema da Volkswagen para vigiar funcionários na ditadura foi criado por criminoso nazista]</ref> limitaram a Lei de Greve e substituíram a estabilidade no emprego pelo Fundo de Garantia, dentre outras medidas. Em [[1968]], em [[Osasco]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Contagem]], os trabalhadores se levantaram em greve de grande envergadura, liderada por [[José Ibrahim‎]]. Em [[1970]], surgiram novas lideranças sindicais e, a partir de [[1980]], os trabalhadores rurais das usinas de [[açúcar]] e [[álcool]], no Nordeste e São Paulo, e das plantações de [[laranja]] do interior de São Paulo, juntaram-se aos desempregados, e sob a influência da [[Central Única dos Trabalhadores]] (CUT), de partidos de [[Esquerdismo|esquerda]] e de poucos parlamentares progressistas, organizaram-se em movimentos a exemplo do [[Movimento dos Sem Terra]] (MST).{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


=== Nos dias atuais ===
=== Nos dias atuais ===
Atualmente, o sindicalismo brasileiro passa por um momento de renovação por conta das novas demandas, como a [[emprego|empregabilidade]], a [[globalização]] dos serviços e, cada vez mais, a luta por condições dignas de trabalho.
Atualmente, o sindicalismo brasileiro passa por um momento de renovação por conta das novas demandas, como a [[emprego|empregabilidade]], a [[globalização]] dos serviços e, cada vez mais, a luta por condições dignas de trabalho.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


Existe uma proposta de sindicalismo por Organização por Local de Trabalho (OLT) que objetiva resgatar o papel ativo dos trabalhadores na construção de uma militância que seja capaz de fazer uma leitura crítica da realidade, buscando transformá-la. Esta é uma forma contra-hegemônica de atuação sindical pois propõe ir além das questões meramente econômicas.
Existe uma proposta de sindicalismo por Organização por Local de Trabalho (OLT) que objetiva resgatar o papel ativo dos trabalhadores na construção de uma militância que seja capaz de fazer uma leitura crítica da realidade, buscando transformá-la. Esta é uma forma contra-hegemônica de atuação sindical pois propõe ir além das questões meramente econômicas.{{Carece de fontes|data=junho de 2021}}


== Ver também ==
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Edição atual tal como às 12h51min de 15 de junho de 2021

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Manifestação do movimento sindical argentino "FORA" em 1915.

O sindicalismo é um movimento social de associação de trabalhadores assalariados em sindicatos visando à proteção dos seus interesses.[1] Ao mesmo tempo, é também uma doutrina política segundo a qual os trabalhadores agrupados em sindicatos devem ter um papel ativo na condução da sociedade.

História

O sindicalismo tem origem nas corporações de ofício da Europa medieval. No século XVIII, durante a revolução industrial na Inglaterra, os trabalhadores oriundos das indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas sociedades de socorro mútuos.[carece de fontes?]

Esta revolução teve um papel crucial no advento do capitalismo, pois, devido à constante concorrência que os fabricantes capitalistas faziam entre si, as máquinas foram ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, tomando assim, o lugar de muitos operários, estes tornaram-se o que é chamado "excedente de mão de obra", logo o capitalista tornou-se dono da situação e tinha o poder de pagar o salário que quisesse ao operário.[carece de fontes?]

É neste momento que surgem duas novas classes sociais: o capitalista e o proletário, onde o capitalista é o proprietário dos meios de produção (fábricas, máquinas, matéria-prima) e o proletário era proprietário apenas de sua força de trabalho.[carece de fontes?]

É através desta situação que o proletariado percebe a necessidade de se associarem e, juntos, tentarem negociar as suas condições de trabalho. Com isso, surgem os sindicatos, associações criadas pelos operários, buscando lhes equiparar de alguma maneira aos capitalistas no momento de negociação de salários e condições de trabalho, e impedir que o operário seja obrigado a aceitar o que lhe for imposto pelo empregador.[carece de fontes?]

Durante a revolução francesa surgiram ideias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier, que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões. As organizações sindicais, contudo, reergueram-se clandestinamente no século XIX. No Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884, foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. Com a Segunda Guerra Mundial, as ideias comunistas e socialistas predominaram nos movimentos sindicais espanhóis,italianos, americanos e africanos.[carece de fontes?]

Nos Estados Unidos, o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi constituída a Federação Americana do Trabalho (AFL), contrária à reforma ou mudança da sociedade. Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes doutrinárias e políticas.[carece de fontes?]

Sindicalismo no Brasil

No Brasil, com a abolição da escravatura e a proclamação da República, a economia se diversificou, e as atividades manufatureiras surgiram nos centros urbanos e no litoral brasileiro, atraindo levas de imigrantes vindos da Europa. Os imigrantes que chegavam tinham experiência de trabalho assalariado e de um leque de direitos trabalhistas adquirido. Chegando ao Brasil, se deparavam com uma sociedade atrasada no quesito direitos e com práticas escravocratas. Rapidamente, esses homens começaram a se organizar, formando o que viriam a ser os sindicatos. O movimento sindical brasileiro efetivou-se basicamente no século XX, em decorrência do processo de industrialização, e esteve ligado a correntes ideológicas como o positivismo, o marxismo, o socialismo, o anarquismo, o anarcossindicalismo, o trabalhismo vanguardista e o populismo.[carece de fontes?]

O movimento sindical mais forte no Brasil ocorreu em São Paulo, onde os imigrantes integravam a massa de trabalhadores das fábricas e indústrias. Os sindicalistas mais ativos eram os anarquistas italianos, que, surpreendendo os governantes, desencadearam uma onda de rebeliões, ulteriormente contida mediante violenta repressão policial. No Rio de Janeiro, o movimento sindicalista foi diferente do ocorrido em São Paulo. Suas preocupações estavam em causas mais imediatas, tais como a melhoria de salários e a redução do horário de trabalho. Portanto, tal movimento não visava a uma transformação da sociedade através dos sindicatos, princípio básico do anarcossindicalismo.[carece de fontes?]

Além disso, o movimento sindical no Brasil se divide em dois momentos: o Velho e o Novo Sindicalismo. O Velho Sindicalismo tinha um enfoque maior nas relações de mão de obra e mais-valia, ou seja, em análises sobre classe social. E o novo sindicalismo, surgido em 1978 a partir das agitações operárias no ABC paulista, ampliou a discussão, dando maior ênfase as relações de raça e classe. Sendo assim, ao aspecto feminista de uma perspectiva racial e interseccional dentro dos movimentos.[2]

1930

Em 1930, o Governo Federal criou o Ministério do Trabalho e em 1931 regulamentou, por decreto, a sindicalização das classes patronais e operárias. Criou as Juntas de Conciliação e Julgamento e, com a promulgação da Constituição do Estado Novo, a unicidade sindical.[carece de fontes?]

A regulamentação do trabalho e os institutos de previdência social ocorreram também naquele momento histórico. As organizações sindicais passaram a ter caráter paraestatal, a greve foi proibida e foi instituído o imposto sindical. Em 1955, o movimento sindical brasileiro voltou a expandir-se, havendo sido formados, em 1961, o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e o Pacto de Unidade e Ação (PUA).[carece de fontes?]

1964

Com o golpe militar de 1964, contudo, os sindicatos e sindicalistas foram duramente reprimidos,[3] limitaram a Lei de Greve e substituíram a estabilidade no emprego pelo Fundo de Garantia, dentre outras medidas. Em 1968, em Osasco, São Paulo e Contagem, os trabalhadores se levantaram em greve de grande envergadura, liderada por José Ibrahim‎. Em 1970, surgiram novas lideranças sindicais e, a partir de 1980, os trabalhadores rurais das usinas de açúcar e álcool, no Nordeste e São Paulo, e das plantações de laranja do interior de São Paulo, juntaram-se aos desempregados, e sob a influência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de partidos de esquerda e de poucos parlamentares progressistas, organizaram-se em movimentos a exemplo do Movimento dos Sem Terra (MST).[carece de fontes?]

Nos dias atuais

Atualmente, o sindicalismo brasileiro passa por um momento de renovação por conta das novas demandas, como a empregabilidade, a globalização dos serviços e, cada vez mais, a luta por condições dignas de trabalho.[carece de fontes?]

Existe uma proposta de sindicalismo por Organização por Local de Trabalho (OLT) que objetiva resgatar o papel ativo dos trabalhadores na construção de uma militância que seja capaz de fazer uma leitura crítica da realidade, buscando transformá-la. Esta é uma forma contra-hegemônica de atuação sindical pois propõe ir além das questões meramente econômicas.[carece de fontes?]

Ver também

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 590.
  2. Bessa Ferreira de Oliveira, Carolina; Mendes, Gilene Pinheiro da Silva (26 de fevereiro de 2021). «Mulher, educação e movimento sindical no Brasil: reflexões interseccionais». Linhas Críticas (em português): 1–19. ISSN 1516-4896. doi:10.26512/lc.v27.2021.34726. Consultado em 7 de abril de 2021 
  3. CNV: Sistema da Volkswagen para vigiar funcionários na ditadura foi criado por criminoso nazista

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