O Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) foi uma organização intersindical brasileira, cujo objetivo era orientar, dirigir e coordenar o movimento sindical no Brasil. Foi criado em São Paulo, em agosto de 1962,[1] durante o IV Congresso Sindical Nacional dos Trabalhadores, e reunia vários sindicatos, federações e confederações. No entanto, nunca foi reconhecido pelo Ministério do Trabalho e acabou sendo desarticulado por ocasião do golpe militar de 1964.[2][3]
Antecedentes
Em meados da década de 1940 foi criado o Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT) sob a liderança do PCB, que se desenvolveu durante a preparação do congresso sindical dos trabalhadores do Brasil.[2] Nesse congresso destacaram-se duas correntes do movimento sindical: uma era ligada ao Ministério do Trabalho, chamada “ministerialista”; a outra, ligada à Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e ao PCB. A conjuntura político-econômica, era extremamente favorável à manifestação de reivindicações trabalhistas. No entanto, a luta pelo controle e domínio do movimento sindical brasileiro suscitou divergências entre os trabalhadores.[2]
O Comando Geral dos Trabalhadores surgiu nos anos 1960, numa conjuntura de grande instabilidade política e social no Brasil, marcada por ampla mobilização popular em torno de propostas de reformas políticas e econômicas.[2]
Referências
- ↑ Paulo de Mello Bastos (2006). A Caixa Preta do Golpe de 64 (PDF). [S.l.]: Família Bastos. p. 38. 313 páginas. ISBN 8589853047. Cópia arquivada (PDF) em 19 de junho de 2021 (IA)
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 Fundação Getúlio Vargas. «Comando Geral dos Trabalhadores». Consultado em 9 de novembro de 2017
- ↑ cnv.memoriasreveladas.gov.br (27 de Setembro de 2013). «Ato sindical relembra repressão ao Comando Geral dos Trabalhadores em 1964». Consultado em 9 de novembro de 2017