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Freguesia | ||||
Localização | ||||
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Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Vítor Fernando Machado Batista Alves (PPD/PSD) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 7,28 km² | |||
População total (2011) | 2 084 hab. | |||
Densidade | 286,3 hab./km² | |||
Código postal | 5400_580 | |||
Outras informações | ||||
Orago | São Salvador | |||
Sítio | Vilar de Nantes |
Vilar de Nantes é uma freguesia portuguesa do município de Chaves, com 7,28 km² de área e 1 895 habitantes (2021). A sua densidade populacional é 286,3 hab./km².
A freguesia é composta pelas povoações de Cascalho, Fonte Carriça, Lombo, Nantes, Santa Ovaia, Seixal, Sobreira, Vale de Zirma e Vilar de Nantes e tem São Salvador como orago.[1]
Toponímia
De acordo com o linguista português, José Pedro Machado, a origem do topónimo desta localidade provém do latim tardio Villa Nantis, que significa «quinta ou herdade de Nanto», pelo que «Nanto» seria o nome de um antigo povoador ou senhor daquelas terras.[2]
População
Número de habitantes [3] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
619 | 664 | 822 | 718 | 765 | 732 | 824 | 1.058 | 1.185 | 1.423 | 805 | 1.117 | 1.613 | 2.117 | 2.084 |
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial nesta freguesia à data em que os censos se realizaram.)
Economia
Tradicionalmente, as actividades económicas desenvolvidas pelas gentes da terra contavam com:
- A agricultura, essencialmente para consumo próprio, com a criação de pequenos excedentes para trocas, por vezes directas, nas feiras locais
- A pecuária, com especial relevância para a criação do porco e do borrego (cordeiro é o termo usado na terra para este animal), sem esquecer os pequenos animais de capoeira, como a galinha, o pato e o coelho
- A cestaria de madeira de Castanho, com a criação de cestos utilitários para o dia-a-dia, trocados muitas vezes nas feiras
- A cerâmica de barro preto, talvez o produto artesanal mais típico da terra, produzindo várias peças de uso corrente nas casas da região, como o pote, a caneca, a malga, o cântaro, os talhotes, etc.
Mais tarde, e aproveitando a abundância e qualidade das argilas do Vale de Chaves e da madeira da região, especialmente da serra do Brunheiro, a nascente de Vilar, desenvolveu-se uma indústria de cerâmica na região, para a produção de materiais de construção, nomeadamente telhas e tijolos.
Hoje em dia, as actividades económicas tradicionais perderam a sua importância, persistindo apenas para consumo próprio ou como expressão cultural e turística, especialmente a loiça de barro preto, e os serviços adquiriram maior importância, essencialmente desenvolvidos na cidade de Chaves. A indústria cerâmica ainda existe, embora em menor expressão.
Património Arquitectónico
- Capela do Senhor da Esperança
- Igreja Matriz
- Capela do Divino Espírito Santo
- Casa dos pais e avós de Camões
- Ruínas do convento franciscano
- Capela de Santa Ana
- Escola primária José Gomes com uma torre sineira.
"Em 1880 a junta Paroquial de Vilar de Nantes faz uma representação a sua majestade o rei D. Carlos I".
Artesanato Local
O artesanato produzido na região conta essencialmente com dois produtos típicos, usados tradicionalmente como utilitários no dia-a-dia e hoje convertido em produtos de índole turística:
- Os cestos de madeira de Castanho bravo, produzidos a partir de castanho previamente humedecido em tanques, para ganhar maleabilidade e facilidade de manipulação
- As peças de barro preto semelhantes na cozedura às produzidas em Bisalhães, sendo as vila-realenses consideradas Património Cultural Imaterial da UNESCO. O barro é retirado das terras do vale de Chaves, nomeadamente da zona designada por lameiros do aeroclube e dos Barreiros das Cerâmicas, amassado e homogeneizado, tradicionalmente por processos manuais, usando como utensílio uma barra de ferro (foice), e trabalhado pelo artífice (artesão conhecido por pucareiro de Vilar) numa roda giratória até obter a peça pretendida. Esta, em seguida, é seca ao ar e cozida em fornos de lenha fechados, a uma temperatura que atinge os 1000 graus Celsius, o que, juntando ao facto de ser abafado produz uma atmosfera redutora provocando a inversão da sílica, o que lhe dá a cor negra ou cinzenta de acordo com a redução provocada, contrariando assim os pensamentos antigos de que a giestas típicas da região como parte do combustível, dá às peças a sua característica cor preta.
Festas e Romarias
- Festa do Divino Espírito Santo, que se realiza sete semanas depois da Páscoa
- Senhora da Esperança, que se realiza em Agosto
- Festa de Santa Ana, que se realiza a 29, 30 e 31 de Julho
- Festa do São João no Largo do Tanque e também São Martinho
Referências
- ↑ «Paróquia de Vilar de Nantes». Arquivo Distrital de Vila Real. Consultado em 2 de Novembro de 2013
- ↑ Infopédia. «Nantes | Definição ou significado de Nantes no Dicionário Infopédia de Toponímia». Infopédia - Dicionários Porto Editora (em português). Consultado em 7 de outubro de 2021
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes