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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | tonantinense | |
Localização | ||
Localização de Tonantins no Amazonas | ||
Localização de Tonantins no Brasil | ||
Mapa de Tonantins | ||
Coordenadas | ||
País | Brasil | |
Unidade federativa | Amazonas | |
Municípios limítrofes | Oeste: Santo Antônio do Içá; Norte: Japurá; Leste: Fonte Boa; Sul: Jutaí | |
Distância até a capital | 872 km | |
História | ||
Fundação | 10 de dezembro de 1981 (42 anos) | |
Administração | ||
Prefeito(a) | Francisco Sales de Oliveira (Republicanos, 2021 – 2024) | |
Vereadores | 11 | |
Características geográficas | ||
Área total [1] | 6 432,586 km² | |
População total (estimativa populacional - IBGE/2020[2]) | 18 897 hab. | |
• Posição | AM: 41º | |
Densidade | 2,9 hab./km² | |
Clima | tropical úmido | |
Fuso horário | Hora do Amazonas (UTC-4) | |
CEP | 69685000 | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,548 — baixo | |
PIB (IBGE/2018[4]) | R$ 133 833,35 mil | |
PIB per capita (IBGE/2018[4]) | R$ 7 191,47 |
Tonantins é um município brasileiro do interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Localiza-se a sudoeste de Manaus, capital do estado, distando desta cerca de 872 quilômetros. Sua população, estimada pelo IBGE em 2020, era de 18 897 habitantes,[2] sendo assim o quadragésimo segundo município mais populoso do estado do Amazonas. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.548, de acordo com dados de 2010, o que é considerado baixo pelo PNDU.
História
Por volta de 1754, os espanhóis continuavam penetrando a parte Oeste do Amazonas, o que veio a preocupar o governo colonial português. No iça, com a ajuda dos franciscanos, eles já tinham fundado algumas aldeias, e tentaram a criação de um forte na boca do rio Solimões. O rio até então pertencia a Espanha, pelo Tratado de Madri, mas os espanhóis queriam a qualquer custo reconquistar as posições perdidas por incúria do Tratado de 1750.
Em 1766, abandonaram o forte, e foram para o Napo, face as dificuldades de comunicações com o Posto de Papian, e pelo rigor do clima. Em 1768, o posto que fora abandonado pelos espanhóis, foi ocupado pelos soldados da Capitania portuguesa, isso por ordem do governado paraense Fernando da Costa de Ataíde Teive, e ficou sendo chamado de Forte de São Fernando do Içá.
Mais tarde, seguiram novas expedições, quando a Capitania era governada pelo Coronel Joaquim Tinoco Valente, o governador do Grão Pará, era João Pereira Caldas, que também era militar; o ouvidor era Xavier de Sampaio. O comandante das expedições de guerra contra os invasores era o Capitão Felipe Sturn.
Em 1 de outubro de 1777, Portugal e Espanha concordaram novamente os aspectos dos limites nas colônias na América, com o Tratado de Santo Idelfonso, mantendo o tratado de 1750. Nesse tratado, os limites da Amazônia, vinha do rio Madeira ao médio rio Mamoré, até a foz do Rio Madeira, e na reta à margem do rio Javari, atalhando ao rio Solimões.
O primeiro vilarejo de Tonantins se formou com a vinda o missionário carmelita Frei Matias Diniz, sendo habitado por índios Caiuvicenas que foi assassinado pelos próprios índios da aldeia, chamado de Tonantins velho onde hoje é conhecido como bairro de São Francisco.
O vilarejo veio a renascer entre os anos de 1774/1775, por um Senhor chamado Sampaio, reunindo consigo índios das tribos Caiuvicenas, Passés e Tikunas. E ao longo sendo catequizados pelos frades que vinha por meio de expedições, construindo assim igrejas e uma escola.
Geografia
Sua população estimada em 2014, pelo IBGE, é de 18 322 habitantes.
Pelo decreto nº6.158, de 25 de fevereiro de1982, Art.68, foi criado o município de Tonantins.
Coma área territorial de 6.433 Km2, a 3º 49' 56", longitude sul; 67º 53' 58", longitude Oeste de Greenwich, com altitude de 40 metros acima do nível do mar.
Tem clima tropical chuvoso úmido, temperatura que varia de 40 °C a 5 °C no mês de julho, com média de 25 °C Além da sede do município, conta com 42 comunidades ribeirinhas.
Saúde
Em 2009 o município possuía um total de 4 estabelecimentos de saúde, sendo todos estes públicos municipais ou estaduais, entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles havia 31 leitos para internação.[5] Em 2014, 99,95% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia. O índice de mortalidade infantil entre crianças menores de 5 anos, em 2016, foi de 13,77 indicando uma redução em comparação a 2000, quando o índice foi de 58,09 óbitos a cada mil nascidos vivos. Entre crianças menores de 1 ano de idade, a taxa de mortalidade reduziu de 45,64 (2000) para 13,77 a cada mil nascidos vivos, totalizando, em números absolutos, 85 óbitos nesta faixa etária entre 2000 e 2016. No mesmo ano, 31,96% das crianças que nasceram no município eram de mães adolescentes. Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), órgão do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade devido a acidentes de transportes terrestres registrou 5,37 óbitos em 2016, revelando um aumento comparando-se com o resultado de anos anteriores, quando não se registrou nenhum óbito neste indicador. Ainda conforme o SUS, baseado em pesquisa promovida pelo Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS, não houve admissões hospitalares relacionadas ao uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras drogas, entre 2008 e 2017.[6]
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13,66 para 1.000 nascidos vivos. Em 2016, 20% das mortes de crianças com menos de um ano de idade foram em bebês com menos de sete dias de vida. Óbitos ocorridos em crianças entre 7 e 27 dias de não foram registrados. Outros 80% dos óbitos foram em crianças entre 28 dias e um ano de vida. No referido período, houve 2 registros de mortalidade materna, que é quando a gestante entra em óbito por complicações decorrentes da gravidez. O Ministério da Saúde estima que 100% das mortes que ocorreram em 2016, entre menores de um ano de idade, poderiam ter sido evitadas, especialmente pela adequada atenção à saúde da gestante, bem como pela adequada atenção à saúde do recém-nascido.[6][7]
Tonantins possuía, até 2009, estabelecimentos de saúde especializados em clínica médica, obstetrícia, pediatria, cirurgia bucomaxilofacial e traumato ortopedia e nenhum estabelecimento de saúde com especialização em neurocirurgia, psiquiatria e outras especialidades médicas. Dos estabelecimentos de saúde, apenas 1 deles era com internação.[5] Até 2016, havia 5 registros de casos de HIV/AIDS, tendo uma taxa de incidência, em 2016, de 0 casos a cada 100 mil habitantes, e a mortalidade, em 2016, de 0 óbitos a cada 100 mil habitantes. Entre 2001 e 2012 houve 7 casos de doenças transmitidas por mosquitos e insetos, sendo todos eles a leishmaniose.[6]
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ 2,0 2,1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de agosto de 2020). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2020». Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 9 de setembro de 2013
- ↑ 4,0 4,1 «Produto Interno Bruto dos Municípios (2018)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de junho de 2021
- ↑ 5,0 5,1 Cidades@ - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Serviços de saúde - 2009». Consultado em 28 de dezembro de 2018
- ↑ 6,0 6,1 6,2 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (2014). «ODS 03: Saúde e bem-estar». Relatórios Dinâmicos. Consultado em 28 de dezembro de 2018
- ↑ @Cidades. «Saúde». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 28 de dezembro de 2018