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TV Paulista | |
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Rádio Televisão Paulista S.A. | |
TV Paulista logo.gif | |
São Paulo, SP Brasil | |
Tipo | Privada |
Canais | 05 VHF |
Outros canais | 5 VHF (Santos) (1952-1957; 1960-1963)Predefinição:Nota de rodapé |
Sede | São Paulo, SP Rua da Consolação, 2570 - Consolação / Rua das Palmeiras, 322 - Santa Cecília |
Slogan | A melhor imagem e o melhor som. |
Fundador(es) | Oswaldo O. Monteiro |
Pertence a | Organizações Victor Costa |
Proprietário(s) | Oswaldo O. Monteiro (1952-1955) Victor C. Petraglia (1955-1959) Victor C. Petraglia Júnior (1959-1966) |
Presidente | Victor C. Petraglia Júnior |
Fundação | 14 de março de 1952 |
Extinção | 23 de março de 1966 |
Sucessora | Globo São Paulo |
Cobertura | Partes do Estado de São Paulo |
A TV Paulista foi uma emissora de televisão sediada na cidade de São Paulo, no estado homônimo. Operava no canal 5 VHF e foi a segunda emissora de televisão a ser inaugurada na cidade (a primeira foi a TV Tupi SP, fundada em 1950). Foi a primeira emissora de TV no país que não pertencia ao grupo dos Diários Associados, comandados por Assis Chateaubriand. Criada pelo deputado federal Oswaldo Ortiz Monteiro, que em 1955 repassou o controle da estação às Organizações Victor Costa. Foi extinta em 23 de março de 1966.
História
Foi fundada em 14 de março de 1952, em uma cerimonia comandada por Vera Nunes. O primeiro programa exibido pela emissora, foi a telenovela Helena (com apenas 10 capítulos), que foi ao ar minutos depois da inauguração.[1]
Era a menor emissora de televisão (em espaço físico) de São Paulo: sua sede era apenas um pequeno apartamento do Edifício Liège, na Rua da Consolação, 2570, e os estúdios eram montados na garagem e num espaço para uma loja no térreo do mesmo prédio. A cozinha era o laboratório de revelação e a redação dos textos e do telejornal eram feitos na sala. Tudo muito improvisado. Pouco depois, transferiu-se para a rua das Palmeiras, no bairro de Santa Cecília.[2]
Importantes nomes da televisão brasileira passaram por ela, tais como Hebe Camargo e Silvio Santos. De 1959 a 1961 teve como diretor artístico Mario Brasini que escreveu e dirigiu a telenovela "Laura" e os programas: "A alma das coisas", "Estampas Eucalol", "Teledrama 3 Leões", "Boa noite, Carmela", entre outros. Foi também na TV Paulista que Silvio Santos se lançou como apresentador, com o programa Vamos Brincar de Forca.
Enfrentando uma grave crise, foi extinta em 23 de março de 1966 quando foi comprada por Roberto Marinho, que utilizou os prédios para fundar o núcleo de jornalismo da Rede Globo em São Paulo. Toda programação da TV Paulista foi descontinuada e seu acervo se perdeu ou foi jogado fora durante a instalação da nova emissora.
Programas
Entretenimento
- Teatro Nicete Bruno
- Teledrama
- Circo do Arrelia
- Teatro de Alumínio
- Teatro Cacilda Becker
- Bate-Papo com Silveira Sampaio [3]
- Inácio Brinquinho
- Recruta 23 (de Manoel de Nóbrega)
- Teledrama 3 Leões
- O Mundo é das Mulheres (com Yara Lins, Riva Blanche e Hebe Camargo)
- A Praça da Alegria (com Manoel de Nóbrega)
- Boa Noite, Carmela
- A Alma das Coisas
- Dom Pasquale
- Vamos Brincar de Forca e Programa Silvio Santos (com Silvio Santos)
- Intimidade
- Cantando com Petrônio (com Francisco Petrônio)
- Zás Trás
Telenovelas originais
- 1952: Helena, Senhora, Diva, Casa de Pensão
- 1953: O Morro dos Ventos Uivantes (com Maurício Shermann)
- 1954: Peter Pan
- 1956: Neli, Meu Filho, meu Orgulho e Luz da Esperança
- 1957: Na Noite do Passado e Minha Pequena Lady (com Dionísio Azevedo)
- 1958: A Grande Mentira, Presença de Anita e David Copperfield
- 1959: Minha Devoção, Hino ao Amor, Os Irmãos Dombey e O Guarani
- 1960: Oliver Twist, Helena e Laura
- 1961: Mateus Falcone, A Herdeira de Ferleac, As Grandes Esperanças, O Ébrio, Francisca e A Fugitiva
- 1962: Zogbi, A Pequena Lady, A Encruzilhada e Colégio de Brotos
- 1963: O Velho Scrooge, O Tronco do Ipê, A Loja de Antiguidades, Branca de Neve e os Sete Anões e As Quatro Irmãs
- 1964: Romance de Bernadete, Tortura d'Alma, Eu Amo Esse Homem e Um Ramo de Rosas
- 1965: A Sombra do Passado, Chamas que Não se Apagam e Cadeia de Cristal
Controvérsias
Em meados da década de 1960 o empresário Roberto Marinho adquiriu a TV Paulista, que estava decadente após a morte de Victor Costa, com programas saindo do ar, falta de investimentos e perda de profissionais. Os herdeiros de Oswaldo Ortiz Monteiro tentaram reverter judicialmente essa venda, em ação ajuizada em 2001, sob a alegação de que a transferência da emissora para as Organizações Victor Costa nunca foi regularizada - ou seja, Victor Costa Junior vendeu a Roberto Marinho algo que não era legalmente seu. Alegaram ainda que havia 673 acionistas minoritários, que juntos detinham 48% do capital da empresa, e que teriam sido lesados - já que Roberto Marinho se apropriara de suas ações de modo irregular em 1975, declarando-os "mortos" ou "desaparecidos" no recadastramento societário. Por outro lado, com a autorização do DENTEL, extinto órgão do Ministério das Comunicações, houve o confisco das ações sob a forma de subscrição por valor unitário de Cr$ 1,00 (um cruzeiro) por ação, transferidas para o nome de Roberto Marinho, em Assembleia Geral Extraordinária presidida por ele próprio, o que fez de Marinho o único proprietário da estação.
Outro caso misterioso, foi o incêndio ocorrido na antiga sede da TV Paulista. Suspeita-se que o incêndio seria criminoso, com a intenção de receber o seguro, que seria usado para a expansão da emissora, todavia nada até hoje foi comprovado, não passando de pura teoria da conspiração.
Na década de 1990, após a morte de Oswaldo Ortiz Monteiro, seus familiares começaram a investigar a fraude na compra da emissora. Segundo uma perícia patrocinada pela família, feita em processo judicial no ano de 2003, esta concluiu que as assinaturas do contrato foram falsificadas e incluíram desde nomes de pessoas falecidas antes da transferência até o uso de máquinas de escrever que ainda não existiam na época da suposta transferência. Todavia, a perícia judicial não constatou qualquer irregularidade nos contratos. Após conturbada tramitação judicial, o espólio de Ortiz Monteiro perdeu em todas as instâncias judiciais e no dia 24 de agosto de 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou válida a compra da TV Paulista por Roberto Marinho.[4] A família Ortiz entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), que no entanto não foi aceito. Hoje o processo encontra-se finalizado e arquivado, não cabendo mais qualquer recurso. Veja tramitação no STJ: RECURSO ESPECIAL Nº 1.046.497 - RJ (2008/0075967-4).
Emissoras afiliadas
Nome | Cidade | UF | Canal | Prefixo | Período de afiliação | Situação atual |
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TV Santos | Santos | SP | 5 VHF | PRB-4 | 1957-1960 | Extinta |
TV Bauru | Bauru | SP | 2 VHF | — | 1960-1966 | Hoje TV TEM Bauru, afiliada à Rede Globo |
Predefinição:Notas e referências
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Precedido por Emissora Inexistente. |
Canal 5 VHF de São Paulo 1952
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Sucedido por TV Globo Paulista |
- ↑ Livro Vera Nunes - Raro Talento, página 105 Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - acessado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ http://www.sampaonline.com.br/colunas/elmo/coluna2001mar02.htm
- ↑ «Museu da TV». Consultado em 9 de fevereiro de 2008. Arquivado do original em 4 de março de 2016
- ↑ http://noticias.r7.com/brasil/noticias/stj-considera-valida-compra-de-tv-de-sp-pela-globo-20100824.html