Organizações Victor Costa | |
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Empresa de capital fechado | |
Atividade | Mídia |
Fundação | 1953 |
Fundador(es) | Victor Costa |
Destino | Parte de todos os seus veículos foram adquiridos pelas Organizações Globo |
Encerramento | 1966 |
Sede | São Paulo, SP, Brasil |
Presidente | Victor Costa Júnior |
Produtos | Televisão Rádio |
Predefinição:Links ambíguos As Organizações Victor Costa (OVC) foram um grupo de comunicação brasileiro.[1][2]
A OVC teve uma passagem meteórica, que deixou sua marca na história da radioteledifusão nacional.
Histórico
Na década de 1950, eram três os grupos de controladores de canais de televisão: os Diários Associados (da TV Tupi Rio de Janeiro e TV Tupi São Paulo), Emissoras Unidas (da TV Record e TV Rio) e a OVC (Organizações Victor Costa).
A trajetória deste último grupo começa antes dele. Victor Costa era diretor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, principal emissora de rádio do país e de propriedade do Governo Federal. Ele, que começou como ponto, depois foi radioator, cresceu rapidamente no rádio (sua maior paixão). Em 1953, ele vai a São Paulo na tentativa de criar um negócio. É quando ele adquire a Rádio Excelsior de Paulo Machado de Carvalho, dono da Rádio Record, e monta a Rádio Nacional (sem vínculos com a do Rio).[3]
Adquiriu também a Rádio Cultura. E aos poucos começou a comprar diversas emissoras de rádio pelo país. Onde os outros viam a dificuldade de manter uma estação, Victor Costa enxergava oportunidades e negócios pertinentes na área. Era o grande profissional. Foi ainda em 1953 que fundou a OVC (Organizações Victor Costa), que estabeleceu uma ordem para consolidação e construção do grupo.[3]
Com seus diversos contatos, Victor Costa trouxe do Rio de Janeiro os principais nomes da Rádio Nacional. As "cantoras do rádio", orquestras, os humoristas da PRK 30, entre outros. Começou a fazer transmissões em "pool" entre as rádios.
Em 1954 começou a negociar com o deputado Ortiz Monteiro a compra da TV Paulista, canal 5. Um ano depois comprou a emissora. O canal, que estava com pouquíssimos recursos era prejudicado pela ascensão e a estrutura da TV Tupi e TV Record. Com a chegada da OVC, a TV Paulista se transformou. E criou programas de sucesso como "Teledrama Três Leões" e "Hit Parade". E com o tempo, a OVC passou a criar novas emissoras de TV, como a TV Santos, a TV Bauru (atual TV TEM Bauru) e uma emissora em Recife. A OVC chegou a obter uma concessão para ter outro canal em São Paulo, o 9, que no entanto foi vendida, antes mesmo da emissora ser inaugurada, para um grupo de empresários que mantiveram o nome escolhido pelos donos originais da concessão (TV Excelsior).
Em 22 de dezembro de 1959, faleceu Victor Costa.[3] Sua esposa e um enteado começaram a gerir os negócios da OVC. A emissora começou a ser sucateada, com o intuito de venda. E foi assim que em 1966 Roberto Marinho adquiriu toda a OVC, inclusive as rádios, criando a Rede Globo juntamente com sua emissora, a TV Globo (canal 4 do Rio de Janeiro). A TV Paulista se transformaria em TV Globo São Paulo, a Rádio Nacional em Rádio Globo São Paulo em 1977, a Rádio Excelsior 780 kHz, transformada em emissora de notícias em 1991, com o "nome fantasia" CBN.
Empresas
A Organizações Victor Costa deteve os seguintes veículos:
- Rádio
- Rádio Nacional de São Paulo (1952–66)
- Rádio Excelsior (1953–66)
- Rádio Sociedade Cultura (1953–59)
- Televisão
- TV Paulista (1952–66)
- TV Santos (1957–60)
- TV Bauru (1960-66)
Referências
- ↑ Milton Neves. «Chico Anysio». Consultado em 20 de novembro de 2013
- ↑ Quem é quem no Brasil - Biografias contemporâneas (Volume 6). São Paulo: Sociedade Brasileira de Expansão Comercial Ltda. 1961. 165 páginas
- ↑ 3,0 3,1 3,2 Virgílio, Marcos (2010). São Paulo 1946 - 1957 - Representações da cidade na música popular. São Paulo: Biblioteca 24x7. 29 páginas. ISBN 85-78931-20-3