Stock Car Pro Series | |
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Temporada da Stock Car Pro Series de 2022 | |
Categoria | Corrida de Carros de Turismo Stock Car |
Organização | Vicar |
País ou região | Brasil |
Edições | 35 |
Etapas | 12 |
Temporada inaugural | 1977 |
Equipes | 15 |
Construtores | Chevrolet Toyota |
Fornecedores dos motores | Motor JL 8 cilindros em V com 550 HP de potência, 6.000 rpm e 5.700 cc (5,7 litros). |
Fornecedores dos pneus | Pirelli |
Último piloto campeão | Gabriel Casagrande |
Última equipe campeã | A.Mattheis Vogel Motorsport |
Site oficial | stockproseries.com.br |
A Stock Car Pro Series, anteriormente conhecido como Stock Car Brasil, é uma modalidade de automobilismo do Brasil criada em 1979. Iniciou como monomarca, tendo o apoio da Chevrolet. Com o passar dos anos, outras marcas entraram e saíram da categoria como Mitsubishi, Volkswagen e Peugeot. Em 2017, a Chevrolet continuou como patrocinadora. Com 30 carros no grid, o campeonato é disputado em 12 rodadas, sendo 10 duplas, a Corrida do Milhão, e a grande final com pontuação dobrada, percorrendo seis estados brasileiros e o Distrito Federal, mais a rodada internacional na Argentina. Atualmente conta com a Stock Light como categoria de base, em substituição ao Campeonato Brasileiro de Turismo.
História
Década de 1970
Foi criada em 1977 para ser uma alternativa à extinta Divisão 1 (D1), que corria com as marcas Chevrolet (Opala) e Ford (Maverick). Isso ocorreu pelo desinteresse do público e dos patrocinadores por se tornar uma categoria monomarca, dada a superioridade dos modelos Chevrolet. Para que isso não ocorresse, a General Motors criou uma nova categoria, que unia desempenho e sofisticação. O nome foi um golpe de mestre, pois além de emular o nome da famosa categoria americana, a NASCAR, desviava a atenção da marca única.
A primeira prova ocorreu em 22 de abril de 1979, no Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul. A criação da categoria foi a melhor resposta a um antigo anseio de uma comunidade apaixonada por carros de corrida, ou seja, uma categoria de Turismo que unisse desempenho e sofisticação.
O regulamento foi criado para limitar os custos, procurando equilíbrio, sem comprometer as performances dignas das competições internacionais. A primeira edição contou com a presença de 19 carros, todos do modelo Opala com motores de seis cilindros de 4 100cm3. A pole position da estreia foi do carioca José Carlos Palhares, o Capeta. com o tempo de 1min 23s 00. A prova foi vencida por Affonso Giaffone.
Década de 1980
Na época, o piloto retornava ao automobilismo brasileiro depois de uma passagem pela Fórmula 1, onde defendeu a equipe Copersucar-Fittipaldi. Ingo Hoffmann, doze vezes campeão da Stock, passou a dominar a categoria no final da década de oitenta, quando conquistou os títulos de 1989 a 1995.
Nestas temporadas aconteceu um grande número de ultrapassagens, grandes duelos e festas repletas de emoção. Nesses anos todos foram centenas de corridas pelos autódromos do Brasil. Em 1982 duas provas foram realizadas no Autódromo do Estoril, em Portugal.
Em 1987 ocorreu a primeira grande mudança da Stock Car. Com a mudança de apoio da GM na organização, foi adotado uma carenagem, criada e montada pela fabricante de carrocerias de ônibus Caio, que era inserida em cima do chassi do Opala. O carro ganhava na aerodinâmica e no desempenho, ficando muito parecido com um protótipo, mas sem a marca da GM. Os equipamentos de segurança ficam mais sofisticados.
Década de 1990
A GM volta a investir pesado na categoria em 1990, passando a organizar e construir em sua fábrica um protótipo monobloco.
Sem grande apelo do público e perdendo espaço para categorias mais baratas bancadas por outras montadoras, a categoria passa por nova transformação em 1994, quando é adotado como veículo o Omega de rua, adaptado para competição. Numa estratégia de marketing e para diminuição de custos, as corridas passam a ser realizadas em rodadas duplas com a Fórmula Chevrolet, num evento chamado Chevrolet Challenger, cujos ingressos eram gratuitos e distribuídos nas concessionárias de veículos da marca.
Década de 2000
A partir de 2000 estreia a nova carroceria do Vectra produzida em plastico reforçado com fibra de vidro montado com o novo chassi tubular mas ainda mantinha o motor 4.1, a partir de 2001 entra o motor v8,a General Motors deixa de organizar a competição em definitivo, que passa a ser realizada pela empresa Vicar, de propriedade do ex-piloto Carlos Col, que também gerencia a Fórmula 3. Para modernizar a competição e melhorar a segurança dos pilotos, a Stock Car passa a utilizar um chassi tubular. O projeto é do engenheiro argentino Edgardo Fernandez, que faz algo parecido para a categoria argentina Top Race V6, inspirado tanto na norte-americana Nascar, quanto no DTM alemão. O chassi, fabricado na JL, empresa do ex-piloto Zeca Giaffone, pode receber a carenagem de qualquer carro sedan.
Desde 2003 deixou de ser usado na categoria o motor de 6 cilindros Chevrolet, usado com modificações desde o inicio da Stock Car em 1979, sendo trocado pelo motor V8 Chevrolet 350 importado dos Estados Unidos pela JL, similar ao utilizado na Busch Series, segunda categoria da Nascar, iguais e limitados a 450 HP. Assim, a montadora GM passa a ser patrocinadora da categoria, fornecendo a carenagem do sedan, abrindo espaço para que outras montadoras pudessem ingressar na categoria com investimentos baixos. Em 2004 a competição passa a utilizar a carroceria do Astra
A temporada de 2005 também entrou para a história da Stock Car. Além de a categoria ter se tornado multimarca - pela primeira vez os Mitsubishi Lancer correram ao lado dos Chevrolet Astra, no dia 30 de outubro 40 carros da Stock Car V8 realizaram uma inédita corrida fora do Brasil, valendo pontos para o campeonato. Foi uma rodada ao lado da TC 2000, a principal categoria da Argentina e que no mês de julho tinha corrido em Curitiba (Autódromo Internacional de Curitiba). O Autódromo Oscar Gálvez recebeu um público de 70 mil pessoas. Giuliano Losacco foi o vencedor da prova com Mateus Greipel em segundo e Luciano Burti em terceiro lugar.
O ano de 2006 teve mais novidades. Além de a corrida da Argentina ter sido mantida no calendário, a Stock Car V8 recebeu a terceira marca. O Volkswagen Bora passou a ser a carenagem de dez carros da principal categoria do automobilismo da América Latina. As equipes foram liberadas para a utilização do uso da telemetria, que permite um maior controle das equipes sobre o comportamento do carro.
Para 2007 a competição conta com a participação da quarta montadora, a Peugeot, que utiliza a carenagem do 307 Sedan inicialmente em oito carros e, posteriormente, em dez. O objetivo é que a categoria tenha 10 carros de cada uma das quatro marcas.
Em 2008, a Volkswagen anunciou sua saída da categoria e o número de carros no grid de largada caiu de 38 para 34. Já em 2009, foi a Mitsubishi quem deixou a categoria e os carros tiveram mudança a modo de ficarem semelhantes aos DTM alemães e o número de carros caiu outra vez: de 34 para 32. Assim, a categoria ficou com apenas duas montadoras: Chevrolet (Vectra) e Peugeot (307).
Em 2009, outras novidades. Estreou nessa temporada a realização da primeira corrida da história da Stock Car em um circuito de rua. Teve como cidade-sede Salvador, através de um contrato com a prefeitura, onde foi a primeira cidade do Nordeste a promover a corrida. O local escolhido foi as ruas do Centro Administrativo da Bahia (CAB) que foi adaptada para receber a prova (vencida por Cacá Bueno). Desde então, entrou no calendário fixo da competição.[1][2] A segunda cidade a receber um circuito de rua na Stock Car foi Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.[1]
Década de 2010
A partir do ano de 2010 o combustível utilizado nos carros voltou a ser o etanol (em substituição à gasolina), os carros também passam a usar injeção eletrônica, a categoria ganha mais um circuito de rua e as corridas passaram a ser transmitidas para o exterior.[3] A categoria voltou a contar com 34 carros.
Em 10 de março de 2010 foi anunciada a fusão das categorias Stock Car Light (Copa Vicar) e Pick-Up Racing, criando a Copa Chevrolet Montana, nova divisão de acesso à categoria principal.[4] Também foi criada a categoria Mini Challenge, em substituição a Stock Jr.
Em 2010 a montadora Peugeot substituiu a carroceria do 307 sedan pelo novo modelo do 408. Para a Temporada 2012 a Chevrolet substitui o Vectra pelo Sonic. Em 2013 serão 34 carros no grid, com 11 equipes correndo de Chevrolet e nove utilizando Peugeot. A temporada 2014 marcou o retorno do autódromo de Goiânia à competição, com duas provas, sendo uma delas a Corrida do Milhão.[5] Em 2016 a carroceria do Sonic foi substituída pela nova geração do Chevrolet Cruze.
Em 2020 a Stock Car voltará a ter uma segunda montadora. A Toyota terá como seu represente o sedan Corolla.[6]
Categorias
Atuais
A Stock Car Pro Series é a principal categoria da Stock Car, presente desde a sua fundação em 1979. Os carros contam atualmente com motores de 480 HP. Desde 2018 a categoria de acesso é a Stock Light.
Extintas
A Stock Car Light foi criada em 1993, chamando-se Stock Car B, com o objetivo de facilitar o acesso aos estreantes na Stock Car. Teve 17 temporadas, até a última em 2009 quando foi substituída pela Copa Montana. Uma nova divisão de acesso da Stock Car com carros baseados em pickups. Teve três temporadas, de 2010 a 2012. Houve também a Mini Challenge, categoria disputada em 8 etapas, no sistema "arrive and drive". Teve três temporadas, de 2010 a 2012.
Pontuação
Em 2006, a Stock Car Pro Series adotou um sistema de competição baseado na NASCAR. Ao final das primeiras 8 corridas, os 10 primeiros pilotos classificavam-se para a Super Final, recebendo uma pontuação extra que era somada a pontuação do campeonato.
A partir da temporada de 2012, foi adotado um novo sistema de pontuação, premiando os 20 primeiros colocados, ao invés de 15 como era desde a temporada 2006. Em 2013, atendendo uma solicitação de pilotos e equipes, a organização passou a premiar o vencedor com 24 pontos, 20 para o segundo e 18 para o terceiro, decrescendo 1 ponto até ao 20.º, que receberá um ponto. E a última e decisiva etapa valerá o dobro da pontuação normal. O descarte de pontos também foi cancelado nesse novo formato de pontuação.[7][8]
Pontuação
Pontuação | Posição | ||||||||||||||||||||
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1º | 2º | 3º | 4º | 5º | 6º | 7º | 8º | 9º | 10º | 11º | 12º | 13º | 14º | 15º | 16º | 17º | 18º | 19º | 20º | ||
1ª corrida | 30 | 26 | 22 | 19 | 17 | 15 | 14 | 13 | 12 | 11 | 10 | 9 | 8 | 7 | 6 | 5 | 4 | 3 | 2 | 1 | |
2ª corrida | 24 | 20 | 18 | 17 | 16 | 15 | 14 | 13 | 12 | 11 | 10 | 9 | 8 | 7 | 6 | 5 | 4 | 3 | 2 | 1 | |
Última etapa | 60 | 52 | 44 | 38 | 34 | 30 | 28 | 26 | 24 | 22 | 20 | 18 | 16 | 14 | 12 | 10 | 8 | 6 | 4 | 2 |
Carro
Abaixo a ficha técnica do modelo de 2016.
Componente | Característica |
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Suspensão | Independente nas quatro rodas, triângulos superiores e inferiores construídos em tubo de aço. Barras estabilizadoras dianteiras e traseiras reguláveis de dentro do carro. |
Direção | Do tipo pinhão e cremalheira com acionamento hidráulico através de bomba elétrica. |
Rodas | OZ Racing, italianas 10,5 x 18 polegadas. |
Pneus | Pirelli, Pzero 305/660, aro 18, composto DH. |
Freios | Discos ventilados Fremax, pinças inglesas da AP Racing, especiais de competição, com seis pistões na dianteira e quatro na traseira. Pastilhas de Freio insetas de amianto e formulação especial para stock car. |
Motor | 8 cilindros em V com 550 HP de potência, 6.000 rpm e 5.700 cc (5,7 litros), cabeçote de alumínio, alimentação de combustível por uma injeção eletrônica Bosch, cárter seco. |
Câmbio | XTrac. Acionamento sequencial de 6 marchas para frente e uma à ré da Magnetti Marelli. |
Diferencial | XTrac. |
Combustível | Etanol, V-Power, produzido pela Raízen. |
Tanque de combustível | Feito em fibra de carbono
Capacidade: 100 litros. |
Chassis | Tubular, com tubos de molibdênio, chapas de alumínio e revestimento antichama. |
Carroceria | Construída em fibra de vidro reforçada, representa o modelo Chevrolet Cruze. Os faróis dianteiros são apenas pinturas na carroceria, mas as lanternas traseiras são plenamente funcionais. |
Peso mínimo | 1.320 kg com o piloto a bordo vestindo macacão, luvas, sapatilhas, capacete e com fluidos (óleo, água, combustível, etc.) remanescentes. A pesagem é realizada no final das provas. |
Vidros dianteiros | Desenvolvido pela Fanavid, com uma lâmina de policarbonato entre duas lâminas de vidro com resistência elétrica para evitar o embaçamento. |
Banco do piloto | Desenvolvido pela Fibreworks Composites, com homologação FIA na categoria "Advanced Racing Seat", banco de corrida avançado. |
Recordes de velocidade
Abaixo os recordes de velocidade máxima obtidos com carros da Stock Car Brasil, fora dos circuitos de corrida.
Ano | Piloto | Carro | Local | Velocidade | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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1991 | Fábio Sotto Mayor | Chevrolet Opala | Rodovia Rio-Santos | 303 km/h | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
2010 | Cacá Bueno | JL G-09 (Vectra) | Bonneville Salt Flats | 345 km/h | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Fonte: Globoesporte.com.br[9] |