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Stanley Kubrick

Stanley Kubrick
Nascimento 26 de julho de 1928[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Morte 7 de março de 1999 (70 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Nacionalidade norte-americano
Cônjuge Toba Kubrick (1948-1951)
Ruth Sobotka (1955–1957)
Christiane Kubrick (1958–1999)
Ocupação Cineasta, Roteirista, Produtor, Fotógrafo

Stanley Kubrick (Manhattan, Nova Iorque, 26 de julho de 1928 — St Albans, Hertfordshire, 7 de março de 1999) foi um cineasta, roteirista, produtor e fotógrafo estadunidense. Frequentemente apontado como um dos cineastas mais influentes do cinema, Kubrick foi eleito o sexto maior diretor de todos os tempos pelos cineastas pesquisados pelo British Film Institute e a revista Sight & Sound em 2002.[1] Seus filmes, que são principalmente adaptações de romances ou contos, cobrem uma ampla variedade de gêneros e são conhecidos por seu realismo, humor sombrio, cinematografia única, extensos cenários e uso evocativo da música.

Kubrick foi criado no Bronx, Nova Iorque, e frequentou a William Howard Taft High School de 1941 a 1945. Ele recebia notas medianas na escola, mas demonstrava um grande interesse em literatura, fotografia e cinema desde tenra idade e aprendeu por si próprio todos os aspectos de produção e direção de filmes depois de terminar o colegial. Depois de trabalhar como fotógrafo da revista Look no final da década de 1940 e no início da década de 1950, começou a fazer curtas-metragens com um orçamento apertado e fez seu primeiro grande filme de Hollywood, The Killing, para a United Artists em 1956. Isso foi seguido por duas colaborações com Kirk Douglas, em Paths of Glory (1957) e no épico histórico Spartacus (1960). Sua reputação como cineasta em Hollywood cresceu e ele foi abordado por Marlon Brando para filmar o que se tornaria One-Eyed Jacks (1961), embora Brando tenha decidido dirigir por conta própria.

Diferenças criativas decorrentes de seu trabalho com Douglas e os estúdios de cinema, uma aversão à indústria de Hollywood e uma crescente preocupação com o crime nos Estados Unidos levaram Kubrick a se mudar para o Reino Unido em 1961, onde passou a maior parte do resto de sua vida e carreira. Sua casa em Childwickbury Manor, em Hertfordshire, que ele compartilhou com sua esposa Christiane, tornou-se seu local de trabalho, onde escrevia, pesquisava, editava e gerenciava os detalhes da produção. Isso lhe permitiu ter controle artístico quase completo sobre seus filmes, mas com a rara vantagem de ter apoio financeiro dos principais estúdios de Hollywood. Suas primeiras produções britânicas foram dois filmes com Peter Sellers, Lolita (1962) e Dr. Strangelove (1964).

Perfeccionista exigente, Kubrick assumiu o controle sobre a maioria dos aspectos do processo de filmagem, desde a direção e a redação até a edição, e teve o cuidado de pesquisar seus filmes e encenar cenas, trabalhando em estreita coordenação com seus atores e outros colaboradores. Ele costumava pedir várias dezenas de retomadas da mesma cena em um filme, o que resultava em muitos conflitos com seus elencos. Apesar da notoriedade resultante entre os atores, muitos dos filmes de Kubrick abriram novos caminhos na cinematografia. O realismo científico e os efeitos especiais inovadores de 2001: A Space Odyssey (1968) não tiveram precedentes na história do cinema e o filme lhe rendeu seu único Óscar pessoal, por Melhores Efeitos Visuais. Steven Spielberg se referiu ao filme como o "big bang" de sua geração e é considerado um dos melhores filmes já feitos. Para o filme do período do século XVIII, Barry Lyndon (1975), obteve lentes desenvolvidas pela Zeiss para a NASA para filmar cenas sob a luz natural das velas. Com The Shining (1980), ele se tornou um dos primeiros diretores a usar um Steadicam para filmagens de rastreamentos estabilizados e fluidos. Apesar de muitos dos filmes de Kubrick serem controversos e receberem inicialmente críticas mistas após o lançamento – particularmente A Clockwork Orange (1971), que Kubrick retirou da circulação no Reino Unido após um frenesi da mídia de massa – a maioria deles foi indicada ao Óscar, Globo de Ouro ou Prêmio BAFTA, e passou por reavaliações críticas. Seu último filme, Eyes Wide Shut, foi concluído pouco antes de sua morte em 1999, aos 70 anos.

Primeiros anos

Stanley nasceu em Manhattan, Nova Iorque em 1928. Era o filho mais velho do casal judeu, Jacob Leonard Kubrick e Sadie Gertrude Kubrick (Perveler, o nome de solteira), além de Stanley eles tiveram uma menina chamada Barbara Mary Kubrick, nascida em 1934. O pai de Kubrick era médico e tinha ascendência de judeus da Polônia, da Áustria e da Romênia, já sua mãe era filha de imigrantes austríacos, eles se casaram em 1927, no mesmo ano em que Jacob se formou em medicina. Stanley Kubrick apesar de vir de uma família judaica nunca professou a religião e se definia como ateu.[carece de fontes?]

Em sua infância, o garoto do Bronx não era o que se podia chamar de "aluno exemplar". Raramente fazia as lições de casa e suas notas não eram das melhores. Mas apesar disso, tinha reconhecimento do pai em sua mente criativa.[carece de fontes?] Foi este quem o encorajou a aprender xadrez (se tornou um especialista no esporte) e lhe deu sua primeira máquina fotográfica. Ainda na adolescência, visando a carreira como fotógrafo, conseguiu emprego na conceituada revista Look, mas logo Kubrick descobriu que o seu futuro estava ligado a outro tipo de câmera.[2]

Carreira no cinema

Kubrick com Rosemary Williams em 1949

Estreou como cineasta de curta-metragens aos 22 anos. Aos 25, obteve uma grande ajuda financeira do pai, que penhorou a casa para a produção de Fear and Desire, de 1953, seu primeiro longa-metragem. Considerou o trabalho amador e, mesmo com algumas boas críticas, logo tratou de retirá-lo de circulação. Até hoje, o filme permanece fora de catálogo, tendo sido exibido poucas vezes em festivais ou distribuído ilegalmente. Logo após, Kubrick realizaria outro longa, Killer's Kiss (br: A Morte Passou Por Perto), de 1955, outro filme pouco divulgado e de difícil acesso. Mas é a partir de The Killing (br: O Grande Golpe), de 1956, que sua carreira começa a funcionar. A trama sobre um plano de assalto ganhou a atenção de alguns produtores. Apesar disso, teve dificuldades com a adaptação da novela Paths of Glory. O filme homônimo foi estrelado pelo astro Kirk Douglas, que ajudou a levantar o projeto após ele ter sido rejeitado pelos estúdios. Kubrick fez um dos filmes antiguerra mais poderosos que o mundo do cinema já viu. Focado não em heróis, mas sim em covardes. Apesar das excelentes críticas, Paths of Glory (br: Glória Feita de Sangue; pt: Horizontes de Glória), de 1957, foi proibido em alguns países, incluindo a França.[3]

Reconhecimento e clássicos

Kirk Douglas gostou de trabalhar com Kubrick. Foi ele quem o chamou para dirigir o épico Spartacus (1960) após a tensa demissão do veterano diretor Anthony Mann. Mann já havia filmado boa parte da produção quando Kubrick, com apenas 29 anos, assumiu o seu lugar. A boa relação com Douglas viria por água a baixo quando diferenças criativas se confrontaram. Kubrick perdeu a batalha e se viu obrigado a filmar sem poder colocar algumas de suas ideias em prática. Mesmo com o sucesso do filme, ele decidiu que dali por diante só iria aceitar projetos em que pudesse ter total liberdade criativa. E foi com esse pensamento que se muda para a Inglaterra em 1962. No mesmo ano começa as filmagens de Lolita (1962), clássico da literatura escrita por Vladimir Nabokov. A curiosidade sobre a adaptação da obra de Nabokov dá grande visibilidade ao filme, que mesmo imerso em polêmicas (a relação entre um homem de meia-idade e uma adolescente era a principal delas) se torna outro grande sucesso de crítica. Dois anos depois, o diretor lança outro clássico absoluto: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964) (Doutor Fantástico no Brasil; Doutor Estranhoamor em Portugal). Tendo como tema a ameaça nuclear, o filme é uma comédia de humor negro com atuações e roteiro primorosos. Para atuar, Kubrick chamou o comediante inglês Peter Sellers, que se desdobra em três papéis, incluindo o de presidente dos Estados Unidos e George C. Scott (que alguns anos mais tarde se destacaria de vez em Patton, Rebelde ou Herói?). Entre os vários momentos clássicos, está o final, com direito a um major cowboy montado sobre uma bomba atômica no ar. Esse trabalho rendeu a Kubrick sua primeira indicação ao Oscar de melhor diretor.[carece de fontes?]

Stanley Kubrick no trailer de Dr. Strangelove, 1964

Cinco anos de produção foram necessários para o desenvolvimento de 2001: A Space Odyssey (br: 2001: Uma Odisseia no Espaço), de 1968, para muitos a melhor ficção científica já filmada.[4] Foi escrito ao mesmo tempo em que o livro homônimo de Arthur C. Clarke estava em produção. Clarke, inclusive, deu assistência na criação do roteiro. 2001 teve uma recepção fria da crítica, mas obteve sucesso junto ao público. Até hoje, possui em sua força maior as músicas de Richard Strauss, Also sprach Zarathustra e Johann Strauss II, Danúbio Azul. Os efeitos especiais, inovadores para a época, garantiram ao filme um Oscar da categoria.[carece de fontes?]

Novamente indicado a melhor diretor, Kubrick vê o seu prêmio escapar. Logo após, chateado com o cancelamento do longa sobre Napoleão Bonaparte, ele segue para mais uma adaptação. Dessa vez o livro é A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), de 1962, de Anthony Burgess, focado na violência humana e, principalmente, na da juventude. Causou grande polêmica na época de seu lançamento e foi acusado de incitar a barbárie. Na história, quatro jovens de classe trabalhadora passam as noites cometendo as maiores atrocidades: brigar, roubar, estuprar… são apenas algumas delas. A vida de um deles, Alex, (Malcolm McDowell) toma um rumo diferente quando o mesmo vai para a cadeia. Disparado o trabalho mais controverso do diretor, que lhe rendeu outra indicação ao prêmio da Academia e outra derrota.[carece de fontes?]

Nos anos seguintes, três filmes totalmente diferentes: um longuíssimo filme de época, um terror de gelar a espinha e a sua visão da Guerra do Vietnã. O primeiro é Barry Lyndon (1975). Linda obra saída de uma novela de William Makepeace Thackeray. Apesar de ser pouco conhecido, o filme é considerado por muito dos fãs de Kubrick, entre eles Martin Scorsese, como seu melhor trabalho. Pois nele é perfeitamente visível o seu perfeccionismo, característica marcante em sua carreira. Barry Lyndon, interpretado magistralmente por Ryan O'Neal, é uma espécie de "talentosa fraude" que inevitavelmente é expulso de onde quer que se meta. A fotografia do filme, dirigida por John Alcott - trabalhando sob a orientação técnica de Kubrick - é outro momento inesquecível. Kubrick usou lentes criadas pela NASA para poder filmar alguns interiores. Detalhe: iluminados apenas com velas. Mesmo com todo o cuidado da produção, Barry Lyndon fracassou nos Estados Unidos, mas fez relativo sucesso na Europa. Levou quatro estatuetas douradas, mas de novo o admirável trabalho de Stanley como diretor não foi reconhecido pela maioria votante. Ele voltaria a ter um novo sucesso mundial com o clássico O Iluminado (1980) (The Shining), adaptação da obra de Stephen King. A história de uma família que passa uma temporada em um hotel nas montanhas até hoje faz sucesso onde quer que seja exibida. Quase no final dos anos 1980, Kubrick ressurgiria dando ênfase a guerra. Dessa vez a do Vietnã. Saída do livro de Gustav Hasford, Full Metal Jacket (br: Nascido Para Matar), de 1987, quase que uma versão "kubrickiana" de Apocalypse Now.[5] O filme é praticamente dividido em duas partes: a preparação para a guerra e o ambiente de combate. Kubrick disse que ficou frustrado com o fato de que antes da estréia do filme dois outros longas sobre o tema já tinham sido lançados com sucesso: The Killing Fields (br: Os Gritos do Silêncio), de 1984, e Platoon, de 1986. Ainda como destaque da produção está o imenso set erguido em Londres para a batalha final.[carece de fontes?]

Final de carreira

Do seu último longa-metragem até Eyes Wide Shut (br: De Olhos Bem Fechados), de 1999, passou-se um longo período sem nada assinado por Stanley. Lançado em 1999, o filme protagonizado pelo (até então) casal número um dos Estados Unidos, causou uma grande comoção entre os amantes da sétima arte. Tom Cruise e Nicole Kidman interpretam um casal em crise e foi adaptada de romance escrito por Arthur Schnitzler, chamado Traumnovelle. Dois anos foi o período de filmagem, tempo que o perfeccionismo de Kubrick achou necessário para a conclusão do filme, mas não o necessário para agradar à crítica e público.

Morte

Kubrick faleceu enquanto dormia, devido a um ataque cardíaco, em 7 de março de 1999,[2] não testemunhando a fria recepção que seu último trabalho obteve. O último projeto cinematográfico em que esteve envolvido, mas que por questões de saúde não dirigiu, foi AI:Inteligência Artificial, de Steven Spielberg.[6] Encontra-se sepultado em Childwickbury Manor, Hertfordshire na Inglaterra.[7]

Filmografia

Ano Título
original
Título
no Brasil
Título
em Portugal
1953 Fear and Desire "Medo e Desejo"
1955 Killer's Kiss A Morte Passou por Perto O Beijo Assassino [8]
1956 The Killing O Grande Golpe Um Roubo no Hipódromo
1957 Paths of Glory Glória Feita de Sangue Horizontes de Glória
1960 Spartacus Spartacus Spartacus
1962 Lolita Lolita Lolita
1964 Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb Dr. Fantástico Dr. Estranhoamor
1968 2001: A Space Odyssey 2001: Uma Odisséia no Espaço 2001: Odisseia no Espaço
1971 A Clockwork Orange Laranja Mecânica Laranja Mecânica
1975 Barry Lyndon Barry Lyndon Barry Lyndon
1980 The Shining O Iluminado The Shining
1987 Full Metal Jacket Nascido Para Matar Nascido Para Matar
1999 Eyes Wide Shut De Olhos Bem Fechados De Olhos Bem Fechados

Documentários de curta-metragem:

Ano Título
original
Título
no Brasil
Título
em Portugal
1951 Flying Padre
1951 Day of the Fight
1953 The Seafarers

Prêmios e indicações

Oscar

  • Melhores efeitos especiais
    • 1968 – 2001: A Space Odyssey [9]
  • Melhor Direção de Arte
  • Melhor Fotografia
  • Melhor Trilha Sonora
  • Melhor Figurino
    • 1975 - "Barry Lyndon" [10]


Indicações
  • Melhor diretor
    • 1964 – Dr. Strangelove [11]
    • 1968 – 2001: A Space Odyssey [9]
    • 1971 – A Clockwork Orange [12]
    • 1975 – Barry Lyndon [10]
  • Melhor filme
    • 1964 – Dr. Strangelove [11]
    • 1971 – A Clockwork Orange [12]
    • 1975 – Barry Lyndon [10]
  • Melhor roteiro
    • 1964 – Dr. Strangelove [11]
    • 1968 – 2001: A Space Odyssey [9]
    • 1971 – A Clockwork Orange [12]
    • 1987 – Full Metal Jacket [13]

Globo de Ouro

Indicações
  • Melhor filme
    • 1971 – A Clockwork Orange
    • 1975 – Barry Lyndon

Festival de Veneza

Director's Guild of America

  • Prêmio pelo conjunto da obra (1997) [14]

Prêmio Luchino Visconti

  • Prêmio pela contribuição ao cinema (1988) [15]

Referências

  1. «Sight & Sound Top Ten Poll 2002 – The Directors' Top Ten Directors». BFI. 5 de setembro de 2006. Consultado em 9 de dezembro de 2015 
  2. 2,0 2,1 2,2 «Biografias - Stanley Kubrick». Universo Online. Educacao.uol.com.br. Consultado em 24 de janeiro de 2009 
  3. «Film Movie Review – Paths of Glory (1975)» (em inglês). Filmsite.org. Consultado em 9 de janeiro de 2011 
  4. «'2001: Uma odisséia no espaço' completa 40 anos». G1. Consultado em 9 de janeiro de 2011 
  5. «Regarding Full Metal Jacket=» (em inglês). Visual-memory.co.uk. Consultado em 9 de janeiro de 2011 
  6. «A.I. - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL». Cineclick.com.br. Consultado em 9 de janeiro de 2011 
  7. Predefinição:Findagrave
  8. «Killer's Kiss». PT Gate. Consultado em 7 de setembro de 2009 
  9. 9,0 9,1 9,2 «2001: A Space Odyssey». Kubrickfilms.warnerbros.com. Consultado em 10 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2011 
  10. 10,0 10,1 10,2 «Barry Lyndon». Kubrickfilms.warnerbros.com. Consultado em 10 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 24 de maio de 2010 
  11. 11,0 11,1 11,2 «Film Movie Review – Dr. Strangelove, Or: How I Learned To Stop Worrying And Love The Bomb (1964)» (em inglês). Filmsite.org. Consultado em 10 de janeiro de 2011 
  12. 12,0 12,1 12,2 «A Clockwork Orange». Kubrickfilms.warnerbros.com. Consultado em 10 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 26 de setembro de 2012 
  13. «Full Metal Jacket». Kubrickfilms.warnerbros.com. Consultado em 10 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 26 de setembro de 2012 
  14. «Honoring Outstanding Directorial Achieviment for 1997». Dga.org. Consultado em 10 de janeiro de 2011 
  15. «Stanley Kubrick». Webcine.com.br. Consultado em 10 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 24 de dezembro de 2010 

Ligações externas

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