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Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb
Dr. Strangelove.jpg
Cartaz promocional
No Brasil Dr. Fantástico
Em Portugal Dr. Estranhoamor
Dr. Estranho Amor
 Estados Unidos
 Reino Unido
1964 •  p&b •  93 min 
Direção Stanley Kubrick
Produção Stanley Kubrick
Roteiro Stanley Kubrick
Terry Southern
Peter George
Baseado em Red Alert, de Peter George
Elenco Peter Sellers
George C. Scott
Sterling Hayden
Género comédia
guerra
Música Laurie Johnson
Cinematografia Gilbert Taylor
Direção de arte Predefinição:Ubl
Figurino Bridget Sellers
Edição Anthony Harvey
Companhia(s) produtora(s) Predefinição:Ubl
Distribuição Columbia Pictures Corp.
Lançamento 29 de janeiro de 1964
Idioma inglês

Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb Predefinição:BRPT2, ou apenas Dr. Strangelove, é um filme britano-estadunidense de 1964, uma comédia de guerra dirigida por Stanley Kubrick, com roteiro dele, Peter George e Terry Southern baseado no romance Red Alert, de Peter George.

Sinopse

O General Ripper fica maluco e arma um plano para iniciar a Guerra Nuclear. Então as autoridades máximas dos Estados Unidos e da União Soviética tentam parar um avião-bombardeiro cuja tripulação recebera ordens de lançar uma bomba nuclear na Rússia.

Elenco principal

Wernher von Braun, em foto com braço engessado, o que possivelmente originou a ideia do braço "problemático" do Dr. Fantástico, interpretado por Peter Sellers.

Produção

Os créditos iniciais e o trailer de lançamento foram criados pelo artista gráfico Pablo Ferro.[1]

Romance e roteiro

Kubrick começou com nada além de uma ideia vaga de fazer um thriller sobre um acidente nuclear, construíndo a partir do medo difundido na época da Guerra Fria a respeito.[2] Enquanto pesquisava o assunto, Kubrick gradualmente se conscientizou do sutil e instável "balanço de terror" entre as potências nucleares. A seu pedido, Alistair Buchan, chefe do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, recomendou o romance Red Alert, de Peter George.[3] Kubrick se impressionou com o livro, que também havia sido elogiado pelo teórico dos jogos e futuro vencedor do Prêmio Nobel de Economia, Thomas Schelling, num artigo escrito para o Bulletin of the Atomic Scientists e republicado pelo jornal britânico The Observer,[4] e imediatamente comprou os seus direitos.[5]

Em colaboração com George, Kubrick começou a escrever um roteiro baseado no livro. Enquanto o escrevia, pôde fazer algumas consultas breves a Schelling e, posteriormente, Herman Kahn.[6] Sua intenção original era filmar a história como um drama sério, mantendo o mesmo tom do livro; porém, como explicou posteriormente em entrevistas, enquanto escrevia a primeira versão do roteiro começou a ver a comédia inerente à ideia da destruição mútua assegurada. Segundo ele:Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.

Minha ideia de fazê-la como uma comédia-pesadelo surgiu nas primeiras semanas de trabalho no roteiro. Descobri que, ao tentar dar mais corpo e imaginar as cenas em sua integridade, era necessário deixar de fora delas coisas que eram ou absurdas ou paradoxais, para evitar que se tornassem engraçadas; e estas coisas pareciam ser as mais próximas ao epicentro das cenas em questão.[7]

Após decidir fazer do filme uma comédia de humor negro, Kubrick trouxe Terry Southern como corroteirista. A escolha foi influenciada pela leitura do romance cômico de Southern, The Magic Christian, que Kubrick havia recebido como presente de Peter Sellers[8] (e que se tornou um filme do ator em 1969). Sellers também é considerado um corroteirista não creditado, por ter improvisado diversas de suas falas (que posteriormente foram adicionadas ao roteiro).

Papéis múltiplos de Peter Sellers

A Columbia Pictures concordou em financiar o filme com a condição que Peter Sellers interpretasse pelo menos quatro papéis de destaque nele. A condição teria surgido a impressão do estúdio que muito do sucesso de Lolita (1962), o filme anterior de Kubrick, teria sido devido à performance de Sellers, na qual seu único personagem assume diversas identidades. Sellers também teve três papéis no filme The Mouse That Roared, de 1959. Kubrick aceitou a exigência, afirmando que "estas estipulações vulgares e grotescas são o sine qua non da indústria cinematográfica."[8][9]

Sellers acabou por interpretar apenas três dos quatro papéis que lhe foram escritos; também deveria interpretar o major da aeronáutica T. J. "King" Kong, comandante do B-52 Stratofortress, porém Sellers achou que sua carga de trabalho já estava excessiva, e que não saberia recriar com precisão o sotaque texano do personagem. Kubrick insistiu, e chegou mesmo a pedir ao roteirista Terry Southern, criado no Texas, que lhe gravasse as falas utilizando o sotaque característico; Sellers chegou mesmo a aprendê-lo e iniciou a filmar as cenas no avião, porém acabou torcendo seu tornozelo e teve de interromper os trabalhos no espaço apertado do cockpit cenográfico.[8][9][10]

Sellers teria improvisado boa parte de seu diálogo enquanto Kubrick incorporava estes improvisos ao texto escrito para que fizessem parte do roteiro canônico, uma técnica conhecida como "retrorroteirização" (retroscripting).[11]

Em uma conversa com Arthur C. Clarke, durante a criação do conceito de 2001: A Space Odyssey, Kubrick negou que estivesse retratando Wernher von Braun em seu filme.[12]

Recepção

O filme foi escolhido para ser preservado pelo Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos. Em 2000, os leitores da revista Total Film votaram nele como a 24ª maior comédia de todos os tempos. É um dos poucos filmes a receber a classificação de 100% "Fresh" no site Rotten Tomatoes,[13] e é considerado o 15º melhor filme de todos os tempos pelo site TopTenReviews Movies. Obteve também a sexta posição entre os melhores de todos os tempos da seção de vídeo/DVD do site Metacritic, com uma média de 96,[14] e em novembro de 2020 ocupava a 70.ª posição na lista dos 250 maiores filmes de todos os tempos do Internet Movie Database.[15]

O crítico de cinema americano Roger Ebert colocou Dr. Strangelove em sua lista de grandes filmes,[16] afirmando que ele é "possivelmente a melhor sátira política do século". Também obteve o quinto lugar na lista das melhores direções do cinema feito pelo Instituto de Cinema do Reino Unido (British Film Institute), sendo a única comédia entre os dez primeiros.[17]

A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos considerou o filme "culturalmente significativo" em 1989[carece de fontes?], e o escolheu para ser preservado no Registro Nacional de Filmes[carece de fontes?]. Foi classificado como o terceiro filme na lista AFI's 100 Years…100 Laughs[carece de fontes?], que mostra os 100 principais filmes de comédia dos Estados Unidos de acordo com o American Film Institute.

Prêmios e indicações

Prêmio Categoria Recipiente Resultado
Oscar 1965 Melhor filme Stanley Kubrick Indicado[18]
Melhor direção Stanley Kubrick Indicado[18]
Melhor ator Peter Sellers Indicado[18]
Melhor roteiro adaptado Stanley Kubrick, Peter George, Terry Southern Indicado[18]
BAFTA 1965 Melhor ator britânico Peter SellersPredefinição:Nota de rodapé Indicado[19]
Melhor direção de arte - preto e branco Ken Adam Predefinição:Ven[19]
Melhor filme britânico Stanley Kubrick Predefinição:Ven[19]
Melhor filme Stanley Kubrick Predefinição:Ven[19]
Melhor roteiro adaptado Stanley Kubrick, Peter George, Terry Southern Indicado[19]
Melhor ator não britânico Sterling Hayden Indicado[19]
Prêmio da ONU - filme que melhor representou seus princípios Stanley Kubrick Predefinição:Ven[19]

Predefinição:Notas e referências Predefinição:Esboço-filme-uk Predefinição:Filmes Stanley Kubrick Predefinição:Prêmio Hugo de Melhor Apresentação Dramática Predefinição:BAFTA de melhor filme

Predefinição:Controlo de autoria


  1. «Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964)». American Film Institute. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  2. Brian Siano (1995). «A Commentary on Dr. Strangelove» (em inglês). Visual-memory.co.uk 
  3. Walker, Alexander , citado em Siano, Brian (1995). A Commentary on Dr. Strangelove. [S.l.]: "Stanley Kubrick Directs", Harcourt Brace Co, 1972. ISBN 0–15-684892-9 Verifique |isbn= (ajuda) 
  4. Entrevista de Thomas Schelling a Sharon Ghamari-Tabrizi, publicada em seu livro The Worlds of Herman Kahn; The Intuitive Science of Thermonuclear War (Harvard University Press, 2005). «Dr. Strangelove» (em inglês). Visual-memory.co.uk 
  5. Southern, Terry. «Check-up with Dr. Strangelove». Artigo escrito em 1963 para a Esquire, porém não publicado na época (em inglês). Filmmakermagazine.com 
  6. Ghamari-Tabrizi, Sharon. «The Worlds of Herman Kahn; The Intuitive Science of Thermonuclear War». Harvard University Press, 2005 (em inglês). Visual-memory.co.uk 
  7. "My idea of doing it as a nightmare comedy came in the early weeks of working on the screenplay. I found that in trying to put meat on the bones and to imagine the scenes fully, one had to keep leaving out of it things which were either absurd or paradoxical, in order to keep it from being funny; and these things seemed to be close to the heart of the scenes in question.", Macmillan International Dictionary of Films and Filmmakers, vol. 1, p. 126
  8. 8,0 8,1 8,2 Southern, Terry. «Notes from The War Room». Grand Street, ed. #49 (em inglês). Visual-memory.co.uk 
  9. 9,0 9,1 Lee Hill. «Interview with a Grand Guy». Interview with Terry Southern (em inglês). Altx.com 
  10. Na biografia ficcional The Life and Death of Peter Sellers, sugere-se que Sellers teria fingido a contusão como forma de escapar da obrigação contratual de interpretar este quarto papel.
  11. "Inside the Making of Dr. Strangelove", documentário incluído da edição especial de 40 anos do DVD do filme.
  12. Michael Benson (2018). 2001: Uma Odisseia no Espaço - Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke e a criação de uma obra-prima 1 ed. [S.l.]: todavia. p. 69. 493 páginas. ISBN 978-85-93828-57-7 
  13. «Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964)» (em inglês). Rotten Tomatoes. Consultado em 14 de agosto de 2009 
  14. «DVD/Video: All-Time High Scores» (em inglês). Metacritic. Consultado em 6 de março de 2010 
  15. «IMDb Top 250» (em inglês). Internet Movie Database. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  16. Roger Ebert (11 de julho de 1999). «Dr. Strangelove (1964)». Chicago Sun-Times. Suntimes.com 
  17. «Sight & Sound's directors' poll». British Film Institute (em inglês). Bfi.org.uk. Consultado em 9 de maio de 2010 
  18. 18,0 18,1 18,2 18,3 «The 37th Academy Awards | 1965». Oscars.org. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  19. 19,0 19,1 19,2 19,3 19,4 19,5 19,6 «BAFTA|Film in 1965». BAFTA Awards Database. Consultado em 20 de novembro de 2020 

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