Silvio de Abreu | |
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Nome completo | Silvio Eduardo de Abreu |
Nascimento | 20 de dezembro de 1942 (82 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | |
Principais trabalhos | Éramos Seis (1977) Pecado Rasgado (1978) Jogo da Vida (1981) Guerra dos Sexos (1983) Cambalacho (1986) Sassaricando (1987) Rainha da Sucata (1990) Deus nos Acuda (1992) Éramos Seis (1994) A Próxima Vítima (1995) Torre de Babel (1998) Belíssima (2005) Passione (2010) |
Silvio Eduardo de Abreu (São Paulo, 20 de dezembro de 1942) é um ator, diretor, roteirista, autor de telenovelas e telesséries e escritor brasileiro.
Em suas obras, tornou-se famoso por adotar o estilo policial e por ambientá-las na cidade de São Paulo, onde mora. Entre as suas obras mais famosas estão as telenovelas Guerra dos Sexos, Cambalacho, Sassaricando, Rainha da Sucata, Deus Nos Acuda, A Próxima Vítima, Torre de Babel e Belíssima.
Biografia
Formação acadêmica e o início na carreira
Silvio é formado em cenografia pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-USP). A carreira teve início ao trabalhar como ator, pouco conhecido, em teatro (Tchin Tchin, ao lado de Cleyde Yáconis e Stênio Garcia), telenovela (A Muralha, Os Estranhos e A Próxima Atração) e cinema (A Super Fêmea, com Vera Fischer e John Herbert).
Após esse período, passou a ser diretor de filmes bastante identificados com a chamada pornochanchada, gênero este bastante em evidência no cinema nacional dos anos 1970, como A Árvore dos Sexos (1977) e Mulher Objeto (1980). Foi também assistente de Carlos Manga no filme O Marginal.
Como roteirista
“ | O prazer de não ter que se sentar em frente ao computador e ter a cabeça livre para pensar o que se quiser, é inigualável. Sinceramente, não conheço nada melhor, nem sexo. | ” |
A estreia como autor de novelas se deu em 1977, ao adaptar em parceria com o crítico cinematográfico Rubens Ewald Filho o clássico romance Éramos Seis, de Maria José Dupré, na terceira versão para a televisão, que obteve relevante sucesso e firmou parcerias com dois atores que seriam frequentes nos trabalhos posteriores: Gianfrancesco Guarnieri e Nicete Bruno. Transferiu-se para a Rede Globo em seguida, com Pecado Rasgado (1978). A novela não seria um sucesso, devido em parte à inexperiência de Silvio no meio e a desentendimentos com o diretor da trama, Régis Cardoso, o que acabou causando um afastamento do meio televisivo.
Substituiu o consagrado Cassiano Gabus Mendes, a quem vê como uma grande influência, na redação do texto de Plumas e Paetês (1980). O autor sofrera um infarto e, mesmo sem conhece-lo pessoalmente, indicara o seu nome para substituí-lo. Silvio aceitou prontamente esta incumbência e, curiosamente sem ter visto um capítulo sequer da história, direcionou-a para índices recordes de audiência. Prosseguiu com a novela Jogo da Vida (1981), outro grande sucesso, baseada no argumento de Janete Clair. Depois vieram inúmeras outras novelas de sucesso: Guerra dos Sexos (1983), que o consagrou nacionalmente, Cambalacho (1986) e Sassaricando (1987).
As principais produções da década de 1990 foram Rainha da Sucata (1990), que marcou a estreia do autor no horário nobre, Deus Nos Acuda (1992), e a policial A Próxima Vítima (1995), que mostrou a público temas importantes e polêmicos como prostituição por vocação, homossexualidade masculina e adultério. Para exportá-la ao exterior, foi preciso criar outro desfecho a fim de que não se perdesse o mistério. Silvio também eliminou algumas cenas, a fim de manter a coerência da história. A novela seguinte, Torre de Babel (1998), recebeu muitas críticas negativas e causou polêmica devido ao excesso de cenas de violência e abordagem de temas como lesbianismo, uso de drogas, violência doméstica e assassinatos frios. Escreveu também a minissérie Boca do Lixo (1990), que consagrou a atriz Sílvia Pfeifer, então iniciante. O autor renovou a linguagem televisiva por meio da utilização de um estilo mais cinematográfico, ágil e vibrante, e pela incorporação da comédia nonsense, pastelão, como um gênero do meio.
Também escreveu para o horário das sete As Filhas da Mãe (2001), um fiasco de audiência e que inclusive teve o seu final antecipado em dois meses.
Silvio, além de ser um mestre em comédias, também é um grande mestre no killer, desde A Próxima Vítima exibida em 1995 e mais tarde Belíssima. Outra característica importante de Silvio é a repetição de personagens nas novelas, como em Rainha da Sucata, onde a personagem Dona Armênia (Aracy Balabanian) e seus três filhos voltaram em sua novela seguinte (Deus nos Acuda), e Jamanta, de Cacá Carvalho, originalmente em Torre de Babel e posteriormente em Belíssima (2005), um grande êxito seu.
Retornou à titularidade em 2010 com a telenovela Passione, exibida no horário nobre que não deixou de abordar temas repetidos, como segredos de família e assassinatos ocultos. Em 25 de outubro do mesmo ano, foi agraciado com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo governo estadual.[1]
Em 2012, estreou o remake de Guerra dos Sexos, que na versão original também foi de sua autoria. O folhetim, porém, acabou não atingindo o mesmo sucesso da primeira versão de 1983. A trama de Abreu terminou com média de pouco mais de 22 pontos na grande São Paulo, praça de grande importância, principalmente para o mercado publicitário.[2]
Detalhes habituais
Outras 2 características próprias das telenovelas de autoria de Sílvio é a constante ambientação delas na cidade de São Paulo e o retrato de grandes empresas ou lojas que geralmente dão origem ao fio condutor da trama. Fernanda Montenegro, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Glória Menezes, Gianfrancesco Guarnieri, Lima Duarte, Raul Cortez, Cláudia Jimenez, Francisco Cuoco, Cláudio Corrêa e Castro, Diogo Vilela, Cleyde Yáconis, Irene Ravache, Maitê Proença, Edson Celulari, Marcos Frota, Vera Gimenez, Cláudia Raia, Alexandre Borges, Cláudia Ohana, Emiliano Queiroz, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Flávio Migliaccio, Vera Holtz Glória Pires , Elias Gleizer, Marcelo Antony, Reynaldo Gianecchini, Mariana Ximenes e Cauã Reymond são atores de presenças constantes em suas tramas e costumam ser elencados para boa parte delas.
Como supervisor de texto
Foi supervisor de texto de Carlos Lombardi na primeira novela deste como autor titular: Vereda Tropical (1984) e de João Emanuel Carneiro em Da Cor do Pecado, também na primeira novela solo (2004), ambas com grande sucesso. Exerceu novamente esta função na primeira telenovela solo de Elizabeth Jhin, Eterna Magia (2007), e em Beleza Pura (2008), de moderada repercussão, única novela da autora Andréa Maltarolli, falecida precocemente pouco tempo depois de sua exibição.[3]
Em 2014, supervisiona Alto Astral, novela de Daniel Ortiz, baseada na sinopse deixada por Andréa Maltarolli antes de falecer.[4][5][6]
Em 2014, Silvio, em entrevista à jornalista Michelle Vaz, declarou que não pretendia fazer mais novelas provisoriamente. Já que era o atual responsável pelo Departamento de Dramaturgia da Globo, queria dedicar-se apenas a supervisionar os novos autores.[7][8][9][10]
Como escritor
Em junho de 2013, Sílvio lançou o livro "Crimes no Horário Nobre - A Teledramaturgia de Sílvio de Abreu" no Rio de Janeiro e em São Paulo. A obra, escrita por Raphael Scire, tem um prefácio de Gilberto Braga e conta a trajetória de Sílvio e seu trabalho como ator, diretor e autor de telenovelas.[11]
Trabalhos na televisão
Como Produtor
Ano | Trabalho | Emissora | Função |
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2021 | Passaporte para Liberdade | TV Globo / Globoplay | Produtor Executivo[12] |
Como autor
- Telenovelas e séries
- Programas
Ano | Trabalho | Emissora | Escalação | Parceiros titulares |
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1981 | Hebe Camargo | Rede Bandeirantes | roteirista, criador da frase "Volto Já, Já" | |
1979 | Telecurso 2º Grau | Rede Globo TV Cultura |
autor principal de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Química | Carlos Lombardi |
1978 | Cabaret Literário | TV Cultura | autor principal |
- Teleteatro
Ano | Trabalho | Emissora | Episódios | Escalação |
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1976 | Teatro 2 | TV Cultura | "Caixa-forte" "A Dama de Copas e o Rei de Cuba" e "Hojé é dia de rock" |
autor principal |
Como ator
- Televisão e cinema
Ano | Trabalho | Emissora | Personagem |
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2010 | Ti Ti Ti | Rede Globo | Ele mesmo aparece no lançamento do livro de Stela (Mila Moreira) |
2003 | Cena Aberta | Rede Globo | Médico no episódio Folhetim |
2001 | As Filhas da Mãe | Rede Globo | Entregador do Oscar a Lulu de Luxemburgo |
1986 | Cambalacho | Rede Globo | Padre do casamento de Naná e Jejê |
1971 | Editora Mayo, Bom Dia | TV Record | Subdelegado Damasceno Righi Salomão |
1970 1971 |
A Próxima Atração | Rede Globo | Damasceno |
1970 | Dom Camilo e os cabeludos | TV Tupi | |
1969 | Dez Vidas | TV Excelsior | |
1969 | Sangue do Meu Sangue | TV Excelsior | |
1968 | Os Estranhos | TV Excelsior | |
1968 | A Muralha | TV Excelsior | Abreu |
1967 | Os Miseráveis | TV Bandeirantes | |
1967 | O Grande Segredo | TV Excelsior | Juvenal |
1967 | TV de Vanguarda | TV Tupi | vários |
Como diretor
- Programas
Ano | Trabalho | Emissora | Escalação | Parceiros titulares |
---|---|---|---|---|
1979 | Telecurso 2º Grau | Rede Globo TV Cultura |
Diretor de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Química | |
1970 | Aplauso | Rede Record | Assistente de direção | Carlos Manga |
Trabalhos no cinema
Como roteirista
Ano | Título |
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1981 | Mulher Objeto - adaptação / roteiro final |
1975 | Assim era a Atlântida |
1974 | Gente que Transa |
Como diretor
Ano | Título |
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1981 | Mulher Objeto |
1977 | Elas São do Baralho |
1976 | A Árvore dos Sexos |
1975 | Assim era a Atlântida |
1974 | Gente Que Transa |
Como ator
Ano | Título | Papel |
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2008 | A Guerra dos Rocha | Pianista da festa |
2004 | Sexo, Amor e Traição | |
2002 | Helena | |
1984 | Memórias do Cárcere | |
1973 | A Superfêmea | contato da agência |
1972 | A Marcha | |
1968 | Panca de Valente |
Trabalhos no teatro
Como autor
Ano | Título |
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1995 | Caia na Raia |
1994 | Capital Estrangeiro |
1993 | Nas raias da loucura |
1991 | Não Fuja da Raia |
Como ator
Ano | Título |
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1971 | Os Últimos |
1967 | Marat/Sade |
1966 | A Alma Boa de Set-Suan |
1965 | Antígone |
1965 | Tchin-tchin |
1965 | O Anjo Peralta |
1964 | A Ópera dos Três Vinténs |
1964 | Círculo de Champagne |
1964 | Vereda da Salvação |
Como diretor
Ano | Título |
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1972 | O Homem do Princípio ao Fim |
1969 | Não se preocupe, Dóris, tudo vai acabar bem |
1968 | As Criadas (assistente de direção) |
1966 | As Fúrias (assistente de direção) |
Bibliografia
- Livro: Autores - Histórias da Teledramaturgia (volume II), páginas 262 a 346.
Referências
- ↑ «A artista plástica Maria Bonomi é homenageada no Palácio dos Bandeirantes». Memorial da América Latina. 4 de novembro de 2010. Consultado em 12 de março de 2018. Arquivado do original em 12 de junho de 2018
- ↑ http://www.famaviponline.com/2013/04/fracasso-guerra-dos-sexos-sai-do-ar.html[ligação inativa]
- ↑ «Elenco de "Eterna Magia", próxima novelas das seis, se prepara no Rio». Folha de S. Paulo. Ilustrada. 14 de fevereiro de 2007. Consultado em 22 de outubro de 2014
- ↑ Patrícia Kogut (16 de abril de 2013). «Silvio de Abreu vai supervisionar texto de novela de novo autor». O Globo. Consultado em 22 de outubro de 2014
- ↑ Patrícia Kogut. «Novela supervisionada por Silvio de Abreu já tem equipe». O Globo
- ↑ Felipe Carvalho; Gisele Alquas (18 de outubro de 2014). «"Muitos têm talento e não têm oportunidade", diz autor de "Alto Astral"». UOL Televisão. Consultado em 22 de outubro de 2014
- ↑ Flávio Ricco (21 de julho de 2014). «Silvio de Abreu vai liderar fórum de novelas da Globo». UOL Televisão. Consultado em 22 de outubro de 2014
- ↑ Daniel Castro (21 de outubro de 2014). «Boninho, Waddington, Arraes e Abreu chefiarão Artístico da Globo». UOL. Notícias da TV. Consultado em 22 de outubro de 2014
- ↑ Patrícia Kogut (26 de maio de 2014). «Fórum de dramaturgia da Globo com Silvio de Abreu começará em junho». O Globo. Consultado em 22 de outubro de 2014
- ↑ Keila Jimenez (24 de outubro de 2014). «Responsável por dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu ficará sem escrever novelas». F5 - televisão. Outro Canal. Consultado em 24 de outubro de 2014
- ↑ «Famosos prestigiam lançamento do livro de Silvio de Abreu». R7. 29 de junho de 2013. Consultado em 8 de junho de 2020
- ↑ «Minissérie 'Passaporte para a Liberdade' estreia nesta segunda, 20». O Liberal. Consultado em 21 de dezembro de 2021