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Rio Nabão

Rio Nabão
Rio Nabão e ponte romana em Tomar
Comprimento Predefinição:Formatnumif
Nascente Lagarteira, Ansião
Altitude da nascente Predefinição:Formatnumif
Caudal médio Predefinição:Formatnumif
Foz Rio Zêzere (Nabão → ZêzereTejoAtlântico)
Altitude da foz Predefinição:Formatnumif
Bacia hidrográfica Bacia hidrográfica do Tejo
Área da bacia Predefinição:Formatnumif
Afluentes
principais
Rio Beselga
Ribeira do Olival
Ribeira de Seiça
País(es) Portugal Portugal
Maior cidade Tomar
Predefinição:Info/AuxMapa
Coordenadas 39° 55' N 8° 25' 27.5" O

O rio Nabão é um rio português afluente do rio Zêzere que passa na cidade de Tomar. Nasce no concelho de Ansião, no lugar dos Olhos de Água, e a ele junta-se, a cerca de 10 km de Tomar, a nascente do Agroal, já no concelho de Ourém. O rio Nabão desagua na margem direita do rio Zêzere, depois de um percurso de 61,47 km. Tem como principais afluentes o rio Beselga, a ribeira do Olival e a ribeira de Seiça (também denominada ribeira da Sabacheira).

Ao rio Nabão anda associada a lenda de Santa Iria.

Nos últimos anos o rio Nabão tem sido alvo de descargas poluidoras,[1] com origem em indústrias e ETAR's.

Curso

Nascente

39° 55' 08.1" N 8° 25' 33.1" O

O rio Nabão nasce a uma cota de 205 metros em Olhos de Água, na vila e concelho de Ansião, fazendo parte do Sistema Aquífero Sicó-Alvaiázere.[2][3]

Percurso

No percurso de cerca de 61,47 km, o rio Nabão segue na maior parte do seu caminho de Norte para Sul. Com um caudal médio de 11,56 /s, a área da sua bacia é de 1053 km².[3]

Serras

O leito do rio Nabão tem ligações com a Serra do Sicó, Serra da Ameixieira, Serra da Portela, Serra de Alvaiázere, Serra de Santa Catarina, Serra do Castelo, Serra do Mosqueiro, Serra do Mouro, Serra dos Ariques, Serra Pequena e a Serra da Nova.[3]

Povoações

O percurso do rio Nabão envolve no concelho de Ansião as freguesias de Ansião, Chão de Couce, Lagarteira, Santiago da Guarda e Torre de Vale de Todos; no concelho de Alvaiázere as freguesias de Almoster e Pelmá; no concelho de Pombal a freguesia de Abiul; no concelho de Ourém as freguesias de Formigais, Freixianda e Rio de Couros e no concelho de Tomar as freguesias da Sabacheira, Madalena, Pedreira, Tomar, São Pedro de Tomar, Além da Ribeira e Asseiceira.[3]

Canhão fluvio-cársico

O rio Nabão ao atravessar o Maciço Calcário Estremenho num vale profundo e cavado, apresenta a parte do seu percurso mais natural e quase sem marcas da presença humana (com exceção da antiga Fábrica de Papel de Porto de Cavaleiros, abandonada) e cada vez mais procurada para atividades de turismo da natureza como caminhadas, canoagem, espeleologia e escalada.

Os principais pontos singulares desse percurso são:

  • Nascente da Fonte Grande de Formigais;
  • Foz da ribeira da Sabacheira;
  • Parque Natureza do Agroal;
  • Passadiço do Agroal;
  • Nascente e praia fluvial do Agroal;
  • Captação água Mendacha (iniciados os estudos em 1936[4], tendo em 2016 sido emitida portaria com a delimitação da área de proteção da captação[5], em 2021 foram concluídas as obras de abastecimento do reservatório da Mendacha[6], com abastecimento em alta desde a albufeira do Castelo de Bode, levando consequentemente a desactivação da captação da Mendacha ;
  • Nascentes e praia da Mendacha;
  • Porto de Cavaleiros (açude da fábrica);
  • Grutas e praia das Lapas;
  • Praia fluvial do Sobreirinho;
  • Praia fluvial da Fonte do Caldeirão;
  • Açude de Pedra e Vala da Fábrica de Fiação[7];
Afluentes

O rio Nabão tem como principais afluentes a ribeira da Beselga, a ribeira do Olival e a ribeira de Seiça (também denominada Ribeira da Sabacheira, no seu troço final até à foz, na freguesia com o mesmo nome).[3]

Foz

39° 31' 13.9" N 8° 21' 20.6" O

O rio Nabão desagua no rio Zêzere junto à localidade de Foz do Rio (Tomar).[3]

História

O seu nome romano era Nabanus.

Na Idade Média este rio era conhecido também como Tomar ou Thomar e na parte superior era denominado Tomarel. Documentos do século XII atribuídos ao Bispo de Lisboa, D. Gilberto, referem-se a um "Portus de Thomar", na definição dos limites territoriais do Castelo de Cera. Do contexto compreende-se que esta referência corresponde a uma travessia (Portus) de um curso de água, situada provavelmente entre Formigais e Rio de Couros. Em 1542 o "Tombo dos Bens e Direitos da Mesa Mestral", com data de 6 de Maio, por Pedro Álvares, é perfeitamente claro relativamente a esta designação de rio Tomar, ainda em uso na época.

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Amorim Rosa fala de registos históricos de grandes cheias em 1550, na segunda metade do século XVII, no final do século XVIII, em 1852 e em 1909.

Referências

  1. «Poluição do rio Nabão: as provas do crime». Tomar na Rede (em português). 7 de março de 2021. Consultado em 3 de abril de 2021 
  2. C. Almeida, J. J. L. Mendonça, M. R. Jesus, A. J. Gomes (Dezembro de 2000). «Sistemas Aquíferos de Portugal Continental : Sistema Aquífero Sicó-Alvaiázere» (pdf). Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. p. 273. Consultado em 21 de abril de 2016 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 «Rios de Portugal Continental : Hidromorfologia dos rios : Rio Nabão». SNIRH-JÚNIOR do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. Consultado em 20 de abril de 2016 
  4. Ministério das Obras Públicas e Comunicações - Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos e Eléctricos - Repartição de Estudos Hidráulicos. «Decreto-Lei n.º 27203» 
  5. «Portaria n.º 40/2016 - Aprova a delimitação dos perímetros de proteção de várias captações de água subterrânea localizadas nos concelhos de Tomar, Alvaiázere, Castanheira de Pêra e Entroncamento» 
  6. «Arranca Empreitada de Abastecimento à Mendacha a partir da EPAL (Choromela)» 
  7. «O rio Nabão mostra a sua beleza e potencial turístico após limpeza mandada fazer pela Câmara de Tomar». https://www.mundoportugues.pt/ 

Ligações externas

  1. As Fábricas do Vale do Nabão: estudo comparativo dos sistemas construtivos e sua relação com a água
  2. A fonte milagrosa de Agroal, Arquivo RTP
  3. Zilhão, João. "New Evidence from Galeria da Cisterna (Almonda) and Gruta do Caldeirão on the Phasing of Central Portugal’s Early Neolithic" Open Archaeology, vol. 7, no. 1, 2021, pp. 747-764.
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