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Referendo à despenalização do aborto em Portugal (2007)

Predefinição:Info/EleiçãoO referendo à despenalização do aborto em Portugal (2007) realizou-se no dia 11 de Fevereiro de 2007, tendo sido o terceiro referendo realizado em Portugal e o segundo sobre este tema.

O primeiro referendo sobre este tema foi realizado no dia 28 de Junho de 1998, sendo nessa época a questão formulada da seguinte forma:

  • "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

O seu resultado não foi vinculativo, uma vez que apenas votaram menos de 32% dos eleitores, ganhando então o "Não" com uma margem mínima (menos de 51%).

Os defensores da despenalização, no entanto, nunca desistiram desta questão e, aproveitando a maioria absoluta do PS, agora com José Sócrates como primeiro-ministro e com o seu patrocínio, conseguiu provocar novo referendo.

A lei existente definia que o aborto poderia ser feito legalmente até às 12 semanas em caso de a vida da mãe corresse risco ou a sua saúde física ou mental, até às 16 semanas em casos de violação, e até às 24 semanas se o feto tivesse doenças incuráveis ou malformações. O referendo de 2007 abriu caminho à alteração da lei, permitindo que viesse a ser feito também a pedido da mulher até às 10 semanas.

A questão em 2007 foi:

  • «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?».

Formaram-se vários movimentos cívicos, quer pelo lado do Não (muito apoiado pela Direita e pela Igreja Católica), quer pelo lado do Sim (muito apoiado pela Esquerda), havendo porém excepções em ambos os campos.

O resultado deste Referendo voltou a não ser vinculativo, embora a participação fosse maior — votaram um pouco menos de 44% dos eleitores — pelo que a Assembleia da República ficou livre para proceder à alteração da legislação, o que viria a ser feito pela Lei nº 16/2007 de 17 de Abril.

Respostas

Posição dos partidos

Cartaz do Bloco de Esquerda de apoio à despenalização do aborto.

A tabela abaixo mostra apenas os partidos políticos que então possuíam eleitos na Assembleia da República.

Posição Partidos políticos
Sim style="background-color:#Predefinição:RGBpol" | Partido Comunista Português
style="background-color: #Predefinição:RGBpol" | Bloco de Esquerda
style="background-color: #Predefinição:RGBpol" | Partido Ecologista Os Verdes
style="background-color: #Predefinição:RGBpol" | Partido Socialista
Neutro style="background-color: #Predefinição:RGBpol" | Partido Social Democrata
Não style="background-color: #Predefinição:RGBpol" | Partido Popular

Resultado

Resposta Votos %
Sim 2.231.529 Predefinição:Barra Percentagem
Não 1.534.669 Predefinição:Barra Percentagem
Nulos 25.884 Predefinição:Barra Percentagem
Brancos 48.094 Predefinição:Barra Percentagem
Válidos 3.766.198 Predefinição:Barra Percentagem
Votantes 3.840.176 Predefinição:Barra Percentagem
Abstenções 4.973.840 Predefinição:Barra Percentagem
Inscritos 8.814.016 Predefinição:Barra Percentagem
Fonte [1]
Resultado do referendo em barras
Predefinição:Fontcolor Permanecer:
1.534.669 (40,75%)

Resultado por distrito

  Sim
  Não
Distrito Comparecimento Votos Proporção
Sim Não Sim Não
  Açores 29,54% 17.022 38.489 30,66% 69,34%
  Aveiro 42,29% 110.644 137.312 44,62% 55,38%
  Beja 39,82% 45.028 8.641 83,90% 16,10%
  Braga 46,20% 132.507 187.911 41,35% 58,65%
  Bragança 34,07% 20.445 29.722 40,75% 59,25%
  Castelo Branco 40,15% 45.976 28.601 61,65% 38,35%
  Coimbra 40,04% 92.828 54.769 62,89% 37,11%
  Évora 43,00% 48.274 13.312 78,38% 21,62%
  Faro 38,78% 89.132 31.440 73,92% 26,08%
  Guarda 38,27% 27.725 31.865 46,53% 53,47%
  Leiria 43,76% 97.292 69.585 58,30% 41,70%
  Lisboa 48,67% 607.419 242.467 71,47% 28,53%
  Madeira 38,89% 30.209 57.091 34,60% 65,40%
  Portalegre 38,92% 30.507 10.478 74,45% 25,55%
  Porto 44,86% 350.868 294.599 54,36% 45,64%
  Santarém 44,16% 109.051 58.434 65,11% 34,89%
  Setúbal 48,77% 259.684 57.032 81,99% 18,01%
  Viana do Castelo 39,54% 37.096 54.023 40,71% 59,29%
  Vila Real 34,28% 28.871 46.921 38,09% 61,91%
  Viseu 37,71% 50.931 81.977 38,32% 61,68%
Fonte [2]

Fontes

Referências

Ver também

Predefinição:Eleições de Portugal

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