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Promécio

Predefinição:Elemento/Promécio O promécio (homenagem ao titã grego Prometeu) é um elemento químico de símbolo Pm e de número atómico igual a 61 (61 protões e 61 electrões), e massa atómica 145 u. À temperatura ambiente, o promécio encontra-se no estado sólido. Faz parte do grupo das terras raras.

A principal aplicação é como emissor de radiações beta para produzir medidores de espessuras.

A prova da existência do promécio só foi obtida em 1945 por Jacob A. Marinsky, Lawrence E. Glendenin e Charles D. Coryell durante a análise dos subprodutos da fissão do urânio.

Características principais

O promécio é um leve emissor de partículas betas, porém não emite radiações gama. Porém , pode ocorrer emissão de raios-X quando as partículas beta atingem elementos com números atômicos mais altos. Pouco é conhecido sobre as propriedades químicas e físicas do promécio metálico, porém são semelhantes ao neodímio e samário. O promécio apresenta duas variedades alotrópicas.

Sais deste metal apresentam luminescência na obscuridade com um fulgor azul ou acinzentado pálido devido à sua elevada radioatividade.

Aplicações

As principais aplicações do promécio são:

  • Como fonte de radiações beta para produzir medidores de espessuras muito finas.
  • A radiação beta ao incidir sobre o fósforo gera luz. Esta luz, através de fotocélulas, pode ser usada para produzir baterias muito pequenas que convertam a luz em corrente elétrica, com uma vida útil de aproximadamente 5 anos usando o 147-Pm, para serem usadas em pesquisas espaciais.
  • os seus sais luminescentes podem ser usados para a produção de ponteiros e mostradores de relógios.
  • No futuro, possivelmente como uma fonte portátil de raios-X e de calor para serem usados em sondas espaciais , satélites artificiais, aplicações médicas, e para a produção de lasers para serem usados em comunicação com submarinos, quando submersos.

História

A existência do promécio primeiramente foi prevista por Bohuslav Brauner em 1902; esta previsão foi confirmada por Henry Moseley em 1914. Diversos grupos reivindicaram ter produzido o elemento, porém não puderam confirmar suas descobertas devido a dificuldade de separar o promécio de outros elementos. A prova da existência do promécio só foi obtida em 1945 por Jacob A. Marinsky, Lawrence E. Glendenin e Charles D. Coryell durante a análise dos subprodutos da fissão do urânio. Entretanto, demasiadamente ocupados com pesquisas relacionadas com projetos de defesa durante a Segunda Guerra Mundial, não anunciaram a descoberta até 1947.[1]

O nome "promécio" para o elemento é proveniente de Prometeu, titã da mitologia grega, que roubou o fogo do céu e o deu à humanidade.

Em 1963, os métodos de cromatografia do tipo troca iônica foram usados para preparar aproximadamente 10 gramas de promécio a partir de rejeitos da fissão de combustíveis nucleares.

Atualmente, o promécio ainda é recuperado dos subprodutos da fissão do urânio, porém pode ser produzido também bombardeando o 146Nd com nêutrons, obtendo-se o 147Nd que decai em 147Pm através de um decaimento beta com meia-vida de 11 dias.

Foi o último dos elementos terras raras descoberto.

Ocorrência

O promécio não é encontrado de forma natural na terra, porém foi identificado no espectro da estrela HR465 na constelação Andrômeda, e possivelmente na HD 101065 (estrela de Przybylski) e HD 965.[2]

Compostos

Já foram obtidos mais de 30 compostos de promécio, a maioria coloridos do azul claro ao esverdeado passando por amarelo e róseo. Os principais são:

Isótopos

38 radioisótopos do promécio foram caracterizados, sendo os mais estáveis: 145Pm com meia-vida de 17,7 anos, 146Pm com meia-vida de 5,53 anos, e 147Pm com meia vida de 2,6234 anos. Todos os demais isótopos radioativos apresentam meias-vidas abaixo de 364 dias, e a maioria destes com meias vidas abaixo de 27 segundos. Este elemento apresenta também 11 isótopos metaestáveis, sendo os mais estáveis: 148Pmm (T½ 41,29 dias), 152Pmm2 (T½ 13,8 minutos) e 152Pmm (T½ 7,52 minutos).

As massas atômicas do promécio variam de 127,9482600 u (128Pm) a 162,9535200 u (163Pm). O primeiro modo de decaimento dos radioisótopos com massas abaixo do mais abundante e mais estável, 145Pm, é a captura eletrônica, e o primeiro modo acima do 145Pm é a emissão beta menos. Os primeiros produtos de decaimento antes do Pm-145 são os isótopos do elemento neodímio, e os após ao Pm-145 são os isótopos do elemento samário.

Precauções

O manuseio do promécio deve ser efetuado com extremo cuidado devido a sua elevada radioatividade, em particular, ao promécio que pode emitir raios-X durante o seu decaimento beta. A meia-vida do promécio é muito inferior ao do Pl-239.

O promécio não tem nenhum papel biológico.

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 21 de março de 2005. Arquivado do original em 22 de junho de 2011 
  2. «Cópia arquivada». Consultado em 21 de março de 2005. Arquivado do original em 8 de maio de 2005 

Ligações externas

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