Golpe de Estado | |
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Informação geral | |
Origem | São Paulo, São Paulo |
País | Brasil |
Gênero(s) | Hard rock, glam metal |
Período em atividade | 1985-presente |
Gravadora(s) | Eldorado, Baratos Afins, Unimar Music, Substancial Music |
Integrantes | João Luiz Nelson Brito Roby Pontes Marcello Schevano |
Ex-integrantes | Helcio Aguirra Catalau Kiko Müller Paulo Zinner Dino Linardi Tadeu Dias Rogério Fernandes |
Golpe de Estado é uma banda de hard rock brasileira formada em 1985.
História
No final de 1985, em São Paulo, Nélson Brito (baixo) e Paulo Zinner (bateria) tocavam no Fickle-Pickle, onde posteriormente entrou – e saiu rapidamente – o vocalista Catalau. Este projeto não durou muito, e o trio somente se reuniu novamente quando encontraram o guitarrista Hélcio Aguirra, integrante do Harppia.
Com o entrosamento entre seus músicos, Hélcio passa a se dedicar somente ao Golpe de Estado. Em menos de um ano já tocavam pelos teatros e bares de sua cidade realizaram um primeiro registro, feito por Luiz Calanca, do Baratos Afins.
Simplesmente batizado de Golpe de Estado, o disco chegou ao mercado em 1986 com certa diferença em sua concepção, pois era um vinil com um dos lados em rotação 33 rpm e o outro em 45. Com a confusão na hora de tocar o vinil, muitos ouvintes das rádios de São Paulo acabaram ouvindo "Olhos de Guerra" na rotação errada.[carece de fontes]
Sem conseguir assinar com uma grande gravadora, partem para o segundo disco, novamente pelo Baratos Afins. Forçando a Barra sai em 1988 e contou com a participação da dupla Arnaldo Antunes e Branco Mello (Titãs) em "Onde Há Fumaça, Há Fogo".
Nem Polícia nem Bandido chega em 1989 pela gravadora Eldorado, e com este disco abriram para o Jethro Tull e Nazareth. O próximo álbum, chamado Quarto Golpe, sai em 1991. Com este álbum, abrem para o Deep Purple.[carece de fontes]
Em 1994 lançam Zumbi, o primeiro álbum a ser lançado no formato CD, onde optaram por um caminho diferente do que haviam seguido até então; a faixa-título, por exemplo, teve sua letra escrita por Rita Lee, além de cantarem sua primeira canção em inglês, "Slow Down", juntamente com covers de "My Generation", do The Who e "Hino de Duran", de Chico Buarque.
Com Zumbi também começam alguns problemas para o Golpe de Estado; a gravadora Eldorado se perdeu no planejamento, liberando apenas 2000 CDs iniciais, que se esgotaram rapidamente.
No próximo álbum, o primeiro ao vivo (chamado Dez Anos ao Vivo), que saiu pela Paradoxx Music em 1996, o Golpe de Estado teve sua primeira mudança na formação, com a saída de Catalau. Problemas pessoais fizeram com que ele deixasse de cumprir seus compromissos profissionais, chegando a perder um show e a não comparecer no estúdio para gravar duas canções que também entrariam para neste disco.[1] Quem assumiu o vocal foi Rogério Fernandes (Fickle Pickle e Eletric Funeral) nas canções "Todo Mundo Tem um Lado Bicho" e "Cada um Bate de um Jeito".
Durante o ano de 1999, com o retorno de Catalau à banda, fazem diversas apresentações em grandes festivais.[carece de fontes] No ano seguinte quem assume de vez o microfone é Kiko Muller, que traz sua voz no álbum Pra Poder, de 2004, com produção musical assinada pela própria banda.
Em 2008 a canção "Real Valor" foi utilizada em um projeto social. A banda Porto Cinco2 idealizou um projeto social que levava o nome da faixa do Golpe de Estado, o Projeto Real Valor. A banda regravou a canção e disponibilizou para baixar na web a um valor em dinheiro, a exemplo de muitas bandas como U2 e Green Day. O projeto se estendeu por seis meses, e teve por objetivo arrecadar fundos para a CUFA (Central Única das Favelas). O projeto ainda foi apoiado por Catalau, ex-vocalista da banda e compositor da música.
Em março de 2010 entram na banda Dino Linardi e Roby Pontes, respectivamente nos lugares de Kiko Muller e Paulo Zinner. No mesmo ano a banda retoma o ritmo de shows e compõe o que viria a ser o novo disco inédito, Direto do Fronte. Em 2011, revigorada e em plena atividade a banda entra no famoso estúdio Mosh e grava o disco, que conta conta com a participação de Dinho Ouro Preto.[2][3]
Em 2012 a banda realiza o lançamento pela gravadora Substancial Music e inicia a turnê de divulgação desde disco. Nos shows, além das inéditas, tocam canções dos anos 1980.
No fim de 2012, a gravadora Substancial Music relança os álbuns Nem Polícia, Nem Bandido, Quarto Golpe e Zumbi em versões remasterizadas e com novo encarte.
Em 2014 Helcio Aguirra, um dos integrantes fundadores da banda Golpe de Estado morreu aos 54 anos. O guitarrista foi encontrado pela irmã em seu apartamento em São Paulo e faleceu enquanto dormia.
A banda encerrou suas atividades em 10 de Junho de 2015,[4] através de um comunicado feito pelo baixista Nélson Brito. O último show foi feito em 15 de Janeiro.
Em janeiro do 2016 retomou as atividades com nova formação.
Integrantes
Formação atual
Ex-integrantes
- Helcio Aguirra
- Catalau
- Kiko Müller
- Paulo Zinner
- Dino Linardi
- Tadeu Dias
- Rogério Fernandes
Discografia
- 1986: Golpe de Estado (Baratos Afins)
- 1988: Forçando a Barra (Baratos Afins)
- 1989: Nem Polícia Nem Bandido (Eldorado)
- 1991: Quarto Golpe (Eldorado)
- 1994: Zumbi (Eldorado)
- 1996: Dez Anos ao Vivo (Paradoxx Music)
- 2004: Pra Poder (Unimar Music)
- 2012: Direto do Fronte (Substancial Music)
- 2018: Ao Vivo 30 Anos (Voice Music)
- 2022: Caosmópolis (Orra Meu!)
Referências
- ↑ Renda, Patricia. "Dando a volta por cima" Arquivado em 30 de agosto de 2010, no Wayback Machine., Metal Head, ago/1997.
- ↑ Fernandes, Alessandro (16 de agosto de 2012). «Golpe de Estado: CD com participação de Dinho Ouro Preto». Whiplash.net. Consultado em 20 de abril de 2020
- ↑ Castelli, Vinícius (27 de outubro de 2012). «Golpe de Estado lança disco em Santo André». Diário do Grande ABC. Consultado em 20 de abril de 2020
- ↑ «BAIXISTA DO GOLPE DE ESTADO ANUNCIA FIM DA CLÁSSICA BANDA DE HARD ROCK». Kiss FM