Pimenta de Castro | |
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Joaquim Pereira Pimenta de Castro | |
Presidente do Ministério de Portugal | |
Período | 25 de janeiro de 1915 14 de maio de 1915 |
Presidente | Manuel de Arriaga |
Antecessor(a) | Victor Hugo de Azevedo Coutinho |
Sucessor(a) | Junta Constitucional de 1915 |
Ministro de Guerra | |
Período | 3 de setembro de 1911 até 8 de outubro de 1911 |
Antecessor(a) | António Xavier Correia Barreto |
Sucessor(a) | Alberto Carlos da Silveira |
Dados pessoais | |
Nome completo | Joaquim Pereira Pimenta de Castro |
Nascimento | 5 de novembro de 1846[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Pias, Monção, Predefinição:PRT1830 Portugal |
Morte | 14 de maio de 1918 (71 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Portugal, Lisboa |
Nacionalidade | português |
Alma mater | Universidade de Coimbra |
Cônjuge | Emília de Freitas |
Partido | Independente |
Religião | Católico romano |
Profissão | Oficial militar (General) e engenheiro |
Assinatura | |
Joaquim Pereira Pimenta de Castro (Monção, Pias, 5 de novembro de 1846[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] – Lisboa, 14 de maio de 1918[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um oficial militar, engenheiro e político português que se tornou brevemente Ministro da Guerra de Portugal, em 1911, e Presidente do Ministério em 1915, quando foi deposto do poder por um movimento militar liderado por Álvaro de Castro. Em seguida, retirou-se da política e escreveu um livro defendendo sua administração, morreu pouco tempo depois em Lisboa.
Biografia
Joaquim Pimenta de Castro nasceu em 5 de outubro de 1846, em Pias, Monção. Era o quinto dos dezasseis filhos de Joaquim Pereira Pimenta de Castro, 6º morgado da Casa de Pias e 8º dos Pimentas e de D. Joana Cleofa Pereira de Castro Sousa Morim, administradora dos vínculos da Quinta do Crasto, em Valença, Quinta do Passadouro em Arcos de Valdevez e da Casa Alta em Ponte de Lima.
Iniciou sua carreira militar em 1867, graduando-se mais tarde em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.[1] Em 1874 foi capitão, atingindo o posto de general de brigada e em 1908 foi nomeado comandante da 3.ª Região Militar, no Porto.[1]
Foi ainda ajudante de campo de D. Manuel II, tendo também ocupado outros cargos administrativos a nível regional.[1]
Após a proclamação da República a 5 de outubro de 1910, foi ministro da Guerra,[2] por apenas dois meses, em 1911, tendo-se demitido do cargo devido a uma das incursões monárquicas de Henrique de Paiva Couceiro.
Como independente, foi escolhido pelo Presidente Manuel de Arriaga para ser presidente do Ministério (atual primeiro-ministro),[3] que governaria sem o parlamento, onde o Partido Democrático, liderado por Afonso Costa tinha a maioria. O seu governo, com o apoio do Partido Republicano Evolucionista e da União Republicana, e também de facções militares conservadoras, ficou no poder de 28 de Janeiro a 14 de Maio de 1915.
Tornou-se apegado pelo cargo e sob um governo "ditatorial" Pimenta de Castro destituiu o seu gabinete[4] e foi retirado do poder por um movimento militar a 14 de Maio de 1915 liderado por Álvaro de Castro,[5] com o apoio do Partido Democrático, que causou também a demissão do Presidente Manuel de Arriaga, sendo substituído pouco tempo depois em eleições por Teófilo Braga. Fruto do descontentamento popular face ao seu governo, na madrugada daquele dia desencadeou-se um grande alvoroço nas ruas de Lisboa.[4]
Retirou-se então da vida política, dedicando-se à escrita de um livro em sua defesa pessoal e justificando o seu governo, intitulado A Afrontosa Dictadura.[1] Joaquim Pimenta de Castro morreu em Lisboa a 14 de maio de 1918, recebendo muitos títulos políticos e militares, tendo sido sepultado no Cemitério da Ajuda.[6]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 «Pimenta de Castro». Porto Editora (em português). Infopédia. Consultado em 5 de outubro de 2013
- ↑ Silva, Armando Malheiro da (2006). História de uma vida (em português). [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra. ISBN 9728704534
- ↑ Dias Santos, Miguel (2010). A contra-revolução na I República, 1910-1919 (em português). [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra. ISBN 9892600762
- ↑ 4,0 4,1 «Revolta de 14 de maio de 1915». Porto Editora (em português). Infopédia. Consultado em 5 de outubro de 2013
- ↑ Matos, Norton (2005). Memórias e Trabalhos da Minha Vida, Volume 1 (em português). [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra. ISBN 9728704305
- ↑ «Livro de registo de óbitos da 4.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (1918-05-04/1918-09-18)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. assento 1496
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